Mostrar código-fonte de CPI da COVID-19

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{{Info/Evento único
| título = {{PAGENAMEBASE}}
| parte_de = 
| imagem = CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51157522716).jpg
| imagem_tamanho = 260px
| legenda = Mesa da Comissão Parlamentar de Inquérito, no dia 4 de maio de 2021. Ao fundo, sentados, da esquerda para a direita: antigo ministro da Saúde, [[Luiz Henrique Mandetta]]; presidente CPI, senador [[Omar Aziz]]; vice-presidente [[Randolfe Rodrigues]]; e relator [[Renan Calheiros]].
| duração = {{Tempo decorrido|27|04|2021|26|10|2021}}
| data = {{Data de início|2021|04|27}} - {{Data de fim|2021|10|26}}
| local = [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]]
| localização = [[Brasil]]
| também = CPI da Pandemia<br/>CPI do Coronavírus<br/>CPI da COVID
| tipo = [[Comissão parlamentar de inquérito]]
| causa = [[Pandemia de COVID-19 no Brasil]] e [[Crise Sanitária no Brasil em 2021]]
| participantes = 18 [[#Integrantes|Integrantes]] (11 titulares e 7 suplentes)
}}
A '''CPI da COVID-19'''{{nota de rodapé|Também chamada de '''CPIPANDEMIA''',<ref>{{citar web|url=https://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?codcol=2441|titulo=CPIPANDEMIA|website=Senado Federal}}</ref> '''CPI da Pandemia''', '''CPI do Coronavírus''',<ref>{{citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/15/presidente-do-senado-confirma-nomes-para-cpi-da-pandemia|título=Presidente do Senado confirma nomes para CPI da Pandemia|data=14-05-2021|obra=Agência Senado|publicado=Senado Federal|local=Brasília}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Maia|primeiro=Mateus|url=https://www.poder360.com.br/congresso/randolfe-protocola-pedido-de-abertura-da-cpi-do-coronavirus-no-senado/|título=Randolfe protocola pedido de abertura da CPI do Coronavírus no Senado|data=04-02-2021|acessodata=3/2/2021|publicado=[[Poder360]]}}</ref> ou simplesmente '''CPI da COVID''',<ref>{{Citar web|ultimo=Quadros|primeiro=Vascocelos|url=https://apublica.org/2021/04/a-espera-de-mourao/|título=À Espera de Mourão|data=30-04-2021|acessodata=05-05-2021|website=Jornal Digital Publica|urlmorta=não|wayb=20210503173910}}</ref>}} foi uma [[comissão parlamentar de inquérito]] no [[Brasil]], que investigou supostas omissões e irregularidades nas ações do [[Governo Federal do Brasil|governo]] do presidente [[Jair Bolsonaro]] durante a [[pandemia de COVID-19]]. Foi criada em 13 de abril de 2021,<ref>{{Citar web|ultimo=Castro|primeiro=Augusto|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/13/senado-cria-cpi-da-covid|titulo=CPI da Covid é criada pelo Senado|data=13-04-2021|acessodata=2021-04-15|website=Agência Senado|publicado=Senado Federal}}</ref> oficialmente instalada no [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] em 27 de abril de 2021<ref>{{Citar web|autor1=Garcia, Gustavo|autor2=Resende, Sara|autor3=Barbiéri, Luiz Feli|autor4=Mattos, Marcela|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/27/senado-instalacao-cpi-covid.ghtml|titulo=CPI da Covid: Omar Aziz é eleito presidente e indica Renan Calheiros para relatoria|data=2021-04-27|acessodata=27/04/2021|obra=Portal G1|numero-autores=1}}</ref> e prorrogada por mais três meses em 14 de julho de 2021,<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/14/presidente-do-senado-prorroga-por-90-dias-trabalhos-da-cpi-da-covid.ghtml|autor=Gustavo Garcia|título=Presidente do Senado prorroga por 90 dias trabalhos da CPI da COVID|acessodata=15-07-2021|data=2021-07-14|obra=G1}}</ref><ref>{{citar periódico|titulo=CPI da Pandemia é prorrogada por mais 90 dias|data=14-07-2021|acessodata=12-08-2021|jornal=Agência Senado|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/07/14/cpi-da-pandemia-e-prorrogada-por-mais-90-dias}}</ref> sendo concluída com a apresentação e votação do relatório final no dia 26 de outubro de 2021.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/26/cpi-da-covid-aprova-relatorio-atribui-nove-crimes-a-bolsonaro-e-pede-80-indiciamentos.ghtml|título=CPI da Covid aprova relatório final, atribui nove crimes a Bolsonaro e pede 80 indiciamentos|data=2021-10-26|acessodata=2021-10-26}}</ref>

{{TOC-limitado|3}}

== Instauração ==
{{artigo principal|Pandemia de COVID-19 no Amazonas|Crise sanitária no Brasil em 2021}}
O senador [[Randolfe Rodrigues]] ([[Rede Sustentabilidade|REDE]]-[[Amapá|AP]]) protocolou, em 4 de fevereiro de 2021, o pedido de criação da CPI. Os principais objetivos elencados inicialmente eram investigar as alegações de que o governo federal teria sido contrário a medidas sanitárias como o distanciamento social e utilização obrigatória de [[Máscara facial de pano|máscara facial]], as acusações de atraso na compra de vacinas e desacreditando da mesma, além da divulgação e investimento de dinheiro público em tratamentos ineficazes, como realizar a compra e defender o uso de medicamentos como [[hidroxicloroquina]] e [[ivermectina]] para o tratamento da COVID-19, embora não existam evidências científicas quanto à sua eficácia no combate da doença ou na melhoria nos pacientes,<ref>{{Citar web|url=https://www.istoedinheiro.com.br/associacao-medica-brasileira-conclui-que-hidroxicloroquina-e-ineficiente-a-covid-19/|titulo=Associação Médica diz que hidroxicloroquina não funciona para Covid|data=2021-06-23|acessodata=2021-07-05|website=ISTOÉ DINHEIRO}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Bottallo|primeiro=Ana|url=https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/06/veja-o-que-ja-foi-demonstrado-pela-ciencia-sobre-a-falta-de-eficacia-da-cloroquina-contra-covid-19.shtml|titulo=Veja o que já foi demonstrado pela ciência sobre a falta de eficácia da cloroquina contra Covid-19|data=2021-06-09|acessodata=2021-07-05|website=Folha de S.Paulo}}</ref> as demissões dos ministros da Saúde [[Luiz Henrique Mandetta]] e [[Nelson Teich]] por não concordarem com as políticas de saúde do governo e a gravíssima crise sanitária no estado do [[Amazonas]] com a falta de oxigênio em hospitais de [[Manaus]] (AM).<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/02/04/randolfe-protocola-requerimento-para-instalacao-da-cpi-da-covid|título=Randolfe protocola requerimento para instalação da CPI da Covid|data=2020-02-04|acessodata=2021-05-05|website=Senado Federal|wayb=20210412160129|urlmorta=não}}</ref> Com o andar das investigações, surgiram outros itens, como a negligência do governo ao não responder 81 e-mails enviados por parte da farmacêutica [[Pfizer]] para tratar sobre a venda de vacinas contra a COVID-19,<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/06/10/randolfe-diz-que-pfizer-enviou-81-e-mails-ao-governo-desde-marco-de-2020.htm|titulo=Randolfe diz que Pfizer enviou 81 e-mails ao governo desde março de 2020|data=10/06/2021|acessodata=2021-07-05|website=UOL}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/06/4929536-bolsonaro-recusou-vacina-da-pfizer-em-2020-por-metade-do-preco.html|titulo=Bolsonaro recusou vacina da Pfizer em 2020 por metade do preço|data=2021-06-07|acessodata=2021-07-05|website=Correio Braziliense}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/05/13/representante-da-pfizer-confirma-governo-nao-respondeu-ofertas-feitas-em-agosto-de-2020|titulo=Representante da Pfizer confirma: governo não respondeu ofertas feitas em agosto de 2020|data=13/05/2021|acessodata=2021-07-05|website=Senado Federal}}</ref> as irregularidades na compra e importação da vacina indiana [[Covaxin]], produzida pela Bharat Biotech e a omissão do governo e do presidente da república ao saber dessas irregularidades<ref name=":17">{{Citar web|autor=Truffi, Renan; Ribeiro, Marcelo|url=https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/07/05/cpi-aposta-em-investigacao-sobre-covaxin-e-envolvimento-de-bolsonaro.ghtml|titulo=CPI aposta em investigação sobre Covaxin e envolvimento de Bolsonaro|data=05/07/2021|acessodata=2021-07-05|website=Valor Econômico}}</ref><ref name="www12.senado.leg.br">{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/25/deputado-e-servidor-reafirmam-denuncias-contra-governo-na-compra-da-covaxin|titulo=Deputado e servidor reafirmam denúncias contra governo na compra da Covaxin|data=25/06/2021|acessodata=2021-07-05|website=Senado Federal}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Moura|primeiro=Thaís|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/governo/entenda-os-pontos-da-cpi-da-covid-que-ameacam-bolsonaro/|título=Entenda os pontos da CPI da Covid que ameaçam Bolsonaro|data=13-04-2021|acessodata=13/04/2021|publicado=Congresso em Foco}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-56740620|título=Pacheco oficializa CPI da Covid no Senado: o que acontece agora?|data=13-04-2021|publicado=BBC News Brasil}}</ref> e o caso do convênio de saúde [[Prevent Senior]] acusada de alterar prontuário de pacientes para omitir mortes por COVID e realizar pesquisas sem o consentimento dos pacientes e com o aval do governo<ref>{{Citar web|ultimo=Silveira|primeiro=Daniel|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/09/28/prevent-senior-a-empresa-pivo-de-um-dos-maiores-escandalos-medicos-na-historia-do-brasil.ghtml|titulo=Prevent Senior, a empresa pivô de um dos maiores escândalos médicos na história do Brasil|data=28/09/2021|acessodata=2021-11-10|website=G1}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Resende|primeiro=Rodrigo|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2021/09/advogada-afirma-que-governo-federal-tinha-interesse-em-estudos-da-prevent-senior-para-evitar-lockdown|titulo=Advogada afirma que governo federal tinha interesse em estudos da Prevent Senior para evitar lockdown|data=28/09/2021|acessodata=2021-11-10|website=Senado Federal}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/09/16/prevent-senior-entenda-as-acusacoes-contra-a-empresa-envolvendo-pesquisa-sobre-cloroquina.ghtml|titulo=Prevent Senior: entenda as acusações contra a empresa envolvendo pesquisa sobre cloroquina|data=16/09/2021|acessodata=2021-11-10|website=G1}}</ref>

=== Mandado de segurança ===
[[Ficheiro:Mandado de Segurança 37.760 DF - Medida Cautelar.pdf|miniaturadaimagem|[[Medida cautelar]] no [[mandado de segurança]], sob relatoria do ministro [[Luís Roberto Barroso|Barroso]], ordenando a criação da CPI da COVID]]
Os senadores [[Jorge Kajuru]] ([[Podemos (Brasil)|PODEMOS]]-[[Goiás|GO]]) e [[Alessandro Vieira]] ([[Cidadania (partido político)|Cidadania]]-[[Sergipe|SE]]), produziram um mandado de segurança alegando uma suposta omissão da Casa para a instalação da comissão. O ministro [[Luís Roberto Barroso]], do [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), determinou que o [[Presidente do Senado Federal do Brasil|presidente do Senado]], [[Rodrigo Pacheco]] ([[Democratas (Brasil)|DEM]]-[[Minas Gerais|MG]]), criasse a comissão em função de o número de assinaturas ser "mais do que o necessário".<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=Richter|primeiro=André|url=https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2021-04/ministro-do-supremo-manda-abrir-cpi-da-pandemia|titulo=Ministro do Supremo manda abrir CPI da Pandemia|data=2021-04-08|acessodata=2021-04-15|local=Brasília}}</ref> Na decisão, o ministro fomentou a tese, argumentando que seria de responsabilidade do presidente da Mesa Diretora da Casa Legislativa a definição da agenda e das prioridades, mas que tal prerrogativa não poderia ferir o direito constitucional do terço dos parlamentares favoráveis à criação da CPI.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/14/stf-confirma-liminar-que-mandou-instalar-cpi-da-covid|titulo=STF confirma liminar que mandou instalar CPI da Covid|data=14/04/2021|acessodata=2021-11-10|website=Senado Federal}}</ref>

O presidente do Senado acabou acatando o pedido, mas criticou o que chamou de "palanque político para 2022" por parte de Barroso, declarando que a CPI poderia ter um papel de antecipação de discussão político-eleitoral a pouco mais de um ano das [[Eleições gerais no Brasil em 2022|eleições de 2022]], o que não seria apropriado para o momento em que vive a nação.<ref>{{citar web|autor=Garcia, Gustavo; Resende, Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/08/pacheco-diz-que-instalara-cpi-da-pandemia-mas-ve-comissao-como-palanque-politico-para-2022.ghtml|título=CPI da Pandemia será 'palanque' para 2022, e ordem para instalá-la é 'equivocada', diz Pacheco|data=08-04-2021|acessodata=09/07/2021|website=G1}}</ref> No dia seguinte, por 10 votos a 1, o STF considerou que a CPI da COVID-19 era constitucional.<ref>{{citar web|autor=Renato, Machado; Rocha, Marcelo; Teixeira, Matheus|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/04/stf-confirma-decisao-de-barroso-que-mandou-senado-instalar-cpi-da-covid.shtml|titulo=Por 10 a 1, STF confirma CPI da Covid, mostra unidade e deixa Senado sob pressão|data=14-04-2021|acessodata=15-04-2021|publicado=Folha de S.Paulo|local=Brasília}}</ref>

Um dia depois da decisão de Barroso, o presidente Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores e numa postagem no [[Twitter]], criticou a decisão monocrática do ministro. Ele escreveu que "Barroso se omite ao não determinar ao Senado a instalação de processos de impeachment contra ministros do Supremo, mesmo a pedido de mais de 3 milhões de brasileiros. Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política". Horas depois, o STF lançou uma nota à imprensa sobre o fato, afirmando que "os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis". Diz ainda que, "dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas (decisões) devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país".<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/09/bolsonaro-diz-que-sobra-impropria-militancia-politica-a-barroso-por-ordenar-a-cpi-da-pandemia.ghtml|título=Bolsonaro diz que Barroso agiu com 'imprópria militância política' ao ordenar instalação de CPI|data=09/04/2021|acessodata=12/07/2021|website=G1}}</ref>

O senador Jorge Kajuru divulgou conversas entre ele e o Bolsonaro, gravadas pelo parlamentar, à rádio [[BandNews FM]], entre os dias 11 e 12 de abril. Na gravação, o presidente pedia que Kajuru pressionasse para que a CPI incluísse também investigação contra prefeitos e governadores. Bolsonaro também faz ameaças, ataques e ofensas contra o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) durante a chamada telefônica.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/11/senador-divulga-audio-em-que-bolsonaro-diz-temer-relatorio-sacana-na-cpi-da-covid.ghtml|título=Senador divulga áudio em que Bolsonaro diz temer relatório 'sacana' na CPI da Covid|data=11/04/2021|acessodata=12/07/2021|website=G1}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Mazui|primeiro=Guilherme|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/12/em-audio-gravado-por-kajuru-bolsonaro-xinga-e-ameaca-agredir-senador-randolfe-rodrigues.ghtml|título=Em áudio gravado por Kajuru, Bolsonaro xinga e ameaça agredir senador Randolfe Rodrigues|data=12/04/2021|acessodata=12/07/2021|website=G1}}</ref>

[[Ficheiro:Coletiva de imprensa - CPI da Pandemia (51160928384).jpg|alt=da esquerda para direira o relator da comissão Renan Calheiros o presidente Omar Azziz e o vice-presidente Randolfe Rodrigues estão em frente a um púlpito e estão dando entrevistas|esquerda|miniaturadaimagem|262x262px|esquerda para direita: relator da comissão Renan Calheiros, presidente Omar Aziz e vice-presidente e autor do requerimento de abertura da CPI Randolfe Rodrigues.]]

=== Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) ===
Segundo relatório do TCU, o governo Bolsonaro não reservou recursos em 2021 para o [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministério da Saúde]] e, até março DE 2021, não tinha repassado dinheiro a estados e municípios para que pudessem lidar da melhor forma com a pandemia do coronavírus. De acordo com fiscais do TCU, não constaram dotações para as despesas no combate à pandemia na Lei Orçamentária de 2021 preparada pelo governo. Em resposta, o [[Ministério da Economia (Brasil)|Ministério da Economia]] afirmou em nota que "esse relatório não foi ainda apreciado pelo Plenário do Tribunal e não resultou em Acórdão, pois houve pedido de vistas por outros ministros". O Ministério da Saúde não quis se manifestar a respeito.<ref>{{citar web|ultimo=Sobrinho|primeiro=Wanderley Preite|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/04/20/cpi-da-covid-tcu-coronavirus-covid-19-governo-bolsonaro.amp.htm?__twitter_impression=true|título=Governo não reservou dinheiro para combater pandemia, diz TCU|data=20-04-2021|acessodata=20-04-2021|obra=[[Universo Online]]|publicado=[[Grupo Folha]]}}</ref>

Em outro relatório TCU acusou o [[Governo Jair Bolsonaro|governo Bolsonaro]] de alterar documentos para se eximir da responsabilidade de liderar as ações de combate e de enfrentamento à pandemia, além de não monitorar o fornecimento de remédios e de kits para [[Intubação endotraqueal|intubação]] em hospitais.<ref>{{citar web|ultimo=Sobrinho|primeiro=Wanderley Preite|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/04/18/cpi-da-covid-tcu-relatorio-senado-ministerio-da-saude-pandemia-coronavirus.htm|título=TCU acusa Governo de 'abuso de poder' e omissão com kit intubação|data=18-04-2021|acessodata=20-04-2021|obra=Universo Online|publicado=Grupo Folha}}</ref>

== Linhas de investigação ==
=== Imunidade de rebanho por infecção ===
A [[Imunidade de grupo#Imunidade de rebanho por infecção|imunidade de rebanho por infecção]], também chamada na CPI de ''imunidade de rebanho sem vacinas'', é uma [[tese]] arbitrária e contrária ao consenso da [[comunidade científica]] mundial, baseada no pensamento de que os [[anticorpos]] possam ser adquiridos pela infecção natural e a imunidade coletiva, atingida sem a necessidade de uso de [[Vacina contra a COVID-19|vacinas]].<ref name=":2">{{Citar web|ultimo=HARTMANN|primeiro=Marcel|url=https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2021/05/imunidade-de-rebanho-por-infeccao-nao-encontra-respaldo-entre-cientistas-entenda-ckot4gamg00ar018mdh19san8.html|titulo=Imunidade de rebanho por infecção não encontra respaldo entre cientistas; entenda|data=2021-05-17|acessodata=2021-06-06|publicado=Jornal GZH}}</ref><ref name=":3">{{Citar periódico|url=https://science.sciencemag.org/content/371/6526/230|titulo=Herd immunity by infection is not an option|data=2021-01-15|acessodata=2021-06-06|jornal=Science|número=6526|ultimo=Sridhar|primeiro=Devi|ultimo2=Gurdasani|primeiro2=Deepti|paginas=230–231|lingua=en|doi=10.1126/science.abf7921|issn=0036-8075}}</ref><ref name=":4">{{Citar periódico|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666634020300325|titulo=Vaccination Is the Only Acceptable Path to Herd Immunity|data=2020-12-18|acessodata=2021-06-06|jornal=Med|número=1|ultimo=Rasmussen|primeiro=Angela L.|paginas=21–23|lingua=en|doi=10.1016/j.medj.2020.12.004|issn=2666-6340}}</ref> Sabe-se que a imunidade de rebanho por infecção adquirida naturalmente chegou a ser cogitada por autoridades do Brasil, do [[Reino Unido]] e dos [[Estados Unidos]] como estratégia para controlar a pandemia de coronavírus,<ref name=":2" /><ref>{{Citar periódico|url=https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54458457|titulo=O que diz a Declaração de Barrington, movimento contra quarentenas apoiado por milhares de médicos e cientistas|acessodata=2021-06-05|jornal=BBC News Brasil}}</ref> mas os infectologistas deixaram claro que esta não é sequer uma hipótese que possa ser considerada<ref name=":3" /> e que a [[vacinação]] é o único caminho aceitável para uma possível imunidade de rebanho.<ref name=":4" />

Uma das linhas de investigação da CPI busca entender se o governo federal, por meio de um suposto "ministério paralelo", adotou a imunidade de rebanho por infecção como estratégia no combate à [[COVID-19]], em virtude das reiteradas vezes em que o presidente Bolsonaro (sem partido) e o deputado federal [[Osmar Terra]] ([[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|MDB]]-[[Rio Grande do Sul|RS]]) emitiram declarações a respeito, defendendo que o vírus, já em curso, não seria barrado por medidas como o [[isolamento social]], e que a epidemia só terminaria depois que 70% da população estivesse infectada.<ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/04/25/osmar-terra-defende-a-imunizacao-de-rebanho-e-diz-que-a-quarentena-e-ineficiente|titulo=Osmar Terra defende a imunização de rebanho e diz que a quarentena é ineficiente|ano=2020|acessodata=2021-06-05|website=CNN Brasil}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/10/e-enganoso-dizer-que-expor-a-populacao-ao-virus-e-melhor-para-acabar-com-pandemia-do-que-vacinacao.shtml|titulo=É enganoso dizer que expor a população ao vírus é melhor para acabar com pandemia do que vacinação|data=2020-10-29|acessodata=2021-06-05|publicado=Folha de S. Paulo}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://cultura.uol.com.br/noticias/16392_osmar-terra-defende-imunidade-de-rebanho-e-diz-que-vacinas-nao-influenciam-na-reducao-de-casos-e-obitos.html|titulo=Osmar Terra defende imunidade de rebanho e diz que vacinas n&atilde;o influenciam na redu&ccedil;&atilde;o de casos e &oacute;bitos|acessodata=2021-06-05|website=TV Cultura}}</ref> Em declarações à CPI, o ex-ministro da Saúde, general [[Eduardo Pazuello]], que ficou mais tempo no cargo durante a pandemia, confirmou ter sido contatado superficialmente por Osmar Terra sobre a tese de que a [[Crise sanitária no Brasil em 2021|crise sanitária]] cessaria naturalmente após essa porcentagem de pessoas serem infectadas.<ref>{{Citar web||url=https://politica.estadao.com.br/ao-vivo/cpi-da-covid-ouve-eduardo-pazuello|titulo=Ao Vivo - CPI da Covid retoma depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello; acompanhe|ano=2021|acessodata=2021-06-05|publicado=Jornal Estadão}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Matos|primeiro=William|url=https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-poder/a-tese-e-real-pazuello-fala-sobre-imunidade-de-rebanho/|titulo=“A tese é real”: Pazuello fala sobre imunidade de rebanho|data=2021-05-19|acessodata=2021-06-05|website=Jornal de Brasília}}</ref>

=== Suspeitas de corrupção ===
Em sua terceira fase, a CPI tem como foco suspeitas de corrupção<ref>{{Citar web|url=https://www.correiodobrasil.com.br/investigacao-sobre-compra-suspeita-de-vacina-tende-a-prorrogar-cpi/|titulo=Investigação sobre compra suspeita de vacina tende a prorrogar CPI|data=2021-06-23|acessodata=2021-06-25|website=Correio do Brasil}}</ref> que envolvem o [[Governo Federal do Brasil|governo federal]] e empresas privadas no combate à pandemia de coronavírus.<ref>{{Citar web|ultimo=Soares|primeiro=Olavo|url=https://www.gazetadopovo.com.br/republica/cpi-da-covid-quer-investigar-supostos-casos-de-corrupcao-no-governo/|titulo=Novo foco da CPI da Covid será investigar supostos casos de corrupção no governo|data=21-06-2021|acessodata=2021-06-25|website=Gazeta do Povo}}</ref> Nessa linha, as investigações sobre a compra da vacina indiana Covaxin são consideradas como as que têm trazido as mais relevantes entre as revelações feitas pela comissão de inquérito. Um dos motivos é que o episódio envolve diretamente o presidente Jair Bolsonaro a um possível [[Prevaricação|crime de prevaricação]], uma infração prevista no artigo 319 do [[Código Penal brasileiro de 1940|Código Penal brasileiro]].<ref name=":17" /> Nesta fase, a base de apoio a Bolsonaro tem reivindicado que a CPI se estenda a investigar também possíveis casos de corrupção no [[Consórcio Nordeste]].<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/30/cpi-completa-60-dias-e-nao-investigou-corrupcao-em-estados-e-municipios-diz-girao|titulo=CPI completa 60 dias e não investigou corrupção em estados e municípios, diz Girão|acessodata=2021-07-05|website=Senado Federal}}</ref>

== Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ==
=== ''Habeas corpus'' ===
O STF foi instado a se manifestar sobre um pedido da [[Advocacia-Geral da União]] (AGU) para que o ex-ministro Eduardo Pazuello pudesse permanecer em silêncio durante seu depoimento à CPI e para também garantir que ficasse imune a algumas medidas, como a prisão em caso de descumprimento.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/05/21/integrantes-da-cpi-entendem-que-pazuello-usou-habeas-corpus-para-mentir-sem-correr-risco-de-ser-preso.ghtml|título=Integrantes da CPI entendem que Pazuello usou habeas corpus para mentir sem correr risco de ser preso|data=2021-05-21|acessodata=2021-06-02|website=G1}}</ref> O relator do caso, ministro [[Ricardo Lewandowski]], concedeu o ''[[habeas corpus]]'' a Pazuello.<ref>{{Citar web|ultimo=D'Agostino|primeiro=Rosanne|ultimo2=Vivas|primeiro2=Fernanda|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/14/ministro-ricardo-lewandowski-concede-a-pazuello-direito-de-ficar-em-silencio-na-cpi-da-covid.ghtml|título=Ministro Ricardo Lewandowski concede a Pazuello direito de ficar em silêncio na CPI da Covid|data=2021-05-14|acessodata=2021-06-02|website=G1}}</ref>

O ministro negou um outro pedido de ''habeas corpus'', impetrado pela defesa de [[Mayra Pinheiro]], solicitando a possibilidade de ficar em silêncio e salvo conduto a uma eventual prisão. Mayra Pinheiro é secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde a acabou sendo mais tarde incluída como investigada pela CPI. Entretanto, após um pedido de reconsideração, Lewandowski autorizou que ela ficasse em silêncio quanto aos fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.<ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/05/21/stf-reconsidera-em-parte-pedido-de-mayra-pinheiro-secretaria-da-saude|titulo=STF reconsidera em parte pedido de Mayra Pinheiro, secretária da Saúde|data=21/05/2021|acessodata=2021-06-02|website=CNN Brasil}}</ref>

Foi concedido ao empresário e conselheiro do governo Bolsonaro [[Carlos Wizard Martins|Carlos Wizard]] um ''habeas corpus'' que permitia a ele permanecer em silêncio durante sua oitiva à comissão.<ref>{{Citar web|ultimo=Simões|primeiro=Eduardo|url=https://www.ultimoinstante.com.br/ultimas-noticias/wizard-e-auditor-do-tcu-obtem-no-stf-direito-a-ficarem-em-silencio-na-cpi-da-covid/362348/#axzz6zkGGpl3t|titulo=Wizard e auditor do TCU obtêm no STF direito a ficarem em silêncio na CPI da Covid|data=2021-06-17|acessodata=2021-07-05|website=Ultimo Instante}}</ref> O empresário utilizou-se desse direito, ficando em silêncio em resposta a absolutamente todas as perguntas que lhe foram feitas, apenas dando uma declaração inicial, introdutória, e respondendo, a cada pergunta, "Reservo-se o direito de permanecer em silêncio".<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/30/depois-de-negar-gabinete-paralelo-wizard-se-recusa-a-responder-a-senadores|titulo=Depois de negar 'gabinete paralelo', Wizard se recusa a responder a senadores|data=30/06/2021|acessodata=2021-07-05|website=Senado Federal}}</ref>

=== Arguição de descumprimento de preceito fundamental ===
Governadores de 17 estados e do Distrito Federal ajuizaram, no STF, uma [[Arguição de descumprimento de preceito fundamental]] (ADPF) com pedido de liminar para suspender convocação de governadores para depoimento à CPI da Covid.<ref>{{Citar web|url=https://www.conjur.com.br/2021-mai-31/governadores-pedem-seja-suspensa-convocacao-depor-cpi|titulo=Governadores pedem que seja suspensa convocação para depor na CPI da Covid|data=31/05/2021|acessodata=2021-06-02|website=Consultor Jurídico}}</ref>

A relatora da ação, ministra [[Rosa Weber]], determinou que o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz ([[Partido Social Democrático (2011)|PSD]]-AM) apresentasse, em cinco dias, informações, bem como que a AGU e a [[Procuradoria-Geral da República]] (PGR) também se manifestassem no prazo de até cinco dias.<ref>{{Citar web|ultimo=Vivas|primeiro=Fernanda|ultimo2=Falcão|primeiro2=Márcio|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/01/rosa-weber-manda-presidente-da-cpi-dar-informacoes-sobre-convocacao-de-governadores.ghtml|titulo=Rosa Weber manda presidente da CPI dar informações sobre convocação de governadores|data=01/06/2021|acessodata=2021-06-02|website=G1}}</ref>

O Plenário do STF referendou, por unanimidade, em sessão virtual, uma liminar da ministra Rosa Weber para suspender as convocações dos governadores de Estados e do DF pela CPI.<ref>{{citar web|url=http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=468315&ori=1|titulo=Plenário confirma suspensão de convocação de governadores pela CPI da Pandemia|data=28/06/2021|acessodata=29/06/2021|website=Supremo Tribunal Federal}}</ref>

Em 19 de abril de 2021, a deputada federal [[Carla Zambelli]] acionou o Supremo Tribunal Federal para impedir que casos de políticos com provas de suspeição ou impedimento sejam integrantes da CPI.<ref name="zambelli">{{citar web|url=https://noticias.r7.com/prisma/r7-planalto/zambelli-ira-ao-stf-contra-senadores-da-cpi-da-covid-19-19042021?amp|título=Zambelli irá ao STF contra senadores da CPI da COVID-19|data=2021-04-19|acessodata=2021-04-19|obra=[[R7]]|publicado=[[Grupo Record]]|autor=Plínio Aguiar}}</ref>

== Integrantes ==
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51143231524).jpg|miniaturadaimagem|Omar Aziz, ex-governador do Amazonas, foi eleito presidente da comissão. Renan Calheiros, foi escolhido para a relatoria.|269x269px]]

Os integrantes da CPI da COVID incluem os seguintes:<ref>{{citar web|ultimo=Peixoto|primeiro=Guilherme|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/07/19/interna_politica,1287808/saiba-como-foram-escalados-os-senadores-da-cpi-da-covid.shtml|titulo=Saiba como foram escalados os senadores da CPI da COVID|data=19/07/2021|acessodata=04/08/2021|website=Estado de Minas}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://legis.senado.leg.br/comissoes/composicao_comissao?codcol=2441|titulo=Composição da CPI da Pandemia|acessodata=2021-06-26|website=Atividade Legislativa - Senado Federal}}</ref>

;Presidente
*[[Omar Aziz]] (PSD-AM)

;Vice-presidente
*Randolfe Rodrigues (REDE-AP)

;Relator
*[[Renan Calheiros]] (MDB-AL)

;Titulares
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51156788992).jpg|alt=Dois homens de terno conversam ao fundo, sentados; em primeiro plano, há um álcool gel com a logomarca do Senado Federal|miniaturadaimagem|Ex-titular na CPI Senador [[Ciro Nogueira]] (PP-PI) conversa com o senador [[Fernando Bezerra Coelho]] (MDB-PE), na oitiva do ex-ministro Mandetta|278x278px]]
*[[Eduardo Braga]] (MDB-AM)
*[[Eduardo Girão]] (PODE-CE)
*[[Humberto Costa]] (PT-PE)
*[[Jorginho Mello]] (PL-SC)
*[[Luis Carlos Heinze]] (PP-RS){{nota de rodapé|Ciro Nogueira foi escolhido por Jair Bolsonaro para ser ministro, por isto Heinze passou a ser titular da CPI}}
*[[Marcos Rogério]] (DEM-RO)
*[[Otto Alencar]] (PSD-BA)
*[[Tasso Jereissati]] (PSDB-CE)

;Suplentes
*Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
*[[Angelo Coronel]] (PSD-BA)
*[[Fernando Bezerra Coelho]] (MDB-PE){{Nota de rodapé|Originalmente o senador [[Zequinha Marinho]] (PSC-PA) ocupava uma das vagas da suplência da CPI da Pandemia, porém houve uma troca para que o senador Fernando Bezerra Coelho assumisse a vaga de Marinho.}}<ref>{{Citar web|ultimo=Souza|primeiro=Elizabeth|url=https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2021/05/buscando-fortalecer-ala-governista-fernando-bezerra-coelho-e-escalado.html|titulo=Buscando fortalecer ala governista, Fernando Bezerra Coelho é escalado para CPI da Covid|data=2021-05-05|acessodata=2021-06-26|website=Diario de Pernambuco}}</ref>
*[[Flávio Bolsonaro]] (Patriota-RJ){{nota de rodapé|Flávio foi escolhido como suplente, depois que Luiz Carlos Heinze virou titular da CPI}}<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/27/cpi-heinze-assume-vaga-titular-no-lugar-de-ciro-nogueira-e-flavio-bolsonaro-passa-a-ser-suplente.ghtml|título=Heinze assume vaga titular no lugar de Ciro Nogueira e Flávio Bolsonaro passa a ser suplente|autor=Gustavo Garcia|obra=G1|data=2021-07-27|acessodata=2021-07-28}}</ref>
*[[Jader Barbalho]] (MDB-PA)
*[[Marcos do Val]] (PODE-ES)
*[[Rogério Carvalho]] (PT-SE)

=== Bancada feminina ===
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51157008232).jpg|miniaturadaimagem|Senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) em pronunciamento no dia 4 de maio|alt=Senadora Eliziane Gama em sua mesa fazendo perguntas ao depoente da sessão do dia 4 de maio|276x276px]]
Em razão de nenhuma senadora ter sido escolhida para a composição da CPI, nem como titulares ou como suplentes, a bancada feminina do senado fez um acordo dentro da comissão para que uma delas possa fazer perguntas às testemunhas da CPI. No entanto, elas não podem apresentar requerimentos nem votar, possibilidade restrita a integrantes da CPI.<ref name="FemB">{{Citar web|ultimo=Manzano|primeiro=Fabio|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/05/entenda-a-polemica-sobre-a-bancada-feminina-na-cpi-da-covid.ghtml|titulo=Entenda por que a participação de mulheres gerou bate-boca na CPI da Covid|data=05/05/2021|acessodata=2021-05-06|website=G1}}</ref> Optou-se por um formato de rodízio, de maneira que haja alternância entre as senadoras.<ref name=FemB/> As cinco senadoras que compõem o rodízio são:

*[[Eliziane Gama]] (Cidadania-MA)
*[[Leila Barros]] (Cidadania-DF)
*[[Simone Tebet]] (MDB-MS/líder)
*[[Soraya Thronicke]] (PSL-MS)
*[[Zenaide Maia]] (PROS-RN)

Além delas, as senadoras [[Mara Gabrilli]] (PSDB-SP) e [[Kátia Abreu]] (PP-TO), participaram de algumas sessões da comissão.

== Atos de investigação ==
{{Atos de investigação da CPI da COVID-19}}

== Reação de envolvidos não convocados ==
=== Presidente Jair Bolsonaro ===
Citado algumas vezes durante a investigação, o presidente Jair Bolsonaro foi colocado diversas vezes em situações complicadas, como quando foi citado pelos irmãos Miranda ([[Luis Miranda (político)|Luis Miranda]] e Luís Ricardo Miranda) durante a investigação, os mesmos afirmaram que Bolsonaro já estava ciente sobre a corrupção na compra das vacinas da Covaxin. O que gerou uma tensão tendo em vista que justifica uma ação criminal contra o presidente por prevaricação, ao entender que existira corrupção porem nenhuma ação foi tomada.<ref name=":12" />

Após a denuncia dos irmãos Miranda, Bolsonaro não se defendeu sobre as acusações, apenas começou a atacar a CPI tentando descredibiliza-la acusando membros da investigação de corrupção sem provas fiáveis.<ref>{{Citar web|url=https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2021-07-08/omar-aziz-desafia-bolsonaro-critica-cercadinho.html|titulo=Aziz cobra posicionamento de Bolsonaro sobre acusações do deputado Luis Miranda|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=Portal iG}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Guerra|primeiro=Rayanderson|url=https://extra.globo.com/noticias/brasil/nas-redes-bolsonaristas-atacam-randolfe-com-falsa-acusacao-de-rachadinha-apos-aumento-da-pressao-da-cpi-sobre-presidente-25098541.html|titulo=Nas redes, bolsonaristas atacam Randolfe com falsa acusação de 'rachadinha' após aumento da pressão da CPI sobre presidente|data=08/07/21|acessodata=2021-07-09|website=Extra Online}}</ref>

Provocado pelo relator da CPI Renan Calheiros, a apresentar alguma resposta sobre as acusações prestadas e forçado por uma carta enviada pelos [[Senadores do Brasil|senadores]], Bolsonaro teve uma reação invasiva o mesmo disse o seguinte: "Caguei para a CPI. O que produziu de bem pro Brasil?" após completou "Ignorei vocês, não vai ter resposta". Pela lei, Bolsonaro não é obrigado juridicamente a responder aos senadores.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/07/09/renan-ataca-bolsonaro-posa-de-macho-no-cercadinho-e-emudece-diante-da-cpi.htm|titulo=Renan ataca Bolsonaro: Posa de macho no cercadinho e emudece diante da CPI|data=09/07/2021|acessodata=2021-07-09|website=UOL}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Souza|primeiro=André de|url=https://oglobo.globo.com/brasil/cpi-da-covid-oficia-bolsonaro-para-que-ele-confirme-ou-negue-denuncias-de-deputado-federal-feitas-comissao-25097374|titulo=CPI da Covid oficia Bolsonaro para que ele confirme ou negue denúncias de deputado federal feitas à comissão|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=O Globo}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Moreira|primeiro=Leticia|url=https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2021-07-08/bolsonaro-live-carta-cpi-covid--caguei-.html|titulo=Bolsonaro diz que não vai se manifestar sobre carta enviada pela CPI: 'Caguei'|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=Portal iG}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/07/08/interna_politica,1284854/bolsonaro-caguei-para-a-cpi-o-que-produziu-de-bem-pro-brasil.shtml|titulo=Bolsonaro: 'Caguei para a CPI. O que produziu de bem pro Brasil?'|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=Estado de Minas}}</ref>

O presidente pode ser convocado para prestar depoimentos a CPI, porém o processo burocrático para que o mesmo ocorra é extremamente complexo. Após as respostas do presidente, é possível que os senadores convoquem o mesmo a depor. Se convocado, Bolsonaro pode conseguir na justiça o direito de ficar calado, porém deverá ir prestar depoimentos (mesmo que não fale nada) e não poderá mentir diante a investigação.<ref>{{Citar periódico|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57562652|titulo=A CPI da Covid pode investigar Bolsonaro?|data=22-06-2021|acessodata=2021-07-09|jornal=BBC News Brasil}}</ref>

=== Forças Armadas ===
As Forças Armadas também foram citadas em alguns momentos chave da investigação e com possíveis membros em uma lista de futuros investigados como [[Eduardo Pazuello]] que é [[General]] do Exército, Élcio Franco que é [[Coronel]] da reserva do Exército, Marcelo Blanco que é Coronel da reserva do Exército, Bento Pires que também é Coronel. E principalmente Roberto Dias que é acusado em um esquema de corrupção na venda de vacinas superfaturadas.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/07/saiba-quais-sao-os-militares-na-mira-da-cpi-da-covid-do-senado.shtml|titulo=Saiba quais são os militares na mira da CPI da Covid do Senado|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=Folha de S.Paulo}}</ref><ref name=Es>{{Citar web|autor=Beatriz Jucá, Regiane Oliveira, Stephanie Vendruscolo|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-08/cpi-da-pandemia-aponta-para-nucleo-militar-em-escandalos-e-recebe-advertencia-inusual-das-forcas-armadas.html|titulo=CPI aponta para núcleo militar em escândalos e recebe advertência inusual das Forças Armadas|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=EL PAÍS}}</ref>

Após grande repercussão de militares envolvidos em esquemas de corrupção, as [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]] emitiram uma nota com tom intimidador onde eles prometem uma "resposta mais dura" se a CPI continuar revelando esquemas de corrupção dentro das mesmas.<ref name=Es/><ref>{{Citar web|url=https://br.noticias.yahoo.com/forcas-armadas-prometem-reacao-mais-dura-se-cpi-voltar-a-debater-corrupcao-entre-militares-131355836.html|titulo=Forças Armadas prometem reação “mais dura” se CPI voltar a debater corrupção entre militares|data=08-07-2021|acessodata=2021-07-09|website=Yahoo|wayb=20210708133729|urlmorta=sim}}</ref> O presidente da CPI Omar Aziz, um ex-militar, reagiu à nota das Forças Armadas afirmando que não permitirá que elas intimidem os trabalhos da comissão, falando o seguinte: "Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo." Após isso, completou: "A nota é muito desproporcional. Façam mil notas contra mim, mas não me intimidem. Se me intimidam, intimidam essa Casa aqui".<ref>{{Citar web|ultimo=Souza|primeiro=Renato|url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/07/4936181-podem-fazer-mil-notas-mas-nao-me-intimidem-diz-aziz-sobre-militares.html|titulo='Podem fazer mil notas, mas não me intimidem', diz Aziz sobre militares|data=2021-07-07|acessodata=2021-07-09|website=Correio Braziliense}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Megale|primeiro=Bela|url=https://blogs.oglobo.globo.com/bela-megale/post/forcas-armadas-prometem-reacao-mais-dura-caso-cpi-volte-citar-corrupcao-entre-militares.html|titulo=Forças Armadas prometem reação “mais dura” caso CPI volte a citar corrupção entre militares|acessodata=2021-07-09|website=O Globo}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://noticias.r7.com/brasil/ministerio-da-defesa-rebate-aziz-por-fala-na-cpi-acusacao-irresponsavel-07072021|titulo=Ministério da Defesa rebate Aziz por fala na CPI: 'Acusação irresponsável'|data=2021-07-07|acessodata=2021-07-09|website=R7}}</ref>

== Histórico ==
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51156942907).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, conversa e discute documentos com os senadores [[Jean-Paul Prates|Jean Paul Prates]] (PT-RN) e [[Humberto Costa]] (PT-PE), 4 de maio de 2021]]

=== Antecedentes ===
Em 26 de abril de 2021 a [[Casa Civil (Brasil)|Casa Civil]] encaminhou aos ministérios uma lista com 23 acusações contra o Governo Federal. O ministro [[Luiz Eduardo Ramos]] enviou um e-mail para 13 ministérios referente a 23 acusações e críticas sobre o desempenho no combate à pandemia. Na lista entraram acusações de tratamento precoce sem confirmação de eficácia, negligência do governo na compra de vacinas, militarização do Ministério da Saúde, minimização da pandemia no Brasil, ausência de adoção e medidas restritivas para reduzir o contágio pelo vírus. Em resposta, a Casa Civil falou que o documento foi criado para os ministérios prepararem respostas.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/04/25/casa-civil-envia-a-ministerios-lista-com-23-acusacoes-contra-o-governo-no-combate-a-pandemia.ghtml|título=Casa Civil envia a ministérios lista com 23 acusações contra o governo no combate à pandemia|data=25-04-2021|acessodata=26-04-2021|website=G1|wayb=20210425235803}}</ref>

=== Instalação e primeira semana ===
A comissão foi instalada no dia 27 de abril, com a eleição do seu presidente e do vice-presidente. No início da comissão, os senadores votaram o o requisito de 115 pedidos de informação direcionados a diversões órgãos, empresas e governos estaduais.<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/29/cpi-aprova-115-pedidos-de-informacao-de-deslocamentos-de-bolsonaro-a-gastos-de-governos-estaduais|titulo=CPI aprova 115 pedidos de informação: de deslocamentos de Bolsonaro a gastos de governos estaduais|data=29-04-2021|acessodata=2021-05-12|website=Senado Notícias|publicado=Senado Federal|autor=Rodrigo Baptista}}</ref>

=== Segunda semana de trabalho (De 4 a 6 de maio) ===

====Luiz Henrique Mandetta====
O primeiro a ser ouvido pela CPI, no dia 4 de maio, foi Luiz Henrique Mandetta, primeiro ministro da saúde do governo Jair Bolsonaro. Mandetta revelou que, no começo da pandemia, não havia uma campanha de comunicação pública do governo federal, motivo pelo qual começou a dar entrevistas coletivas diárias.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/04/mandetta-diz-a-cpi-que-governo-nao-quis-fazer-campanha-oficial-contra-a-covid.ghtml|titulo=Mandetta diz à CPI que governo não quis fazer campanha oficial contra a Covid|data=04-05-2021|acessodata=2021-05-17|publicado=G1|autor=Pedro Henrique Gomes|autor2=Gustavo Garcia}}</ref> Mandetta entregou uma carta à CPI endereçada ao presidente, na qual pedia a reconsideração do posicionamento adotado pelo governo, "uma vez que a adoção de medidas em sentido contrário poderá gerar colapso do sistema de saúde e gravíssimas consequências à saúde da população".<ref name=MandC/>

====Nelson Teich====

O segundo ministro da saúde do governo Bolsonaro, Nelson Teich, foi ouvido na quarta, 5 de maio.<ref name=Teic/> Durante as seis horas do seu depoimento, o ex-ministro explicou os motivos da sua demissão, motivada por discordâncias com a política do governo.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/05/em-seis-horas-de-depoimento-teich-expoe-a-cpi-divergencias-com-bolsonaro.ghtml|titulo=Em seis horas de depoimento, Teich expõe à CPI divergências com Bolsonaro|data=05-05-2021|acessodata=2021-05-12|publicado=G1|autor=Gustavo Garcia}}</ref> Teich afirmou que, se o governo desse continuidade às suas ações no ministério, o Brasil teria mais vacinas.<ref>{{Citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/05/interna_politica,1263676/teich-na-cpi-da-covid-brasil-poderia-ter-comprado-mais-vacinas.shtml|titulo=Teich na CPI da COVID: Brasil poderia ter comprado mais vacinas|data=2021-05-05|acessodata=2021-05-12|publicado=[[Estado de Minas]]|autor=Ana Mendonça}}</ref>

====Marcelo Queiroga (Primeiro dia)====

No dia seguinte, o quarto e atual ministro da saúde, [[Marcelo Queiroga]], prestou depoimento que foi considerado evasivo e acabou irritando os senadores.<ref name=Quei/> Queiroga negou pressão presidencial em questões técnicas, reconheceu a importância da vacinação e do distanciamento social em detrimento de "tratamentos alternativos" e disse que desconhecia "indícios de guerra química na China".<ref>{{Citar web|url=https://www.dw.com/pt-br/os-principais-pontos-do-depoimento-do-ministro-queiroga-%C3%A0-cpi/a-57454925|titulo=Os principais pontos do depoimento do ministro Queiroga à CPI|data=06-05-2021|acessodata=2021-05-12|website=[[Deutsche Welle]]}}</ref> No dia anterior, o presidente Bolsonaro havia sugerido que a COVID-19 teria surgido numa ação de [[guerra química]] na China;<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/05/em-novo-ataque-bolsonaro-sugere-que-china-faz-guerra-quimica-com-covid.shtml|titulo=Em novo ataque, Bolsonaro sugere que China faz guerra biológica com Covid|data=2021-05-05|acessodata=2021-05-12|publicado=Folha de S.Paulo|autor=Ricardo Della Coletta}}</ref> posteriormente, levantar-se-ia a possibilidade da própria afirmativa ser objeto de inquérito da CPI.<ref>{{Citar web|url=http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/covid-fala-de-bolsonaro-sobre-guerra-qua-mica-pode-ser-investigada-em-cpi/509978|titulo=Covid: fala de Bolsonaro sobre 'guerra química' pode ser investigada em CPI|data=11-05-2021|acessodata=2021-05-12|website=Tribuna do Norte|publicado=[[Tribuna do Norte]]}}</ref> Os senadores consideram as respostas do ministro insuficientes, e planejavam convocá-lo novamente.<ref>{{Citar web|url=https://www.poder360.com.br/congresso/queiroga-deve-ser-convocado-novamente-pela-cpi-da-covid/|titulo=Queiroga deve ser convocado novamente pela CPI da Covid|data=2021-05-10|acessodata=2021-05-12|website=Poder360}}</ref>

O terceiro ministro da saúde, o general [[Eduardo Pazuello]], teve sua presença na CPI marcada inicialmente para o dia 5, mas foi remarcada para o dia 19,<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/04/cpi-da-covid-remarca-depoimento-de-eduardo-pazuello-para-o-proximo-dia-19.ghtml|titulo=CPI da Covid remarca depoimento de Eduardo Pazuello para o próximo dia 19|data=04-05-2021|acessodata=2021-05-12|publicado=G1|autor=Gustavo Garcia|autor2=Sara Resende|autor3=Marcela Mattos|autor4=Pedro Henrique Gomes|numero-autores=1}}</ref> depois que o ex-ministro revelou ter tido contato recente com pessoas que contraíram a COVID-19.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/04/presidente-da-cpi-diz-que-informacao-extra-oficial-e-que-pazuello-nao-ira-a-depoimento-na-quarta.ghtml|titulo=Informação 'extraoficial' é que Pazuello não vai depor nesta quarta, diz presidente da CPI|data=04-05-2021|acessodata=2021-05-15|publicado=G1|autor=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende|autor3=Beatriz Borges}}</ref> Segundo o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, Pazuello buscava evitar ser ouvido pela CPI como testemunha.<ref>{{Citar web|ultimo=Flor|primeiro=Ana|url=https://g1.globo.com/economia/blog/ana-flor/post/2021/05/10/cpi-e-alertada-de-que-pazuello-tenta-evitar-comparecer-ao-depoimento-como-testemunha.ghtml|titulo=CPI é alertada de que Pazuello tenta evitar comparecer ao depoimento como testemunha|data=10/05/2021|acessodata=2021-05-12|website=G1}}</ref> Em 13 de abril de 2021 a Advocacia-Geral da União enviou ao STF um ofício para que o ex-ministro possa ficar em silêncio durante depoimento na CPI e também garantir que fique imune a algumas medidas, como por exemplo, a prisão em caso de descumprimento.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/13/agu-pede-ao-stf-para-garantir-a-pazuello-silencio-diante-de-perguntas-na-cpi.ghtml|título=AGU pede ao STF para garantir a Pazuello silêncio diante de perguntas na CPI|autor=Márcio Falcão e Fernanda Vivas|obra=G1|acessodata=2021-05-13|data=2021-05-13}}</ref> Horas antes, um advogado pediu habeas corpus para Pazuello ao STF e evitar que seja preso caso haja descumprimentos. O ministro sorteado para julgar ambos os casos foi [[Ricardo Lewandowski]].<ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/advogado-pede-hc-ao-supremo-para-impedir-prisao-de-pazuello-na-cpi-da-covid/|título=''Advogado pede HC ao Supremo para impedir prisão de Pazuello na CPI da Covid''|data=13-5-2021|acessodata=15-5-2021|website=O Antagonista}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/lewandowski-vai-analisar-hc-contra-prisao-de-pazuello-na-cpi/|título=''Lewandowski vai analisar HC contra prisão de Pazuello na CPI''|data=13-5-2021|autor=Renan Ramalho|obra=O Antagonista|acessodata=15-5-2021}}</ref> Um dia depois, Lewandowski concedeu o habeas corpus possibilitando que o ex-ministro possa ficar em silêncio, além de evitar a prisão.<ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/urgente-lewandowski-concede-salvo-conduto-para-impedir-prisao-de-pazuello-na-cpi/|título=''Urgente: Lewandowski impede prisão e garante direito de Pazuello ficar calado na CPI''|data=14-5-2021|autor=Renan Ramalho|obra=O Antagonista|acessodata=15-5-2021}}</ref>

=== Terceira semana (De 11 a 13 de maio) ===

====Antônio Barra Torres====
No dia 11 de maio, ocorreu o depoimento do diretor-presidente da [[Agência Nacional de Vigilância Sanitária]] (Anvisa), almirante [[Antônio Barra Torres]], ele disse que uma série de declarações do presidente Bolsonaro iam contra o preconizado pela agência.<ref name=ABT/> Barra Torres negou pressão do governo para a aprovação da [[cloroquina]] para o combate ao coronavírus, mas confirmou a existência de uma proposta para alterar a [[Bula (medicamento)|bula]] do medicamento em uma reunião de ministros.<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57078577|titulo=CPI da Covid: cloroquina não funciona contra doença, mas governo tinha plano para mudar bula, diz presidente da Anvisa|data=11-05-2021|acessodata=12-05-2021|publicado=BBC Brasil}}</ref> Presente nessa reunião estava a médica [[Nise Yamaguchi]], apontada por Barra Torres como uma das cabeças do suposto "Ministério Paralelo da Saúde", grupo independente da administração do ministro Mandetta.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2021/05/11/na-cpi-da-covid-barra-torres-apontara-medica-como-peca-chave-do-ministerio-paralelo-da-saude-do-governo-jair-bolsonaro.ghtml|titulo=Na CPI da Covid, Barra Torres apontará médica como peça-chave do 'Ministério Paralelo da Saúde' do governo Jair Bolsonaro|data=11-05-2021|acessodata=2021-05-12|publicado=G1|autor=Octavio Guedes}}</ref>

====Fábio Wajngarten====

Em 12 de maio de 2021, foi a vez do ex-secretário da [[Secretaria de Comunicação Social]] (SECOM) [[Fábio Wajngarten]] depor na CPI da COVID-19. Durante o inquérito, Wajngarten negou que o Governo Federal tivesse feito ataques a opositores através de uma secretaria de comunicação paralela, popularmente conhecida como ''gabinete do ódio''; negando também que o vereador [[Carlos Bolsonaro]] (Republicanos-RJ) tivesse influência na secretaria durante seu mandato.<ref name=FWA/> Por fim, Wajngarten afirmou que o Ministério da Saúde não tenha sido "incompetente" no processo de aquisição de vacinas, durante uma entrevista a revista [[Veja]].<ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/12/interna_politica,1265907/audio-de-wajngarten-confirma-fala-sobre-incompetencia-em-ministerio.shtml?_gl=1*65xkl8*_ga*ai1jOExLdnBUOHVGR01qWjlUQ3NXUGlVTU1qVk5yWkxydHo1WFZIVm1zaGdDX1BuWnUxNjlNd0twTTh6LWlsXw|título=''Áudio de Wajngarten confirma fala sobre 'incompetência' em ministério''|data=12-05-2021|autor=Roger Dias|obra=[[Estado de Minas]]|acessodata=12-05-2021}}</ref>

Entretanto, o relator da CPI, senador Renan Calheiros, considerou as falas de Wajngarten mentirosas e pediu a prisão dele. Calheiros se referiu a uma campanha com o título: ''O Brasil não pode parar'', veiculada em 2020 no site oficial do Governo Federal. Outra mentira apontada por ele, foi durante a entrevista pela Veja. A própria revista divulgou um áudio de 30 s da entrevista.<ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/12/interna_politica,1265923/renan-pede-prisao-de-wajngarten-por-mentir-no-depoimento-da-cpi-da-covid.shtml|título=''Renan pede prisão de Wajngarten por mentir no depoimento da CPI da COVID''|data=12-05-2021|autor=Roger Dias|obra=Estado de Minas|acessodata=12-05-2021}}</ref> O Senador [[Marcos Rogério]] o repreendeu, falando que Renan Calheiros havia abusado de sua autoridade.<ref>{{Citar web|ultimo=Maia|primeiro=Mateus|url=https://www.poder360.com.br/congresso/vice-lider-do-governo-no-congresso-diz-que-renan-abusou-de-autoridade-em-cpi/|título=Vice-líder do Governo no Congresso diz que Renan abusou de autoridade em CPI|data=2021-05-12|acessodata=2021-05-15|website=Poder 360}}</ref>

Minutos depois, o senador [[Flávio Bolsonaro]] (Republicanos-RJ) discutiu com Calheiros por causa do pedido de prisão.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/12/a-cpi-wajngarten-muda-o-tom-evita-apontar-incompetentes-e-sofre-ameaca-de-prisao.ghtml|título=''À CPI, Wajngarten muda o tom, evita apontar 'incompetência' e sofre ameaça de prisão''|data=12-05-2021|autor=Marcela Mattos|obra=G1|acessodata=12-05-2021}}</ref>

O presidente da CPI Omar Aziz entregou ao [[Ministério Público Federal]] (MPF) o depoimento de Wajngarten. O motivo, foram as supostas mentiras no interrogatório na condição de testemunha.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/12/cpi-pede-ao-ministerio-publico-para-avaliar-se-wajgarten-cometeu-crime-de-falso-testumunho.ghtml|título=''CPI da Covid pede ao MP para avaliar se Wajngarten cometeu crime de falso testumunho''|data=12-05-2021|autor=Gustavo Garcia|obra=G1|acessodata=12-05-2021}}</ref>

====Carlos Murillo====

Em 13 de maio de 2021, foi a vez de Carlos Murillo, representante do laboratório [[Pfizer]], depor como testemunha na CPI da COVID-19.<ref name=CMU/> O executivo confirmou que o vereador Carlos Bolsonaro e o assessor especial da presidência Filipe Martins estiveram presentes na reunião que tratava da compra de 70 milhões de doses.<ref name="CMU" /> A informação sobre ela, foi repassada a Shirley Meschike durante o depoimento de Murillo à CPI.<ref name="CFPA" />

Ele disse que não poderia confirmar a presença dos dois nas reuniões pelas quais não participou. Também chegou a dizer que a empresa somente tratou com "autoridades representadas pelo Governo". O relator da CPI Renan Calheiros ameaçou convocar 2 representantes da Pfizer para prestar esclarecimentos. Duas horas depois, o gerente-geral da farmacêutica confirmou a presença de Carlos e Filipe.<ref name="CFPA">{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/13/pfizer-diz-que-carlos-bolsonaro-e-filipe-martins-participaram-de-reuniao-sobre-vacinas.ghtml|título=Pfizer diz que Carlos Bolsonaro e Filipe Martins participaram de reunião sobre vacinas|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Jéssica Sant'Ana|obra=G1|data=2021-05-13|acessodata=2021-05-13}}</ref>

Também no interrogatório, Murillo afirmou que o Governo Federal não se manifestou sobre a oferta de aproximadamente 1,5 milhão de doses ainda para 2020. Ele disse que o laboratório apresentou 3 propostas de ofertas para o Governo: de 30 ou de 70 milhões de doses cada remessa. As negociações ocorreram em 14, 18 e 26 de agosto de 2020.<ref name="CMGU" /> Numa nova negociação, ele disse também que houve ofertas para o fim de 2020 e todas, com 70 milhões de doses cada. Em 11 e em 24 de novembro, mais precisamente.<ref name="CMGU">{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/13/governo-federal-nao-aceitou-propostas-que-previam-15-milhao-de-doses-de-vacina-ainda-em-2020-diz-pfizer.ghtml?_gl=1*1tri7on*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Governo Federal não aceitou propostas que previam 1,5 milhão de doses da vacina ainda em 2020, diz Pfizer|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Jéssica Sant'Ana|obra=G1|data=2021-05-13|acessodata=2021-05-13}}</ref>

=== Quarta semana (De 18 a 20 de maio) ===

====Ernesto Araújo====

Em 18 de maio de 2021, foi a vez do ex-[[Ministério das Relações Exteriores (Brasil)|ministro das Relações Exteriores]] [[Ernesto Araújo]] depor na CPI da COVID-19. Ele negou que tenha feito ataques massivos a [[China]]. Mas o presidente da CPI o acusou de mentir no interrogatório e pediu para que o país não punisse o Brasil com o atraso nas entregas dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs) para as vacinas.
A senadora [[Kátia Abreu]] (PP-TO) chamou o ex-chanceler de "negacionista compulsivo".<ref name=Ern>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/18/ernesto-cpi.ghtml?_gl=1*1gkvevk*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título= "Jamais promovi nenhum atrito com a China". Diz Ernesto Araújo na CPI da COVID|obra=G1|data=2021-05-18|acessodata=2021-05-18|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Luiz Felipe Barbiéri}}</ref> Araújo também relatou na CPI que o ingresso do país na Covax Facility custou R$ 2,5 bilhões a União e que partiu do ministério da Saúde aderir a "quantidade mínima de doses" no consórcio.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/18/ernesto-diz-que-partiu-do-ministerio-da-saude-da-decisao-de-aderir-a-quantidade-minima-de-doses-no-covax.ghtml?_gl=1*xobac7*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Ernesto diz que partiu do ministério da Saúde a decisão de aderir a quantidade mínima de doses ao Covax Facility|obra=G1|data=2021-05-18|acessodata=2021-05-18|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Luiz Felipe Barbiéri}}</ref>

Sobre as vacinas da Pfizer, Araújo afirmou que sabia da intenção do laboratório vendê-las ao Brasil em setembro de 2020, onde Nestor Forster (embaixador do Brasil nos Estados Unidos) foi o destinatário desta suposta carta e informara ao ex-chanceler 2 dias depois.<ref>{{citar web|url=https://www.istoedinheiro.com.br/araujo-diz-na-cpi-da-covid-que-sabia-sobre-carta-da-pfizer-propondo-vacinas/|título=Araújo diz na CPI da COVID que sabia sobre carta da Pfizer propondo vacinas|data=2021-05-18|acessodata=2021-05-18|obra=IstoÉ}}</ref> Também na CPI, Araújo disse que desconhecia a existência de um ''gabinete paralelo'' na Saúde. Renan Calheiros então sugeriu que o filósofo e escritor [[Olavo de Carvalho]] fosse integrante desse grupo e o indagou a respeito. Araújo se limitou apenas a dizer que era amigo dele, mas que não significou a possibilidade de interferência no ministério.<ref>{{citar web|url=https://www.istoedinheiro.com.br/araujo-diz-na-cpi-da-covid-nada-saber-sobre-aconselhamento-paralelo-de-bolsonaro/|título=Araújo diz na CPI nada saber sobre "aconselhamento paralelo" de Bolsonaro|data=2021-05-18|acessodata=2021-05-18|obra=IstoÉ}}</ref>

====Eduardo Pazuello (Primeiro dia)====

Em 19 de maio de 2021, foi a vez de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde depor na CPI da COVID-19. Na primeira pergunta feita pelo relator Renan Calheiros, Pazuello lembrou da decisão do Supremo Tribunal Federal, que deu autonomia para os 3 poderes Executivos (estados, municípios e a União sendo que este último conduzisse medidas para o enfrentamento da pandemia) e disse que o mandado "limitou" as ações do Governo Federal e citou diversos números de repasses para estados e municípios para as secretarias de Saúde. Também no interrogatório, ele disse que o ministério adotou "total transparência" nas contas e que a estratégia de comunicação foi voltada aos mais vulneráveis.<ref name="Paz">{{Citar web|url=https://www.istoedinheiro.com.br/em-fala-inicial-na-cpi-da-covid-pazuello-resgata-temas-polemicos-de-bolsonaro/|título=Em fala inicial na CPI da Covid, Pazuello resgata temas polêmicos de Bolsonaro|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Isto É Dinheiro}}</ref>
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51189717346).jpg|miniaturadaimagem|244x244px|Ex-ministro da saúde General Eduardo Pazuello em sua oitiva, ele foi o ministro que ficou mais tempo no cargo durante a pandemia de covid-19]]
Pazuello disse também no depoimento que sempre teve autonomia para tomar decisões na pasta. Ainda falou que sua relação com o presidente Jair Bolsonaro sempre foi de "amizade simples" sem ter proximidade maior com o mandatário e sua indicação foi feita com generais oficiais que trabalham junto ao Governo.<ref>{{Citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/19/interna_politica,1268113/amp.html?_gl=1*10vi1lk*_ga*ai1jOExLdnBUOHVGR01qWjlUQ3NXUGlVTU1qVk5yWkxydHo1WFZIVm1zaGdDX1BuWnUxNjlNd0twTTh6LWlsXw..|título=Pazuello diz que, como ministro, teve 100% de autonomia para montar equipe|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Estado de Minas}}</ref>

Sobre as aquisições das vacinas [[CoronaVac]], o general não respondeu sobre os desmandos do presidente pela compra de 46 milhões de doses.<ref name="ContrP">{{Citar web|ultimo=Calcagno|primeiro=Luiz|url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/4925501-pazuello-se-contradiz-sobre-relacionamento-com-bolsonaro-no-combate-a-pandemia.html?_gl=1*b9u5qw*_ga*Y1JuV0VYc1lGRHUtUGNvTE01Q09ZZGRjdVY4eDZXZzQxaUQycHpZTTM1UVA3dDhkWGd3czkweTVKTjJhRmc1bQ.|título=Pazuello se contradiz sobre relacionamento com Bolsonaro no combate à pandemia|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Correio Braziliense}}</ref> No depoimento, Pazuello também disse que Bolsonaro ouvia outras pessoas não integrantes do ministério mas negou que houvesse um ''gabinete paralelo'' na Saúde. Renan Calheiros questionou o ex-ministro sobre esse "aconselhamento paralelo". O militar disse que falaria para colocar "uma pedra nesse assunto".<ref name=ContrP/>

Sobre a demora da aquisição das vacinas da [[Pfizer]], Pazuello disse que recebeu recomendações contrárias do TCU, da AGU e da CGU sobre a compra do imunizante.<ref>{{Citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/19/interna_politica,1268308/tcu-desmente-pazuello-e-diz-que-nunca-recomendou-recusa-a-vacina-da-pfizer.shtml|título=TCU desmente Pazuello e diz que nunca recomendou recusa à vacina da Pfizer|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Estado de Minas}}</ref> O Tribunal de Contas da União rebateu as respostas de Pazuello sobre a Pfizer e informou em nota à CPI que nenhum parecer do tipo foi enviado e que era urgente a compra das doses pela crise sanitária causada pela COVID-19.<ref name="Err">{{Citar web|ultimo=Souza|primeiro=Renato|url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/05/4925519-tcu-desmente-pazuello-durante-depoimento-do-general-na-cpi-da-covid.html|título=TCU desmente Pazuello durante depoimento do general na CPI da Covid|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Correio Braziliense}}</ref> O ex-ministro então, se corrigiu e se referiu ao relatório da [[Controladoria-Geral da União]]; todavia foi desmentido por [[Eduardo Braga]].<ref name=Err/>

Sobre a crise sanitária no Amazonas, Pazuello relatou que ainda em janeiro fez a entrega de oxigênio. Segundo ele, tinha total conhecimento do colapso em 10 de janeiro e teria entregue 6 dias antes das pessoas morrerem pela falta do gás.<ref>{{Citar web|ultimo=Werneck|primeiro=Natasha|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/19/interna_politica,1268162/amp.html|título=CPI da COVID: Pazuello afirma que antecipou entrega de oxigênio para Manaus|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=Estado de Minas}}</ref> Esta declaração irritou os senadores. Renan Calheiros afirmou que o ex-ministro "mentiu muito" no depoimento argumentando que ele fez manobras para não responder as perguntas relatadas.<ref>{{Citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57174281.amp|título=CPI da Covid: 'Ele mentiu muito', diz relator sobre primeiro dia de depoimento de Pazuello|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=BBC Brasil}}</ref> Já o senador Eduardo Braga criticou duramente as falas de Pazuello sobre o colapso pela falta de oxigênio no Amazonas. Disse que as mortes no estado ocorreram por vários dias no início do ano e Manaus foi a cidade mais afetada pela segunda onda. Ele também criticou a recusa do Governo sobre as doações de oxigênio feitas pela [[Venezuela]] ao não enviar um avião da [[Força Aérea Brasileira]] ao país.<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/19/pazuello-diz-que-estoque-de-oxigenio-em-manaus-ficou-negativo-por-3-dias-senador-rebate-informacao-mentirosa.ghtml?_gl=1*17vifxp*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Pazuello diz que faltou oxigênio em Manaus por 3 dias; senador contesta: 'Informação mentirosa'|data=2021-05-19|acessodata=2021-05-19|website=G1}}</ref>

====Eduardo Pazuello (Segundo dia)====

No segundo dia do interrogatório, Pazuello finalmente disse sobre a recusa de aquisições da vacina CoronaVac.
Ele disse que o presidente "nunca" falou com ele pessoalmente sobre a aquisição do imunizante chinês. Segundo ele, a demora aconteceu por causa da falta de uma medida provisória que possibilitasse a compra. A declaração irritou os senadores. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) disse que Pazuello assumia a responsabilidade sobre as vacinas mesmo ter presenciado a intenção de compra de 46 milhões de doses ao CONASS. Já Otto Alencar, disse que ontem Pazuello havia dito que o presidente o orientou a comprar o insumo. Porém não comprou, já que naquele momento, estava subordinado a Jair Bolsonaro.<ref name="Preser">{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Garcia|primeiro2=Gustavo|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/20/no-segundo-dia-na-cpi-pazuello-se-busca-preservar-bolsonaro-afirmam-senadores.ghtml|título=No segundo dia na CPI, Pazuello se preocupou em preservar Bolsonaro, afirmam senadores|data=2021-05-20|acessodata=2021-05-21|website=G1}}</ref>

Pazuello quis preservar o presidente sobre as suas declarações públicas contrárias ao distanciamento social, uso de máscara e [[álcool 70|álcool 70° INPM]]. Alessandro Vieira perguntou ao militar se ele não tinha convencido o presidente a mudar de ideia sobre tais declarações. O ex-ministro então, respondeu que "não existem comprovações científicas dos benefícios do uso de máscara, álcool 70° INPM e o distanciamento social". Também disse que tais medidas "realmente necessárias" eram medidas preventivas.<ref name=Preser/>

Sobre o colapso sanitário do Amazonas, Pazuello culpou a empresa [[White Martins]], produtora e distribuidora de [[Oxigenoterapia|oxigênio para uso medicinal]], e as secretarias municipais e estadual de Saúde pelo caos. Segundo ele, a pasta foi "proativa" sobre a falta de oxigênio. Em nota divulgada a imprensa, a secretaria estadual de saúde do estado, informou que monitorava a demanda do gás e em dezembro de 2020, e a White Martins não havia se manifestado sobre dificuldades logísticas para manter o abastecimento em hospitais. Segundo o portal [[G1]], em 24 de dezembro de 2020, a empresa informou em nota que monitorava o crescimento anormal da demanda do gás em Manaus e solicitou informações a secretaria de saúde estadual sobre a demanda. Ainda na nota, a empresa informou que o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello se reuniu com seus executivos e o comitê estadual para uma reunião em 11 de janeiro de 2021.<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/20/pazuello-cpi-2.ghtml?_gl=1*krkdrr*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Pazuello atribui responsabilidade por falta de oxigênio em Manaus a empresa e à secretaria de Saúde|data=2021-05-20|acessodata=2021-05-21|website=G1}}</ref>

O relator Renan Calheiros disse que "nunca viu uma pessoa mentir tanto numa CPI como Pazuello" e citou pelo menos 15 informações supostamente falsas.<ref>{{Citar web|url=https://www.poder360.com.br/congresso/renan-calheiros-aponta-15-afirmacoes-falsas-de-pazuello-na-cpi-da-covid/|título=Renan Calheiros aponta 15 "afirmações falsas" de Pazuello na CPI da Covid|data=2021-05-21|acessodata=2021-05-21|website=Poder360}}</ref>

=== Quinta semana (25 e 27 de maio) ===

====Mayra Pinheiro====

Em 25 de maio de 2021, foi a vez da secretária de gestão e trabalho do ministério da Saúde Mayra Pinheiro (conhecida como "''capitã cloroquina''") depor na CPI da COVID-19.<ref>{{Citar web|ultimo=Pompeu|primeiro=Lauriberto|ultimo2=Shalders|primeiro2=André|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,depoimento-de-capita-cloroquina-a-cpi-reforca-tese-de-omissao-de-bolsonaro-na-crise-do-amazonas,70003726326|título=Depoimento de ‘capitã cloroquina’ à CPI reforça tese de omissão de Bolsonaro na crise do Amazonas|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=Estadão}}</ref>

Ela defendeu o "tratamento precoce" com medicamentos sem eficácia comprovada contra o [[Sars-CoV-2]] (cloroquina, [[azitromicina]], ivermectina) no interrogatório, porém dizendo que nunca determinou ao ministério o uso dos fármacos e estabeleceu "uso de doses seguras" prescritas pelos médicos. Renan Calheiros a questionou se o presidente da República a pressionou e ela disse que não.<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Barbiéri|primeiro3=Luiz Felipe|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/25/mayra-pinheiro-secretaria-da-saude-inicia-depoimento-na-cpi-da-covid.ghtml?_gl=1*yjl69b*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Secretária argumenta na CPI que ministério não indica 'tratamento precoce', mas sim dá orientações|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=G1}}</ref> Sobre o colapso sanitário do Amazonas, Mayra disse que o ministério da Saúde "não tinha nenhuma responsabilidade" pelo caos e culpou a COVID-19.<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Barbiéri|primeiro3=Luiz Felipe|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/25/secretaria-diz-que-ministerio-teve-nenhuma-responsabilidade-sobre-situacao-de-manaus-e-do-virus.ghtml|título=Secretária diz que ministério teve 'nenhuma responsabilidade' sobre situação de Manaus e culpa vírus|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=G1}}</ref>

Sobre o aplicativo "TrateCov", Pinheiro disse que não houve invasão hacker no aplicativo mas sim uma "extração indevida dos dados". Esta declaração contradiz Eduardo Pazuello, que afirmou em depoimento que o aplicativo "foi roubado por um hacker". A plataforma foi descontinuada pelo ministério sob a alegação de ela recomendar o "tratamento precoce" da COVID, mesmo a pessoa não estar com sintomas aparentes. Ela ainda acusou a imprensa de acessar o aplicativo, "vazar" as supostas falhas e divulgar conteúdo "fora do contexto".<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Beatriz|primeiro2=Borges|ultimo3=Barbiéri|primeiro3=Luiz Felipe|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/25/secretaria-diz-que-tratecov-nao-foi-hackeado-nem-modificado-extracao-indevida-de-dados.ghtml?_gl=1*atm2yl*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Secretária diz que TrateCov não foi hackeado nem modificado: 'extração indevida de dados'|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=G1}}</ref>

Houve um comentário do relator Renan Calheiros, comparando a CPI da Pandemia ao [[Tribunal de Nuremberg]], que julgara os crimes [[nazistas]]. A declaração irritou os senadores da base governista. O relator negou que tenha ofendido os [[judeus]] com seu comentário e apenas "comparou" duas situações-problema ao "negacionismo" na pandemia.<ref>{{Citar web|url=https://www.infomoney.com.br/politica/renan-compara-depoimentos-na-cpi-da-covid-a-negacao-do-nazismo-e-governistas-reagem/|título=Renan compara depoimentos na CPI da Covid à negação do nazismo e governistas reagem|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=InfoMoney}}</ref> Logo depois, Calheiros disse que há semelhanças entre o comportamento de autoridades brasileiras em meio à comissão e o do marechal [[Hermann Göring]], considerado o número dois de [[Adolf Hitler]]. A [[Confederação Israelita do Brasil]] (Conib) repudiou as falas de Renan sobre o [[Holocausto]].<ref>{{Citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/confederacao-israelita-repudia-fala-de-renan-sobre-holocausto/|título=Confederação Israelita repudia fala de Renan sobre holocausto|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=O Antagonista}}</ref>

O senador Randolfe Rodrigues divulgou na CPI um áudio de Mayra criticando duramente os trabalhos da [[Fiocruz]] sobre suas políticas dizendo que todos os integrantes eram de esquerda, que havia um [[pênis]] na porta da instituição, tapetes com a figura do [[Che Guevara]] e salas com figuras dos movimentos ''[[Lula Livre]]'' e [[Assassinato de Marielle Franco|''Marielle Vive'']].<ref>{{Citar web|ultimo=Mendonça|primeiro=Ana|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/25/interna_politica,1270107/randolfe-reproduz-audio-de-mayra-penis-na-porta-e-figuras-do-che.shtml|título=Randolfe reproduz áudio de Mayra: 'Pênis na porta' e 'Figuras do Che'|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=Estado de Minas}}</ref>

A polícia Legislativa do Senado abriu investigação contra um colunista da [[Folha de S.Paulo]] sobre uma reportagem veiculada. Os senadores [[Luis Carlos Heinze]] e [[Eduardo Girão]] foram os idealizadores da oitiva.<ref>{{Citar web|ultimo=Vargas|primeiro=Mateus|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/05/bolsonaristas-da-cpi-reclamam-de-artigo-e-policia-do-senado-abre-investigacao-contra-colunista-da-folha.shtml|título=Bolsonaristas da CPI reclamam de artigo, e Polícia do Senado abre investigação contra colunista da Folha|data=2021-05-25|acessodata=2021-05-25|website=Folha de S.Paulo}}</ref>

==== Apreciação de Requerimentos ====
Em 26 de maio de 2021, a CPI do Coronavírus realizou oitiva e aprovou a convocação dos governadores [[Helder Barbalho]] (MDB-PA), [[Carlos Moisés]] (PSL-SC), [[Wilson Miranda Lima|Wilson Lima]] (PSC-AM), [[Waldez Góes]] (PDT-AP), [[Marcos Rocha (político)|Marcos Rocha]] (Sem partido-RO), [[Antônio Denarium]] (Sem partido-RR), [[Mauro Carlesse]] (PSL-TO) e [[Wellington Dias]] (PT-PI/Presidente do CONASS).<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Barbiéri|primeiro3=Luiz Felipe|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/26/cpi-aprova-convocacao-de-governadores.ghtml?_gl=1*16kpmyn*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=CPI aprova convocação de governadores|data=2021-05-26|acessodata=06/08/2021|obra=G1}}</ref> O ex-governador do RJ [[Wilson Witzel]] (PSC), o empresário [[Carlos Wizard]] e os ex-assessores da presidência Arthur Weintraub (irmão do ex-ministro da Educação [[Abraham Weintraub]]) e Filipe Martins também serão convocados. A CPI aprovou também a reconvocação do ministro da Saúde Marcelo Queiroga e do ex-titular da pasta Eduardo Pazuello.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Barbiéri|primeiro3=Luiz Felipe|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/26/cpi-da-covid-reconvoca-pazuello-e-queiroga.ghtml?_gl=1*1j771do*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=CPI da COVID reconvoca Pazuello e Queiroga|data=2021-05-26|acessodata=06/08/2021|obra=G1}}</ref>

Em 28 de maio de 2021, 17 governadores e do Distrito Federal foram ao STF para impedir que sejam interrogados na CPI, sob argumento de que tal ato é "abusivo" e "fere a separação de poderes".<ref>{{citar web|ultimo=Angelo|primeiro=Tiago|ultimo2=Nicholas|primeiro2=Shores|url=https://www.poder360.com.br/justica/governadores-acionam-stf-para-barrar-convocacoes-na-cpi-da-covid/|título=Governadores acionam STF para barrar convocações na CPI da COVID|data=2021-05-28|acessodata=2021-05-31|obra=Poder360}}</ref>

====Dimas Covas====

Em 27 de maio de 2021, foi a vez de [[Dimas Covas]], presidente da [[Instituto Butantan|Fundação Butantan]] depor na CPI da COVID-19.<ref name=DC/>

No interrogatório, acusou o presidente Jair Bolsonaro pelo atraso na negociação da vacina CoronaVac. Na época, Bolsonaro afirmou numa coletiva de imprensa que o imunizante não seria comprado por "razões pessoais". Disse também que tratou com Eduardo Pazuello a negociação das 46 milhões de doses numa reunião do CONASS. Segundo Covas, o instituto ofertou 100 milhões de doses em outubro de 2020 mas não havia recebido nenhuma resposta de representantes do Ministério. Renan Calheiros divulgou um vídeo com declarações do presidente da República contrárias a vacina.<ref>{{Citar web|ultimo=Martins|primeiro=Andréia|ultimo2=de Andrade|primeiro2=Hanrrikson|ultimo3=Amaral|primeiro3=Luciana|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/05/27/dimas-butantan-ofereceu-100-milhoes-de-doses-de-vacina-ao-governo.htm|título=Bolsonaro atrapalhou negociações da CoronaVac, afirma Dimas Covas|data=2021-05-27|acessodata=2021-05-27|website=Uol }}</ref>

Afirmou ainda que o Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a vacinar, mas que ocorreram "percalços" no caminho. Também disse que a convocação de voluntários foi afetada devido as "''fake news''" divulgadas nas redes sociais sobre a CoronaVac.<ref>{{Citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/05/27/dimas-covas-cpi.ghtml|título=Sem 'percalços' no contrato com governo, país teria sido primeiro a vacinar, diz Dimas Covas à CPI|data=2021-05-27|acessodata=2021-05-27|website=G1}}</ref>

Sobre a possibilidade de uma dose de reforço da CoronaVac devido sua baixa eficácia, Dimas disse que enxerga a necessidade de uma terceira dose para imunizar idosos e comórbidos devido as variantes do Sars-CoV-2. Explicou também que o prazo de 28 dias entre 2 doses é o "ideal" para completar o estágio vacinal. Houve discussão entre o senador Marcos Rogério e o presidente da CPI Omar Aziz. Rogério perguntou a Dimas se as declarações de [[João Dória]] atrapalharam as tratativas da China para aquisição de vacinas. Logo depois, um áudio do governador de SP foi divulgado.<ref>{{Citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/05/27/interna_politica,1270895/dimas-covas-na-cpi-dose-de-reforco-sera-necessaria-para-todas-as-vacinas.shtml|título=Dimas Covas na CPI: 'Dose de reforço será necessária para todas as vacinas'|data=2021-05-27|acessodata=2021-05-27|website=Estado de Minas}}</ref>

=== Sexta semana (1° e 2 de junho) ===

====Nise Yamaguchi====

Em 1 de junho de 2021, [[Nise Yamaguchi]] depôs na condição de convidada. Apontada como integrante de um denominado "gabinete paralelo na Saúde", que supostamente aconselhava Bolsonaro a tomar decisões no enfrentamento da pandemia, a médica negou a imputação, afirmando que era apenas convidada como colaboradora eventual.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/01/nise-diz-que-nao-participa-e-desconhece-existencia-de-gabinete-paralelo.ghtml?_gl=1*ko28z6*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Nise diz que não participa e desconhece existencia de 'gabinete paralelo'|acessodata=2021-06-01|data=2021-06-01|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Jamile Calil|obra=G1}}</ref> Yamaguchi afirmou manter a opinião de que não era necessário vacinar a população de forma aleatória, bem como alegou que os médicos que defendiam o tratamento precoce, o qual incluía o uso da cloroquina, eram perseguidos politicamente.<ref>{{citar web|url=https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2021-06-01/cpi-covid-houve-conspiracao-politica-contra-tratamento-precoce-diz-nise.html|título=CPI da COVID: "Houve conspiração política contra tratamento precoce", diz Nise|acessodata=2021-06-01|data=2021-06-01|autor=Luiz Gontijo|obra=IG}}</ref><ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/01/fala-de-nise-yamaguchi-sobre-vacina-gera-tumulto-na-cpi-da-covid.ghtml|título=Fala de Nise Yamaguchi sobre vacina gera tumulto na CPI|acessodata=2021-06-01|data=2021-06-01|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Jamile Calil|obra=G1|publicado=Grupo Globo}}</ref> Também negou que tenha proposto alterar a bula da cloroquina para incluir o seu uso no tratamento da COVID-19, contradizendo as declarações de Antônio Barra Torres e de Mandetta.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/06/01/nise-nega-a-cpi-da-covid-ter-indicado-alteracao-de-bula-da-cloroquina.htm|título=Nise nega a CPI da COVID ter indicado alteração da bula da cloroquina|acessodata=2021-06-01|data=2021-06-01|autor1=Ana Carla Bermúdez|autor2=Rayanne Albuquerque|autor3=Hanrrikson de Andrade|obra=UOL}}</ref> Em um momento mais tenso da sessão, uma assessora de Nise foi expulsa da CPI por "pedir respeito" à médica durante o intervalo, discutindo com senadores.<ref>{{citar web|url=https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/06/01/assessora-de-nise-e-expulsa-da-cpi-da-covid-apos-discussao-com-senadores.ghtml|título=Assessora de Nise é expulsa da CPI da COVID após discussão com senadores|acessodata=2021-06-03|data=2021-06-01|autor1=Renan Truffi|autor2=Marcelo Ribeiro|autor3=Vandson Lima|autor4=Murillo Camarotto|obra=Valor Econômico|numero-autores=1}}</ref>

====Luana Araújo====

Em 2 de junho de 2021, Luana Araújo depôs na condição de convidada, na posição de médica [[Infectologia|infectologista]], indicada para assumir a pasta da secretaria de enfrentamento à COVID do Ministério da Saúde, mas não teve sua nomeação aprovada. Sobre suas duras falas do ano de 2020 contra o uso de medicamentos do "''kit-covid''", explicou que na Medicina as evidências tiram da responsabilidade individual do profissional um juízo de valor sobre a situação e que o chamado "''tratamento precoce''" é "''uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente''".<ref>{{citar web|ultimo=Prudenciano|primeiro=Gregory|ultimo2=Barcellos|primeiro2=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/02/tratamento-delirante-vanguarda-da-estupidez-as-frases-de-luana-araujo-a-cpi|titulo=Tratamento delirante, vanguarda da estupidez: as frases de Luana Araújo à CPI|data=2021-06-02|acessodata=2021-06-10|website=CNN Brasil}}</ref> Quanto à sua não nomeação, a médica disse não ter recebido explicações e que foi ao gabinete do ministro Queiroga, tendo sido comunicada que não havia dúvida sobre sua capacidade técnica, mas que teria que desistir da nomeação, que não teria sido aprovada, sem maiores explicações.<ref name=":1" />

O senador [[Marcos do Val]], suplente da comissão, utilizou seu tempo para questionar que os senadores trataram bem a infectologista Luana em contraste com oncologista Nise Yamaguchi, que fora convidada no dia anterior. O senador também a acusou de estar se colocando como "dona da verdade", não tendo o direito de desmerecer o trabalho de outros médicos que defendem o tratamento precoce. A infectologista respondeu que não era a "dona da verdade", mas sim representando uma classe de cientistas e entidades. Outros senadores que apoiam o presidente não concordaram com as falas científicas da médica. O senador [[Marcos Rogério]] utilizou a fala da médica contra o chamado "tratamento precoce" para dizer que ela era contrária à ida ao médico. Luana explicou que diagnóstico precoce é diferente de tratamento precoce e esclareceu que profilaxia é impedir que a pessoa adoeça ou diminua o risco de adoecer, e que em termos de pandemia de COVID-19, refere-se à intervenção vacinal, associada a outras estratégicas não farmacológicas, como uso de máscara e distanciamento social.<ref name=":1" />

=== Sétima semana (De 8 a 10 de junho) ===
{{AP|Caso Covaxin}}

====Marcelo Queiroga (Segundo dia)====
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (51235450810).jpg|miniaturadaimagem|ministro da saúde Marcelo Queiroga durante seu 2º depoimento na comissão]]
Em 8 de junho, o ministro Queiroga depôs pela segunda vez. Este tomou uma posição assertiva quanto à defesa de medidas não farmacológicas, uso de vacina e a não existência de evidências científicas para o tratamento precoce.<ref name=":5">{{citar web|ultimo=Mori|primeiro=Leticia|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57403928|titulo=CPI da Covid: Não sou censor do presidente da República, diz ministro Queiroga|data=2021-06-08|acessodata=2021-06-10|website=BBC News Brasil}}</ref><ref name=":6">{{citar web|ultimo=Prudenciano|primeiro=Gregory|ultimo2=Barcellos|primeiro2=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/08/copa-america-coronavac-luana-e-mayra-pinheiro-veja-falas-de-queiroga-na-cpi|titulo=Veja falas de Queiroga na CPI|data=2021-06-08|acessodata=2021-06-10|website=CNN Brasil}}</ref> A posição científica do ministro desagradou os senadores pró Bolsonaro.<ref name=":5" /> Pelo relator, Queiroga foi questionado se orienta o presidente ao uso de máscara. O ministro respondeu que as orientações são para todos, e complementou afirmando ser o ministro da Saúde e não "censor do presidente".<ref name=":5" /> Quanto à desistência da nomeação da infectologista Luana Pinheiro, o ministro apresentou uma versão diferente da colocada pela doutora na semana anterior. Afirmou que a não nomeação foi decisão exclusiva dele devido à não harmonização dos pensamentos científicos defendidos por ela com os da classe médica. Complementou que o nome da Luana havia sido aprovado pela [[Casa Civil (Brasil)|Casa Civil]], em contradição com o que Luana relatou. Sobre a compra de vacinas, Queiroga até então não havia aceito a compra de 30 milhões de doses da CoronaVac produzidas pelo Instituto Butantan, mas afirmou que havia conversado pessoalmente com [[Dimas Covas]], diretor do Instituto, sobre a compra da vacina.<ref name=":6" />

====Élcio Franco====

Em 9 de junho, o ex-secretário Élcio Franco depôs como testemunha. O depoimento começou com atraso de uma hora, devido a uma pequena seção deliberativa para aprovações de depoimentos e requerimentos em que o senador Jorginho Mello pediu que a quebra de sigilo telefônico e telemático fosse votada no dia seguinte. O presidente Omar Aziz acatou o pedido.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Barcellos|primeiro2=Renato|ultimo3=Zucchi|primeiro3=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/09/cpi-da-pandemia-ouve-elcio-franco-numero-2-da-saude-na-gestao-pazuello|titulo=Franco diz à CPI que pode ter havido supernotificação de óbitos por Covid-19|data=2021-06-09|acessodata=2021-06-10|website=CNN Brasil}}</ref> O coronel Élcio negou o conhecimento do chamado "gabinete das sombras", mas afirmou conhecer e ter se encontrado com alguns membros como Nise Yamaguchi, Arthur Weintraub, Osmar Terra e Carlos Wizard. O coronel foi questionado principalmente sobre a compra de vacinas. Quando perguntado pelo relator Renan Calheiros, Élcio deu como explicações para o atraso na compra de vacinas, a incerteza na eficácia das vacinas e a falta de legislação para comprar vacinas não aprovadas pela Anvisa. O coronel chamou a fase três do desenvolvimento de vacinas de ''"cemitério de vacinas''", o que provocou criticas por outras vacinas (e.g. Covaxin.<ref>{{citar web|ultimo=Costa|primeiro=Anna Gabriela|url=https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/25/ministerio-da-saude-assina-contrato-para-compra-de-20-milhoes-da-covaxin|titulo=Ministério da Saúde assina contrato para compra de 20 mi de doses da Covaxin|data=2021-02-25|acessodata=2021-06-10|website=CNN Brasil}}</ref>) terem sido compradas mesmo antes de entrar na fase três. O senador Eduardo Braga criticou duramente esse atraso. Quanto à tese de deixar o vírus se espalhar livremente pela população, Élcio disse que nunca havia sido discutida na área técnica, a ideia de imunidade de rebanho e que se conhecia a gravidade da pandemia, devendo haver campanhas anuais de vacinação.

Sobre a compra de vacinas da Pfizer, Élcio Franco explicou as cláusulas de contrato foram um dos motivos para o atraso da compra de vacinas que inclusive exigia uma lei que garantisse a compra de vacinas. Dessas cláusulas, destacou a não responsabilidade por efeitos adversos da vacina e a obrigatoriedade da assinatura do presidente. O próprio coronel foi a publico declarar que o governo não assinaria essas cláusulas ditas "''leoninas''", e foi questionado pela senadora Eliziane Gama se essa atitude não atrapalhou a negociação com a Pfizer; contrariamente Élcio respondeu que a fala dele faz parte de uma pressão do governo contra a empresa e que foi uma estratégia de ''business'' da negociação.<ref>{{citar web|url=https://www.estadao.com.br/ao-vivo/cpi-covid-ouve-elcio-franco/729874|titulo=CPI da Covid: Acompanhe o depoimento de Élcio Franco, ex-secretário de Pazuello|data=2021-06-09|acessodata=2021-06-10|website=Estadão}}</ref> Quanto à perda de oportunidades de comprar a vacina da Pfizer mais cedo e mais baratas, o senador Randolfe questionou porque foi retirada somente a assinatura do presidente em uma minuta de medida provisória que permitiria comprar a vacina da Pfizer. Élcio confessou que a falta de consenso partiu do Ministério da Economia.

Em 10 de junho, o governador do Amazonas Wilson Lima foi convocado como testemunha e recorreu ao Supremo Tribunal Federal para obter um ''habeas corpus'' para não comparecer, por estar sendo investigado pela [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]]. O dia foi tomado por uma seção deliberativa para votações de requerimentos. No entanto, a seção foi tumultuada devido à decisão do STF, suspendendo o depoimento de Wilson Lima, e ao requerimento de quebras de sigilo. Inicialmente, o senador Marcos Rogério interrompeu a seção por mais de vinte minutos sobre a queixa de que era inconstitucional a interferência do STF e que todos deveriam ser investigados. Por outro lado, quanto aos requerimentos de quebra de sigilo telefônico, o senador foi contrário e pediu uma questão de ordem para retirada dos requerimentos alegando falta de motivação e invalidade desse pedido. O senador e professor de direito Fabiano Contarato explicou a validade do pedido. O senador e presidente da comissão Omar Aziz indeferiu a questão apresentada e explicou que os requerimentos estariam devidamente fundamentados.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Zucchi|primeiro2=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/10/sem-depoimento-de-lima-cpi-inicia-trabalhos-com-plano-b|titulo=Sem depoimento de Lima, CPI recorre a 'plano B' e vota requerimentos|data=2021-06-10|acessodata=2021-06-10|website=CNN Brasil}}</ref>

====Natália Pasternak e Cláudio Maierovich====

Em 11 de junho, foram ouvidos a [[Microbiologia|microbiologista]] e divulgadora científica [[Natalia Pasternak]] e o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa, Cláudio Maierovitch.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/senado-cpi-da-pandemia.ghtml#G1-FEED-HARD-item-sel-21,rec-user-24h,44d7e7c1-1ba4-4265-948a-48d331246b29|titulo=CPI da Covid ouve Natalia Pasternak e Cláudio Maierovitch|data=2021-06-11|acessodata=2021-06-11|publicado=G1}}</ref> Na sua fala inicial, Natalia utilizou seu tempo para explicar a importância da ciência e a diferença entre estudos [[Duplo-cego|laboratoriais]] e de estudos observacionais, focando na falta de evidências sólidas para uso do tratamento precoce, mostrando estudos datados do meio do ano de 2020. Maierovitch mostrou pesquisas comprovando que o Brasil era um dos países mais preparados para possíveis epidemias, e contrastou com outro estudo que mostrou o Brasil como o pior país no combate da pandemia. O senador Renan Calheiros criticou as falas presidenciais dos dias 9 e 10 de junho sobre a não eficácia de vacina e o não uso de máscara. Em resposta ao senador Randolfe Rodrigues, a pesquisadora e o médico afirmaram que não estava no momento de deixar de utilizar máscara e flexibilizar medidas de isolamento. Natalia explicou que esse tipo de medida deve ser baseada do número de casos de COVID e não no número de vacinados.

Em resposta ao senador Renan Calheiros sobre tratamentos, o médico sanitarista lembrou a aprovação da lei para o uso da [[fosfoetanolamina]] para o combate de câncer do então deputado federal Jair Bolsonaro em 2016.<ref name=":7">{{citar web|ultimo=Oliveira|primeiro=Marina|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/saude/stf-julga-inconstitucional-lei-de-bolsonaro-que-autoriza-pilula-do-cancer/|titulo=STF julga inconstitucional lei de Bolsonaro que autoriza pílula do câncer|data=2020-10-26|acessodata=2021-06-11|website=Congresso em foco}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Lindner|primeiro=Julia|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-aprova-dois-projetos-em-26-anos-de-congresso,70001900653|titulo=Bolsonaro aprova dois projetos em 26 anos de Congresso|data=2017-07-23|acessodata=2021-06-11|website=Estadão}}</ref> Natalia complementou que nessa ocasião custou dez milhões para o estado de São Paulo, e que a medida foi aprovada por clamor popular e não por motivação científica. Posteriormente foi mostrada a não efetividade desse composto químico contra o câncer, e a lei foi julgada inconstitucional pelo STF em 2020.<ref name=":7" /> Em critica ao "kit COVID", Maierovitch alertou sobre o perigo de uso irresponsável de antibióticos, como a [[azitromicina]], que poderia levar à resistência aos antibióticos pelas bactérias.

=== Oitava semana (De 15 a 18 de junho) ===

====Marcellus Campelo====
Em 15 de junho, foi ouvido o ex-secretário de saúde do Amazonas. O engenheiro civil Marcellus Campelo adotou uma fala calma e não apontou erros em sua gestão, "''Fizemos o que podíamos com verbas disponíveis''".<ref name=":8">{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Satie|primeiro2=Anna|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|ultimo4=Zucchi|primeiro4=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/15/cpi-da-pandemia-ouve-marcellus-campelo-ex-secretario-de-saude-do-am|titulo=Ex-secretário de Saúde do AM relata pedido de ajuda a Pazuello em 7 de janeiro|data=2021-06-15|acessodata=2021-06-16|publicado=CNN|numero-autores=1}}</ref> O ex-secretário fora perguntado sobre a crise de falta de oxigênio no estado,<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/15/ex-secretario-do-amazonas-diz-que-em-7-de-janeiro-pediu-ajuda-de-pazuello-para-transportar-oxigenio-de-belem-a-manaus.ghtml#G1-FEED-HARD-item-sel-21,rec-user-24h,5e6bb94f-c7a1-4d3b-bf0d-3f66f22e3bce|titulo=Ex-secretário do Amazonas diz que em 7 de janeiro pediu ajuda de Pazuello para transportar oxigênio de Belém a Manaus|data=2021-06-15|acessodata=2021-06-15|website=G1}}</ref> sobre a ida da comitiva da médica Mayra Pinheiro<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/06/15/ex-secretario-do-am-diz-a-cpi-que-ministerio-insistiu-em-remedio-sem-eficacia-dias-antes-do-colapso-em-manaus.ghtml#G1-FEED-HARD-item-sel-21,rec-user-24h,5e6bb94f-c7a1-4d3b-bf0d-3f66f22e3bce|titulo=Ex-secretário do AM diz à CPI que ministério insistiu em remédio sem eficácia dias antes do colapso em Manaus|data=2021-06-15|acessodata=2021-06-16|website=G1}}</ref> e sobre medidas de contenção da pandemia. Sobre a eminência de falta de abastecimento de oxigênio no estado, tanto senadores de oposição quanto governistas criticaram a inação do estado.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|ultimo3=Garcia|primeiro3=Gustavo|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/15/ex-secretario-de-saude-do-am-e-atacado-por-governistas-e-pela-oposicao-em-depoimento-a-cpi.ghtml|titulo=Ex-secretário de Saúde do AM é atacado por governistas e pela oposição em depoimento à CPI|data=2021-06-15|acessodata=2021-06-16|website=G1}}</ref> O senador Eduardo Braga exibiu correspondência da White Martins datada do inicio de setembro de 2020 sobre a empresa já está operando em capacidade máxima e que seria necessário a contratação complementar de outras fontes de fornecimento de oxigênio; a crise só ocorrerá após cinco meses. O ex-secretário admitiu que não foi comprada nenhuma usina para produção de oxigênio por parte do estado. Em resposta ao relator Renan, o ex-secretário afirmou que só houve falta de oxigênio nos hospitais estaduais nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021. No mesmo momento o senador Eduardo Braga alegou que o ex-secretário estava mentindo, assim como mentiram o ex-ministro da saúde Pazuello e o Élcio Franco. Pelos vídeos mostrado pelo senador, a crise de oxigênio ao menos durou até o dia 26 de janeiro de 2021.

Quanto às medidas de restrição, havia uma crescente de casos no estado e o secretario foi alertado em setembro pela Fundação de vigilância de saúde. O secretario admitiu que o planejamento considerou que o pior cenário considerado era a repetição da crise da primeira onda e que "somente no final de dezembro que começamos a notar que havia algo de diferente na contaminação", desconhecimento possíveis variantes do vírus. O senador Otto Alencar criticou a pasta da saúde ter passado por um engenheiro civil. O ex-secretário afirmou que tinha um plano em 5 fases de contingência da pandemia que era ativado quando "''a taxa de ocupação de UTIs Covid-19 ultrapassava 75% da sua capacidade''".<ref name=":8" /> No dia 23 de dezembro de 2020 foi acionado a fase 3 do plano e o comitê de crise elaborou um decreto de restringia as atividades e a circulação de pessoas no estado. Nos dias seguintes o decreto foi revogado, flexibilizando as medidas sanitárias, e as manifestações da população contraria ao decreto foi o motivo exposto pelo ex-secretário. Pelas palavras do engenheiro, "''houve muitas manifestações [...] que obrigou o governo a flexibilizar o decreto''".<ref name=":8" /> Essa posição fora duramente criticada pelo senador Alessandro, explicando que quem revoga decreto é o governador do estado e não a população.

A sessão do dia 16 de junho começou com votação de requerimentos. A seção durou 1 hora e seis minutos e retirou sigilo de parte dos documentos encaminhados à comissão como "sigilosos" de forma a corrigir documentos que foram enviados de forma incorreta com esse sigilo.<ref>{{citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/16/cpi-da-pandemia-retira-sigilo-de-parte-dos-documentos-recebidos|titulo=CPI da Pandemia retira sigilo de parte dos documentos recebidos|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=Senado Noticias|publicado=Agência Senado}}</ref> Esse pedido desagradou aos senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Ciro Nogueira (PP-PI). Foram aprovados três requerimentos de informação, mais cinco de quebra de sigilo telefônico e bancário (uma delas do Carlos Wizard). Também foram aprovado mais três convocações e uma rejeitada.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Zucchi|primeiro2=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/16/cpi-da-pandemia-convoca-executivos-de-farmaceuticas-e-deputados-do-amazonas|titulo=CPI da Pandemia convoca executivos de farmacêuticas e deputados do Amazonas|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=CNN Brasil}}</ref>

====Wilson Witzel====
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia - 51250457427.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|260x260px|Ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel em sua oitiva]]
Protegido por habeas corpus o ex-governador do estado do Rio de Janeiro foi ouvido como convidado podendo não responder perguntas e deixar a sessão a qualquer momento.<ref name=":9">{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|ultimo4=Zucchi|primeiro4=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/16/cpi-da-pandemia-ouve-o-ex-governador-do-rj-wilson-witzel|titulo=Em sessão tumultuada, Witzel fala em abandono do governo e deixa sessão no meio|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/16/witzel-pede-para-se-retirar-e-sessao-da-cpi-e-encerrada.ghtml|titulo=Protegido por habeas corpus do STF, Witzel pede para se retirar, e audiência na CPI é encerrada|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=G1}}</ref> O ex-juiz federal Wilson Witzel revelou supostas retaliações do governo federal aos estados durante a pandemia. Explicou que o distanciamento do governo estadual e federal se deu a partir de 2018, nessa situação o ex-governador pediu que se investigasse de forma ''imparcial'' a morte da vereadora [[Marielle Franco]]; “''A partir do caso Marielle, eu particularmente percebi que o governo federal começou a me retaliar. Depois desse evento, não fui mais recebido no Palácio do Planalto. Tinha dificuldade em falar com ministros''." disse Witzel.<ref name=":10">{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57503222|titulo=CPI da Covid: Witzel acusa Bolsonaro de omissão e pede para ser ouvido em 'sessão reservada'|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=BBC News Brasil}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Resende|primeiro=Rodrigo|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2021/06/witzel-diz-que-sofre-perseguicao-por-mandar-investigar-caso-marielle|titulo=Witzel diz que sofre perseguição por mandar investigar caso Marielle|data=2021-06-16|acessodata=2021-06-16|website=Senado Noticias|publicado=Agência Senado}}</ref>

O ex-governador sofreu impeachment em abril de 2020 e dentre outras acusações havia denúncias de corrupção envolvendo propinas pagas por Organizações Sociais (OSs) na área de saúde. Witzel afirma ter sido alvo de uma ação maior que queria tira-lo do poder, e como evidencia mostrar que o processo. Quanto aos hospitais de campanha, Witzel disse que esses foram alvos de perseguição por deputados do RJ e falta de apoio pelo governo federal. "''Infelizmente, os hospitais de campanha foram sabotados do começo ao fim com reportagens estimuladas por esses deputados, que faziam carretadas no RJ contra o isolamento social.''" Também disse que talvez os hospitais de campanha não seriam necessários caso tivesse aberto os mais de 800 leitos fechados em hospitais federais no estado; Witzel culpou novamente o governo federal "''Os hospitais federais são intocáveis. Se a CPI quebrar os sigilos das OS que gerem os hospitais, vai descobrir quem é o dono dos hospitais''".<ref name=":10" /> Quanto as medidas de restrição social, disse que não havia comunicação com o ministério da saúde, afirmou que "''Como não havia uma coordenação do governo federal, a questão foi solucionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E é preciso deixar bem claro: o STF não impediu o governo federal de fazer nada, mas deu a governadores e prefeitos as condições necessárias para que supríssemos a omissão do governo federal''".<ref name=":9" /> Afirmou que foi um dos primeiros governadores a implementar medidas de isolamento social e criticou a demora na vinda do auxilio emergencial e concluiu: "''Se você pede para a população ficar em casa, mas não dá condições, é mais difícil controlar a pandemia''".<ref name=":10" />

Houve tumultuo ao longo de toda sessão.<ref name=":9" /> O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), até então não membro da CPI, disse que o ex-governador "''foi eleito mentindo, enganando a população do Rio e se revelou depois que sentou na cadeira de governador''". Após as falas agressivas dos senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Eduardo Girão (Podemos-CE), o ex-governador decidiu encerrar a sessão. No entanto, durante a sessão foi pedida para realização de uma sessão sob segredo de justiça para dar provas contundentes das ações do governo federal contra o governador.

Na seção do dia 17 de junho foram inquiridos como testemunha o empresário Carlos Wizard e o ex-auditor do [[Tribunal de Contas da União|TCU]] Alexandre Marques. A sessão foi suspensa por o empresário não ter se apresentado para depor. Na condição de testemunha Wizard tem obrigação de se apresentar, dessa forma Omar Aziz, o presidente da CPI pediu ao STF condução coercitiva do empresário e a retenção do seu passaporte.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/17/senadores-suspendem-sessao-da-cpi-da-pandemia-desta-quinta|titulo=CPI é suspensa nesta quinta; Aziz pede retenção do passaporte de Wizard|data=2021-06-17|acessodata=2021-06-18|website=CNN Brasil}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/17/presidente-da-cpi-diz-que-vai-pedir-a-justica-conducao-de-carlos-wizard-e-retencao-do-passaporte.ghtml|titulo=Aziz diz que pedirá à Justiça condução coercitiva de Wizard à CPI e retenção do passaporte|data=2021-06-17|acessodata=2021-06-18|website=G1}}</ref> Nessa ocasião Aziz comentou a falta de respeito com o STF pelo empresário ter pedido um habeas corpus para poder depor em silencio, “''O que me espanta é um cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI para ficar em silêncio e ele não aparece. Então por que foi ao Supremo, se não vinha?''” disse Aziz. Quanto ao ex-auditor, o seu depoimento será marcado para uma data posterior. No caso de ambas testemunhas, no dia dia anterior, 16 de junho, foram aprovadas quebras de sigilo telefônico e telemático. A defesa de Wizard recorreu contra a quebra de sigilo.<ref>{{citar web|ultimo=Varela|primeiro=Gabrielle|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/18/defesa-de-carlos-wizard-recorre-novamente-ao-stf-contra-quebra-de-sigilos|titulo=Defesa de Carlos Wizard recorre novamente ao STF contra quebra de sigilos|data=2021-06-18|acessodata=2021-06-18|website=CNN Brasil}}</ref>

====Francisco Eduardo Cardoso e Ricardo Ariel Zimerman====
Na seção do dia 18 de junho foram convidados dois médicos que defendem o chamado "tratamento precoce" para a COVID.<ref name=":11">{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|ultimo4=Zucchi|primeiro4=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/18/cpi-vota-requerimentos-e-ouve-medicos-favoraveis-a-tratamento-precoce|titulo=CPI da Pandemia ouve médicos favoráveis a 'tratamento precoce'; assista|data=2021-06-18|acessodata=2021-06-18|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref> Nessa ocasião, membros da oposição e o relator da CPI optaram por não participar da oitiva. O senador Marcos Rogério, interrompeu a fala do senador Jorginho Melo com uma questão de ordem para votar algum senador para fazer perguntas no lugar do relator da CPI, em resposta o presidente da CPI Omar Aziz disse que os médicos não estão em condições de testemunhas e nem de investigados e que o relator não tem obrigação de fazer perguntas. Em resposta ao senador Girão, os médicos confirmaram participar da pasta comandada pelo Arthur Weintraub<ref>{{citar web|ultimo=Pancher|primeiro=Samuel|url=https://www.metropoles.com/brasil/depoentes-da-cpi-nesta-sexta-feira-sao-assessores-de-weintraub-na-oea|titulo=Depoentes da CPI nesta sexta-feira são assessores de Weintraub na OEA|data=2021-06-17|acessodata=2021-06-18|website=Metrópoles}}</ref> na OEA, e ambos negaram ter conflito de interesse politico. Quanto ao "''tratamento''", ambos médicos defendem o uso de mais de 20 medicamentos que vão além da cloroquina. Quanto à mídia caracterizar o debate como anticientífico, ambos médicos minimizaram a participação da doutora Luana Araújo na CPI e Alves disse que ela não era adequada para o cargo no Ministério da Saúde. Também criticaram a pesquisadora Pasternak por ela divulgar ciência e não ter atendido pacientes com COVID.

O médico Ricardo Ariel Zimerman criticou o ''lockdown'' horizontal, e afirmou que essa medida é o contrario do distanciamento social. Esse médico utilizou o exemplo do estado do Amazonas, disse que o número médio de pessoa por domicílio é de 7 ou 8 pessoas, e portanto ficar em casa é uma aglomeração e estimula o desenvolvimento de variantes do vírus como a variante <math>\gamma</math> (gamma ou P1) originaria de Manaus. Em resposta a Jorginho, o médico retificou o que disse em vídeo que o uso da cloroquina reduz em 21% a mortalidade e afirmou que reduz a mortalidade em 73%.<ref name=":11" /> Zimerman explicou o conceito de [[Cherry picking|cherry-picking]] e [[viés de confirmação]] para explicar porque algumas pessoas só leem artigos que confirmem o que eles pensam. O médico Zimmerman alertou pela dose letal de cloroquina ser baixa.

O médico Francisco Eduardo Cardoso Alves disse que continuar com o lockdown é "''insistir no erro''", e utilizou o Reino Unido como exemplo por ter aumento no número de casos mesmo com lockdown. Com isso, Alves concluiu que está o lockdown está "''provado que não funciona''". Alves disse que as vacinas ainda são novas e alertou ao risco de não serem eficazes contra novas variantes. Alves disse que o "tratamento precoce" deveria ser chamado apenas de "''tratamento''" e que esse teve "''milhares de vidas salvas''". Nesse assunto, disse que não se importar por ter sido foi alvo "''ataques''" de médicos e cientistas pois ele "''sabe que tem a razão, (...) e não é a chacota de um colega negacionista que vai me fazer voltar atrás''".<ref name=":11" /> Em diversas ocasiões Alves criticou o estudo de Manaus dizendo que foi antiético e que a dose de cloroquina foi letal. O médico também disse que é "''fake news''" de que a Ivermectina cause cirrose hepática ou hepatite, dizendo que a penas no Brasil tem-se essa suspeita. Alves defendeu que no caso de uma situação pandêmica deve ser utilizar as melhores evidências disponíveis na época e na plausibilidade farmacológica. Alves afirmou que a síndrome pós-COVID é menos frequente para pessoas que adotaram o "''tratamento precoce''". Em resposta ao Omar Aziz, o médico Alves atacou veementemente o uso deliberado do chamado "''kit COVID''", e defendeu que o tratamento deve ser individualizado.

Ambos médicos criticaram o prescrição do "''tratamento precoce''" fora do hospital e/ou prévio à contaminação. Bem como criticaram a imunização de rebanho e Zimerman incentivou imunização com a vacinação.

=== Nona semana (De 22 a 25 de junho) ===

==== 500 mil mortos ====
No final de semana de 19 e 20 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 500 mil mortos pela COVID-19.<ref>{{citar web|ultimo=Rocha|primeiro=Lucas|url=https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/06/19/brasil-ultrapassa-a-marca-de-500-mil-mortos-pela-covid-19|titulo=Brasil ultrapassa a marca de 500 mil mortos pela Covid-19|data=2021-06-19|acessodata=2021-06-26|website=CNN Brasil}}</ref> Em respeito à marca, os senadores da CPI fizeram um minuto de silêncio na abertura da sessão de 22 de junho. Os senadores Randolfe Rodrigues, [[Eliziane Gama]], [[Humberto Costa]], [[Rogério Carvalho]] e [[Otto Alencar]] seguraram placas de luto com os dizerem "''500 mil vidas''", "''responsabilidade''" e "''vacina''".

==== Osmar Terra ====
Na terça, dia 22 de junho, o deputado federal [[Osmar Terra]] (MDB-RS) falou à CPI. O deputado foi convidado por sua presença no suposto "gabinete paralelo" e por suas posições publicas minimizando a pandemia. Osmar nega a existência do gabinete, afirmando ter ocorrido somente uma uma reunião com outros médicos ao qual ele fora convidado.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|ultimo4=Gurgel|primeiro4=Bia|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/22/cpi-da-pandemia-ouve-o-ex-ministro-e-deputado-osmar-terra|titulo=Terra confirma conversas com Bolsonaro, mas nega existência do gabinete paralelo|data=2021-06-22|acessodata=2021-06-26|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>

Ele negou que tenha apresentado uma proposta de “contaminar a população livremente", entretanto, continuou afirmando que medidas de quarentena e lockdown não tem nenhum efeito no combate da pandemia.<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57572212|titulo=CPI da Covid: Em depoimento, Osmar Terra repete dados falsos sobre isolamento, Suécia e China|data=2021-06-22|acessodata=2021-06-26|website=BBC Brasil}}</ref> Quanto as predições erradas que em 2020 tinha afirmado que não passariam de 800 mortos e não iriam ter variantes do vírus, o deputado afirmou "''As previsões que fiz foram baseadas não em um estudo matemático apocalíptico como o do Imperial College''".<ref>{{Citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/politica/osmar-terra-diz-que-se-baseou-em-fatos-ao-fazer-previsoes-falsas-sobre-pandemia/|titulo=Osmar Terra diz que se baseou 'em fatos' ao fazer previsões falsas sobre fim da pandemia|data=2021-06-22|acessodata=2021-06-26|website=CartaCapital}}</ref>

==== Francisco Emerson Maximiano ====
No dia 23 de junho, Francisco Emerson Maximiano não compareceu à sessão em que deveria depois à CPI, alegando estar em quarentena devido a uma viagem recente à Índia. Maximiliano desembarcou no Brasil em 15 de junho e teria seguido recomendação da [[Agência Nacional de Vigilância Sanitária|Anvisa]] de que todos os passageiros vindos do país asiático deveriam manter quarentena de 14 dias para evitar transmissão da variante delta do coronavírus no pais.<ref>{{Citar web|url=https://www.otempo.com.br/brasil/anvisa-sugere-quarentena-para-trabalhadores-maritimos-contra-variantes-da-covid-1.2491619|titulo=Anvisa sugere quarentena para trabalhadores marítimos contra variantes da Covid|data=2021-05-28|acessodata=2021-07-05|website=O TEMPO}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Camarotti|primeiro=Gerson|url=https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2021/05/14/governo-ignora-ha-10-dias-recomendacao-da-anvisa-de-proibir-voos-e-viajantes-da-india.ghtml|titulo=Governo ignora há 10 dias recomendação da Anvisa de proibir voos e viajantes da Índia|data=14/05/2021|acessodata=2021-07-05|website=G1}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Brito|primeiro=Ricardo|url=https://www.brasil247.com/cpicovid/socio-da-precisa-medicamentos-alega-quarentena-para-nao-depor-a-cpi-da-covid|título=Sócio da Precisa Medicamentos alega quarentena para não depor à CPI da Covid|data=2021-06-23|acessodata=2021-07-01|website=Brasil 247|publicado=Reuters}}</ref> O depoimento de Maximiliano acabou sendo adiado.

==== Jurema Werneck e Pedro Hallal ====
No dia 24 de junho, [[Jurema Werneck]], diretora-executiva da [[Amnesty International|Anistia Internacional]] e coordenadora do Movimento Alerta, e Pedro Hallal, ex-reitor da [[Universidade Federal de Pelotas|UFPel]] e coordenador da pesquisa Epicovid foram convidados a falar à CPI. Um gráfico apresentado por Hallal mostrou que os mais afetados pela pandemia são negros e, proporcionalmente, os povos indígenas. No ano de 2020, ele estava à frente da pesquisa Epicovid, que teria sido cancelada pelo governo federal após a apresentação desses resultados. O estudo não foi substituído por outro em 2021. O epidemiologista mostrou que 400 mil mortes poderiam ser evitadas com um "''desempenho mediano''" no combate a pandemia. Desses, cerca de 95,5 mil pessoas poderiam ter sido imunizadas caso a aquisição das vacinas CoronaVac e da Pfizer não tivesse atrasado.<ref>{{citar web|ultimo=Prudenciano|primeiro=Gregory|ultimo2=Ferrari|primeiro2=Murillo|ultimo3=Lara|primeiro3=Rafaela|ultimo4=Barcellos|primeiro4=Renato|ultimo5=Gurgel|primeiro5=Bia|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/24/cpi-da-pandemia-ouve-jurema-werneck-e-pedro-hallal-nesta-quinta|titulo=Pesquisadores indicam falta de estratégia do governo e apontam mortes evitáveis|data=2021-06-24|acessodata=2021-07-01|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia 2021-06-05 deputado Luis Miranda.jpg|alt=homem sentado falando ao microfone e gesticulando com a mão aberta|esquerda|miniaturadaimagem|234x234px|Deputado [[Luis Miranda (político)|Luiz Miranda]] durante seu depoimento na comissão]]

==== Irmãos Miranda ====
Na sexta, dia 25 de junho, foram ouvidos na CPI da Covid os irmãos [[Luis Miranda (político)|Luis Miranda]] (DEM-DF), deputado federal, e Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde.<ref name=":12">{{citar web|ultimo=Prudenciano|primeiro=Gregory|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/26/em-4-pontos-entenda-o-caso-da-covaxin-e-dos-irmaos-miranda|titulo=Em 4 pontos, entenda o caso da Covaxin e dos irmãos Miranda|data=2021-06-25|acessodata=2021-07-01|website=CNN Brasil}}</ref> O contrato de compra da vacina indiana Covaxin foi a pauta do depoimento. Durante a oitiva, Luis Ricardo Miranda rebateu acusações de [[Onyx Lorenzoni]].<ref>{{Citar web|ultimo=Caramuru|primeiro=Pedro|url=https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/miranda-informacoes-contradizem-governo-sem-corrupcao,3ac76939a935f0424a4afdf3dc6ee548rd5mm4p7.html|titulo=Miranda: informações contradizem "governo sem corrupção"|data=30/06/2021|acessodata=2021-07-01|website=Terra}}</ref> Depois de suspeitarem da compra, o deputado e o servidor alegam que teriam se reunido com o presidente Bolsonaro no dia 20 de março e teriam lhe alertado das irregularidades na compra da vacina, segundo os depoentes o presidente teria considerado a denuncia como "grave" e que encaminharia para a policia federal, o servidor Luís Ricardo Miranda relatou que sofreu pressões para agilizar a importação das vacinas, mas a documentação de compra das vacinas estariam irregular com falta e conflito de informações, o deputado Luis Miranda informou para a comissão que o presidente Bolsonaro teria lhe falado o nome do parlamentar envolvido por esse pressão para compra da Covaxin, mas desde o início de seu depoimento ele vinha relatando que não se recordava do nome mas após ser confrontado pela senadora [[Simone Tebet]] (MDB-MS) Luis Miranda afirma que o deputado [[Ricardo Barros]] (PP - PR) líder do governo na [[Câmara dos Deputados do Brasil|câmara de deputados]], seria o responsável pela pressão de compra da Covaxin.<ref name="www12.senado.leg.br"/><ref>{{Citar web|ultimo=Venaglia|primeiro=Guilherme|ultimo2=Barcellos|primeiro2=Renato|ultimo3=Zucchi|primeiro3=Gustavo|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/26/presidente-citou-nome-de-ricardo-barros-diz-luis-miranda-em-cpi-sobre-covaxin|titulo=Presidente citou nome de Ricardo Barros, diz Luis Miranda em CPI sobre Covaxin|data=25-06-2021|acessodata=2021-07-05|website=CNN Brasil}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADtica/irm%C3%A3os-miranda-relatam-%C3%A0-cpi-press%C3%A3o-e-suspeitas-de-corrup%C3%A7%C3%A3o-na-compra-da-covaxin-1.643861|titulo=Irmãos Miranda relatam à CPI pressão e suspeitas de corrupção na compra da Covaxin|data=25/06/2021|acessodata=2021-07-01|website=Correio do Povo}}</ref> Durante a oitiva, Luis Miranda foi agredido verbalmente pelo senador Jorginho Mello, que falando do interior de uma van em movimento, atacou o deputado, chamando-o de 'picareta' e 'vinagre', após Miranda ter rebatido a acusação de ser mentiroso apresentando informações de que o senador respondeu a processos por crimes contra o sistema financeiro.<ref>{{Citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/enquanto-anda-de-van-jorginho-melo-chama-luis-miranda-de-picareta/|titulo=Enquanto anda de van, Jorginho Melo chama Luis Miranda de "picareta"|data=2021-06-26|acessodata=2021-07-15|website=O Antagonista}}</ref>

=== Décima semana (De 29 de junho a 1º de julho) ===

==== Fausto Junior ====
No dia 29 de junho, a CPI ouviu o deputado estadual [[Fausto Junior]], do Amazonas, que foi relator de uma CPI que investigou crimes na saúde do estado.<ref>{{citar web|ultimo=Barcellos|primeiro=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/29/tragedia-anunciada-ameaca-de-prisao-as-frases-de-fausto-junior-a-cpi|titulo='Tragédia anunciada', 'ameaça de prisão': as frases de Fausto Júnior à CPI|data=2021-06-29|acessodata=2021-07-01|website=CNN Brasil}}</ref> O deputado foi questionado por não ter indiciado ou convocado o governador [[Wilson Lima]]. O deputado indicou que tais procedimentos estavam fora da alçada da investigação e que o governador já era investigado pela policia. A explicação não convenceu os senadores e a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) o confrontou, afirmando que a responsabilidade de investigar os governadores é da [[Câmara Estadual]]. O senador Omar Aziz, presidente da CPI da Covid, afirmou que a decisão de não indiciar o governador do Amazonas teria relação com "interesses pessoais" de Fausto Junior: "''Eu vou apontar o motivo de o deputado não ter indiciado o governador do Amazonas, e o motivo é muito grande''" disse Aziz.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|ultimo3=Garcia|primeiro3=Gustavo|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/06/29/deputado-do-am-apresenta-a-cpi-conclusoes-de-cpi-local-discute-com-aziz-e-ouve-que-tera-sigilo-quebrado.ghtml|titulo=CPI da Covid: deputado do AM apresenta conclusões de CPI local, discute com Aziz e ouve que terá sigilo quebrado|data=2021-06-29|acessodata=2021-07-01|website=G1}}</ref>

==== Carlos Wizard ====
No dia 30 de junho, o empresário Carlos Wizard foi ouvido na condição de testemunha. De posse de um ''[[habeas corpus]]'', o empresário decidiu permanecer em silêncio. O dia foi marcado por citações bíblicas por parte de alguns senadores. Eliziane Gama contrastou a postura do empresário, em comprar vacinas pela iniciativa privada, com a trajetória de Cristo; "''Jesus esteve ao lado de pobres, órfãos, viúvas e excluídos''", disse a senadora. Durante o dia os senadores apresentaram diversos vídeos do empresário, dentre eles um em que Wizard ironizava a morte de cinco pessoas em Porto Feliz.<ref>{{citar web|ultimo=Ferrari|primeiro=Murillo|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|ultimo4=Gurgel|primeiro4=Bia|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/30/cpi-da-pandemia-ouve-o-empresario-carlos-wizard|titulo=Na CPI, Wizard se esquiva de perguntas e nega existência de 'gabinete paralelo'|data=2021-06-30|acessodata=2021-07-01|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>

==== Luiz Paulo Dominguetti Pereira ====
O depoimento de Francisco Emerson Maximiano, previsto para ocorrer em 1º de julho, foi novamente adiado, depois que o cabo da PM mineira Luiz Paulo Dominguetti Pereira foi convocado em seu ligar. A convocação de Dominguetti ocorreu após uma denúncia que ele teria feito ao jornal ''[[Folha de S.Paulo]]''<ref>{{Citar web|ultimo=Rezende|primeiro=Constança|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/07/ao-investigar-negociacao-da-davati-reporter-localizou-dominguetti-pediu-e-fez-entrevista-sobre-propina.shtml|titulo=Ao investigar negociação da Davati, repórter localizou Dominguetti, pediu e fez entrevista sobre propina|data=2021-07-01|acessodata=2021-07-05|website=Folha de S.Paulo}}</ref> segundo a qual teria sido feito um pedido de propina no valor de 1 dólar por dose na compra de 400 milhões de doses da vacina da [[AstraZeneca]] contra a COVID-19.<ref>{{Citar web|url=https://portalcorreio.com.br/cpi-foca-em-denuncia-sobre-cobranca-de-propina-na-aquisicao-de-vacinas/|título=CPI foca em denúncia sobre cobrança de propina na aquisição de vacinas|data=2021-07-01|acessodata=2021-07-01|website=Portal Correio|publicado=R7}}</ref> Em seu depoimento, o militar, que se apresenta como "empresário", confirmou que representou a empresa Davati Medical Supply nas negociações da vacina da AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

Ele relatou que o pedido de propina foi feito por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística em Saúde da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, pelo coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e por Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde. A deputada federal [[Natália Bonavides]] (PT-RN) encaminhou ao STF um pedido de apuração de suposto delito de associação criminosa, corrupção passiva e advocacia administrativa por parte de Dias.<ref>{{citar web|ultimo=Vivas|primeiro=Fernanda|ultimo2=Falcão|primeiro2=Márcio|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/07/01/rosa-weber-envia-a-pgr-pedido-de-investigacao-contra-bolsonaro-e-roberto-dias.ghtml|titulo=Rosa Weber envia à PGR pedido de investigação contra Bolsonaro e Roberto Dias|data=2021-07-01|acessodata=2021-07-01|website=G1}}</ref> Diante do escândalo, Dias foi exonerado.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/30/diretor-de-logistica-da-saude-sera-exonerado|titulo=Diretor de Logística da Saúde será exonerado após relatos de suposta propina|data=2021-06-29|acessodata=2021-07-01|website=CNN Brasil}}</ref>

O suposto pedido de propina teria ocorrido em um restaurante num shopping de Brasília, em um jantar durante o qual negociavam 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/senado-cpi-da-pandemia.ghtml|titulo=CPI ao vivo: vendedor de vacina que denunciou suposta propina depõe|data=2021-07-01|acessodata=2021-07-01|website=G1}}</ref> Na época, 25 de fevereiro de 2021, o preço de mercado era de 3,50 dólares por dose e Dias teria pedido 1 dólar adicional, como propina, por dose. Dominguetti não soube explicar como a Davati entregaria as vacinas e apontou a responsabilidade a Herman Cárdenas, dono da empresa.<ref>{{Citar web|ultimo=Borges|primeiro=Beatriz|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/07/01/dominguetti-sustenta-denuncia-de-propina-tem-celular-apreendido-e-e-apontado-como-testemunha-plantada-na-cpi.ghtml|título=Dominguetti sustenta denúncia de propina, tem celular apreendido e é apontado como 'testemunha plantada' na CPI|data=2021-07-01|acessodata=2021-07-01|website=G1}}</ref>

Dominguetti revelou que o reverendo Amilton Gomes de Paula foi o contato dele com o Ministério da Saúde. No dia 22 de fevereiro de 2021, o reverendo se reuniu com Dominguetti eo oficial da força aérea Hardaleson Araújo de Oliveira.<ref>{{citar web|ultimo=Agostini|primeiro=Renata|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/05/diretor-de-imunizacoes-da-saude-diz-que-reverendo-levou-proposta-da-davati|titulo=Diretor de Imunizações da Saúde diz que reverendo levou proposta da Davati|data=2021-07-05|acessodata=2021-07-07|website=CNN Brasil}}</ref>

Durante seu depoimento, Dominguetti chegou a relatar que parlamentares procuraram o CEO da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, para intermediar a compra de vacinas, o depoente chegou a reproduzir um áudio do deputado Luis Miranda o mesmo que prestou depoimentos a CPI uma semana antes, o áudio seria sobre a negociação de algum produto com Cristiano, Dominguetti não conseguiu afirmar se as negociações eram sobre vacinas ou não, o relator Renan Calheiros pediu a apreensão do aparelho celular do vendedor para averiguação, o deputado Luis Miranda chegou a dar uma coletiva e conversou com o presidente da comissão Omar Aziz juntamente dos senadores Bezerra e Marcos do Val, fora da CPI e afirmou que o áudio estava adulterado, pois se tratava de negociações feitas em 2020 sobre compra de luvas, após a constatação da adulteração Dominghetti afirma que não sabia que ele estava editado o áudio que Cristiano Carvalho lhe enviou.<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/07/01/dominguetti-confirma-a-cpi-pedido-de-propina-por-ex-diretor-do-ministerio-da-saude|titulo=Dominguetti confirma à CPI pedido de propina por ex-diretor do Ministério da Saúde|data=01/07/2021|acessodata=2021-07-05|website=Senado Federal}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Oliveira|primeiro=Caroline|url=https://www.brasildefato.com.br/2021/07/01/esta-perdido-entenda-o-que-disse-a-cpi-o-cabo-e-vendedor-de-vacina-luiz-dominguetti|titulo=Está perdido? Entenda o que disse à CPI o cabo e vendedor de vacina Luiz Dominghetti|data=01/07/2021|acessodata=2021-07-05|website=Brasil de Fato}}</ref>

=== Décima-primeira semana (De 6 a 9 de julho) ===

==== Regina Célia Silva Oliveira ====
No dia 6 de julho, a fiscal de contrato Regina Célia Silva Oliveira, do Ministério da Saúde, depôs à CPI da Covid. Ela foi indicada para a função pelo deputado federal Ricardo Barros, mas negou conhecê-lo.<ref>{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Bia|ultimo2=Satie|primeiro2=Anna|ultimo3=Lara|primeiro3=Rafaela|ultimo4=Barcellos|primeiro4=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/06/cpi-ouve-servidora-da-saude-apontada-por-autorizar-compra-da-covaxin-acompanhe|titulo=À CPI, servidora Regina Célia nega pressão e contesta ligação com Ricardo Barros|data=2021-07-06|acessodata=2021-07-07|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref> Durante o depoimento foi questionada por ter aprovado o contrato da vacina indiana Covaxin. Em resposta, a fiscal disse que "''não achou nada atípico''". Quanto ao ''invoice'' (nota fiscal) contar com o nome de uma terceira empresa, a Madison Biotech, de Singapura, para receber o dinheiro, a fiscal atribuiu a responsabilidade ao setor de importação por não ter apontado esse erro.<ref>{{citar web|ultimo=Souza|primeiro=André de|ultimo2=Mendes|primeiro2=Adriana|url=https://oglobo.globo.com/brasil/servidora-diz-que-nao-viu-nada-atipico-no-contrato-da-covaxin-revela-que-processo-ficou-um-mes-sem-fiscal-25093346|titulo=Servidora diz que não viu 'nada atípico' no contrato da Covaxin e revela que processo ficou um mês sem fiscal|data=2021-07-06|acessodata=2021-07-07|website=O Globo}}</ref>
[[Ficheiro:CPIPANDEMIA - Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia - 51297747614.jpg|miniaturadaimagem|262x262px|O presidente da CPI, senador Omar Aziz, dá voz de prisão a Roberto Ferreira Dias]]

==== Roberto Ferreira Dias ====
No dia 7 de julho, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias foi ouvido pelos senadores. No seu depoimento, Dias revelou que não negociava vacinas e que a responsabilidade era do secretario executivo Élcio Franco. Quanto ao encontro com Dominghetti, em que vacinas teriam sido negociadas, Dias negou tê-lo convidado. O presidente da CPI, senador Omar Aziz, pediu a prisão do depoente por falso testemunho ([[perjúrio]]), alegando ter provas suficientes de que o encontro de Dias com Dominghetti fora planejado.<ref>{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Bia|ultimo2=Lara|primeiro2=Rafaela|ultimo3=Barcellos|primeiro3=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/07/cpi-ouve-ex-diretor-da-saude-acusado-de-pedir-propina-acompanhe|titulo=Roberto Dias confirma encontro com Dominghetti, nega propina e sai preso da CPI|data=2021-07-07|acessodata=2021-07-07|website=CNN }}</ref> Às 23h desse dia, Roberto Dias acabou sendo liberado após pagar uma fiança de R$1.100,00.<ref>{{Citar web|url=https://exame.com/brasil/preso-acusado-de-mentir-a-cpi-da-covid-roberto-dias-paga-fianca-e-e-solto/|título=Preso acusado de mentir à CPI da Covid, Roberto Dias paga fiança e é solto|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-08|website=Exame}}</ref>

==== Franciele Francinato ====
No dia 8 de julho Franciele Francinato, ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), depôs como investigada. Durante o depoimento, o relator da CPI, senador Renan Calheiros, mudou a condição de Franciele de investigada a testemunha.<ref>{{citar web|ultimo=Montanini|primeiro=Marcelo|url=https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/ex-coordenadora-do-ministerio-da-saude-depoe-a-cpi-da-covid-siga|titulo=Calheiros retira Fantinato do rol de investigados da CPI|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-08|website=Metrópoles}}</ref> A servidora explicou que o plano de imunização "''não consegue fazer uma campanha exitosa sem vacinas e sem comunicação, sem uma campanha publicitária efetiva''". O senador Alessandro Vieira questionou quais outros motivos a fizeram pedir demissão do cargo. Ela relatou que a pressão de diversos municípios para alterar a ordem dos grupos prioritários "''trouxe uma dificuldade para a campanha''".<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Beatriz|primeiro2=Borges|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/08/ex-coordenadora-do-pni-critica-na-cpi-falta-de-doses-de-vacina-e-de-campanhas-publicitarias.ghtml#G1-FEED-SOFT-item-sel-27,rec-user-1w,437298fb-6856-4e87-92b7-c036d3403582|titulo=Ex-coordenadora do plano de imunização critica na CPI falta de doses de vacina e de campanhas publicitárias|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-08|website=G1}}</ref>

A ex-coordenadora revelou que a Secretaria Executiva do coronel Élcio Franco negou a inclusão no PNI das população privada de liberdade. A então coordenadora do PNI relatou ainda que "''se for tirado, vai sair sem o aval oficial do programa''" e “''quem pediu para tirar o grupo de privação de liberdade foi o coronel Élcio''”.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/08/cpi-ex-gestora-diz-que-se-negou-a-tirar-presos-da-lista-de-prioridades-na-vacinacao-da-covid.ghtml|titulo=Ex-gestora diz que Elcio Franco pediu retirada de presos da lista de prioridades na vacina da Covid|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-08|website=G1}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Montanini|primeiro=Marcelo|ultimo2=Fuzeira|primeiro2=Victor|url=https://www.metropoles.com/brasil/politica-brasil/fantinato-elcio-franco-pediu-que-presidiarios-fossem-retirados-do-pni|titulo=Fantinato: Élcio Franco pediu que presidiários fossem retirados do PNI|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-08|website=Metrópoles}}</ref> Quanto à compra de vacinas, o primeiro pedido do PNI foi em 19 de junho de 2020, relatando que não limitava o fornecedor da vacina somente requisitou "''resultados satisfatórios e aprovação pela Anvisa''". Entretanto, completou que a negociação acontecia na secretaria executiva do Élcio. Quanto ao governo ter aderido ao quantitativo mínimo de 10% no consorcio Covax, a coordenadora do PNI relatou ter pedido um quantitativo maior de vacinas do que acertado; disse "''tinha necessidade de vacinar dentro dos cenários ou 55% da população até 95%, num cenário de incerteza"''. Na época, Franciele questionou a secretaria executiva e Élcio Franco respondeu que "''não tem como colocar todos os ovos na mesma cesta''".<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Borges|primeiro2=Beatriz|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/08/ex-coordenadora-diz-que-pni-nao-discutiu-aquisicao-de-quantitativo-minimo-de-vacinas-em-consorcio.ghtml|titulo=PNI não foi ouvido sobre aquisição de quantia mínima de vacinas por meio da OMS, diz ex-coordenadora|data=2021-07-08|acessodata=2021-07-09|website=G1}}</ref>

==== William Amorim Santana ====
No dia 9 de julho a CPI ouviu William Amorim Santana, consultor técnico do setor de importação do Ministério da Saúde. Anteriormente na CPI, a servidora do ministério Regina Célia apontara que fora William quem apontou as divergências entre a ''invoice'' e o contrato da Covaxin. William confirmou que viu erros nas ''invoices'' e que pediu a correção.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/senado-cpi-da-pandemia.ghtml#G1-FEED-HARD-item-sel-21,rec-user-24h,38785299-c068-4575-812c-94def2ac1553|titulo=Técnico da Saúde depõe sobre contrato suspeito da vacina Covaxin|data=2021-07-09|acessodata=2021-07-09|website=G1}}</ref>

=== Décima-segunda semana (De 13 a 15 de julho) ===

==== Emanuela Medrades ====
Em 13 de julho de 2021, a representante da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades compareceu a CPI do Coronavírus, mas ela ficou calada durante toda a sessão, alegando que a própria já fez depoimentos a polícia Federal. O presidente da CPI Omar Aziz suspendeu a oitiva temporariamente e o presidente do STF Luiz Fux afirmou que a depoente só pode ficar em silêncio por perguntas que possam constrangê-la.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/13/cpi-da-pandemia-ouve-diretora-da-precisa-medicamentos-acompanhe|obra=CNN Brasil|título= CPI da Pandemia ouve diretora da Precisa Medicamentos|data=2021-07-13|autor1=Bia Gurgel|autor2=Rafaela Lara|acessodata=2021-07-13|publicado=WarnerMedia}}</ref>

Na noite do mesmo dia, a sessão é retomada e novamente Emanuela não respondeu as perguntas dos senadores. O presidente da CPI então remarcou para 14 de julho a volta dela a comissão. Ela alegou exaustão e cansaço.<ref>{{citar web|url=https://www.oantagonista.com/brasil/urgente-cpi-da-covid-adia-para-amanha-depoimento-com-diretora-da-precisa-medicamentos/|título=Urgente: CPI da Covid adia para amanhã depoimento com diretora da Precisa Medicamentos|acessodata=13-07-2021|data=13-07-2021|obra=O Antagonista}}</ref>

No dia 14, Emanuela negou que o contrato com a Bharat Biotech tenha começado a ser fiscalizado com atraso e informou que somente as primeiras datas foram cumpridas; entretanto, ela entrou em contradição. Regina Célia, já interrogada na comissão, afirmou que ela só intermediou a fiscalização do contrato da COVAXIN em 22 de março. Já Medrades, disse que ela acompanhara bem antes, no dia 3 de março.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/14/cpi-diretora-da-precisa-diz-que-fiscal-de-contrato-foi-nomeada-pela-saude-em-4-de-marco-documentos-apontam-data-distinta.ghtml?_gl=1*4wftwr*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=CPI: Diretora da Precisa diz que fiscal de contrato foi nomeada pela saúde em 4 de março. Documentos apontam data distinta|data=2021-07-14|acessodata=2021-07-14|obra=G1}}</ref>

Na sessão, Medrades negou que a Precisa tenha ofertado o valor de US$ 10 por dose de vacinas, e que o Ministério da Saúde optou por pagar US$ 15 por dose. No contrato assinado pelo governo, as 20 milhões de doses não foram entregues, nada foi pago e o contrato foi suspenso temporariamente.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/14/diretora-da-precisa-contesta-ata-da-saude-e-nega-proposta-de-10-dolares-por-dose-da-covaxin.ghtml?_gl=1*176lphi*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=CPI da COVID: diretora da precisa contesta ata da Saúde e nega proposta de 10 dólares por dose da COVAXIN|data=2021-07-14|acessodata=14-07-2021|obra=G1|publicado=Grupo Globo}}</ref> Ela também disse que a primeira ''invoice'' da vacina COVAXIN foi enviada com o pagamento antecipado, pois era um padrão que a fabricante Bharat praticava no mundo inteiro. A vacina foi a mais cara contratada pelo governo até agora.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/14/diretora-da-precisa-diz-que-nota-com-pagamento-adiantado-era-um-padrao-mundial-da-covaxin.ghtml?_gl=1*pe22hc*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Diretora da Precisa diz que nota com pagamento adiantado era um padrão mundial da COVAXIN|data=14-07-2021|acessodata=2021-07-14|obra=G1|publicado=Grupo Globo}}</ref> Sobre as negociações da vacina, Emanuela disse que tratou com Élcio Franco "a maioria das tratativas". Ainda no interrogatório disse que a entrega do documento foi feita no dia 22 de março, cuja informação contradiz a fala dos irmãos Miranda e William Amorim, que informaram a data ser no dia 18 de março e a de Onyx Lorenzoni, que informara ser no dia 19. Ela sugeriu uma acareação.<ref>{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Bia|ultimo2=Gregory|primeiro2=Prudenciano|ultimo3=Lara|primeiro3=Rafaela|ultimo4=Barcellos|primeiro4=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/14/cpi-da-covid-diretora-e-socio-da-precisa-prestam-depoimento-acompanhe-ao-vivo|título=Emanuela Medrades diz à CPI que Precisa não tentou acelerar compra da COVAXIN|data=2021-07-14|acessodata=14-07-2021|obra=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>

==== Cristiano Carvalho ====
Em 15 de julho Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply, depôs na CPI da COVID-19 como testemunha. Ele disse que o "vendedor das vacinas", o policial Luiz Paulo Dominghetti, o procurou em janeiro deste ano para tratar sobre o tema. Ele também disse que não conhecia Dominghetti até então. Esta versão contradiz com a do policial, que afirmara na CPI que o Cristiano o procurara primeiro.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/15/vendedor-da-davati-nega-relacao-previa-e-diz-que-foi-procurado-por-dominghetti-para-negociar-vacina.ghtml?_gl=1*1tjpqtf*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Vendedor da Davati nega relação prévia e diz que foi procurado por Dominghetto para negociar vacina|data=15-07-2021|acessodata=15-07-2021|obra=G1}}</ref>

Cristiano negou um suposto pagamento de propina à Davati para aquisição das vacinas. Havia dito que "foi uma oportunidade pela questão das vacinas" e induzido por Dominghetti, "embarcou naquela jornada". Ele também disse que partiu do coronel Blanco a negociação da compra de 400 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca através de um "comissionamento".<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Resende|primeiro2=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/15/representante-da-davati-diz-a-cpi-que-nao-recebeu-pedido-de-propina-por-vacinas.ghtml?_gl=1*t79h3w*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Representante da Davati diz a CPI que não recebeu pedido de propina por vacinas|data=15-07-2021|acessodata=15-07-2021|obra=G1}}</ref>

Ainda durante a mesma oitiva, Carvalho afirmou que pelo menos 8 pessoas intermediaram a negociação das vacinas. Na lista divulgada à CPI, 6 são militares. Ele relatou também a reunião do Ministério da Saúde intermediada pelo reverendo Amilton Gomes de Paula (dono da Secretaria de Assuntos Humanitários) e pelo coronel Hélcio Bruno (do Instituto Força Brasil) As empresas listadas são privadas e estas pessoas não têm cargos públicos.<ref>{{citar web|ultimo=Mattos|primeiro=Marcela|ultimo2=Rodrigues|primeiro2=Mateus|ultimo3=Resende|primeiro3=Sara|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/07/15/cpi-vendedor-da-davati-cita-oito-autoridades-que-teriam-atuado-para-negociar-vacina-pelo-menos-seis-sao-militares.ghtml?_gl=1*w2t4t2*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=CPI: vendedor da Davati cita oito autoridades que teriam atuado para negociar vacina. Pelo menos seis são militares|data=15-07-2021|acessodata=15-07-2021|obra=G1}}</ref>

=== Recesso parlamentar ===
Durante o fim da oitiva do dia 15 de julho o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues, anunciou que a CPI entraria no recesso parlamentar e retornaria com as investigações no dia 3 de agosto, inicialmente o presidente da comissão Omar Aziz era contra o recesso no congresso mas seu pedido não foi atendido e de acordo com o regimento, a comissão não pode continuar com sessões durante o recesso.<ref>{{Citar web|ultimo=Fernandes|primeiro=Daniel|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/07/15/cpi-da-pandemia-sera-suspensa-no-recesso-parlamentar-e-retorna-dia-3-de-agosto|titulo=CPI da Pandemia será suspensa no recesso parlamentar e retorna dia 3 de agosto|data=15-07-2021|acessodata=2021-08-04|website=CNN Brasil}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/06/30/aziz-defende-que-congresso-nao-entre-em-recesso-e-cpi-continue|titulo=Aziz defende que Congresso não entre em recesso e CPI continue|data=30-06-2021|acessodata=2021-08-04|website=CNN Brasil}}</ref> Durante o recesso um grupo de senadores abriram linhas de investigações para analisar os documentos em posse da Comissão,<ref>{{citar web|ultimo=Affonso|primeiro=Júlia|url=https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/cpi-da-covid-se-divide-em-nucleos-para-acelerar-investigacao,7531f8307048b05a4033ae25b58993c1dut7vi67.html|titulo=CPI da Covid se divide em núcleos para acelerar investigação|data=20/07/2021|acessodata=04/08/2021|website=Terra}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Christian|primeiro=Hérica|url=https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2021/07/19/cpi-cria-nucleos-de-investigacao-para-analisar-documentos-durante-o-recesso|titulo=CPI cria núcleos de investigação para analisar documentos durante o recesso|data=19/07/2021|acessodata=04/08/2021|website=Rádio Senado}}</ref> até aquele momento se tinha quase 2 mil documentos totalizando dois ''terabytes'' de dados.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/07/16/cpi-vai-aproveitar-recesso-parlamentar-para-analisar-quase-2-mil-documentos.ghtml|titulo=CPI vai aproveitar recesso parlamentar para analisar quase 2 mil documentos|data=16/07/2021|acessodata=2021-08-04|website=G1}}</ref> Os parlamentares se dividiram da seguinte forma para analisarem os documentos:

* O caso da compra da vacina Covaxin seria analisada por um dos grupos de suspeita de corrupção na investigação.
* O núcleo comandado por Randolfe Rodrigues ficou com a investigação sobre atuação de intermediários na compra de vacinas contra o corona vírus.
* Humberto Costa e possivelmente com Simone Tebet ficaram com as investigações sobre as irregularidades administrativas dos hospitais federais do Estado do Rio de Janeiro e seus contratos e vínculos com outras organizações, o senador Humberto também ficou responsável pelas investigações dos ganhos das empresas e farmacêuticas com medicamentos com ineficácia comprovada contra a covid.
* O relator da Comissão Renan Calheiros, e o senador Alessandro Vieira analisaram as investigações sobre o negacionismo do governo e o descaso com a pandemia, juntamente com a divulgação de fake news..
* Eliziane Gama ficou com as investigações sobre as denuncias de corrupção da empresa de logistica VTCLog responsável pela logística do ministério da saúde para a distribuição de vacinas da Covid.
* O senador Otto Alencar ficou responsável por um sub grupo que analisou sobre o aplicativo TrateCov, o descaso do governo federal na compra de vacinas, o incentivo a humanidade de rebanho, a crise de oxigênio em manaus além de investigar o negacionismo durante a pandemia.

=== Décima-terceira semana (De 3 a 5 de agosto) ===

==== Amilton Gomes de Paula ====
Após o recesso, os trabalhos foram retomados no dia 3 de agosto. O depoente deste dia era o reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador da ONG (organização não governamental) Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), Amilton estaria envolvido na intermediação na venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca para a Secretaria de Saúde do Brasil, segundo o depoimento de Dominghetti.

Amilton declarou que que não estava negociando vacinas mas estava indicando quem poderia ter para vender, ele também fala que acreditava que a Davati possuía doses do imunizante pra pronta-entrega.<ref name=":14">{{citar web|url=https://noticias.r7.com/brasil/cpi-reverendo-diz-que-foi-usado-em-negociacao-com-fins-espurios-03082021|título=Reverendo diz que foi usado em negociação com fins espúrios|obra=R7|data=2021-08-03|acessodata=2021-08-03}}</ref> Amilton seria quem levou Dominghetti a se encontrar com oficiais do ministério da saúde, Dominghetti se apresentou como representante da Davati Medical Supply e possuía quatrocentos milhões de doses da vacina a pronta-entrega no valor de 3,97 dólares a dose, Amilton entrou em contato com o ministério da saúde para agendar uma reunião, segundo o reverendo, ele entrou em contato com o presidente da Davati Herman Cardenas e ele teria informado que as doses teria aumentado para o valor de 17,95 dólares por dose,<ref name=":14" /> e depois para 11 dólares, mas segundo Cardenas, a única proposta feita ao ministério da saúde foi no valor de 10 dólares, além de declarar que Amilton ou Dominghetti nunca foram representantes da Davati.<ref>{{citar web|ultimo=Renata|primeiro=Agostini|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/03/davati-diz-que-nao-fez-oferta-de-vacina-por-us-11|titulo=Davati diz que não fez oferta de vacina da Covid-19 por US$ 11|data=03/08/2021|acessodata=05/08/2021|website=CNN Brasil}}</ref>

==== Marcelo Blanco ====
Em 4 de agosto de 2021, foi a vez do ex-assessor do departamento de logística do Ministério da Saúde coronel Marcelo Blanco depor na CPI da COVID-19 como testemunha. coronel Blanco seria quem levou Dominghetti para um jantar num shopping no dia 25 de fevereiro para se encontrar com até então diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias,<ref>{{citar web|ultimo=Miranda|primeiro=Cássia|ultimo2=de Souza|primeiro2=Matheus|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cpi-da-covid-ouve-coronel-marcelo-blanco-ex-assessor-da-saude-que-esteve-em-jantar-da-propina,70003799758|titulo=CPI contesta versão de Blanco de que negociação de vacinas era para mercado privado|data=04/08/2021|acessodata=05/08/2021|website=Estadão}}</ref> Blanco negou o pagamento de propina feito pela Davati e disse que apenas tentou viabilizar uma "agenda oficial" de Dominghetti no ministério da Saúde, onde não facilitaram as negociações. Também disse que apenas forneceu dados de contatos oficiais para estabelecer uma ponte entre Dominghetti, Cristiano Carvalho e o ministério,<ref name=":13">{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Bia|ultimo2=Galvani|primeiro2=Giovanna|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/04/citado-em-depoimentos-coronel-blanco-depoe-a-cpi-da-pandemia-acompanhe|titulo=Blanco nega propina e diz que negociava vacinas para o setor privado na CPI|data=04/08/2021|acessodata=05/08/2021|website=CNN Brasil}}</ref> segundo Blanco, as tratativas com Dominghetti seriam para a compra de vacinas para o setor privado, apesar de ter sido exonerado de seu cargo no ministério em 19 de janeiro, Blanco trocava mensagens com Dominghetti no dia 23 de fevereiro referente a compra de vacinas ao setor privado,<ref>{{citar web|ultimo=Resende|primeiro=Rodrigo|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/audios/2021/08/marcelo-blanco-afirma-que-seu-interesse-era-em-vacinas-para-setor-privado|titulo=Marcelo Blanco afirma que seu interesse era em vacinas para setor privado|data=04/08/2021|acessodata=05/08/2021|website=Agência Senado}}</ref> o jantar onde Blanco e Dominghetti se encontrariam com Roberto dias onde foi pedido 1 dólar de propina por vacina ocorreu no dia 25 de fevereiro, jantar esse não combinado anteriormente, Blanco sabia que Dias estaria no shopping para "tomar um ''chopp'' com um amigo" e apareceu por lá junto com Dominghetti.<ref name=":13" />

Houve uma discussão entre o presidente da CPI Omar Aziz e Marcos Rogério e a sessão fora interrompida.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/04/cpi-da-covid-4-de-agosto.htm|título=Aziz discute com Marcos Rogério após citação a "gabinete digital paralelo"|obra=UOL|data=04-08-2021|acessodata=05-08-2021}}</ref> Logo depois, o deputado federal Reinhold Stephanes Júnior invadiu a sessão e gravou parte da oitiva nas redes sociais. Randolfe Rodrigues acionou a Polícia Legislativa por considerar que o deputado desacatou a CPI.<ref>{{citar web|url=https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2021/08/04/interna_politica,1292725/deputado-e-expulso-da-cpi-da-covid-apos-tumultuar-sessao.shtml|título=Deputado é expulso da CPI da COVID após tumultuar sessão|autor=Nathália Galvani|obra=Estado de Minas|publicado=Diários Associados|data=04-08-2021|acessodata=05-08-2021}}</ref>

==== Airton "Cascavel" ====
No dia 5 de agosto de 2021, foi a vez de Airton Antônio Soligo (mais conhecido como Airton "Cascavel") depor na CPI da COVID-19 como testemunha. Na oitiva, Airton disse sobre a aquisição das vacinas da Pfizer e da Janssen deveriam ser adquiridas à revelia com restrições orçamentárias ou burocráticas, o ex-assessor procurou não falar muito sobre o ex-ministro Eduardo Pazuello nem criticá-lo, apesar desta declaração.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/05/cpi-da-covid-ouve-empresario-apontado-como-homem-de-confianca-de-pazuello.htm|título=Aliado de Pazuello fala em politização e diz ver erro em descaso com Pfizer|autor1=Hanrrikson de Andrade|autor2=Luciana Amaral|autor3=Fábio Castanho|obra=UOL|data=05-08-2021|acessodata=05-08-2021}}</ref>

Sobre a negociação das vacinas, Airton confirmou que foi o intermediador da aquisição das primeiras 46 milhões de doses da CoronaVac durante uma reunião entre a Fundação Butantan e o ministério da Saúde, mas negou que tenha feito negociação das vacinas. Também disse que nunca respondeu as mensagens enviadas por Luiz Paulo Dominghetti.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/05/cpi-da-pandemia-amigo-de-pazuello-airton-cascavel-presta-depoimento-acompanhe|título=Ex-assessor nega contato com Dominghetti e diz que só fez interlocução política|obra=CNN Brasil|publicado=WarnerMedia|data=05-08-2021|acessodata=05-08-2021|autor1=Beatriz Gurgel|autor2=Giovanna Galvani|autor3=Rafaela Lara|autor4=Renato Barcellos|numero-autores=1}}</ref>

Airton foi questionado por Randolfe Rodrigues sobre mensagens enviadas de Pazuello para que aliados procurassem o ex-assessor para checar disponibilidade de um voo. Ele negou que tenha viajado com o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) durante este voo comercial feito pelo ministério. O ex-assessor também negou conversas entre Pazuello e Miranda no voo de volta a Brasília.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/05/cpi-da-covid-5-de-agosto.htm|título=Aliado de Pazuello nega que tenha organizado voo da Saúde com Luis Miranda|obra=UOL|publicado=Grupo Folha|data=05-08-2021|acessodata=05-08-2021}}</ref>

===Décima-quarta semana (De 10 a 13 de agosto) ===

==== Helcio Bruno de Almeida ====
Em 10 de agosto de 2021, foi a vez do coronel da reserva Helcio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil, depor à CPI da COVID como testemunha. Na oitiva, ele negou que tenha presenciado qualquer vantagem indevida na cúpula do Ministério da Saúde. Helcio confirmou ter estado em uma reunião com a Davati no Ministério, em que 10 pessoas teriam estado presentes, e que seu intuito era intermediar a negociação de vacinas para o setor privado por meio de seu instituto.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/10/cpi-da-covid-ao-vivo-senadores-ouvem-coronel-da-reserva-helcio-bruno|título=CPI: Helcio Bruno diz que não viu solicitação de vantagem indevida na Saúde|obra=CNN Brasil|publicado=WarnerMedia|data=10-08-2021|acessodata=10-08-2021|autor1=Bia Gurgel|autor2=Camila Neumam|autor3=Giovanna Galvani|autor4=Rafaela Lara|numero-autores=1}}</ref>

Porém, durante grande parte do interrogatório, o coronel permaneceu em silêncio e não respondeu sobre seu vínculo com a Davati. Ele falou sobre a "grande preocupação" com a crise sanitária e defendeu a atuação do instituto em negociações de vacinas. Mas os senadores mostraram vídeos do coronel negando a eficácia das vacinas e ironizando membros da CPI. Ainda segundo Bruno, o reverendo Amilton foi até a sede do instituto e falou do interesse da Davati em adquirir vacinas. Depois, a agenda foi compartilhada entre os envolvidos.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/10/em-5-horas-na-cpi-coronel-evita-perguntas-e-nao-explica-detalhes-sobre-reuniao-com-a-davati.ghtml|título=5 horas na CPI, coronel evita perguntas e não explica detalhes sobre reunião com a Davati|obra=G1|publicado=Grupo Globo|data=10-08-2021|acessodata=10-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

==== Jailton Batista ====
Em 11 de agosto de 2021, Jailton Batista, diretor da Vitamedic, depôs à CPI como testemunha. Ele confirmou que a empresa pagou campanhas publicitárias em mídias no valor de R$ 717 mil para a associação Médicos Pela Vida divulgar informações não comprovadas cientificamente sobre a ivermectina, medicamento esse que é um vermicida, que compõe um coquetel de fármacos intitulado "[[Kit Covid]]" medicamentos esses que não tem eficácia comprovada contra a COVID-19. Batista disse que não ter feito negociações com o governo federal para a venda do vermicida, mas confirmou que o [[Mato Grosso do Sul]] comprou 350 mil unidades do laboratório. Também alegou que nenhum executivo da empresa se reuniu com representantes do governo federal, ou do chamado ''[[gabinete paralelo]]''.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/08/11/cpi-da-covid-ao-vivo-diretor-da-vitamedic-jailton-batista-depoe-aos-senadores|título=À CPI, diretor de farmacêutica diz que não vendeu ivermectina ao Governo|obra=CNN Brasil|publicado=WarnerMedia|data=11-08-2021|acessodata=11-08-2021|autor1=Bia Gurgel|autor2=Giovanna Galvani|autor3=Rafaela Lara}}</ref>

Jailton confirmou que a Vitamedic teve lucros exorbitantes<ref>{{citar periódico|titulo=Fabricante de ivermectina revela salto no faturamento; senadores querem indenização a pacientes 'ludibriados'|data=11-08-2021|acessodata=13-08-2021|jornal=G1|autor=Marcela Mattos e Sara Resende|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/11/fabricante-de-ivermectina-revela-salto-no-faturamento-senadores-querem-indenizacao-a-pacientes-ludibriados.ghtml}}</ref> com a venda do vermicida e admitiu aos integrantes que reajustou o valor do produto devido à alta procura. Segundo informações, os lucros chegaram a 600%.<ref>{{citar periódico|titulo=Farmacêutico admite “crescimento de 600%” com ivermectina e diz que vendeu para governos|data=11-08-2021|acessodata=13-08-2021|jornal=Jornal de Brasília|ultimo=Matos|primeiro=Willian|url=https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-poder/farmaceutico-admite-crescimento-de-600-com-ivermectina-e-diz-que-vendeu-para-governos/}}</ref> Os senadores do chamado ''G7'' criticaram a atuação do laboratório em não conduzir estudos clínicos sobre a ivermectina. Vídeos do presidente Jair Bolsonaro defendendo o uso do vermicida foram divulgados durante a oitiva de Batista, que disse desconhecer a influência da empresa nas indicações do presidente, e que os vídeos teriam sido divulgados de forma "espontânea".<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/11/fabricante-de-ivermectina-revela-salto-no-faturamento-senadores-querem-indenizacao-a-pacientes-ludibriados.ghtml|título=Fabricante de ivermectina revela salto no faturamento. Senadores querem indenização a pacientes ludibriados|obra=G1|data=11-08-2021|acessodata=11-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

==== Ricardo Barros ====
Em 12 de agosto de 2021, foi a vez de o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, depor à CPI da Covid, como convidado. Barros negou envolvimento com negociações da compra da vacina indiana Covaxin, negou que o presidente Jair Bolsonaro o tivesse acusado de envolvimento no esquema irregular de aquisição do imunizante,<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/12/cpi-ouve-lider-do-governo-na-camara-ricardo-barros.htm|título=Barros confronta CPI, nega crimes e diz que não foi 'acusado' por Bolsonaro|obra=UOL|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021|autor1=Hanrrikson de Andrade|autor2=Luciana Amaral|autor3=Rayanne Albuquerque}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/12/ricardo-barros-diz-que-suspeitas-sobre-covaxin-sao-grande-mal-entendido.amp.htm|título=Ricardo Barros diz que suspeitas sobre COVAXIN são grande 'mal entendido'|obra=UOL|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021}}</ref> negou que tivesse relações pessoais com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, e negou também que tivesse indicados no Ministério da Saúde.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/12/ricardo-barros-nega-relacao-pessoal-com-socio-de-empresa-que-intermediou-negociacao-da-covaxin.ghtml|título=Ricardo Barros nega relação pessoal com sócio da empresa que intermediou negociação da COVAXIN|obra=G1|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Sara Resende}}</ref>

Os senadores fizeram, durante a oitiva de Barros, um minuto de silêncio em homenagem ao ator [[Tarcísio Meira]], que faleceu aos 85 em função de complicações após ser internado com COVID-19 na semana anterior. A notícia da morte de Meira foi divulgada durante a abertura da sessão.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/12/cpi-faz-um-minuto-de-silencio-em-homenagem-ao-ator-tarcisio-meira-morto-por-covid.ghtml|título=CPI faz um minuto de silêncio em homenagem ao ator Tarcísio Meira morto por COVID|obra=G1|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

Depois de a sessão ser interrompida por conta de bate-boca entre integrantes, Barros acusou levianamente que a "CPI afastou vendedores das vacinas". O presidente da CPI, Omar Aziz, reagiu à declaração e disse que integrantes do governo queriam tirar proveito nas negociações das vacinas.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/12/barros-irrita-senadores-ao-dizer-que-cpi-afastou-empresas-de-vacinas-sessao-e-suspensa-pela-2a-vez.ghtml|título=Barros irrita senadores ao dizer que CPI afastou empresas de vacinas e sessão é suspensa pela segunda vez|obra=G1|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

Depois de uma segunda interrupção, Aziz suspendeu a sessão e reverteu a condição de Barros a "convocado",<ref>{{citar periódico|titulo=O bateu-levou de Ricardo Barros, que desafiou a CPI da Pandemia e acabou convocado para uma nova sessão|data=13-08-2021|acessodata=13-08-2021|jornal=El País Brasil|autor=Felipe Betim|url=https://brasil.elpais.com/brasil/2021-08-12/o-bateu-levou-de-ricardo-barros-que-desafiou-a-cpi-da-pandemia-e-acabou-convocado-para-uma-nova-sessao.html}}</ref> o que significa que ele deverá voltar a depor, mas dessa vez em condição que não lhe permite mentir. Barros acusou a CPI de "construir narrativas para incriminar o governo". Segundo ele, "como não teriam conseguido obter sucesso na empreitada, suspenderam a sessão". O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, foi ao Supremo Tribunal Federal para pedir esclarecimentos sobre o que fazer caso depoentes venham a mentir no interrogatório.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/12/apos-bate-boca-e-suspensoes-aziz-encerra-sessao-e-diz-que-barros-voltara-a-cpi-como-convocado.ghtml|título=Após bate-boca, Aziz encerra sessão e diz que Barros voltará a CPI como convocado|obra=G1|data=12-08-2021|acessodata=12-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

===Décima-quinta semana (De 17 a 19 de agosto)===
====Alexandre Costa Marques====
Em 17 de agosto de 2021 foi a vez de Alexandre Costa Marques, auditor afastado do Tribunal de Contas da União, depor na CPI como testemunha. Ele admitiu que foi o autor de um estudo falso sobre supernotificação de mortes por COVID-19. No dia 7 de junho, Jair Bolsonaro utilizou os dados fraudulentos durante uma live semanal para afirmar que houve uma supernotificação de mortes na pandemia. Contudo, o TCU não reconheceu a autoria do documento e afastou o então auditor. Segundo o vice-presidente da CPI Randolfe Rodrigues (REDE-AP), houve crime de responsabilidade e crime comum das partes envolvidas.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/08/17/cpi-ouve-auditor-do-tcu-que-fez-estudo-desmentido-sobre-mortes-por-covid.htm|título=Auditor relata alteração de arquivo, e cúpula da CPI vê crime de Bolsonaro|obra=Universo Online|publicado=Grupo Folha|data=2021-08-17|acessodata=2021-08-17|autor1=Hanrrikson de Andrade|autor2=Luciana Amaral}}</ref>

O autitor afastado negou que o documento era definitivo, e dissera que era apenas "preliminar" e também disse que o pai dele, coronel da reserva Ricardo Marques que enviara o documento ao presidente por [[WhatsApp]]. Naquela época, o TCU rejeitou o documento proposto por Marques, pois a Corte negou que houve um "conluio" para super notificar as mortes.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/17/cpi-auditor-confirma-que-bolsonaro-recebeu-arquivo-por-aplicativo-e-divulgou-como-se-fosse-oficial.ghtml|título=CPI: auditor confirma que Bolsonaro recebeu arquivo por aplicativo e divulgou como se fosse oficial|obra=G1|data=17-08-2021|acessodata=17-08-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Beatriz Borges|autor3=Sara Resende}}</ref>

====Túlio Silveira====
Em 18 de agosto foi a vez de Túlio Silveira, advogado da Precisa Medicamentos, depor na CPI como testemunha. Durante quase toda a sessão, o depoente ficou em silêncio. Nas poucas palavras que dirigiu aos senadores, disse que era o responsável pelas questões jurídicas que envolveram a vacina COVAXIN. Renan Calheiros, então, mostrou um vídeo sobre o advogado defendendo o Kit Covid. Por causa do silêncio, Silveira agora foi declarado como "investigado" pela comissão.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/08/18/cpi-apos-perguntas-sobre-aquisicao-da-covaxin-advogado-da-precisa-diz-que-permanecera-em-silencio.ghtml|título=CPI: após perguntas sobre aquisição da COVAXIN, advogado da Precisa diz qie permanecerá em silêncio|obra=G1|data=2021-08-18|acessodata=2021-08-18|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

==== Francisco Maximiano ====
Em 19 de agosto foi realizada a oitiva de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, o STF concedeu ao empresário um habeas corpus garantindo-lhe o direito de não responder perguntas que podem incrimina-lo, Maximiliano chegou a realizar um pedido de não comparecimento à CPI, mas a ministra do STF Rosa Weber negou o pedido,<ref>{{citar web|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/ao-vivo/cpi-da-pandemia#maximiniano-tem-pedido-de-nao-comparecimento-rejeitado-pelo-stf|titulo=CPI da Pandemia|acessodata=26/08/2021|website=Senado noticias}}</ref> após um atraso devido a votação de 187 requerimentos do dia entre eles as quebras de sigilo fiscais do deputado Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na câmara de deputados e do advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef.<ref>{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Beatriz|ultimo2=Galvani|primeiro2=Giovanna|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-aprova-quebra-de-sigilo-de-advogado-de-bolsonaro-e-de-ricardo-barros/|titulo=CPI aprova quebra de sigilo de advogado de Bolsonaro e de Ricardo Barros|data=19/08/2021|acessodata=26/08/2021|website=CNN Brasil}}</ref> Maximiano iniciou seu depoimento afirmando que utilizaria do silencio parcial lhe concedido pelo STF, resultando em não responder algumas perguntas realizadas pelo relator da CPI. algumas das perguntas respondidas foram que ele conhecia o deputado Ricardo Barros e que a Precisa Medicamentos possui contrato com o Ministério da saúde referente ao fornecimento de preservativos femininos. o empresário relatou que as relações com o laboratório indiano Bharat Biotech iniciaram-se em setembro de 2020, Maximiliano informou sobre o contrato relacionado a compra das vacinas Covaxin, o contrato previa pagamento direto para a farmacêutica ao ser questionado o porque a Precisa estava listada para receber os pagamento ele não quis responder.<ref>{{citar web|ultimo=Gurgel|primeiro=Beatriz|ultimo2=Galvani|primeiro2=Giovanna|ultimo3=Porto|primeiro3=Douglas|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-ao-vivo-francisco-maximiano-dono-da-precisa-presta-depoimento/|titulo=Dono da Precisa diz que conhece Barros, mas nega ter pedido favorecimento|data=19/08/2021|acessodata=26/08/2021|website=CNN Brasil}}</ref>

Maximiano afirmou durante depoimento que a emenda sugerida por Ricardo Barros na <ref>{{citar web|url=https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.026-de-6-de-janeiro-de-2021-297929846|título=Medida Provisória (MP) 1.026/2021|publicado=Governo do Brasil}}</ref>, referente a utilização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), das aprovações sanitárias da Índia, o empresário relatou que não ocorreu nenhum contato prévio com Barros e que o interesse pela emenda era geral pela empresa mas o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), exibiu a ata de uma reunião no Ministério da Saúde, realizada em 12 de janeiro de 2021, que contou com a participação de Francisco Maximiano, de acordo com o registro do ministério, o empresário sugeriu incluir no texto a agência reguladora indiana, facilitando assim a importação da vacina Covaxin.<ref>{{citar web|url=https://www.diariodoamapa.com.br/cadernos/politica/cpi-randolfe-afirma-que-maximiano-teria-pedido-mudancas-em-mp-sobre-vacina/|titulo=CPI: Randolfe afirma que Maximiano teria pedido mudanças em MP sobre vacina|data=19/8/2021|acessodata=26/08/2021|website=Diário do Amapá}}</ref>

===Décima-sexta semana (De 24 a 26 de agosto)===
====Emanuel Catori====
Em 24 de agosto de 2021, foi a vez de Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica depor na CPI como testemunha.
Catori negou que a empresa tenha fechado negociações com o ministério da Saúde porém, firmara uma "carta de intenções" com a possibilidade de 60 milhões de doses a adquirir. Também negou que Carlos Wizard, Luciano Hang e Ricardo Barros tenham feito negociações sobre as tratativas da vacina.

Sobre as negociações com o governo de Brasília, Catori disse que firmou um contrato com a venda de máscaras a secretaria de saúde do distrito, mas negou que estivesse envolvido com venda de testes rápidos. Perguntado sobre a denúncia do Ministério Público, ele ficou em silêncio.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-pandemia-ao-vivo-dono-da-belcher-farmaceutica-presta-depoimento/?amp|título=CPI da Covid ao vivo: sócio da Belcher Farmacêutica presta depoimento|autor1=Beatriz Gurgel|autor2=Giovanna Galvani|autor3=Murillo Ferrari|obra=CNN Brasil|publicado=WarnerMedia|data=01-09-2021|acessodata=03-09-2021}}</ref>

====Roberto Pereira Ramos Jr.====
Em 25 de agosto, foi ouvido na CPI o presidente da FIB Bank Roberto Pereira Ramos Jr. Ele disse que não poderia responder sobre as denúncias citadas, pois na época não estava na empresa. Disse também que a instituição (que não é banco ou correspondente bancário) pertence a duas empresas, com um capital declarado e somado de R$ 7,5 bilhões.

A CPI investiga se o verdadeiro dono da empresa é o advogado Marcos Tolentino, amigo de Ricardo Barros. Tolentino é advogado da Guassu e tem autorização para atuar pela empresa e pelo FIB Bank. O endereço e o telefone do escritório de Tolentino são os mesmos da Guassu.
<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/08/25/presidente-da-cpi-da-covid-chama-empresa-fiadora-da-covaxin-de-lorota-bank.ghtml|título=Presidente da CPI da Covid chama empresa fiadora da Covaxin de "lorota bank"|obra=G1|data=25-08-2021|acessodata=03-09-2021|via=Jornal Nacional}}</ref>

====José Ricardo Santana====
Em 26 de agosto, foi a vez do empresário José Ricardo Santana depor na CPI. Durante toda a sessão, o depoente ficou em silêncio e nas poucas palavras, Santana disse não lembrar de seu salário durante sua atuação na (Anvisa), afirmou que foi convidado para o Ministério da Saúde para trabalhar sem receber salário e, mesmo com um áudio divulgado na oitiva, onde comprovou uma reunião com a oncologista Nise Yamaguchi, disse não ter proximidade com ela. Disse também que desconhece assuntos tratados na reunião com a médica. Neste áudio enviado a Marconny Faria, Santana falava de uma reunião com a médica para a realização de encontro para a intenção de compra dos testes rápidos por um "plano" e apresentou ao Governo Federal. Ele disse desconhecer qualquer parte deste plano.
<ref>{{citar web|url=https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2021/08/empresario-irrita-senadores-por-contradicoes-e-recusa-em-dar-respostas-na-cpi-da-covid-ckst47uvw000t01ebv2il1kww.html|título=Empresário irrita senadores por contradições e recusa dar respostas na CPI da Covid|obra=GZH|data=26-08-2021|acessodata=03-09-2021}}</ref>

===Décima-sétima semana (De 31 de agosto a 2 de setembro)===
====Ivanildo Gonçalves====
Em 1 de setembro foi a vez de Ivanildo Gonçalves, motoboy da VTCLog depor na CPI como testemunha. 
Antes da oitiva, o ministro do STF [[Nunes Marques|Kássio Nunes Marques]] deu um salvo-conduto a testemunha para que ela não comparecesse a comissão, porém o motoboy foi pessoalmente ao Senado. No depoimento, ele disse que entregou um pen drive no 4° andar do prédio do ministério da Saúde, onde fica o Departamento de Logística, mas disse não lembrar para quem entregara o aparelho nem a data do encontro. Também disse aue não conhecia o ex-diretor de Logística Roberto Dias, 
<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/01/cpi-motoboy-da-vtclog-diz-que-foi-ao-quarto-andar-do-ministerio-da-saude-entregar-pen-drive.ghtml|título=CPI: motoboy da VTCLog diz que foi ao quarto andar do ministério da Saúde entregar pen drive|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende|obra=G1|data=01-09-2021|acessodata=03-09-2021}}</ref>
Também no depoimento, Ivanildo disse que sempre entregava faturas da VTCLog ao ministério e falou que ia de sala em sala para entregá-las <ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/01/cpi-motoboy-da-vtclog-diz-que-andava-constantemente-no-ministerio-da-saude.ghtml|título=CPI: motoboy da VTCLog diz que 'andava constantemente' no Ministério da Saúde|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende|obra=G1|data=01-09-2021|acessodata=03-09-2021}}</ref>

Durante a sessão, a CPI autorizou a quebra do sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático de Ivanildo por ter sido orientado por advogados a não entregar o celular.
<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/01/cpi-da-covid-aprova-quebra-de-sigilos-de-motoboy-da-vtclog.ghtml|título=CPI da Covid aprova quebra de sigilos de motoboy da VTCLog|autor=Marcela Mattos|obra=G1|data=01-09-2021|acessodata=03-09-2021}}</ref>

====Francisco Araújo====
Em 2 de setembro, foi a vez de Franciso Araújo ex-secretário de Saúde do Distrito Federal depor na CPI como testemunha. Ele se defendeu das acusações que imputam contra ele, quando foi preso pela Polícia Federal durante uma operação em 2020. Ele negou que estivesse envolvido num esquema de fraudes em compra de testes rápidos, negou que tivesse alguma relação com a Precisa Medicamentos e negou que sua indicação ao cargo de secretário tenha sido política. 
<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/02/preso-em-2020-ex-secretario-de-saude-do-df-se-diz-inocente-e-nega-relacao-com-empresa-investigada.ghtml?_gl=1*99qggz*_ga*YW1wLUZJXzNia3M0WkxndHZhcFlkUV9uQkJiMmNZelQtdzhFR1NaLTdKQUE0dEM4NGl3MzFoMHdicnFjRFB6WWFORHU.|título=Ex-secretário de Saúde do DF se diz inocente e nega relação com empresa investigada|obra=G1|publicado=Grupo Globo|data=2021-09-02|acessodata=11-09-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

===Décima-oitava semana (De 14 a 16 de setembro)===
====Marcos Tolentino====
Em 14 de setembro, foi a vez de Marcos Tolentino (sócio-majoritário da [[Rede Brasil de Televisão|RBTV]]) depor na CPI como testemunha. Ele durante toda a sessão utilizoui a prererogativa do direito de ficar calado. Nas poucas declarações feitas, negou atuação em trâmites do contrato da vacina Covaxin, porque estava internado com COVID-19 neste período. Também negou ser o dono ou sócio da FIB Bank, mas quando perguntado sobre quem era o sócio-majoritário da empresa, não quis se manifestar. Perguntado se conhecia Ricardo Barros, Tolentino disse que "eram amigos de longa data" e perguntado se conhecia Francisco Maximiano, disse que as relações com ele erm somente "profissionais" mas negou representar a Precisa Medicamentos.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-sessao-marcos-tolentino/|título=Tolentino nega atuação em contrato da Covaxin e influência no FIB Bank|obra=CNN Brasil|publicado=WarnerMedia|data=14-09-2021|acessodata=2-10-2021|autor1=Beatriz Gurgel|autor2=Giovanna Galvani|autor3=Rafaela Lara|autor4=Douglas Porto|numero-autores=1}}</ref> Ele admitiu, porém sem dar muitos detalhes de quem eram os demais sócios, ser integrante da Brasil Space Air Log, uma empresa ligada a FIB Bank. Ele também não disse se a Space Air tem ligações com outra empresa investigada, a Pico do Juazeiro.<ref>{{citar web|url=https://www.otempo.com.br/politica/cpi-da-covid-tolentino-admite-que-e-socio-da-space-air-ligada-a-fib-bank-1.2541422|título=CPI da Covid: Tolentino admite que é sócio da Space Air, ligada à FIB Bank|obra=O Tempo|data=14-09-2021|acessodata=15-09-2021|autor1=Renato Alves|autor2=Lucyenne Landim}}</ref>

====Marconny Faria====
Em 15 de setembro foi a vez de Marconny Faria (suspeito de ser o suposto lobista da Precisa Medicamentos) depor na CPI como testemunha. Ele confirmou conhecer Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro e também confirmou que o orientaou a fundar uma empresa de influenciação digital e que apresentara um colega tributarista para auxiliar na sua abertura.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2021/09/15/marconny-confirma-relacao-de-amizade-com-jair-renan-bolsonaro-a-cpi-da-covid.htm?|título=Marconny confirma relação de amizade com Jair Renan Bolsonaro à CPI da Covid|obra=UOL|data=15-09-2021|via=O Estado de S. Paulo|autor1=Amanda Pupo|autor2=Júlia Affonso}}</ref> Também admitiu que teve contato com a Precisa por 30 dias, mas negou na CPI que negociava vacinas. Nas conversas, obtidas por quebra de sigilo, disse que tinha como objrtivo a negociação de testes rápidos para identificação da COVID-19 e que não participou da análise do edital, já que segundo ele, o ministério da Saúde optou opela testagem por outros meios. Ele também negou ser lobista.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/15/cpi-marconny-diz-que-teve-30-dias-de-contato-por-whatsapp-com-a-precisa-em-negociacao-de-testes-rapidos-de-covid.ghtml|título=CPI: Marconny nega ser lobista da Precisa e diz que recebeu apenas 'sondagem' para fazer assessoria política|obra=G1|data=15-09-2021|acessodata=2-10-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref> Na sessão, Faria foi questionado várias vezes sobre quem seria o senador que supostamente, facilitara a aquisição destes testes rápidos, mas ele disse desconhecer esta suposta pessoa.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/15/na-cpi-suposto-lobista-diz-nao-se-lembrar-de-nome-de-senador-que-destravaria-compra-de-testes-rapidos.ghtml|título=Na CPI, suposto lobista diz não se lembrar de nome de senador que 'destravaria' compra de testes rápidos|obra=G1|data=15-09-2021|acessodata=15-09-2021|autor1=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende}}</ref>

===Décima-nona semana (De 21 a 23 de setembro)===
====Wagner Rosário====
Em 21 de setembro foi a vez de [[Wagner Rosário]], ministro da Controladoria-Geral da União depor na CPI como testemunha.
O ministro negou que tenha cometido crime de prevaricação ao só abrir inquérito sobre o contrato da Precisa em agosto de 2021. Contrariando declarações feitas pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público Federal, ele ratificou dizendo que a Controladoria-Geral não encontrou irregularidades no contrato já desfeito pelo Ministério da Saúde. Os senadores questionaram Wagner do porquê o órgão não recomendara a suspensão parcial do contrato. Ele então, questionou se a CPI possuia estes documentos que ordenavam prosseguir com o processo.
Wagner disse, ao ser perguntado por senadores sobre o porquê da CGU tentar coibir supostas ações incondutórias de servidores, que não, porque o órgão não realiza relatórios em relação a pessoas físicas, mas, a fatos e a processos.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/09/21/na-cpi-ministro-da-cgu-e-ouvido-em-meio-a-disputa-entre-governo-e-oposicao.htm|título=Ministro da CGU nega prevaricação, confronta CPI e passa a ser investigado|obra=UOL|data=21-09-2021|acessodata=21-09-2021|autor1=Hanrrikson de Andrade|autor2=Luciana Amaral}}</ref>

Durante a sessão, o presidente da CPI Omar Aziz esqueceu o microfone ligado e foi flagrado dizendo "petulante pra caralho", referindo-se ao ministro da CGU.<ref>{{citar web|url=https://www.cartacapital.com.br/politica/petulante-pra-caralho-ministro-da-cgu-irrita-senadores-em-depoimento-a-cpi-da-covid/|título=‘Petulante pra caralho’: Ministro da CGU irrita senadores em depoimento à CPI da Covid|obra=CartaCapital|acessodata=21-09-2021|data=21-09-2021}}</ref>

Ainda durante a sessão, houve bate-boca e um princípio de confusão ocorreu na mesa da comissão após Rosário chamar a senadora [[Simone Tebet]] de "desequilibrada". Tebet havia perguntado ao ministro por que o órgão havia "passado-pano" sobre as denúncias já adquiridas pela CPI, MPF e TCU. Alguns senadores, chamaram Rosário de "moleque" e "machista". Horas depois, numa publicação no Twitter, o ministro se desculpou pelo que disse. Apesar disto, a CPI o tornou investigado.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/21/ministro-chama-senadora-de-descontrolada-gera-tumulto-e-cpi-suspende-reuniao.ghtml|título=Ministro chama senadora de "descontrolada", gera tumulto e CPI suspende reunião|obra=G1|acessodata=21-09-2021|data=21-09-2021}}</ref><ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/09/21/apos-fala-machista-ministro-pede-desculpa-a-tebet-e-a-mulheres-ofendidas.htm|título=Após fala machista, ministro pede desculpas a Tebet e a mulheres ofendidas|obra=UOL|acessodata=21-09-2021|data=21-09-2021}}</ref>

====Pedro Benedito Batista Júnior====
{{artigo principal|CEI da Prevent Senior}}
Em 22 de setembro, foi a vez de Pedro Benedito Batista Júnior (diretor da Prevent Senior) depor na CPI como testemunha. Ele negou que a empresa tenha ocultado mortes por COVID-19, rebateu acusações sobre ter feito testes clínicos com o Kit Covid e acusou médicos vinculados a empresa, por divulgar conteúdos confidenciais.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/09/22/diretor-da-prevent-senior-presta-depoimento-sob-pressao-apos-faltar-a-cpi.htm|título=Diretor da Prevent Senior presta depoimento sob pressão após faltar a CPI|obra=UOL|acessodata=22-09-2021|data=22-09-2021}}</ref>

O diretor, porém confirmou que a prestadora de serviços alterava a [[Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde]] (CID) daqueles que tinham Covid internados depois de 14 dias, variando os casos de cada um. Segundo ele, a medida servia para identificar pacientes que não tinham sintomas ou riscos de contágio. Mas os senadores chamaram esta citação de subnotificação de casos e mortes.<ref>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/09/22/diretor-da-prevent-confirma-alteracao-de-codigo-da-covid.htm|título=Diretor da Prevent confirma alteração de código da Covid|obra=UOL|acessodata=22-09-2021|data=22-09-2021}}</ref>

====Danilo Trento====
Em 23 de setembro, foi depor a CPI do Coronavírus Danilo Trento (diretor institucional da Precisa Medicamentos). Durante quase toda a oitiva, Trento não quis se manifestar sobre as perguntas dos senadores. Nas poucas palavras ditas, disse conhecer o senador Flávio Bolsonaro, mas que não possuia estreitas relações. Também disse que era amigo pessoal de Francisco Maximiano, dono da Precisa e disse conhecer Marconny Faria, dizendo que o encontrara "poucas vezes" e que nunca fora contratado pela empresa. Sobre Roberto Dias apenas disse que o conhecia.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/23/na-cpi-diretor-da-precisa-se-cala-sobre-relacao-com-dono-da-empresa-lobistas-e-ex-diretor-da-saude.ghtml|titulo=Na CPI, diretor da Precisa se cala sobre relação com lobistas, dono da empresa e ex-diretor da Saúde|acessodata=2021-10-07|website=G1}}</ref> Devido as poucas declarações, Danilo foi declarado como investigado pela CPI.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/23/cpi-aprova-a-quebra-de-sigilo-bancario-fiscal-telefonico-e-telematico-do-empresario-danilo-trento.ghtml|titulo=CPI aprova quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Danilo Trento|data=23-09-2021|acessodata=2021-09-29|website=G1}}</ref>

Também durante a sessão, houve um princípio de confusão e ofensas proferidas pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros e pelo titular da comissão, senador Jorginho Mello.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/23/senadores-batem-boca-com-gritos-de-vagabundo-renan-e-jorginho-tiveram-que-ser-contidos-por-colegas.ghtml|titulo='Vagabundo', 'picareta': senadores trocam ofensas, e colegas da CPI intervêm para evitar confronto|acessodata=2021-10-07|website=G1}}</ref>

===Vigésima semana (De 28 a 30 de setembro)===
====Bruna Morato====
No dia 28 de setembro, foi a vez da advogada Bruna Morato (Que representa funcionários e ex-funcionários supostamente coagidos pela Prevent Senior) depor na CPI como testemunha. Ela afirmou que houve um pacto de médicos defensores do Kit Covid principalmente membros do gabinete paralelo para validar o uso destes fármacos (em especial, a hidroxicloroquina), comprovadamente ineficazes no tratamento da COVID-19; com a garantia de tentarem evitar [[lockdown]]s nos estados. Também segundo a advogada, cada médico tinha uma função específica dentro deste acordo. Para o já falecido Anthony Wong, cabia "desenvolver um conjunto medicamentoso atóxico", para [[Nise Yamaguchi]], cabia informar sobre "supostos resultados conclusivos a respeito da imunidade das pessoas" e para Paulo Zanotto, era sobre a "disseminação nas mídias sobre as prescrições médicas destes medicamentos".<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/28/cpi-advogada-diz-que-prevent-e-medicos-do-gabinete-paralelo-fizeram-pacto-pro-hidroxicloroquina-para-evitar-lockdown.ghtml|titulo=CPI: advogada diz que Prevent e médicos do 'gabinete paralelo' fizeram 'pacto' por cloroquina|acessodata=2021-10-07|website=G1}}</ref>

A advogada afirmou que a distribuição gratuita dos medicamentos do Kit-covid, não era algo que a Prevent Senior fazia antes da pandemia e nem realizava a distribuição de outros medicamentos gratuitamente, contradizendo o que o diretor da operadora, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou para a CPI em seu depoimento.<ref name=":16">{{citar web|ultimo=Serafim|primeiro=Rose|url=https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2021/09/29/quem-e-bruna-morato-advogada-que-prestou-depoimento-contra-prevent-senior-na-cpi-da-covid.html|titulo=Quem é Bruna Morato, advogada que prestou depoimento contra Prevent Senior na CPI da Covid|data=29/09/2021|acessodata=07/10/2021|website=O POVO}}</ref>

Ainda durante o depoimento, a advogada afirmou que os médicos divulgavam aos pacientes sobre os teses clínicos, mas que a empresa não informava as famílias, deduzindo que estes pacientes eram usados como "cobaias" e que os os termos de compromisso, segundo ela, tinham informações genéricas e paciente idosos não eram informados dos riscos dos medicamentos. A advogada declarou também que médicos trabalhavam na empresa infectados com a COVID-19.<ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-ao-vivo-advogada-de-medicos-da-prevent-senior-presta-depoimento/|titulo=Prevent se uniu a "gabinete paralelo" e intimidou médicos, diz advogada na CPI|acessodata=2021-10-07|website=CNN Brasil}}</ref>

A advogada revelou que a Prevent Senior e o Governo Federal atuaram juntos na divulgação da desinformação referente ao tratamento precoce, além de terem a proteção de não sofrerem nenhuma fiscalização referente aos seus experimentos e falsos estudos por estarem atuando junto ao gabinete paralelo<ref name=":16" />

==== Luciano Hang ====
No dia 29 de setembro, o depoente foi o empresário [[Luciano Hang]], suspeito de financiar a divulgação de notícias falsas sobre tratamentos ineficazes contra a COVID-19 e participar de um "gabinete paralelo". Logo na abertura dos trabalhos, Hang foi autorizado a mostrar um vídeo institucional da [[Havan]]. A exibição rendeu críticas de colegas ao presidente da CPI, Omar Aziz, sob alegações de que o depoente teria tido permissão para fazer propaganda de sua empresa. Pouco depois, com a temperatura elevada pelas discussões, Aziz teve a autoridade questionada.<ref>{{Citar web|url=https://exame.com/brasil/cpi-ouve-luciano-hang-dono-da-havan-nesta-quarta-feira/|titulo=Ao vivo: CPI da Covid ouve Luciano Hang, dono da Havan; acompanhe|data=2021-09-29|acessodata=2021-10-01|website=Exame}}</ref>

O empresário dono da rede varejista Havan, foi evasivo e driblou perguntas feitas pelos senadores sobre a operadora de saúde Prevent Senior —sob suspeita de uma série de irregularidades, inclusive de ter ocultado inicialmente a morte da mãe de Hang por COVID-19— e o presidente Jair Bolsonaro. O empresário admitiu possuir "duas ou três" contas bancárias no exterior, além de ''offshores'' em [[Paraíso fiscal|paraísos fiscais]] — sob a justificativa de tentar se proteger de variações bruscas do dólar. Afirmou, porém, que seu patrimônio é legal e negou financiar a disseminação de notícias falsas sobre a pandemia. O presidente da CPI, porém, afirmou que a comissão tem indícios de que Hang usa contas no exterior para financiar "fake news".<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/29/luciano-hang-diz-que-soube-pela-cpi-que-covid-nao-constou-do-atestado-de-obito-da-mae.ghtml|titulo=Luciano Hang diz que soube pela CPI que Prevent omitiu Covid do atestado de óbito da mãe|acessodata=2021-10-01|website=G1}}</ref>

No curto período em que não houve interrupções ou troca de farpas entre os membros da comissão, Hang disse não ser negacionista e afirmou que não atuou no grupo informal que teria aconselhado Bolsonaro à revelia do Ministério da Saúde. Hang repetiu por diversas vezes que os senadores foram induzidos ao erro e, a exemplo de senadores governistas na CPI, disse que o colegiado "têm muitas narrativas, não provas". O dono da Havan disse também nunca ter se posicionado contra as vacinas da covid-19, recorrendo ao argumento sem base científica (de que tem "índice de anticorpos altíssimo") para justificar porque não se vacinou.<ref>{{Citar web|url=https://politica.estadao.com.br/ao-vivo/cpi-covid-depoimento-luciano-hang-dono-havan|titulo=CPI da Covid ouve Luciano Hang; dono da Havan é acusado de integrar 'gabinete paralelo'; veja como foi|acessodata=2021-10-01|website=Estadão}}</ref>

====Otávio Fakhoury====
Em 30 de setembro, foi a vez de Otávio Fakhoury (vice presidente do instituto Força-Brasil e presidente do [[PTB]] em São Paulo) depor na CPI como testemunha. Ele admitiu que financiou e ajudou plataformas de disseminação de noticias fraudulentas e, admitiu que era o financiador do instituto Força-Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/09/30/cpi-ouve-suspeito-de-estimular-fake-news-e-financiar-blogs-bolsonaristas.htm|titulo=Em CPI, empresário nega propagação de fake news, mas senadores veem crimes|data=30-09-2021|acessodata=2021-10-01|website=UOL}}</ref> Ele negou que tivesse relações com a Davati e sobre Helcio Bruno, presidente do instituto, disse que era "um amigo particular". Disse também que não tomou a vacina contra a Covid.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/30/negacionista-sobre-vacinas-empresario-bolsonarista-admite-que-financiou-instituto-que-negociou-imunizante-com-o-governo.ghtml|titulo=Negacionista de vacina, Fakhoury admite ter financiado instituto que negociou imunizante com governo|data=30-09-2021|acessodata=2021-10-01|website=G1}}</ref>

Senadores da CPI divulgaram vídeos produzidos por Fakhoury contendo desinformação sobre a eficácia do uso de máscaras. Ele respondeu, dizendo que se tratava apenas de uma "opinião". No vídeo, há também incentivos para o uso indiscriminado do ineficaz Kit Covid, para tratar a COVID-19.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/09/30/cpi-senadores-contestam-empresario-apos-ele-dizer-que-video-contra-mascara-era-opiniao.ghtml|titulo=CPI: senadores contestam empresário após ele dizer que vídeo contra máscara era 'opinião'|data=30-09-2021|acessodata=2021-10-01|website=G1}}</ref>

Logo depois, o senador Fabiano Contarato foi a mesa principal e rebateu comentários homofóbicos nas redes sociais publicados por Fakhoury. Na comissão, o senador pediu para que a [[Polícia Legislativa]] o investigasse por homofobia.<ref>{{citar web|url=https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2021/09/na-cpi-senador-mostra-ataque-de-empresario-e-senado-abre-investigacao-por-homofobia-cku73rfum006d017fkrpz5kmd.html|titulo=Na CPI, senador mostra ataque de empresário e Senado abre investigação por homofobia|data=30-09-2021|acessodata=01-10-2021|website=GZH}}</ref>

Durante a sessão, ele aproveitou a vez de falar para mentir sobre as vacinas em uso pelo Programa Nacional de Imunização, dizendo que elas eram experimentais. A [[ANVISA]] o desmentiu em nota, dizendo: “As vacinas em uso no Brasil não são experimentais e todas tiveram seus dados de eficácia e segurança avaliados e aprovados pela Anvisa, garantindo o seu uso dentro das indicações aprovadas. Todas as vacinas em uso no Brasil tiveram condução de estudo de fase 3 de pesquisa clínica e já encerraram esta etapa. Nenhuma vacina em uso no país foi dispensada de apresentação de dados da fase 3 da pesquisa clínica. Outros estudos adicionais podem e são conduzidos para aspectos específicos como, por exemplo, ampliação de público”.
<ref>{{Citar web|url=https://www.poder360.com.br/congresso/anvisa-desmente-declaracao-de-fakhoury-vacinas-nao-sao-experimentais/|titulo=Anvisa desmente declaração de Fakhoury: "Vacinas não são experimentais"|data=2021-09-30|acessodata=2021-10-01|website=Poder360}}</ref>

===Vigésima-primeira semana (De 5 a 7 de outubro)===
====Raimundo Nonato Brasil====
Em 5 de outubro, foi a vez de Raimundo Nonato Brasil, (sócio da VTCLog) depor na CPI como testemunha. Disse na oitiva, que era hábito da companhia fazer diversos saques em espécie para custear despesas de executivos e negócios da empresa. Renan Calheiros questionou a declaração, argumentando que funcionários da empresa não recebiam renumeração por transferência bancária. Também afirmou o relator que tal prática já está em desuso e perguntara a Raimundo se esta façanha era de uma empresa com contrato milionário com o Ministério da Saúde. Nonato disse que era apenas uma "prática familiar", e que "iria se modernizar".<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/05/socio-da-vtclog-diz-que-empresa-faz-saques-em-especie-para-custear-despesas-de-executivos.ghtml|título=Sócio da VTCLog diz que empresa faz saques em espécie para custear despesas de executivos|autor=Marcela Mattos e Sara Resende|data=05/10/2021|obra=G1}}</ref>

====Paulo Rebello Filho====
Em 6 de outubro, foi depor a CPI do Coronavírus Paulo Rebello Filho, diretor da [[Agência Nacional de Saúde Suplementar]]. Ele confirmou que a agência recebeu diversas queixas e reclamações sobre os serviços prestados pela Prevent Senior, principalmente, devido a repercussão que a comissão dara sobre o tema. Também confirmou que a agência fez diligências para que a prestadora de serviços se explicasse sobre as supostas irregularidades e confirmou na oitiva que a empresa é investigada pelo órgão. Sobre sua associação ao deputado federal Ricardo Barros, negou que ele tivesse influenciado sua indicação ao cargo e que ela foi feita pelo então ministro da Saúde [[Gilberto Occhi]], que sucedeu Barros no [[Governo Michel Temer]].<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-ao-vivo-paulo-rebello-filho-diretor-da-ans-presta-depoimento/|título=ANS soube de denúncias contra Prevent pela CPI e investiga operadora, diz presidente|autor1=Bia Gurgel|autor2=Rafaela Lara|autor3=Giovanna Galvani|autor4=Douglas Porto|data=06-10-2021|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>

====Walter Correa de Souza Netto e Tadeu Frederico Andrade====
Em 7 de outubro depuseram à CPI da Covid o ex-funcionário da Prevent Senior Walter Correa de Souza Netto e o ex-paciente da prestadora de serviços Tadeu Frederico Andrade. Na comissão, Walter acusou a operadora de saúde de obrigar médicos a prescreverem o ineficaz Kit Covid para tratar pacientes desde março de 2020. Segundo o ex-funcionário, a empresa fazia uma "pressão velada" para a prescrição dos medicamentos, dizendo que tal medida era para manter seus postos de trabalho. Também confirmou que teve acesso ao prontuário de Anthony Wong e afirmou a comissão de que a certidão de óbito e o prontuário médico foram fraudados.<ref>{{citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-ao-vivo-ex-medico-e-paciente-da-prevent-senior-prestam-depoimento/|título=À CPI, ex-médico e paciente acusam Prevent de irregularidades em tratamentos|autor1=Bia Gurgel|autor2=Giovanna Galvani|autor3=Rafaela Lara|autor4=Douglas Porto|data=07-10-2021|website=CNN Brasil|numero-autores=1}}</ref>
Já o ex-cliente da empresa relatou a comissão como foi o processo de atendimento, hospitalização e tratamento quando ele teve o Coronavirus. Tadeu realizou uma "teleconsulta" por meio do aplicativo da Prevent Senior que durou menos de 10 min e ao falar que tinha febre e dores no corpo, foi lhe enviado até sua casa por meio de um motoboy o Kit Covid, realizou o tratamento com os medicamentos que duraria cinco dias, perto do fim do tratamento, Tadeu sentiu uma piora foi levado ao hospital onde foi diagnosticado a COVID-19, agravado por uma pneumonia bacteriana grave. Segundo Tadeu, passado 30 dias de sua internação uma de suas filhas recebeu uma ligação de umas das doutoras do convênio informando que o ele começaria a receber os cuidados paliativos, ele iria para um leito hibrido e que nas palavras do depoente a doutora teria afirmado que "lá ele teria maior dignidade e conforto, e seu óbito ocorreria em poucos dias", nele seria ministrado uma bomba de morfina, todos os seus equipamentos de sobrevivência seriam desligados e caso ocorresse uma parada cardíaca teria uma recomendação para não haver reanimação. Sua filha não concordou mas mesmo assim foi inicializados os procedimentos além de mentirem no prontuário afirmando que parentes concordaram com a tal medida dos tratamentos paliativos, ele foi removido da UTI e suspenderam os medicamentos e procedimentos médicos sem nenhuma autorização de familiares ou responsáveis. Mais tarde no mesmo dia duas filhas e e uma irmã do paciente tiveram uma reunião com médicos do convenio e os médicos tentaram convencer a família a aderir ao tratamento utilizando o prontuário de outra pessoa como argumento. Os parentes desconfiaram dos serviços da operadora e contrataram um médico particular e ao ameaçarem contar para a mídia, voltaram atrás e o realocaram para a UTI.<ref>{{citar web|url=https://www25.senado.leg.br/web/atividade/notas-taquigraficas/-/notas/r/10303#:~:text=O%20SR.%20TADEU%20FREDERICO%20DE%20ANDRADE%20%E2%80%93%20N%C3%A3o%2C%20eu,que%20no%20final%20desse%20per%C3%ADodo%20de%20cinco%20dias|titulo=Notas Taquigráficas 07/10/2021 - 64ª - CPI da Pandemia|data=07/10/2021|acessodata=13/10/2021|website=Senado Federal}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-da-covid-ao-vivo-ex-medico-e-paciente-da-prevent-senior-prestam-depoimento/|titulo=À CPI, ex-médico e paciente acusam Prevent de irregularidades em tratamentos|acessodata=2021-10-13|website=CNN Brasil}}</ref>

===Vigésima-segunda semana (De 18 a 20 de outubro)===
====Audiência pública====
Nesta oitiva, foram convidadas pessoas de diversas idades, cujos parentes morreram por complicações da COVID-19. Também foi convidado nesta sessão, Marco Antõnio do Nacimento Silva, presidente da ONG Rio da Paz. Uma das pessoas, convidadas, cobrou um "pedido de desculpas" do presidente Jair Bolsonaro e criticou as medidas adotadas pelo governo durante a pandemia. Uma convidada, havia dito que sua irmã havia morrido de COVID-19 em Manaus durante o mês de janeiro. Ela disse também que tentou comprar insumos, inclusive oxigênio para tentar salvar a irmã. Uma outra convidada, chamou as declarações feitas pelo presidente de "dolorosas". Marco Antônio, presidente da Rio da Paz disse na sessão, com "perplexidade e revolta", ao ver segundo ele, o presidente "apoiar manifestações antidemocráticas, fomentar aglomerações, xingar jornalistas, debochar das pessoas que ficaram com falta de ar, prescrever remédios ineficazes conta a doença", além de outras declarações.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/18/cpi-afetados-pela-covid-relatam-hospitais-lotados-dificuldade-com-orfaos-e-criticam-governo.ghtml|título=CPI: afetados pela Covid relatam hospitais lotados, dificuldade com órfãos e criticam governo|autor=Marcela Mattos|autor2=Luiz Felipe Barbiéri|data=18-10-2021|website=G1}}</ref> Durante a sessão, ele entregou a mesa principal da CPI, uma caixinha preta com lenços que a ONG usou para simbolizar as mais de 600 mil vidas perdidas para a doença. Também na sessão, uma jovem de 19 anos contou emocionada sobre a perda dos seus pais pela COVID-19, e um dos intérpretes de libras teve que ser substituído, pois chorou ao ouvir a declaração.<ref>{{citar web|url=https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/10/4956104-cpi-da-covid-interprete-de-libras-se-emociona-ao-transmitir-relato-de-orfa.html|título=CPI da Covid: intérprete de libras se emociona ao transmitir relato de órfã|autor=Thays Martins|data=18-10-2021|publicado=Correio Braziliense}}</ref>

====Elton da Silva Chaves====
Em 19 de outubro, foi a vez de Elton da Silva Chaves depor na CPI como testemunha. Ele se mostrou surpreso sobre uma desinformação de que a Conitec retiraria um estudo contra a cloroquina da pauta de reunião do conselho. O representante do Conasems, disse que o estudo tinha que ser analisado com "todo apelo e necessidade" de harmonizar e detalhar todos os pontos elencados e atender pacientes infectados pela COVID.
Segundo o representante, novas reuniões do órgão foram agendadas para os dias 6 e 7 de outubro. No dia 6, segundo Elton, foi feito normalmente. Mas no dia 7 o encontro foi adiado. Elton disse que Marcelo Queiroga não compareceu ao local e ressaltou que Nelson Mussolini (representante do Conselho Nacional de Saude - CNS) na Conitec. Ele disse que uma nota foi divulgada antes da manifestação do dr. Carlos Carvalho pedir o fim do encontro. Senadores questionaram Elton se houve interferência política no Conasems, mas ele negou.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/19/na-cpi-assessor-do-conasems-diz-que-retirada-de-pauta-de-estudo-contra-a-cloroquina-foi-uma-surpresa.ghtml|título=Na CPI, assessor diz que retirada do estudo contra a cloroquina da reunião da Conitec foi uma 'surpresa'|autor=Marcela Mattos|autor2=Sara Resende|data=19-10-2021|obra=G1}}</ref>

== O desfecho da CPI ==
{{Artigo principal|Indiciamentos da CPI da COVID-19}}

No dia 20 de Outubro de 2021 o relator da comissão Renan Calheiros entregou o seu relatório, o texto contem mais de 1000 páginas, e aborda grande quantidade dos assuntos tratados durante os 5 meses que investigação da Comissão como a omissão do governo na compra de vacinas, todos os pontos envolvendo o tratamento precoce e o caso da Prevent Senior, além de indiciar por crimes 65 pessoas e 2 empresas como o presidente da republica Jair Bolsonaro ([[Partido Liberal (2006)|Partido Liberal]]) e o general da ativa e ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/20/cpi-da-covid-crimes-atribuidos-lista.ghtml|titulo=CPI da Covid: Veja quais são os crimes atribuídos a cada um dos citados|acessodata=2021-10-21|website=G1}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/cpi-da-covid/noticia/2021/10/19/leia-a-integra-da-minuta-do-relatorio-da-cpi-da-covid.ghtml|titulo=CPI da Covid: leia a íntegra do relatório final|acessodata=2021-10-21|website=G1}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://www12.senado.leg.br/noticias/arquivos/2021/10/26/relatorio_final-26102021-12h40-1.pdf|título=CPI da pandemia Relatório Final|editora=Senado Federal do Brasil|ano=2021|local=Brasilia}}</ref>

Com base nas conclusões da CPI e juntamente com os líderes da mesma, o jurista [[Miguel Reale Júnior]] protocolou [[Pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro|pedido de ''impeachment'' do presidente Bolsonaro]].<ref name="G1 2021">{{citar web|título=Grupo de juristas registra pedido de impeachment de Bolsonaro com base no relatório final da CPI|website=G1|data=2021-12-08|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/12/08/com-base-no-relatorio-da-cpi-grupo-de-juristas-apresenta-pedido-de-impeachment-de-bolsonaro.ghtml|acessodata=2022-01-08}}</ref><ref name="Congresso em Foco 2021">{{citar web|título=Juristas pedem impeachment de Bolsonaro com base em conclusões de CPI|website=Congresso em Foco|data=2021-12-08|url=https://congressoemfoco.uol.com.br/area/congresso-nacional/cpi-da-covid-19-protocola-pedido-de-impeachment-de-jair-bolsonaro/|acessodata=2022-01-08}}</ref>

{{Indiciados no relatório final da CPI da COVID-19}}

== Ver também ==
*[[Governo Jair Bolsonaro#Resposta à pandemia de COVID-19]]
*[[Vacinação contra a COVID-19 no Brasil]]
*[[Desinformação na pandemia de COVID-19]]

{{Notas e referências}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat   = CPI da Pandemia
|wikidata     = Q106497688
|wikinotícias = CPI da COVID-19
}}
*{{oficial|https://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?codcol=2441}}

{{Governo Jair Bolsonaro}}
{{Pandemia de COVID-19 no Brasil}}
{{Comissões parlamentares de inquérito do Brasil}}
{{Portal3|direito|política|COVID-19|Brasil}}

[[Categoria:Governo Jair Bolsonaro]]
[[Categoria:Pandemia de COVID-19 no Brasil]]
[[Categoria:Comissões parlamentares de inquérito do Brasil|COVID-19]]
[[Categoria:2021 no Brasil]]