Mostrar código-fonte de Granizo

[[Imagem:Hagelkorn mit Anlagerungsschichten.jpg|thumb|direita|275px|Uma pedra de granizo de grande tamanho com anéis concêntricos]]
'''Granizo''' (ou '''saraiva''') é a forma de [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] sólida que consiste em pedaços irregulares de [[gelo]], comumente chamados de ''pedras de granizo'' ou ''pedras de gelo''. Essas "pedras" são compostas por água no estado sólido e medem entre 5 e 200 [[milímetros|mm]] de diâmetro, sendo as pedras maiores provenientes de [[tempestade]]s mais severas. Glóbulos ou pedaços de gelo que têm diâmetro menor que ou maior que 5&nbsp;mm são denominados, respectivamente, "granizo" ou "saraiva";<ref name="Meteo_Hidrometeoro">{{citar web|url=https://www.ipma.pt/pt/educativa/fenomenos.meteo/index.jsp?page=meteoros.hidro.xml |título=Hidrometeoro |autor=Instituto de Meteorologia|autorlink=Instituto de Meteorologia |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref> os eventos correspondentes são denominados ''granizada'' ou ''saraivada''.<ref name="infopedia.pt - Porto Editora 2023 y874">{{citar web|título=granizada | website=infopedia.pt - Porto Editora |data=2023-08-12 | url=https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/granizada |língua=pt |acessodata=2023-08-12}}</ref> O código [[Metar]] classifica como ''GR'' o granizo com 5&nbsp;mm de diâmetro ou mais, enquanto que quando há pedras menores é codificado como ''GS''. É possível, dentro da maioria das tempestades, o granizo ser produzido pelas nuvens [[cumulonimbus]].<ref name="gloss"/> Sua formação requer ambientes de forte movimento para cima da atmosfera da tempestade (semelhante aos [[furacão|furacões]]) e baixa altura do nível de congelamento. É mais frequente a formação ocorrer no interior dos continentes, dentro de [[latitudes médias]] da Terra, confinando-se a altitudes mais elevadas dentro dos [[trópico]]s.

Existem métodos para detectar tempestades de granizo usando imagens de [[satélite meteorológico|satélites]] e [[radar meteorológico|radares]] meteorológicos. O granizo geralmente cai em maior velocidade à medida que cresce em tamanho, embora fatores complicadores, como a [[Fusão (física)|fusão]], o [[atrito]] com o ar, o [[vento]] e interação com a [[chuva]] e outras pedras, possam retardar sua descida pela [[atmosfera da Terra]]. Avisos de tempo severo são emitidos quando atingem um tamanho prejudicial, pois podem causar danos graves a construções, automóveis e, mais comumente, à agricultura.

== Definição ==
[[Imagem:Granizo.jpg|esquerda|thumb|Pedra de granizo com cerca de 6 cm de diâmetro]]
Qualquer tempestade que produz granizo que atinge o solo é considerada como uma tempestade de granizo.<ref>{{citar web |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=Hailstorm |título=Hailstorm |autor=Glossary of Meteorology |ano=2009 |acessodata=29 de agosto de 2009 |publicado=[[American Meteorological Society]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110606103908/http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=Hailstorm |arquivodata=6 de Junho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> Normalmente as pedras têm um diâmetro de 5&nbsp;mm ou mais<ref name="gloss">{{citar web|url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=hail1|título=Hail|ano=2009|acessodata=15 de julho de 2009|autor=Glossary of Meteorology|publicado=[[American Meteorological Society]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100725142407/http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=hail1|arquivodata=25 de Julho de 2010|urlmorta=yes}}</ref> e podem crescer para 15&nbsp;mm e pesar mais de 0,5&nbsp;kg.<ref>{{citar web|url=http://www.photolib.noaa.gov/htmls/nssl0001.htm|título=Aggregate hailstone|autor =National Severe Storms Laboratory|publicado=[[National Oceanic and Atmospheric Administration]]|data=23 de abril de 2007 |acessodata=15 de julho de 2009}}</ref> Segundo o [[Instituto de Meteorologia]], a queda de glóbulos ou pedaços de gelo que têm entre 5 e 50&nbsp;mm ou mais de diâmetro é denominada saraiva,<ref name="Meteo_Hidrometeoro"/> sendo que em alguns casos este termo é utilizado em substituição à palavra granizo.<ref name="Esac_Conceitos">{{citar web |url=http://www.esac.pt/estacao/conceitos.htm |título=Conceitos Importantes |autor=Esac |acessodata=29 de setembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111004154458/http://www.esac.pt/estacao/conceitos.htm |arquivodata=2011-10-04 |urlmorta=yes }}</ref> De acordo com o [[Instituto Nacional de Meteorologia]] (INMET), pedaços pequenos de gelo, abaixo dos 5&nbsp;mm, são classificados como bolas de gelo, bolas de neve ou granizo mole. Bolas isoladas são chamadas de pedras.<ref name="INMET_Fenômenos">{{citar web|url=http://www.inmet.gov.br/html/informacoes/sobre_meteorologia/fenomenos_naturais/fenomenos_naturais.html |título=Fenômenos Adversos |autor=[[Instituto Nacional de Meteorologia]] (INMET) |acessodata=29 de setembro de 2011}}</ref>

Ao contrário de [[grãos de gelo]], pedras de granizo estão em camadas e podem ser irregulares e aglutinadas. São compostas de gelo transparente ou de camadas alternadas de gelo transparente e translúcido, com pelo menos 1&nbsp;mm de espessura, que são depositadas uma sob a outra, uma vez que a pedra, suspensa pelo ar, percorre a nuvem com forte movimento até que o seu peso supere o [[movimento vertical do ar]] e caia no chão. Embora o diâmetro de granizo seja variado, em países como os [[Estados Unidos]] a observação média do tamanho de uma pedra provocando danos é de 2,5&nbsp;cm, mesmo tamanho de uma [[bola]] de [[golfe]].<ref>{{citar web|url=http://www.spc.noaa.gov/publications/jewell/hailslsc.pdf|título=P9.5 Evaluation of an Alberta Hail Growth Model Using Severe Hail Proximity Soundings in the United States|autor =Ryan Jewell and Julian Brimelow|data=17 de agosto de 2004 |acessodata=15 de julho de 2009}}</ref>

Pedras maiores que 2&nbsp;cm são geralmente consideradas grandes o suficiente para causarem danos. Institutos como o [[Serviço Meteorológico do Canadá]] emitem avisos de tempestade severa quando o granizo tem um tamanho maior ou igual a esse,<ref>{{citar web|url=http://ec.gc.ca/meteo-weather/default.asp?lang=En&n=D9553AB5-1#severethunderstorm|título=Severe Thunderstorm criterias|autor =Meteorological Service of Canada|publicado=[[Environment Canada]] |data= 3 de novembro de 2010 |acessodata=12 de maio de 2011}}</ref> enquanto que o [[Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos]] faz alertas com 2,5&nbsp;cm. Outros países têm limiares diferentes de acordo com a sensibilidade local para salvar, por exemplo, áreas de cultivo de [[uva]], que podem ser adversamente afetadas por pedras menores.<ref>{{citar web|url=http://www.srh.noaa.gov/bmx/?n=oneinchhail|título=NEW 1 Inch Hail Criteria|autor =National Weather Service|publicado=[[National Oceanic and Atmospheric Administration|NOAA]]|data=4 de janeiro de 2010 |acessodata=12 de maio de 2011}}</ref>

== Formação ==
[[File:Microexplosão Piracicaba 12-08-2023.webm|thumb|Avanço de uma nuvem isolada do tipo [[cumulonimbus]] que provocou uma chuva de granizo em [[Piracicaba]], [[Brasil]]]]
O granizo se forma em grandes nuvens de [[tempestade]], particularmente naquelas com correntes ascendentes e intensas, com alto conteúdo de água líquida, grande extensão vertical, gotas de água de grande porte e onde uma boa parte da camada de nuvem tenha temperatura abaixo de 0&nbsp;°C.<ref name="gloss"/> Estes tipos de fortes correntes de ar ascendente podem também indicar a presença de um [[tornado]]. A taxa de crescimento é maximizada onde o ar está próximo de uma temperatura de -13&nbsp;°C.<ref>{{citar web|url=http://www.erh.noaa.gov/cae/svrwx/hail.htm|título=Hail...|acessodata=28 de agosto de 2009 |data=27 de janeiro de 2009 |autor =[[National Weather Service]] Forecast Office, [[Columbia, South Carolina]]|publicado=[[National Weather Service]] Eastern Region Headquarters}}</ref>

=== Natureza da camada do granizo ===
[[Imagem:hailshaft.jpg|thumb|direita|Eixo do granizo]]
[[Imagem:Hail clouds.jpg|thumb|Tempestades severas com granizo podem apresentar uma coloração verde.<ref>{{citar periódico|periódico=Journal of Applied Meteorology|url=http://journals.ametsoc.org/doi/pdf/10.1175/1520-0450-39.10.1754|página=1754|autor =Frank W. Gallagher, III.|título=Distant Green Thunderstorms - Frazer's Theory Revisited|volume=39|data=Outubro de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]]|acessodata=20 de janeiro de 2011|doi=10.1175/1520-0450-39.10.1754|número=10|bibcode = 2000JApMe..39.1754G }}</ref>]]
Como ocorre em uma precipitação de qualquer nuvem [[cumulonimbus]], o granizo começa como gotas de água. Com a ascensão dessas gotas e a temperatura abaixo de zero, a água se congela quando entra em contato com os chamados [[Núcleo de condensação|núcleos de condensação]]. A parte transversal de uma pedra de grande dimensão tem uma estrutura parecida com uma [[cebola]]. Isso significa que o granizo é feito de camadas espessas e translúcidas, alternadas com camadas mais finas, brancas e opacas. Ele é submetido a múltiplas descidas e subidas, caindo em uma zona de umidade e recongelando quando é elevado. Pensava-se que este movimento para cima e para baixo era o responsável pelas camadas sucessivas da pedra, mas uma nova pesquisa, feita com base na teoria e estudo de campo, mostrou que isso nem sempre ocorre.<ref name="ncar"/>

O vento das tempestades, oriundo do [[movimento vertical do ar]], cuja velocidade pode chegar aos 180&nbsp;km/h,<ref name="ncar">{{citar web|url=http://www.ncar.ucar.edu/research/meteorology/storms/hail.php|título=Hail|ano=2008|acessodata=20 de julho de 2009|autor=National Center for Atmospheric Research|publicado=University Corporation for Atmospheric Research|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100527170048/http://www.ncar.ucar.edu/research/meteorology/storms/hail.php|arquivodata=2010-05-27|urlmorta=yes}}</ref> sopra o granizo na nuvem, onde ele sobe em áreas onde a concentração de umidade e de gotículas de água super-resfriadas é bastante variada. A taxa de crescimento do granizo muda de acordo com a variação da umidade e da quantidade de gotículas resfriadas que ele encontra. A taxa de acréscimo dessas gotículas é outro fator que interfere no desenvolvimento da pedra. Quando o granizo se move para uma área com alta concentração de gotículas de água, ele adquire uma camada translúcida. Caso o movimento do granizo ocorra em uma área onde haja mais vapor de água disponível, a pedra adquire uma camada de gelo branco e opaco.<ref name=Nelson/>

Além disso, a velocidade da queda do granizo depende de sua massa e da posição na corrente ascendente da nuvem. Isso é o que determina as diferentes espessuras das camadas da pedra. A taxa de acumulação de gotículas de água super-resfriada depende das velocidades relativas entre essas gotículas e o granizo em si. Isto implica que, geralmente, as pedras maiores do granizo se formam a alguma distância do movimento ascendente mais forte do ar, onde podem passar mais tempo crescendo.<ref name=Nelson/> À medida que o granizo cresce, libera [[calor latente]], que mantém o seu exterior em uma fase líquida. Como ele passa passa por um crescimento úmido, a camada externa torna-se pegajosa, ou mais adesiva, de modo que uma pedra pode crescer pela colisão com outras pedras menores, formando uma ainda maior, com uma forma irregular.<ref name=Brimlow>{{citar periódico|título=Modeling Maximum Hail Size in Alberta Thunderstorms|periódico=Weather and Forecasting|autor =Julian C. Brimelow, Gerhard W. Reuter, and Eugene R. Poolman|data=Outubro de 2002 |páginas=1048–1062|volume=17|número=5|doi=10.1175/1520-0434(2002)017<1048:MMHSIA>2.0.CO;2|issn=1520-0434|bibcode=2002WtFor..17.1048B}}</ref>

O granizo continuará subindo na tempestade até a sua massa não poder mais ser suportada pelo movimento ascendente do ar. Isso pode levar pelo menos 30 minutos, dependendo da força desse movimento na tempestade, cujo topo está geralmente acima de 10&nbsp;km de altura. Em seguida, a pedra cai em direção ao chão, continuando a crescer, com base nesses mesmos processos, até que ela deixa a nuvem. A partir daí o granizo começa a derreter, uma vez que passa por uma região da atmosfera onde a temperatura está acima da de congelamento.<ref>{{citar web|url=http://www.ucar.edu/communications/factsheets/Hail.html|título=Hail Fact Sheet|data=10 de abril de 2000|autor=Jacque Marshall|acessodata=15 de julho de 2009|publicado=[[University Corporation for Atmospheric Research]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091015141754/http://www.ucar.edu/communications/factsheets/Hail.html|arquivodata=15 de Outubro de 2009|urlmorta=yes}}</ref>

Assim, uma trajetória única na tempestade já é suficiente para explicar a estrutura das camadas do granizo. O único caso em que podem existir trajetórias múltiplas é em tempestades multicelulares, onde o granizo pode ser expulso do topo de uma nuvem "mãe" e ser capturado pela corrente ascendente de uma "filha" mais intensa. Este, porém, é um caso excepcional.<ref name=Nelson>{{citar periódico|título=The Influence of Storm Flow Struce on Hail Growth|periódico=Journal of Atmospheric Sciences |autor =Stephan P. Nelson|month= August|páginas=1965–1983|volume=40|número=8|doi=10.1175/1520-0469(1983)040<1965:TIOSFS>2.0.CO;2 |issn=1520-0469 |ano=2003 |url=http://journals.ametsoc.org/doi/pdf/10.1175/1520-0469%281983%29040%3C1965%3ATIOSFS%3E2.0.CO%3B2|bibcode = 1983JAtS...40.1965N }}</ref>

=== Fatores que favorecem o granizo ===
O granizo é mais comum no interior continental das latitudes médias, uma vez que a formação da pedra é consideravelmente mais comum quando a temperatura de congelamento está abaixo de 3 400 m.<ref name="mesoanal">{{citar web|url=http://www.meted.ucar.edu/resource/soo/MesoAnalyst.htm|título=Meso-Analyst Severe Weather Guide|primeiro =Pete |último =Wolf|data=16 de janeiro de 2003 |acessodata=16 de julho de 2009 |publicado=[[University Corporation for Atmospheric Research]]}}</ref>

O movimento de ar seco em fortes tempestades sobre os continentes pode aumentar a frequência de granizo, promovendo a refrigeração por evaporação, que reduz o nível de congelamento das nuvens das tempestades, dando ao granizo um maior volume para crescer. Pelo mesmo motivo, o granizo é menos comum nos trópicos, apesar de uma frequência muito maior de tempestades, já que a atmosfera ao longo dos trópicos tende a ser mais quente a altitudes muito maiores. O granizo nos trópicos ocorre normalmente em altitudes mais elevadas.<ref>{{citar livro|url=http://books.google.com/?id=UbtG3vFfNtoC&pg=PA41&lpg=PA41&dq=average+height+freezing+level+tropics|título=Climate, change and risk|autor =Thomas E. Downing, Alexander A. Olsthoorn, Richard S. J. Tol|páginas=41–43|publicado=Routledge|ano=1999|isbn=9780415170314|acessodata=16 de julho de 2009}}</ref>

O crescimento do granizo se torna desprezível quando a temperatura do ar cai para abaixo de -30&nbsp;°C, pois as gotículas de água super-resfriadas tornam-se raras a essas temperaturas.<ref name="mesoanal"/> Ao redor de tempestades, o granizo é mais comum dentro da nuvem que está em altitudes acima dos 6 100 metros. Entre 3 000 e 6 100 metros, 60% do granizo ainda está dentro da tempestade, embora 40% agora se encontre dentro da atmosfera limpa abaixo da bigorna (o cumulonimbus incus). Abaixo de 3 mil metros, o granizo está igualmente distribuído dentro e em torno da tempestade, até uma distância de 3,7&nbsp;km.<ref>{{citar web|url=http://www.skybrary.aero/bookshelf/books/163.pdf|título=Flight Briefing Notes: Adverse Weather Operations Optimum Use of Weather Radar|página=2|autor =Airbus|autorlink =Airbus|publicado=SKYbrary|data=14 de março de 2007 |acessodata=19 de novembro de 2009}}</ref>

== Climatologia ==
O granizo ocorre com mais frequência no interior continental das latitudes médias e é menos comum nos trópicos, apesar de as tempestades serem muito mais frequentes que nas latitudes médias.<ref>{{citar web|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/met.236/abstract|data=Janeiro de 2011|título=A global hail climatology using the UK Met Office convection diagnosis procedure (CDP) and model analyses|autor =W.H. Hand and G. Cappelluti|publicado=Meteorological Applications. Wiley |acessodata=3 de setembro de 2011}}</ref> Também é muito comum o granizo ao longo de cadeias de montanhas, porque as montanhas forçam os ventos para cima, intensificando as correntes de ar dentro das tempestades e tornando a ocorrência de granizo mais provável.<ref>{{citar web|url=http://www.ga.gov.au/hazards/severeweather/where.jsp|título=Where does severe weather occur?|autor =Geoscience Australia|publicado=Commonwealth of Australia|acessodata=28 de agosto de 2009 |data=4 de setembro de 2007}}</ref> As elevações mais altas também resultam em menor tempo para que o granizo derreta antes de atingir o solo. Uma das regiões com maior número de registros de granizo de grande porte é o norte montanhoso da [[Índia]], onde ocorreu uma das tempestades de gelo com maior quantidade de mortes, em 1888.<ref name="Oliver">{{citar livro|url=http://books.google.com/?id=-mwbAsxpRr0C&pg=PA401&lpg=PA401&dq=hail+regions+with+most+deaths&q=hail%20regions%20with%20most%20deaths|título=Encyclopedia of World Climatology|autor =John E. Oliver|página=401|publicado=Springer|isbn=9781402032646|ano=2005|acessodata=28 de agosto de 2009}}</ref> Essas tempestades também são comuns na [[China]],<ref>{{citar periódico|url=http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V95-4TF7C4P-4&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=993864234&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=bd935558a57c1193db56b67f4dfbb500|título=The characteristics of cloud-to-ground lightning activity in hailstorms over northern China |autor =Dongxia Liu, Guili Feng, and Shujun Wu|data=fevereiro de 2009|acessodata=28 de agosto de 2009 |periódico=Atmospheric Research|volume=91|número=2–4|páginas=459–465|doi=10.1016/j.atmosres.2008.06.016}}</ref> assim como na Europa Central, especialmente no sul e oeste da [[Alemanha]], norte e leste da [[França]] e no sul e leste do [[Benelux]]. No sudeste da Europa, [[Croácia]] e [[Sérvia]] destacam-se pela frequência com que essas chuvas de granizo ocorrem.<ref>{{citar periódico|url=http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V95-4TSD9BB-1&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=993917632&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=266c74d3126cb095e4597efa6c2f5598|título=Hail characteristics of different regions in continental part of Croatia based on influence of orography|autor =Damir Počakal, Željko Večenaj, and Janez Štalec|periódico=Atmospheric Research|volume=93|número=1–3|data=Julho de 2009|doi=10.1016/j.atmosres.2008.10.017|páginas=516}}</ref>

== Detecção de curto prazo ==
[[Imagem:Three body scatter spike-NOAA.png|thumb|Exemplo de três corpos de uma célula: as ressonâncias fracas triangulares (apontadas pela seta) por trás do núcleo da tempestade (em vermelho e branco) estão relacionadas a uma tempestade de granizo em seu interior]]
Os [[radares meteorológicos]] são ferramentas muito úteis para detectar a presença de tempestades de granizo. No entanto, dados de radares têm que ser complementados por um conhecimento das atuais condições atmosféricas de tal lugar para que seja possível determinar se aquele ambiente é propício ao desenvolvimento de pedras de gelo.<ref name="NOAA_VIL"/>

Radares modernos varrem diversos ângulos dos entornos de uma área de instabilidade. Valores de refletividade em múltiplos ângulos acima do nível do chão em uma tempestade são proporcionais à taxa de precipitação nesses locais. Somando essa refletividade no líquido verticalmente integrado (VIL, do inglês ''[[:en:Vertically Integrated Liquid|Vertically Integrated Liquid]]''), obtém-se o conteúdo de água líquida na nuvem. A pesquisa mostra que o desenvolvimento de granizo em níveis superiores da tempestade está relacionado com a evolução do VIL. O VIL dividido pela extensão vertical da tempestade, a chamada densidade VIL,<ref>{{citar web|url=http://www.saisp.br/site/sobreVIL.htm |título=VIL - Vertically Integrated Liquid Water Content |autor=Saisp |acessodata=9 de setembro de 2011}}</ref> tem relação com o tamanho do granizo, embora isso possa variar de acordo com as condições atmosféricas e, portanto, não tem alta precisão. Normalmente, o tamanho do granizo e a probabilidade da ocorrência podem ser estimados a partir de dados oriundos de radares computadorizados, utilizando algoritmos baseados nessas observações. Alguns algoritmos incluem a altitude da temperatura de congelamento para estimar o derretimento do granizo e o que irá atingir o chão.<ref name="NOAA_VIL">{{citar web|url=http://www.srh.noaa.gov/hgx/projects/hail_study.htm|título=VIL density and Associated Hail Size Along the Northwest Gulf Coast|autor=Charles A. Roeseler and Lance Wood|publicado=[[National Weather Service]] Southern Region Headquarters|data=2 de fevereiro de 2006|acessodata=28 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070818231127/http://www.srh.noaa.gov/hgx/projects/hail_study.htm|arquivodata=18 de Agosto de 2007|urlmorta=yes}}</ref>

Certos padrões de refletividade também são pistas importantes para o meteorologista. Os três picos de dispersão do corpo são um exemplo. É o resultado da energia do radar batendo na pedra e sendo desviada para o chão, onde reflete de volta para o granizo e depois para o radar. A energia levou mais tempo para ir do granizo para o chão e voltar, do que a energia que foi direto do granizo para o radar, e o eco está mais longe do radar do que da localização real do granizo no mesmo caminho radial, formando um cone de refletividades mais fracas.<ref name="NOAA_VIL"/>

Mais recentemente, as propriedades de polarização dos radares meteorológicos foram analisadas para diferenciar granizo de chuva forte.<ref>{{citar periódico|primeiro1 =K. |último1 =Aydin |primeiro2 =T.A. |último2 =Seliga |primeiro3 =V. |último3 =Balaji |data=Outubro de 1986|título=Remote Sensing of Hail with a Dual Linear Polarization Radar |periódico=Journal of Climate and Applied Meteorology |volume=25 |número=10 |páginas=1475–14 |doi=10.1175/1520-0450(1986)025<1475:RSOHWA>2.0.CO;2}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.chill.colostate.edu/w/Hail_signature_development|título=Hail Signature Development|autor =[[Colorado State University]]-CHILL National Radar Facility|publicado=[[Colorado State University]]|data=22 de agosto de 2007 |acessodata=28 de agosto de 2009}}</ref> O uso da refletividade diferencial (<math>Z_{dr}</math>), em combinação com a refletividade horizontal (<math>Z_{h}</math>), levou a uma variedade de algoritmos de classificação do granizo.<ref>{{citar web|url=http://www.chill.colostate.edu/w/Hydrometeor_classification_example|título=Hydrometeor classification example|autor =[[Colorado State University]]-CHILL National Radar Facility|publicado=[[Colorado State University]]|data=25 de agosto de 2008 |acessodata=28 de agosto de 2009 }}</ref> Imagens de satélite visíveis estão começando a serem usadas para detectar granizo, mas as taxas de alarmes falsos mantêm-se elevadas usando este método.<ref>{{citar periódico|titulo=doi |doi=10.1016/S0169-8095(96)00032-4|data=25 de julho de 1998 |acessodata=15 de julho de 2009}}</ref>

== Tamanho e velocidade terminal ==
O tamanho das pedras de granizo é melhor determinado quando se mede seu diâmetro com uma régua. Na ausência de uma régua, o tamanho da pedra de granizo é frequentemente estimado visualmente, comparando o seu tamanho ao de objetos conhecidos, como moedas.<ref>{{citar web|url=http://dnrdata.dnr.ne.gov/NeRAIN/docs/hail.asp|título=NeRAIN Data Site-Measuring Hail|autor=Nebraska Rainfall Assessment and Information Network|publicado=Nebraska Department of Natural Resources|ano=2009|acessodata=29 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090302170320/http://dnrdata.dnr.ne.gov/NeRAIN/docs/hail.asp|arquivodata=2 de Março de 2009|urlmorta=yes}}</ref> Abaixo está uma tabela de objetos comumente utilizados para este fim.<ref>{{citar web|url=http://www.crh.noaa.gov/arx/hail_size_MSP.pdf |formato=PDF|título=Hail Estimation: How Good Are Your Spotters?|autor =Dan Baumgardt|publicado=[[National Weather Service]] [[La Crosse, Wisconsin]]|acessodata=28 de agosto de 2009 |data=26 de junho de 2006}}</ref> O uso de objetos como ovos de galinha, ervilhas e bolas de gude para comparar o tamanho do granizo é muitas vezes impreciso, devido às suas dimensões variadas. A ''Tornado and Storm Research Organisation'' (TORRO), do Reino Unido, também usa uma escala para as pedras e tempestades de granizo.<ref>{{citar web|url=http://www.torro.org.uk/torro/severeweather/hailscale.php|título=Hail Scale|autor=The TORnado and storm Research Organization|acessodata=28 de agosto de 2009|ano=2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090422094906/http://www.torro.org.uk/TORRO/severeweather/hailscale.php|arquivodata=22 de Abril de 2009|urlmorta=yes}}</ref>

Quando é observado em um [[aeroporto]], o código METAR é usado dentro de um observatório meteorológico de superfície, que se relaciona com o tamanho da pedra de granizo. Dentro do código METAR, GR é usado para indicar pedras grandes, de um diâmetro de pelo menos 6,4&nbsp;mm, e é derivado da palavra francesa ''grêle''. Granizo de menor porte, bem como pelotas de neve, usa a codificação de GS, que é forma curta da palavra francesa ''grésil''.<ref>{{citar web|url=http://www.alaska.faa.gov/fai/afss/metar%20taf/sametara.htm|título=SA-METAR|autor=Alaska Air Flight Service Station|publicado=[[Federal Aviation Administration]]|acessodata=29 de agosto de 2009|data=10 de abril de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080501074014/http://www.alaska.faa.gov/fai/afss/metar%20taf/sametara.htm|arquivodata=1 de Maio de 2008|urlmorta=yes}}</ref>

A [[velocidade terminal]] de granizo, ou a velocidade com que o granizo atinge o chão, varia de acordo com o [[diâmetro]] das pedras. Uma pedra de granizo de 1&nbsp;cm de diâmetro cai a uma taxa de 9 metros por segundo, enquanto que pedras de 8&nbsp;cm de diâmetro caem a uma taxa de 48&nbsp;m/s. A velocidade da pedra depende do tamanho da pedra, do atrito com o ar, da velocidade do vento, de colisões com gotas de chuva ou outras pedras e do derretimento à medida que cai em uma atmosfera mais quente.<ref>{{citar web|url=http://www.nssl.noaa.gov/primer/hail/hail_basics.html|título=Hail Basics|autor=National Severe Storms Laboratory|autorlink=National Severe Storms Laboratory|publicado=[[National Oceanic and Atmospheric Administration]]|data=15 de novembro de 2006|acessodata=28 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090506163718/http://www.nssl.noaa.gov/primer/hail/hail_basics.html|arquivodata=2009-05-06|urlmorta=yes}}</ref>

{{Imagem múltipla
 | align     = right
 | direction = horizontal
 | image1    = Hailstones.jpg
 | caption1  = Pedras de granizo com tamanho aproximado de ervilhas.
 | width1     = 240
 | image2    =
 | caption2  = Granizo de grande porte, de aproximadamente 13,3 cm de diâmetro, que caiu no [[Harper (Kansas)|Harper]], [[Kansas]], [[Estados Unidos]], em [[14 de maio]] de [[2004]].
 | width2     = 170
}}
{| class="wikitable"
|+ Tamanhos comuns de objetos
! Objetos
! Diâmetro
|-
|[[Ervilha]]
|6,4&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov">{{citar web|url=http://www.spc.noaa.gov/misc/tables/hailsize.htm|título=Converting Traditional Hail Size Descriptions|autor =Storm Prediction Center|autorlink =Storm Prediction Center|ano=2009|acessodata=28 de agosto de 2009 |publicado=[[National Oceanic and Atmospheric Administration]]}}</ref>
|-
|[[Berlinde|Bola-de-gude]] (pequena)
|13&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|Pedras de [[naftalina]]
|13&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Noz]]/[[Tênis de mesa|Bola de ping-pong]]
|38&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Tênis de mesa|Bola de ping-pong]]
|41&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|Bola de [[golfe]]
|44&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Ovo]]
|51&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Bola de tênis]]
|64&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|Bola de [[baseball]]
|70&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Chávena|Xícara]]
|76&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|[[Toronja]]
|102&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|Bola de [[softbol]]
|114&nbsp;mm<ref name="spc.noaa.gov"/>
|-
|}

== Perigos ==
[[Imagem:Record hailstone Vivian, SD.jpg|thumb|direita|237px|O maior granizo já observado nos [[Estados Unidos]], tendo 20 centímetros de diâmetro e peso de 0,88&nbsp;kg. Caiu em Vivian, Dakota do Sul, dia 23 de julho de 2010]]
[[Imagem:Bogota hailstorm.jpg|thumb|direita|237px|Granizo em [[Bogotá]], [[Colômbia]], em março de 2003]]
O granizo pode causar sérios danos, principalmente para [[automóvel|automóveis]], aeronaves, telhados com estruturas de vidro, [[pecuária]], e, mais comumente, à [[agricultura]].<ref name="Nolanhail">{{citar periódico|url=http://www.cocorahs.org/media/docs/hail_1994.pdf|título=Hail, Hail, Hail !  The Summertime Hazard of Eastern Colorado|autor =Nolan J. Doesken|periódico=Colorado Climate|volume=17|número=7|data=Abril de 1994 |acessodata=18 de julho de 2009}}</ref> Danos causados em telhados muitas vezes passam despercebidos, até que ocorram rachaduras ou vazamentos. É mais difícil reconhecer os estragos em telhados planos, mas todos têm seus próprios problemas de detecção de danos de pedras de gelo.<ref name="Adjusting Today">{{citar web |url= http://www.adjustersinternational.com/AdjustingToday/ATfullinfo.cfm?start=16&page_no=16&pdfID=16 |título= Hail Damage to Roofs |acessodata= 11 de dezembro de 2009 |publicado= Adjusting Today |arquivourl= https://web.archive.org/web/20110718004309/http://www.adjustersinternational.com/AdjustingToday/ATfullinfo.cfm?start=16&page_no=16&pdfID=16 |arquivodata= 2011-07-18 |urlmorta= yes }}</ref> Telhados de metal são bastante resistentes a danos causados por granizo, mas podem acumular danos estéticos na forma de "dentes" ou revestimentos danificados.<ref>{{citar web |url=http://www.infinityroofer.com/metal-roofing |título=Metal Roofing |autor=Infinity Roofer |acessodata=12 de setembro de 2011}}</ref>

O granizo é um dos riscos mais significativos de tempestades para aeronaves.<ref>{{citar web|url=http://www.easa.europa.eu/safety-and-research/research-projects/docs/large-aeroplanes/EASA.2008_5.pdf|data=Novembro de 2010|título=Hail Threat Standardisation|autor=P.R. Field, W.H. Hand, G. Cappelluti|numero-autores=et al|publicado=European Aviation Safety Agency. RP EASA.2008/5|acessodata=6 de Fevereiro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131207052634/http://www.easa.europa.eu/safety-and-research/research-projects/docs/large-aeroplanes/EASA.2008_5.pdf|arquivodata=7 de Dezembro de 2013|urlmorta=yes}}</ref> Quando as pedras de granizo excedem 13&nbsp;mm de diâmetro, os aviões podem ser seriamente danificados em poucos segundos.<ref>{{citar web|url=http://www.aviationweather.ws/063_Hazards.php|título=Hazards|autor =Federal Aviation Administration|autorlink =Federal Aviation Administration|ano=2009|acessodata=29 de agosto de 2009}}</ref> O granizo acumulado no chão também pode ser perigoso para o pouso das aeronaves. Também é um incômodo comum aos condutores de automóveis, provocando mossas no veículo e rachando ou mesmo quebrando [[pára-brisas|para-brisas]] e janelas.<ref>{{citar web | url=http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/chuva-de-granizo-causa-prejuizos-em-13-cidades-do-parana/2157423/ | título=Chuva de granizo causa prejuízos em 13 cidades do Paraná | publicado=g1.globo.com }}</ref> Trigo, milho, soja e tabaco são as culturas mais sensíveis a danos causados por granizo.<ref name="Oliver"/> Raramente, pedras grandes causam [[Concussão (medicina)|concussões]] ou [[trauma físico|traumas físicos]] a seres vivos. Também têm sido a causa de muitos estragos e mortes ao longo da história. Um dos primeiros incidentes registrados ocorreu por volta do século IX em [[Roopkund]], [[Uttarakhand]], [[Índia]].<ref>{{citar web |url=http://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=/news/2004/11/07/wind07.xml&sSheet=/news/2004/11/07/ixworld.html |título=Giant hail killed more than 200 in Himalayas |autor=David Orr |data=7 de novembro de 2004 |acessodata=28 de agosto de 2009 |publicado=Telegraph Group Unlimited via the Internet Wayback Machine |arquivourl=https://web.archive.org/web/20051203015218/http://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=%2Fnews%2F2004%2F11%2F07%2Fwind07.xml&sSheet=%2Fnews%2F2004%2F11%2F07%2Fixworld.html |arquivodata=3 de Dezembro de 2005 |urlmorta=no }}</ref>

== Acúmulo ==
Zonas estreitas onde o granizo se acumula no chão em associação com a atividade de temporais são conhecidas como raias de granizo ou fileiras de granizo,<ref>{{citar web|url=http://www.nssl.noaa.gov/primer/hail/hail_climatology.html|título=Hail Climatology|autor=National Severe Storms Laboratory|publicado=[[National Oceanic and Atmospheric Administration]]|data=9 de setembro de 2006|acessodata=29 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090613020028/http://www.nssl.noaa.gov/primer/hail/hail_climatology.html|arquivodata=2009-06-13|urlmorta=yes}}</ref> que podem ser detectadas através de satélite, após a passagem das tempestades.<ref>{{citar web|url=http://www-roc.inria.fr/clime/lynx/peters-factsheet.pdf|título=Crop Hail Damage Assessment|autor=Albert J. Peters|publicado=Institut National De Recherche En Informatique Et En Automatique|data=3 de março de 2003|acessodata=28 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110721003010/http://www-roc.inria.fr/clime/lynx/peters-factsheet.pdf|arquivodata=21 de Julho de 2011|urlmorta=yes}}</ref> Chuvas de granizo normalmente duram desde alguns minutos a até 15 minutos.<ref name="Nolanhail"/> As pedras podem chegar a formar uma camada sobre o chão com cerca de 5&nbsp;cm, podendo, a partir do peso do acúmulo, derrubar árvores. Enchentes repentinas e deslizamentos de terras em áreas de terrenos íngremes também podem ser um problema causado pelo acúmulo de gelo.<ref>{{citar jornal|url=http://www.thesudburystar.com/ArticleDisplay.aspx?e=1612615|título=Sudbury lashed by freak storm; hail pummels downtown core|autor =Harold Carmichael|data=15 de junho de 2009 |acessodata=28 de agosto de 2009 |outros=Sudbury Star|publicado=Sun Media}}</ref>

Em ocasiões mais raras, um temporal acompanhado de granizo pode se estacionar sobre determinada região, provocando grandes acúmulos de gelo; isto tende a acontecer em áreas montanhosas. Já houve registro de camadas de até 1 metro, em [[Nederland (Colorado)|Nederland]], [[Colorado]], [[Estados Unidos]], em julho de 2010.<ref>{{citar web|url=http://www.coloradodaily.com/rant-rave/ci_15630529#axzz1NnYBPl6D |título=Boulder County cleans up Nederland-area roadways after foot-deep hailstorm |autor=Joe Rubino |data=29 de julho de 2010 |publicado=Colorado Daily |acessodata=12 de setembro de 2011}}</ref>

== Supressão e prevenção ==
Durante a [[Idade Média]], pessoas na Europa tocavam sinos nas igrejas e davam tiros de [[canhão]] para alertar a população da aproximação de uma tempestade de granizo. Depois da [[Segunda Guerra Mundial]], o método da [[semeadura de nuvens]] passou a ser usado para afastar e eliminar a ameaça de granizo,<ref name="ncar"/> principalmente na [[Rússia]], onde se anunciou uma redução de 50 a 80% nos danos em colheitas provocados por granizo, aplicando [[iodeto de prata]] através de foguetes e [[Obus|obus de artilharia]]. Esses resultados não foram verificados. Programas de supressão de granizo foram empreendidos em 15 países entre 1965 e 2005.<ref name="Oliver"/> Entretanto, até o momento, nenhum método de prevenção se provou eficaz.<ref name="ncar"/>

== Ver também ==
* [[Neve]]
* [[Chuva]]
* [[Tornado]]

{{Referências}}

== Ligações externas ==
{{Commonscat|Hail|Granizo}}
{{Wiktionary|Granizo}}
* {{Link|en|2=http://www.ucar.edu/communications/factsheets/Hail.html |3=Hail Factsheet}}
* {{Link|en|2=http://www.chaseday.com/hail.htm |3=Granizo e tempestades}}
* {{Link|pt|2=http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=28&cod_texto=956 |3=Granizo gigante no Rio Grande do Sul, Brasil, em 20 de outubro de 2007}}
* {{Link|en|2=http://hail.org/map/NOAA.html |3=Relatórios de granizo pelo NOAA, no Google Maps}}

{{Desastres naturais}}
{{Gelo}}
{{Climatologia}}
{{Portal3|Meteorologia|Geografia}}

{{Categorização AD e AB de outras wikis}}
{{artigo bom}}

[[Categoria:Granizo| ]]
[[Categoria:Gelo]]
[[Categoria:Meteorologia]]