Mostrar código-fonte de Chuva

{{mais notas|Esta página|ci|data=maio de 2011}}
{{ver desambiguação}}
[[Ficheiro:22 Regen ubt.jpeg|thumb|250px|direita|Chuva sobre algumas [[árvore]]s]]
{{Escute
 |arquivo   = Garden rainfall.ogg
 |título    = Som da chuva num jardim
 |posição   = direita
}}
'''Chuva'''<ref name=brasilescola>Brasil Escola. ''[http://www.brasilescola.com/geografia/chuvas-precipitacoes.htm Chuvas e precipitações]''. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref> é um fenômeno [[Meteorologia|meteorológico]] que resulta da [[precipitação (meteorologia)|precipitação]] das gotas [[líquido|líquidas]] ou [[sólido|sólidas]]{{nota de rodapé|Veja a definição de "precipitação" e "chuva" (nesta ordem) no glossário do CPTEC.<ref name=glossariocptec/> A chuva é a precipitação da água das nuvens, mas essa água pode estar sólida, ao invés de líquida. É o caso (por exemplo) do [[granizo]], que é sólido e, por isto, quando cai das nuvens diz-se que está ocorrendo uma chuva de granizos.}} da [[água]] das [[nuvem|nuvens]] sobre a superfície da [[Terra]].{{nota de rodapé|Não necessariamente sobre o [[solo]], pois obviamente pode chover sobre o [[mar]], por exemplo.}}

Durante o fenômeno da precipitação, gotas pequenas crescem por difusão de [[vapor]] de água. A seguir, elas podem crescer por captura de gotas menores que se encontram em sua trajetória de queda, ou por outros fenômenos. Quando duas pequenas gotas d'água se unem e com isto formam somente uma gota, que possui dimensões maiores, dizemos que ocorreu um fenômeno denominado [[Coalescência (meteorologia)|coalescência]].<ref name=glossariocptec/>

Nem toda chuva atinge a [[superfície]]: algumas [[Evaporação|evaporam-se]] enquanto ainda estão a cair, num fenômeno que recebe o nome de [[virga]] e que acontece principalmente em locais ou períodos de [[ar]] seco.<ref name=glossariocptec>BRASIL. INPE. CPTEC. ''[http://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml Glossário]''. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref>

A chuva tem papel importante no [[ciclo hidrológico]], e pode alterar a [[sensação térmica]] do ambiente.

== Medição da chuva ==
[[Ficheiro:MeanMonthlyP.gif|thumb|esquerda|400px|Precipitação de chuva ao longo dos meses do ano no mundo: as regiões azuis são as regiões com maior precipitação]]
A medida da precipitação{{nota de rodapé|Vide a definição de "precipitação" no glossário do CPTEC.<ref name=glossariocptec/>}} é denominada pluviosidade.<ref name=guiadoprofessor>BRASIL. MEC. Guia do Professor - Conteúdos Digitais. ''[http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/matematica/condigital1/guias/guia_audiovisual_10.pdf Audiovisual 10 - Medindo a chuva]''. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref> Em outras palavras: quando a água das nuvens se aglutina e forma chuva, tem-se o fenômeno da precipitação, e quando se mede a quantidade de água da chuva que, devido à precipitação, acumulou-se em determinado local durante um determinado período de tempo, tem-se a "pluviosidade" ou "medida da precipitação".

No [[Sistema Internacional de Unidades]], a unidade de pluviosidade (ou "unidade de medida de precipitação") é o [[milímetro]] (mm). Uma pluviosidade de 1 milímetro equivale ao volume de 1 [[litro]] (L) de água de chuva que se acumulou sobre uma superfície de área igual a 1 [[metro quadrado]].{{nota de rodapé|Vide o item 1.1 do Guia do Professor nº 10,<ref name=guiadoprofessor/> elaborado pelo [[Ministério da Educação (Brasil)|MEC]].}}

Para constatar que 1 milímetro de pluviosidade é o mesmo que 1 litro por metro quadrado, observe esta [[demonstração matemática]]:

<center><math>\frac{1\ L}{m^2} = \frac{1\ dm^3}{m^2} \Leftrightarrow \frac{(1\ dm)^3}{m^2} = \frac{(10^{-1}\ m)^3}{m^2} = \frac{10^{-3}\ m^3}{m^2} = \frac{10^{-3}\ {\color{Red}m^2}.m}{\color{Red}m^2} = 10^{-3}\ m = 1\ mm</math></center>

Portanto, 1 litro por metro quadrado = 1 milímetro.

[[Imagem:Pluviômetro Ville-de-Paris.jpg|thumb|180px|Pluviômetro padrão ''Ville-de-Paris'', padrão francês muito utilizado internacionalmente para medir a chuva]]
A pluviosidade é, geralmente, medida com um instrumento denominado [[pluviômetro]]. O funcionamento do pluviômetro, cujo padrão é o ''Ville-de-Paris'', é bastante simples: a boca de um funil de área conhecida coleta as gotas de chuva e as acumula em um reservatório colocado abaixo do funil; então, a intervalos regulares (1 vez por dia, 4 vezes por dia, etc.), um observador utiliza uma [[pipeta]] com escala graduada para coletar uma amostra e medir o volume de água que foi acumulado no período. Por exemplo: ele pode medir e constatar que nas últimas 24 [[hora]]s caíram 25 milímetros de chuva.

Quando se deseja registrar as variações da pluviosidade em função do tempo utiliza-se um instrumento denominado pluviógrafo,<ref name=curiosidadescptec>BRASIL. INPE. CPTEC. ''[http://www6.cptec.inpe.br/curiosidades/index_instrumentos2.shtml#lin7 Instrumentos Meteorológicos] {{Wayback|url=http://www6.cptec.inpe.br/curiosidades/index_instrumentos2.shtml#lin7 |date=20130522120337 }} - Pluviógrafo''. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref> que nada mais é que um pluviômetro dotado de um dispositivo de registro cronológico contínuo.<ref name=glossariocptec/> Esses registros cronológicos são feitos em um gráfico denominado [[pluviograma]], no qual a pluviosidade (em milímetros) é indicada em um dos eixos do gráfico e o tempo (em horas) é indicado no outro eixo. Essa "taxa de variação da pluviosidade por unidade de tempo" é dada em milímetros por hora (mm/h).{{nota de rodapé|Vide a seção 4 da obra ''Fundamentos de Meteorologia e Climatologia''.<ref name=ufrb>OLIVEIRA, Aureo S. de. ''[http://www.ufrb.edu.br/neas/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=36 Fundamentos de Meteorologia e Climatologia, Capítulo XI - Precipitação Pluviométrica]''. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB (Núcleo de Engenharia de Água e Solo - NEAS): [[Cruz das Almas]], 2008. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref>}}

Como o [[volume]] de 1 litro de qualquer substância equivale a 1 [[decímetro]] cúbico, e tendo em vista que a [[densidade]] da [[água]] pura corresponde a 1 quilograma de [[massa]] por decímetro cúbico, conclui-se que 1 milímetro de pluviosidade corresponde a aproximadamente{{nota de rodapé|Diz-se "aproximadamente" porque a água da chuva não é pura: a presença de impurezas eleva a densidade dessa água, ou seja, cada litro de "água impura" possui massa superior a 1 quilograma. Porém, como de maneira geral essa elevação de densidade é discreta, para efeitos práticos considera-se que a densidade da água da chuva é igual à densidade da água pura.}} 1&nbsp;kg/m<sup>2</sup>, ou seja, 1&nbsp;mm de pluviosidade significa que em cada metro quadrado de área da superfície haverá 1 quilograma de massa de água. Matematicamente:
*Densidade da água: <math>\frac{1\ kg}{dm^3} = \frac{1\ kg}{L} \Rightarrow</math> Cada litro de água pura possui 1 quilograma de massa. '''[i]'''
*Correspondência pluviométrica: <math>1\ mm = \frac{1\ L}{m^2}</math> '''[ii]
*Fazendo '''[i]''' em '''[ii]''', temos que: <math>1\ mm = \frac{1\ L}{m^2} = \frac{1\ kg}{m^2}</math>

Portanto, 1&nbsp;mm = 1&nbsp;kg/m<sup>2</sup>

Consequentemente, quando desejamos ler a pluviosidade não em função da <u>altura</u> da coluna de água (em milímetros) mas sim em função da <u>massa de água da chuva que se acumulou em cada metro quadrado da superfície</u>, calculamos a pluviosidade em quilogramas por metro quadrado (kg/m<sup>2</sup>).{{nota de rodapé|Um exemplo de uso da pluviosidade em kg/m<sup>2</sup> consta na última página do boletim climatológico do IPMA, de março de 2013.<ref name=ipma>PORTUGAL. IPMA. ''[http://www.ipma.pt/resources.www/docs/im.publicacoes/edicoes.online/20131028/HYmtJGVrnHLHIXZCCtfP/cli_20130301_20130331_pcl_mm_co_pt.pdf Boletim Climatológico Mensal – Março de 2013]''. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref>}}

Quando se calcula a taxa de variação dessa massa pluviométrica por unidade de tempo, o valor da taxa é dado em [[quilograma]]s por metro quadrado e [[segundo]]s (massa pluviométrica por unidade de tempo):{{nota de rodapé|Exemplos de uso dessa unidade de medida podem ser encontrados em artigos acadêmicos e científicos, como por exemplo o que consta no item 3.1.1.3 (pág. 21, cálculo 3.3) de uma tese de mestrado<ref name=tese>FERNANDES, Renato de Oliveira. ''[http://www.hidro.ufcg.edu.br/dissertacoes/Fernandes_Dezembro_2009.pdf Avaliação de Simulações de Precipitação&nbsp;e Vazão&nbsp;por um Modelo Atmosférico&nbsp;em Bacias&nbsp;do Semiárido&nbsp;Brasileiro]''. Universidade Federal de Campina Grande: [[Campina Grande]], 2009. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref> defendida na Universidade Federal de Campina Grande. Dependendo do contexto de utilização, essa taxa pode receber diferentes nomes, tais como "densidade de fluxo"<ref name=estt>PORTUGAL. Escola Superior de Tecnologia de Tomar (ESTT). Curso de Engenharia Civil (Processos Gerais de Construção II) in ''[http://www.estt.ipt.pt/download/disciplina/1136__Humidade_Constru%C3%A7%C3%A3o.pdf Humidade em Paredes de Edifícios: Causas, Manifestações e Soluções em Reparação]''. Pág. 8/33. Acesso em 22 de janeiro de 2014.</ref> ou "fluxo de umidade".<ref name=tese/>}} <math>\frac{kg}{m^2.s}</math>

Uma chuva de 1&nbsp;mm h<sup>−1</sup> corresponde a 2,7778 x 10<sup>−7</sup> m s<sup>−1</sup> . Note que a unidade (m s<sup>−1</sup>) é obtida fatorando-se (m<sup>3</sup> m<sup>−2</sup> s<sup>−1</sup>). Os hidrometeorologistas utilizam o Sistema Internacional de Unidades ao fazer seus cálculos numéricos. Entretanto, ao apresentarem os resultados obtidos, o fazem utilizando o Sistema de Unidades Auxiliar, como por exemplo, (mm h<sup>−1</sup>).

== Tipos de chuvas ==
Há dois tipos básicos de precipitação: estratiformes e convectivas.

As precipitações podem estar associadas a diferentes fenômenos atmosféricos sob diferentes escalas de desenvolvimento temporal e espacial. Por exemplo:
* '''Chuvas frontais''' são causadas pelo encontro de uma [[massa de ar|massa fria]] (e seca) com outra quente (e úmida), típicas das latitudes médias, como as de [[inverno]] no [[Região sul do Brasil|Brasil Meridional]] que caminham desde o Sul ([[Argentina]]) e se dissipam no caminho, podendo, eventualmente, chegar até o estado da [[Bahia]]. Por ser mais pesado, o ar frio faz o ar quente subir na atmosfera, levantando de baixo pra cima, o ar quente, que é mais leve. Com a subida da massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da mesma,devido a altitude, que ao encontrar núcleos de condensação, a água no estado gasoso se condensa e forma a precipitação. São, geralmente, de média intensidade, grande duração e atingem grandes áreas<ref name="Livre">''[https://www.metoffice.gov.uk/weather/learn-about/weather/types-of-weather/rain/types-of-rain What are the different types of rain?]'', Met Office. Consultado em 21 de julho de 2020</ref>. Há dois tipos de chuvas frontais: a frente fria (encontro da massa de ar frio com a de ar quente e úmida) e a frente quente (o oposto, o encontro da massa de ar quente e úmida com a massa de ar frio.)[[File:Chuva frontal - Piracicaba.jpg|thumb|Momentos antes da queda de uma chuva frontal em [[Piracicaba]] ([[Estado de São Paulo|SP]]), em 10 de maio de 2023. Houve registro apenas de uma garoa fina|241x241px]]
[[Ficheiro:Rain in Coronel Fabriciano MG.JPG|thumb|Exemplo de chuvas de convecção no município de [[Coronel Fabriciano]], no estado de [[Minas Gerais]], [[Brasil]]|243x243px]]
* '''Chuvas de convecção''' ou '''convectivas''' são também chamadas de "chuvas de verão". São provocadas por intensa [[evaporação|evapotranspiração]] de superfícies úmidas e aquecidas (como florestas, cidades e oceanos tropicais) acrescida de convergência do vento horizontal. Chuvas convectivas em geral estão associadas às [[Nuvem|nuvens]] [[Cumulonimbus|cúmulo-nimbo]] de grande desenvolvimento vertical. O ar ascende em parcelas de ar, que se resfriam de forma praticamente adiabática (sem trocar calor com o meio exterior) durante sua ascensão. Precipitação convectiva é comum no verão brasileiro, na [[Floresta Amazônica]] e no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]]. Na [[região nordeste do Brasil|região Nordeste]], exceto nas áreas litorâneas e sobre a [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro]] (RMRJ). Também ocorrem tempestades convectivas associadas a entrada de brisa marítima ao final da tarde com graves consequências sobre as centenas de áreas de risco ambiental. Estas chuvas também são conhecidas popularmente como "pancadas de chuva", "aguaceiros" ou "torós". São, geralmente, de grande intensidade, pequena duração e atingem pequenas áreas. Quando maiores e de duração superior a uma hora pode indicar agrupamento de tempestades ou mesmo super-células (grandes tempestades com ventos intensos e forte precipitação)<ref name="Livre"/>podendo inclusive, formar tornados.
* '''Chuvas orográficas''', '''estacionais''', '''de serra''' ou '''de relevo''' ocorrem quando os [[vento]]s úmidos se elevam e se resfriam pelo encontro de uma barreira [[montanha|montanhosa]], como é normal nas encostas voltadas para o [[oceano|mar]].<ref name="Livre"/>

{{Imagem múltipla
|direction =vertical
|align = right
|width = 240
|image1 = Gotas de chuva.jpg
|caption1 =Formação das gotas de chuva
|image2 = Chuva (gotas).JPG
|caption2 = Gotas de chuva atingindo o solo
}}

As gotas de chuva não seguem a mesma formação que as gotas de água que caem de uma bica ou de uma [[torneira]].

As menores, com menos de 1 milímetro de [[Raio (geometria)|raio]], na verdade são [[esfera|esféricas]]. As que crescem mais, começam-se a deformar na parte de baixo, porque a pressão do ar puxando para cima na queda começa a conseguir contrariar a [[tensão superficial]] que a tenta manter esférica. Quando o raio excede a cerca de 4&nbsp;milímetros, o buraco interior cresce tanto que a gota, antes de se partir em gotas menores, adquire uma forma semelhante à de um [[paraquedas]], ou seja, a forma de um saco de paredes finas voltado para baixo, com um anel mais grosso de água em roda da abertura inferior.

As gotas de chuva são muito maiores do que as gotículas das nuvens, que são geralmente menores que 15 [[mícron|micra]] e podem ficar suspensas no ar por muito tempo. Já as gotas de chuva, por serem muito maiores e mais pesadas, não podem ficar suspensas no ar e, portanto, ocorre a precipitação.

==Intensidade==
Consoante a intensidade (ou taxa) da [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]], esta é qualificada da seguinte forma:<ref>{{citar livro|url=https://library.wmo.int/pmb_ged/wmo_8_en-2012.pdf|título=Guide to Meteorological Instruments and Methods of Observation - (WMO-No. 8)|ultimo=Organização Meteorológica Mundial|primeiro=|editora=Organização Meteorológica Mundial|ano=2008|local=Genebra, Suíça|página=I.14–9|páginas=|lingua=en|isbn=978-92-63-10008-5|acessodata=04/07/2019}}</ref>

* Chuva fraca: quando a intensidade é inferior a 2,5 milímetros por hora (mm/h);
* Chuva moderada: quando a intensidade é igual ou superior a 2,5 mm/h mas inferior a 10&nbsp;mm/h;
* Chuva forte: quando a intensidade é igual ou superior a 10 mm/h mas inferior a 50&nbsp;mm/h;
* Chuva violenta: quando a intensidade é superior a 50&nbsp;mm/h (geralmente sob a forma de aguaceiros).
Para calcular a quantidade de milímetros por hora, basta dividir a precipitação (em milímetros) pela duração em horas.<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.oieduca.com.br/artigos/voce-sabia/como-saber-o-quanto-choveu.html?#:~:text=Para%20isso,%20ao%20iniciar%20a%20chuva%20marque%20o,exemplo%20de:%20Precipita%C3%A7%C3%A3o/tempo%20=%2020mm/4%20horas%20=%205mm/hora|titulo=Educa - Como saber o quanto choveu?|acessodata=2023-08-20|website=www.oieduca.com.br}}</ref>

Exemplo: choveu 10 mm em um período de 6 minutos. Logo: 10 ÷ 0,1 = 100 mm/h, o que é classificado como uma chuva violenta.<ref name=":0" />

==Impacto==
===Sobre a agricultura===
[[File:Chuva em Três Pontas (3).JPG|esquerda|thumb|Chuva em [[Três Pontas]], no [[Sul de Minas|sul de Minas Gerais]], importante região produtora de [[café]]]]
A chuva tem um efeito dramático sobre a [[agricultura]]. Todas as [[planta]]s precisam de pelo menos um pouco de água para sobreviver, portanto a chuva (sendo os meios mais eficazes de irrigação) é importante para a agricultura. Enquanto um padrão de chuva regular é geralmente vital para saudáveis plantas , muito ou pouca chuva pode ser prejudicial. A [[Seca]] pode matar culturas, provocar [[Erosão|erosões]],<ref>{{citar web|url=http://www.bom.gov.au/climate/drought/livedrought.shtml|título=Living With Drought|autor=[[Bureau of Meteorology]]|publicado=Commonwealth of Australia|ano=2010|acessodata=2010-01-15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070218192510/http://www.bom.gov.au/climate/drought/livedrought.shtml|arquivodata=18 de fevereiro de 2007|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://agnewsarchive.tamu.edu/dailynews/stories/CROP/Jun0607a.htm|título=Texas Crop and Weather|data=2007-06-06|autor=Robert Burns|publicado=[[Texas A&M University]]|acessodata=2010-01-15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100620134950/http://agnewsarchive.tamu.edu/dailynews/stories/CROP/Jun0607a.htm|arquivodata=20 de junho de 2010|urlmorta=yes}}</ref> enquanto o tempo excessivamente úmido pode causar outros problemas. As plantas precisam de diferentes quantidades de chuva para sobreviver. Por exemplo, alguns [[cacto]]s necessitam de pequenas quantidades,<ref>{{citar web|url=http://www.sbs.utexas.edu/mauseth/researchoncacti/|título=Mauseth Research: Cacti|autor =James D. Mauseth|publicado=[[University of Texas]]|data=2006-07-07|acessodata=2010-01-15}}</ref> enquanto as plantas tropicais podem precisar de até centenas de centímetros de chuva por ano para sobreviver.

Em áreas com estações [[Estação seca|secas]] e [[Estação das chuvas|úmidas]], os nutrientes diminuem e a [[erosão]] aumenta durante a estação chuvosa. Os animais têm adaptação e sobrevivência estratégicas para o regime mais úmido. Os [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]] têm notado que as suas populações mostram flutuações sazonais de peso devido à escassez de alimentos observados antes da primeira colheita, que ocorre no final da estação chuvosa. A chuva pode ser colhida através do uso de [[tanque (reservatório)|tanques de águas pluviais]]; tratada para uso potável ou para irrigação. O excesso de chuvas durante curtos períodos de tempo pode causar [[Inundação|inundações]].

[[File:Prédios no Setor Bueno.jpg|thumb|Nuvens carregadas se aproximando de [[Goiânia]], em [[Goiás]], [[Brasil]]]]

===Na cultura===
As [[cultura]]s relacionadas à chuva diferem em todo o mundo. A chuva tanto pode trazer [[alegria]] como [[Técnica de relaxamento|relaxamento]]. Em locais secos, como a [[Índia]], ou durante períodos de [[seca]], a chuva eleva o [[humor]] das pessoas. Em [[Botswana]], a chuva é usada como o nome da [[moeda]] nacional (o ''[[Pula (moeda)|pula]]'', "chuva" em [[Língua tswana|tsuana]]), em reconhecimento da importância econômica da chuva neste país desértico. Várias culturas têm desenvolvido meios de lidar com a chuva e têm desenvolvido inúmeros dispositivos de proteção contra ela, tais como [[guarda-chuva]]s, [[calha]]s, entre outros. Muitas pessoas acham o cheiro durante e imediatamente após a chuva agradável ou distintivo (o cheiro pode ser devido ao [[ozônio]] formado pelos [[relâmpago]]s; a [[bactéria]]s do solo; ou a [[óleo]]s secretados por plantas).<ref>''Megacurioso''. Disponível em http://www.megacurioso.com.br/ciencia/44396-de-onde-vem-o-cheiro-de-chuva.htm. Acesso em 13 de abril de 2015.</ref>

== El Niño e La Niña ==
O [[El Niño]] e [[La Niña]] são fenômenos climáticos relacionados às variações periódicas nas temperaturas da superfície do oceano Pacífico tropical e têm um impacto significativo no clima global.  

=== El Niño ===
{{Artigo principal|El Niño}}
É um fenômeno climático que resulta da elevação das temperaturas na região do oceano Pacífico, com origem na costa oeste da América do Sul, especialmente no Peru. Essa mudança anormal na temperatura oceânica desencadeia significativas alterações nos padrões climáticos em todo o mundo, principalmente nas regiões tropicais. O El Niño causa variações nos padrões de temperatura e chuva. No Brasil, ele provoca chuvas intensas no Sul e secas severas no Norte e Nordeste.<ref>''El-Niño''. Disponível em http://enos.cptec.inpe.br/elnino/pt Acesso em 24 de Setembro de 2023.</ref>

=== La Niña ===
{{Artigo principal|La Niña}}
É um fenômeno natural que envolve a diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. Isso gera mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura em todo o mundo. Durante a La Niña, os ventos ascendentes ocorrem no Pacífico Central e Ocidental, com ventos descendentes no oeste da América do Sul. Isso está associado à chamada Célula de Walker, que controla a circulação atmosférica sobre o oceano.

Em situações normais, os ventos alísios intensos mantêm as águas mais quentes no Pacífico Equatorial Oeste. No entanto, durante a La Niña, ocorre um aumento no afloramento de águas mais frias, e a camada de água quente é empurrada para oeste. Isso alonga a Célula de Walker e tem efeitos climáticos globais. <ref>''La-Niña''. Disponível em http://enos.cptec.inpe.br/lanina/pt Acesso em 23 de Setembro de 2023.</ref>

Ambos os fenômenos, El Niño e La Niña, têm impactos complexos e variados em diferentes regiões do mundo. Eles são monitorados de perto por agências meteorológicas e climatologistas para ajudar na previsão de eventos climáticos extremos e na tomada de decisões em agricultura, gestão de recursos hídricos e preparação para desastres naturais.<ref>''Condições Atuais do Enos: Caracterização do El-Niño''. Disponível em http://enos.cptec.inpe.br/. Acesso em 23 de Setembro de 2023.</ref>
== Ver também ==
* [[Arco-íris]]
* [[Ciclo hidrológico]]
* [[Chuva ácida]]
* [[Chuva congelada]]
* [[Chuva de animais]]
* [[Chuva invisível]]
* [[Chuvisco]]
* [[Precipitação (meteorologia)]]
* [[Meteorologia]]
* [[Nuvem]]
* [[Petricor]]
* [[Tempestade]]
* [[Tempestade de massa de ar]]
* [[Tempo (meteorologia)]]
* [[Faixa de precipitação]]

{{Notas}}

{{Referências|col=2}}

=== Bibliografia ===
* Chuvas intensas no Brasil - DNOS - Rio de Janeiro, 1980.
* Enchentes no Rio de Janeiro - SEMADS-GTZ - Rio de Janeiro, 2002.

== Ligações externas ==
{{Commons|Category:Rain}}
{{Wikiquote|Rain}}
*{{link||2=http://chuvaproject.cptec.inpe.br |3=Projeto Chuva |4= no CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Brasil)}}
*{{link||2=https://portal.inmet.gov.br/ |3=INMET - Instituto Nacional de Meteorologia (Brasil) |4=|datali=}}
*{{link||2=http://www.ipma.pt/pt/oclima/monitorizacao/index.jsp?selTipo=m&selVar=rr&selAna=to&selAno=2016 |3=: Acompanhamento do clima : Precipitação (2016) |4=IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera (Portugal)}}

{{Climatologia}}
{{Portal3|Meteorologia|Água}}

[[Categoria:Chuva]]
[[Categoria:Meteorologia]]