Mostrar código-fonte de Planeta Nove

{{Info/Planeta
|nome           = Planeta Nove
|imagem         = Planet nine artistic plain.png
|legenda        = Impressão artística do Planeta Nove eclipsando a [[Via Láctea]] central, com o [[Sol]] à distância; A órbita de [[Netuno (planeta)|Netuno]] é mostrada como uma pequena elipse ao redor do Sol (veja a [[:Imagem:Planet nine artistic plain labeled.png|versão rotulada]])
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|inclinação     = 16{{±|5}}°<ref name=Batygin2021>{{citar arXiv|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |autorlink1=Michael E. Brown |último2 =Batygin |primeiro2 =Konstantin |autorlink2=Konstantin Batygin |eprint=2108.09868 |título=The Orbit of Planet Nine |class=astro-ph |data=2021-08-26 |df=dmy-all}}</ref>
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O '''Planeta Nove''' é um [[Lista de objetos hipotéticos do Sistema Solar|planeta hipotético]] na [[Sistema Solar#Objetos transnetunianos|região externa do Sistema Solar]].<ref name="P9H2019" /><ref name=TAJ201601 /> Seus efeitos gravitacionais poderiam explicar o improvável agrupamento de órbitas para um grupo de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO), corpos além de [[Netuno (planeta)|Netuno]] que orbitam o [[Sol]] a distâncias médias mais de 250 vezes maiores que a da [[Terra]]. Esses ETNO tendem a se aproximar mais do Sol em um setor, e suas órbitas são inclinadas de forma semelhante. Esses alinhamentos sugerem que um planeta desconhecido pode estar pastoreando as [[órbita]]s dos objetos mais distantes conhecidos do [[Sistema Solar]].<ref name=TAJ201601 /><ref name=Sheppard2014/><ref name=fatty>{{citar revista|último = Burdick|primeiro = Alan|data=20 de janeiro de 2016|título= Discovering Planet Nine|url= http://www.newyorker.com/tech/elements/discovering-planet-nine|revista= [[The New Yorker]]|acessodata=20 de janeiro de 2016|arquivourl= https://web.archive.org/web/20160121034701/http://www.newyorker.com/tech/elements/discovering-planet-nine|arquivodata=21 de janeiro de 2016|urlmorta= não|df = dmy-all}}</ref> No entanto, alguns astrônomos questionam a ideia de que o planeta hipotético exista e, em vez disso, afirmam que o agrupamento das órbitas dos ETNO se deve a vieses de observação, decorrentes da dificuldade de descobrir e rastrear esses objetos durante grande parte do ano.<ref name="TC-20200525">{{citar jornal|último =Lawler |primeiro =Samantha |título=Why astronomers now doubt there is an undiscovered 9th planet in our solar system |url=https://theconversation.com/why-astronomers-now-doubt-there-is-an-undiscovered-9th-planet-in-our-solar-system-127598 |data=25 de maio de 2020 |obra=[[The Conversation (website)|The Conversation]] |acessodata=26 de maio de 2020 }}</ref>

Com base em considerações anteriores, este planeta hipotético do tamanho de uma [[super-Terra]] teria uma massa prevista de cinco a dez vezes a da Terra e uma [[Excentricidade orbital|órbita alongada]] 400 a 800 vezes mais longe do Sol do que a Terra. A estimativa da órbita foi refinada em 2021, resultando em um [[semieixo maior]] um pouco menor de 380{{±|140|80}} UA.<ref name=Batygin2021/> [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] sugeriram que o Planeta Nove poderia ser o [[Núcleo planetário|núcleo]] de um [[planeta gigante]] que foi ejetado de sua órbita original por [[Júpiter (planeta)|Júpiter]] durante a [[Hipótese nebular|gênese]] do Sistema Solar. Outros propuseram que o planeta foi capturado de outra [[estrela]],<ref name="Mustill_etal_2016" /> já foi um [[planeta órfão]], ou que se formou em uma órbita distante e foi puxado para uma órbita excêntrica por uma estrela que passava.<ref name=TAJ201601 />

Em agosto de 2021, nenhuma observação do Planeta Nove foi anunciada.<ref name="Meisner_etal_2017b">{{citar periódico|último1 =Meisner |primeiro1 =A.M. |último2 =Bromley |primeiro2 =B.C. |último3 =Kenyon |primeiro3 =S.J. |último4 =Anderson |primeiro4 =T.E. |ano=2017 |título=A 3π Search for Planet Nine at 3.4μm with WISE and NEOWISE |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=155 |número=4 |página=166 |arxiv=1712.04950 |bibcode=2018AJ....155..166M |doi=10.3847/1538-3881/aaae70|s2cid=119504867 }}</ref><ref name="Perdelwitz_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Perdelwitz |primeiro1 =V.M. |último2 =Völschow |primeiro2 =M.V. |último3 =Müller |primeiro3 =H.M. |ano=2018 |título=A New Approach to Distant Solar System Object Detection in Large Survey Data Sets |periódico=[[Astronomy & Astrophysics]] |volume=615 |número=159 |páginas=A159 |arxiv=1805.01203 |bibcode=2018A&A...615A.159P |doi=10.1051/0004-6361/201732254|s2cid=119243579 }}</ref> Embora os levantamentos do céu como o [[Wide-field Infrared Survey Explorer]] (WISE) e o [[Pan-STARRS]] não tenham detectado o Planeta Nove, eles não descartaram a existência de um objeto com o diâmetro de Netuno no Sistema Solar exterior.<ref name="bnb20160617" /><ref>{{citar periódico|último =Luhman |primeiro =Kevin L. |data=2014 |título=A Search for a Distant Companion to the Sun with the Wide-Field Infrared Survey Explorer |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=781 |número=4 |página=4 |bibcode=2014ApJ...781....4L |doi=10.1088/0004-637X/781/1/4}}</ref> A capacidade dessas pesquisas anteriores do céu de detectar o Planeta Nove dependia de sua localização e características. Pesquisas adicionais das regiões restantes estão em andamento usando o [[NEOWISE]] e o [[telescópio Subaru]] de 8 metros.<ref name="Meisner_etal_2017b" /><ref name=sciencemag201601/> A menos que o Planeta Nove seja observado, sua existência é puramente conjectural. Várias hipóteses alternativas foram propostas para explicar o agrupamento observado de [[objetos transnetunianos]] (TNO).

== História ==
{{VT|Planetas além de Netuno#Órbita de objetos distantes|Objeto separado#Órbitas}}
Após a [[descoberta de Netuno]] em 1846, houve considerável especulação de que outro planeta poderia existir além de sua órbita. A mais conhecida dessas teorias previa a existência de um planeta distante que influenciava as órbitas de [[Urano (planeta)|Urano]] e [[Netuno (planeta)|Netuno]]. Após extensos cálculos, [[Percival Lowell]] previu a possível órbita e localização do hipotético planeta transnetuniano e iniciou uma extensa pesquisa por ele em 1906. Ele chamou o objeto hipotético de ''[[Planeta X]]'', um nome anteriormente usado por Gabriel Dallet.<ref name=grosser>{{citar periódico|título=The Search For A Planet Beyond Neptune |autor =Morton Grosser |periódico=[[Isis (journal)|Isis]] |volume=55 |número=2 |data=1964 |páginas=163–183 |doi=10.1086/349825 |jstor=228182|s2cid=144255699 }}</ref><ref name=tombaugh>{{citar periódico|título=The Search for the Ninth Planet, Pluto |último =Tombaugh |primeiro =Clyde W. |data=1946 |periódico=[[Astronomical Society of the Pacific|Astronomical Society of the Pacific Leaflets]] |volume=5|número=209 |páginas=73–80 |bibcode=1946ASPL....5...73T}}</ref> [[Clyde Tombaugh]] continuou a busca de Lowell e em 1930 [[Planetas além de Netuno#A descoberta de Plutão|descobriu Plutão]], mas logo se determinou que era muito pequeno para se qualificar como o Planeta X de Lowell.<ref>{{anchor|CITEREFCroswell1997}}{{citar livro|título=Planet Quest: The Epic Discovery of Alien Solar Systems |autor =Ken Croswell |local=New York |publicado=The Free Press |data=1997 |isbn=978-0-684-83252-4 |páginas=57–58}}</ref> Após a passagem da [[Voyager 2]] por Netuno em 1989, a diferença entre a órbita prevista e observada de Urano foi determinada como sendo devido ao uso de uma massa de Netuno previamente imprecisa.<ref name="Browne_1993">{{citar jornal|último1 =Browne |primeiro1 =Malcolm W. |título=Evidence for Planet X Evaporates in Spotlight of New Research |url=https://www.nytimes.com/1993/06/01/science/evidence-for-planet-x-evaporates-in-spotlight-of-new-research.html |website=New York Times |data=1 de junho de 1993 |acessodata=9 de fevereiro de 2019}}</ref>

As tentativas de detectar [[planetas além de Netuno]] por meios indiretos, como perturbação orbital, datam de antes da descoberta de [[Plutão]]. Entre os primeiros estava [[George Forbes (cientista)|George Forbes]], que postulou a existência de dois planetas transnetunianos em 1880. Teríamos uma distância média do [[Sol]], ou [[semieixo maior]], de 100 [[unidades astronômicas]] (UA), 100 vezes a da [[Terra]]. O segundo teria um semieixo maior de 300 UA. Seu trabalho é considerado semelhante às teorias mais recentes do Planeta Nove em que os planetas seriam responsáveis por um agrupamento das órbitas de vários objetos, neste caso o agrupamento de distâncias [[afélio]] de [[cometa]]s periódicos perto de 100 e 300 UA. Isso é semelhante a como as distâncias do afélio dos [[Cometa#Curto período|cometas da família de Júpiter]] se agrupam perto de sua órbita.<ref name="Millholland_Laughlin_2017"/><ref name="Forbes_1880">{{citar periódico|último1 =Kirkwood |primeiro1 =D. |título=On Comets and Ultra-Neptunian Planets |periódico=[[The Observatory (journal)|The Observatory]] |data=1880 |volume=3 |páginas=439–447 |bibcode=1880Obs.....3..439K |url=http://adsbit.harvard.edu/full/seri/Obs../0003//0000439.000.html}}</ref>

A descoberta da órbita peculiar de [[90377 Sedna]] em 2004 levou à especulação de que ele havia encontrado um corpo massivo diferente de um dos planetas conhecidos. A órbita de 90377 Sedna é [[Objeto separado#Órbitas|descolada]], com uma distância de [[periélio]] de 76 UA que é muito grande para ser devido a interações gravitacionais com Netuno. Vários autores propuseram que 90377 Sedna entrou nesta órbita depois de encontrar um corpo massivo, como um planeta desconhecido em uma órbita distante, um membro do [[aglomerado aberto]] que se formou com o [[Sol]] ou outra [[estrela]] que mais tarde passou perto do [[Sistema Solar]].<ref name=spaceBrown>{{citar web|último =Wall |primeiro =Mike |data=24 de agosto de 2011 |título=A Conversation With Pluto's Killer: Q & A With Astronomer Mike Brown |url=http://www.space.com/12711-pluto-killer-mike-brown-dwarf-planets-interview.html |website=[[Space.com]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160202232821/http://www.space.com/12711-pluto-killer-mike-brown-dwarf-planets-interview.html |arquivodata=2 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref name=iopsciencesedna>{{citar periódico|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |último2 =Trujillo |primeiro2 =Chadwick |último3 =Rabinowitz |primeiro3 =David |data=2004 |título=Discovery of a Candidate Inner Oort Cloud Planetoid |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=617 |número=1 |páginas=645–649 |arxiv=astro-ph/0404456 |bibcode=2004ApJ...617..645B |doi=10.1086/422095|s2cid=7738201 }}</ref> O anúncio em março de 2014 da descoberta de um segundo [[Sednoide#Membros conhecidos|sednoide]] com uma distância do periélio de 80 UA, {{mpl|2012 VP|113}}, em uma órbita semelhante levou a novas especulações de que uma [[super-Terra]] desconhecida permaneceu no distante Sistema Solar.<ref name=guardianSuperEarth>{{citar jornal|último =Sample |primeiro =Ian |data=26 de março de 2014 |título=Dwarf Planet Discovery Hints at a Hidden Super Earth in Solar System |url=https://www.theguardian.com/science/2014/mar/26/dwarf-planet-super-earth-solar-system-2012-vp113 |jornal=[[The Guardian]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160429200749/https://www.theguardian.com/science/2014/mar/26/dwarf-planet-super-earth-solar-system-2012-vp113 |arquivodata=29 de abril de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref name=searchformoreSedna/>

Em uma conferência em 2012, Rodney Gomes propôs que um planeta não detectado fosse responsável pelas órbitas de alguns [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) com órbitas destacadas e o grande semieixo maior [[Centauro (astronomia)|Centauro]], [[Corpo menor do Sistema Solar|pequenos corpos do Sistema Solar]] que cruzam as órbitas dos planetas gigantes.<ref name=llmysteries>{{citar web|último =Wolchover |primeiro =Natalie |data=25 de maio de 2012 |título=Planet X? New Evidence of an Unseen Planet at Solar System's Edge |url=http://www.livescience.com/20583-planet-edge-solar-system.html |website=[[LiveScience]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |citação=More work is needed to determine whether Sedna and the other scattered disc objects were sent on their circuitous trips round the Sun by a star that passed by long ago, or by an unseen planet that exists in the solar system right now. Finding and observing the orbits of other distant objects similar to Sedna will add more data points to astronomers' computer models. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160130192931/http://www.livescience.com/20583-planet-edge-solar-system.html |arquivodata=30 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref name=nosmokingGun>{{citar web|último =Lovett |primeiro =Richard A. |data=12 de maio de 2012 |título=New Planet Found in Our Solar System? |url=http://news.nationalgeographic.com/news/2012/05/120511-new-planet-solar-system-kuiper-belt-space-science/ |website=[[National Geographic News]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160710060039/http://news.nationalgeographic.com/news/2012/05/120511-new-planet-solar-system-kuiper-belt-space-science/ |arquivodata=10 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref> O planeta com a massa de Netuno proposto estaria em uma órbita distante (1.500 UA), excêntrica ([[Excentricidade orbital|excentricidade]] 0.4) e inclinada ([[inclinação]] 40°). Como o Planeta Nove, ele faria com que os periélios de objetos com semieixos maiores maiores que 300 UA oscilassem, levando alguns para órbitas que cruzam planetas e outros para órbitas destacadas como a de 90377 Sedna. Artigo de Gomes, Soares e Brasser foi publicado em 2015, detalhando seus argumentos.<ref name="Gomes_2015">{{citar periódico|último1 =Gomes |primeiro1 =Rodney |data=2015 |título=The Observation of Large Semi-Major Axis Centaurs: Testing for the Signature of a Planetary-Mass Solar Companion |periódico=[[Icarus (journal)|Icarus]] |volume=258 |páginas=37–49 |bibcode=2015Icar..258...37G |doi=10.1016/j.icarus.2015.06.020}}</ref>

Em 2014, os astrônomos [[Chad Trujillo]] e [[Scott S. Sheppard]] observaram as semelhanças nas órbitas de 90377 Sedna e {{mp|2012 VP|113}} e vários outros ETNO. Eles propuseram que um planeta desconhecido em uma órbita circular entre 200 e 300 UA estava perturbando suas órbitas.<ref name=Sheppard2014/> Mais tarde naquele ano, Raúl e Carlos de la Fuente Marcos argumentaram que dois planetas massivos em ressonância orbital eram necessários para produzir as semelhanças de tantas órbitas, 13 conhecidas na época.<ref name="Marcos_2014"/> Usando uma amostra maior de 39 ETNO, eles estimaram que o planeta mais próximo tinha um semieixo maior na faixa de 300 a 400 UA, uma excentricidade relativamente baixa e uma inclinação de quase 14°.<ref name="randomsearch">{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =C. |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 = R.|título=Memories of past close encounters in extreme trans-Neptunian space: Finding unseen planets using pure random searches  |periódico=Astronomy and Astrophysics Letters |volume=646 |página=L14 (9 pp) |data=18 de fevereiro de 2021 |doi=10.1051/0004-6361/202140311 |arxiv=2102.02220 |bibcode=2021A&A...646L..14D |s2cid= 231802033| url=https://www.aanda.org/articles/aa/full_html/2021/02/aa40311-21/aa40311-21.html}}</ref>

== Hipótese de Batygin e Brown ==
[[Imagem:Planet nine path in orion2.png|360px|thumb|Um caminho hipotético através do céu do Planeta Nove próximo ao [[afélio]] cruzando [[Orion (constelação)|Orion]] de oeste para leste com cerca de 2.000 anos de movimento. É derivado daquele empregado na concepção artística do blog de Brown.<ref name="findplanet9">{{citar web|url=http://www.findplanetnine.com/p/blog-page.html|título=Where is Planet Nine?|data=20 de janeiro de 2016|website=The Search for Planet Nine|tipo=Blog|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160130091255/http://www.findplanetnine.com/p/blog-page.html|arquivodata=30 de janeiro de 2016|urlmorta= não}}</ref>|alt=Starfield with hypothetical path of Planet Nine]]
No início de 2016, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] do [[Instituto de Tecnologia da Califórnia]] descreveram como as órbitas semelhantes de seis [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) poderiam ser explicadas pelo Planeta Nove e propuseram uma possível órbita para o planeta.<ref name=TAJ201601 /> Esta hipótese também poderia explicar ETNO com órbitas [[Perpendicularidade|perpendiculares]] aos planetas internos<ref name=TAJ201601 /> e outros com inclinações extremas,<ref name="Batygin_Brown_high_inc" /> e foi oferecida como uma explicação da inclinação do eixo do [[Sol]].<ref name="Gomes_Deienno_Morbidelli_2016" />

=== Órbita ===
A hipótese do Planeta Nove é seguir uma [[órbita elíptica]] ao redor do [[Sol]] com uma excentricidade de 0.2 a 0.5. O [[semieixo maior]] do planeta é estimado em 400 a 800 UA,{{efn-ua|Uma gama de semieixos maiores que se estendem de 400 UA a 1.000 UA produzem o agrupamento observado nas simulações.<ref name="bnb20160617" />}} aproximadamente 13 a 26 vezes a distância de [[Netuno (planeta)|Netuno]] ao Sol. O planeta levaria entre 10.000 e 20.000 anos para fazer uma órbita completa ao redor do Sol.<ref>{{citar web|url=https://solarsystem.nasa.gov/planets/hypothetical-planet-x/in-depth|título=Planet X|website=NASA Solar System Exploration |acessodata=2019-05-14}}</ref> Sua inclinação para a [[eclíptica]], o plano da órbita da [[Terra]], é projetada em {{val|15|to|25|u=°}}.<ref name=P9H2019/>{{efn-ua|''The New Yorker'' colocou a distância orbital média do Planeta Nove em perspectiva com uma aparente alusão a um dos desenhos animados mais famosos da revista, ''[[View of the World from 9th Avenue]]'': "Se o [[Sol]] estivesse na [[Quinta Avenida]] e a [[Terra]] a um quarteirão a oeste, [[Júpiter (planeta)|Júpiter]] estaria na [[Rodovia West Side]], [[Plutão]] estaria em [[Montclair (Nova Jérsei)|Montclair]], [[Nova Jersey]], e o novo planeta estaria em algum lugar perto de [[Cleveland]]."<ref name=fatty />}} O [[afélio]], ou ponto mais distante do Sol, estaria na direção geral da [[constelação]] de [[Taurus]],<ref>{{citar web|autor =Michael E. Brown |data=3 de março de 2017 |título=Planet Nine |url=https://www.youtube.com/watch?v=v-ktWBtt7sc&t=1147 |em=19:06 |website=[[YouTube]] |acessodata=15 de março de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170406153739/https://www.youtube.com/watch?v=v-ktWBtt7sc&t=1147 |arquivodata=6 de abril de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all |autorlink =Michael E. Brown }}</ref> enquanto o [[periélio]], o ponto mais próximo do Sol, estaria na direção geral das áreas ao sul de [[Serpens]] (Caput), [[Ophiuchus]] e [[Libra (constelação)|Libra]].<ref name=B-BCharts>{{citar web|último1 =Batygin |primeiro1 =Konstantin |último2 =Brown |primeiro2 =Mike |data=20 de janeiro de 2016 |título=Where is Planet Nine? |url=http://www.findplanetnine.com/p/blog-page.html |em=RA/Dec chart|website=The Search for Planet Nine|publicado=[[Michael E. Brown]] and [[Konstantin Batygin]] |acessodata=24 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160130091255/http://www.findplanetnine.com/p/blog-page.html |arquivodata=30 de janeiro de 2016 |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar web|último =Lemonick |primeiro =Michael D. |data=20 de janeiro de 2016 |título=Strong Evidence Suggests a Super Earth Lies beyond Pluto |url=http://www.scientificamerican.com/article/strong-evidence-suggests-a-super-earth-lies-beyond-pluto1/ |em=video |website=[[Scientific American]] |acessodata=22 de janeiro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160122201344/http://www.scientificamerican.com/article/strong-evidence-suggests-a-super-earth-lies-beyond-pluto1/ |arquivodata=22 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> [[Michael E. Brown]] acha que se for confirmada a existência do Planeta Nove, uma sonda poderá alcançá-lo em menos de 20 anos usando uma [[trajetória]] de [[Efeito Oberth|estilingue motorizado]] ao redor do Sol.<ref name=newscientist>{{citar web|último1 =Becker |primeiro1 =Adam |último2 =Grossman |primeiro2 =Lisa |último3 =Aron |primeiro3 =Jacob |data=22 de janeiro de 2016 |título=How Planet Nine May Have Been Exiled to Solar System's Edge |url=https://www.newscientist.com/article/2074961-how-planet-nine-may-have-been-exiled-to-solar-systems-edge/ |website=[[New Scientist]] |acessodata=25 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160124033216/https://www.newscientist.com/article/2074961-how-planet-nine-may-have-been-exiled-to-solar-systems-edge/ |arquivodata=24 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

=== Massa e raio ===
Estima-se que o planeta tenha 5 a 10 vezes a [[massa da Terra]] e um [[Raio terrestre|raio]] de 2 a 4 vezes o da [[Terra]].<ref name=P9H2019/> [[Michael E. Brown]] pensa que se o Planeta Nove existe, sua massa é suficiente para limpar sua órbita de grandes corpos em 4.5 bilhões de anos, a idade do [[Sistema Solar]], e que sua gravidade domina a borda externa do Sistema Solar, o que é suficiente para torná-lo um [[Definição de planeta#Definição da União Astronômica Internacional|planeta pelas definições atuais]].<ref name="lurking" /> O astrônomo [[Jean-Luc Margot]] também afirmou que o Planeta Nove satisfaz seus critérios e se qualificaria como um planeta se e quando fosse detectado.<ref>{{citar web|último =Margot |primeiro =Jean-Luc |data=22 de janeiro de 2016 |título=Would Planet Nine Pass the Planet Test? |url=http://mel.epss.ucla.edu/jlm/epo/planet/nine.html |website=[[University of California at Los Angeles]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160401040546/http://mel.epss.ucla.edu/jlm/epo/planet/nine.html |arquivodata=1 de abril de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name="Margot_2015">{{citar periódico|último1 =Margot |primeiro1 =Jean-Luc |título=A Quantitative Criterion for Defining Planets |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2015 |volume=150 |número=6 |página=185 |doi=10.1088/0004-6256/150/6/185 |arxiv=1507.06300 |bibcode=2015AJ....150..185M|s2cid=51684830 }}</ref>

=== Origem ===
{{VT|Modelo de Nice|Modelo de Nice de cinco planetas|Migração planetária}}
Várias origens possíveis para o Planeta Nove foram examinadas, incluindo sua ejeção da vizinhança dos planetas gigantes conhecidos, captura de outra estrela e formação ''[[in situ]]''. Em seu artigo inicial, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] propuseram que o Planeta Nove se formou mais perto do [[Sol]] e foi ejetado para uma órbita excêntrica distante após um encontro próximo com [[Júpiter (planeta)|Júpiter]] ou [[Saturno (planeta)|Saturno]] durante a época nebular.<ref name=TAJ201601 /> A gravidade de uma estrela próxima, ou arrasto dos restos gasosos da [[Formação e evolução do Sistema Solar#Formação dos planetas|nebulosa Solar]],<ref name="Bromley_Kenyon_2016">{{citar periódico|último1 =Bromley |primeiro1 =Benjamin C. |último2 =Kenyon |primeiro2 =Scott J. |data=22 de julho de 2016 |título=Making Planet Nine: A Scattered Giant in the Outer Solar System |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=826 |número=1 |página=64 |arxiv=1603.08010 |bibcode=2016ApJ...826...64B |doi=10.3847/0004-637X/826/1/64|s2cid=118448057 }}</ref> então reduziu a excentricidade de sua órbita. Isso elevou seu [[periélio]], deixando-o em uma órbita muito ampla, mas estável, além da influência dos outros planetas.<ref name=nytimes9thplanet>{{citar jornal|primeiro =Kenneth |último =Chang |data=20 de janeiro de 2016 |título=Ninth Planet May Exist Beyond Pluto, Scientists Report |url=https://www.nytimes.com/2016/01/21/science/space/ninth-planet-solar-system-beyond-pluto.html |jornal=[[The New York Times]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160124105438/http://www.nytimes.com/2016/01/21/science/space/ninth-planet-solar-system-beyond-pluto.html|arquivodata=24 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name=caltechFAQ>{{citar jornal|primeiro =Sanden |último =Totten |data=20 de janeiro de 2016 |título=Caltech Researchers Answer Skeptics' Questions about Planet 9 |url=http://www.scpr.org/news/2016/01/20/56964/caltech-researchers-answer-skeptics-questions-abou/ |publicado=[[89.3 KPCC]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160706171901/http://www.scpr.org/news/2016/01/20/56964/caltech-researchers-answer-skeptics-questions-abou/ |arquivodata=6 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> A probabilidade de isso ocorrer foi estimada em alguns %.<ref name="Bailey_Fabrycky">{{citar periódico|último1 =Bailey |primeiro1 =Nora |último2 =Fabrycky |primeiro2 =Daniel |título=Stellar Flybys Interrupting Planet-Planet Scattering Generates Oort Planets |periódico=The Astronomical Journal |ano=2019 |volume=158 |número=2 |páginas=94 |doi=10.3847/1538-3881/ab2d2a |arxiv=1905.07044 |bibcode=2019AJ....158...94B |s2cid=158047152 }}</ref> Se não tivesse sido arremessado para os confins do [[Sistema Solar]], o Planeta Nove poderia ter agregado mais massa do [[disco protoplanetário]] e se desenvolvido no núcleo de um [[gigante gasoso]].<ref name=lurking /><ref name=dl2018>{{citar livro|último =D'Angelo|primeiro =G.|autor2 =Lissauer, J.J.|capítulo=Formation of Giant Planets |bibcode=2018haex.bookE.140D|título=Handbook of Exoplanets |publicado=[[Springer International Publishing AG]] | editor=Deeg H., Belmonte J. |páginas=2319–2343|data=2018 |doi=10.1007/978-3-319-55333-7_140|arxiv=1806.05649|isbn=978-3-319-55332-0|s2cid=116913980}}</ref> Em vez disso, seu crescimento foi interrompido precocemente, deixando-o com uma massa menor do que [[Urano (planeta)|Urano]] ou [[Netuno (planeta)|Netuno]].<ref name="Izidoro_etal_2015">{{citar periódico|último1 =Izidoro |primeiro1 =André |último2 =Morbidelli |primeiro2 =Alessandro |último3 =Raymond |primeiro3 =Sean N. |último4 =Hersant |primeiro4 =Franck |último5 =Pierens |primeiro5 =Arnaud |título=Accretion of Uranus and Neptune from Inward-Migrating Planetary Embryos Blocked by Jupiter and Saturn |periódico=[[Astronomy & Astrophysics]] |data=2015 |volume=582 |página=A99 |doi=10.1051/0004-6361/201425525 |arxiv=1506.03029|bibcode=2015A&A...582A..99I |s2cid=118356267 }}</ref>

O atrito dinâmico de um enorme cinturão de [[Planetesimal|planetesimais]] também pode permitir a captura do Planeta Nove em uma órbita estável. Modelos recentes propõem que um disco de massa terrestre de 60-130 planetesimais poderia ter se formado quando o gás foi removido das partes externas do disco protoplanetário.<ref name="Carrera_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Carrera |primeiro1 =Daniel |último2 =Gorti |primeiro2 =Uma |último3 =Johansen |primeiro3 =Anders |último4 =Davies |primeiro4 =Melvyn B. |título=Planetesimal Formation by the Streaming Instability in a Photoevaporating Disk |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |data=2017 |volume=839 |número=1 |página=16 |doi=10.3847/1538-4357/aa6932 |arxiv=1703.07895 |bibcode=2017ApJ...839...16C |s2cid=119472343 }}</ref> Conforme o Planeta Nove passasse por este disco, sua gravidade alteraria os caminhos dos objetos individuais de uma maneira que reduzia a velocidade do Planeta Nove em relação a ele. Isso diminuiria a excentricidade do Planeta Nove e estabilizaria sua órbita. Se este disco tivesse uma borda interna distante, 100-200 UA, um planeta encontrando Netuno teria 20% de chance de ser capturado em uma órbita semelhante à proposta para o Planeta Nove, com o agrupamento observado mais provável se a borda interna estiver em 200 UA. Ao contrário da nebulosa de gás, é provável que o disco planetesimal tenha uma vida longa, potencialmente permitindo uma captura posterior.<ref name="Eriksson_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Eriksson|primeiro1 =Linn E.J.|último2 =Mustill|primeiro2 =Alexander J.|último3 =Johansen |primeiro3 =Anders|título=Circularizing Planet Nine through Dynamical Friction with an Extended, Cold Planetesimal Belt|periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]]|volume=475 |número=4 |página=4609|data=2017|arxiv=1710.08295|doi=10.1093/mnras/sty111|bibcode=2018MNRAS.475.4609E|s2cid=119230823}}</ref>

O Planeta Nove poderia ter sido capturado de fora do [[Sistema Solar]] durante um encontro próximo entre o [[Sol]] e outra [[estrela]]. Se um planeta estivesse em uma órbita distante em torno desta estrela, as interações de [[Problema de Euler dos três corpos|três corpos]] durante o encontro poderiam alterar o caminho do planeta, deixando-o em uma órbita estável ao redor do Sol. Um planeta originado em um sistema sem planetas com a [[massa de Júpiter]] poderia permanecer em uma órbita excêntrica distante por mais tempo, aumentando suas chances de captura.<ref name="Mustill_etal_2016">{{citar periódico|último1 =Mustill |primeiro1 =Alexander J. |último2 =Raymond |primeiro2 =Sean N. |último3 =Davies |primeiro3 =Melvyn B. |data=21 de julho de 2016 |título=Is there an exoplanet in the Solar System? |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters]] |volume=460 |número=1 |páginas=L109–L113 |arxiv=1603.07247 |bibcode=2016MNRAS.460L.109M |doi=10.1093/mnrasl/slw075|s2cid=119229382 }}</ref> A gama mais ampla de órbitas possíveis reduziria as chances de sua captura em uma órbita de inclinação relativamente baixa para 1 a 2 %.<ref name="Li_Adams_2016">{{citar periódico|último1 =Li |primeiro1 =Gongjie |último2 =Adams |primeiro2 =Fred C. |data=2016 |título=Interaction Cross Sections and Survival Rates for Proposed Solar System Member Planet Nine |periódico=[[The Astrophysical Journal Letters]] |volume=823 |número=1 |página=L3 |arxiv=1602.08496 |bibcode=2016ApJ...823L...3L |doi=10.3847/2041-8205/823/1/L3|s2cid=15890864 }}</ref> Amir Siraj e [[Avi Loeb]] descobriram que as chances de o Sol capturar o Planeta Nove aumentam em um fator de 20 se o Sol já teve um companheiro binário distante e de massa igual.<ref name="Siraj_Loab_2020">{{citar periódico|último1 =Siraj|primeiro1 =Amir|último2 =Loeb|primeiro2 =Abraham|data=2020-08-18|título=The Case for an Early Solar Binary Companion |url=https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/abac66|periódico=The Astrophysical Journal |língua=en|volume=899|número=2|páginas=L24|doi=10.3847/2041-8213/abac66|issn=2041-8213 |arxiv=2007.10339|bibcode=2020ApJ...899L..24S|s2cid=220665422}}</ref><ref name="Passant_2020">{{citar web|último1 =Rabie |primeiro1 =Passant |título=Did the Sun Have a Twin? New Study Rewrites the Star's Early History |url=https://www.inverse.com/science/long-lost-twin-sun-study |website=Inverse |acessodata=28 de agosto de 2020}}</ref> Este processo também pode ocorrer com [[planetas órfãos]], mas a probabilidade de sua captura é muito menor, com apenas 0.05 a 0.10% sendo capturados em órbitas semelhantes às propostas para o Planeta Nove.<ref name="Parker_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Parker|primeiro1 =Richard J.|último2 =Lichtenberg|primeiro2 =Tim|último3 =Quanz|primeiro3 =Sascha P. |data=2017 |título=Was Planet 9 Captured in the Sun's Natal Star-Forming Region?|periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters]]|volume=472|número=1|páginas=L75–L79 |arxiv=1709.00418 |doi=10.1093/mnrasl/slx141|bibcode=2017MNRAS.472L..75P|s2cid=10792152}}</ref>

Um encontro com outra estrela também pode alterar a órbita de um planeta distante, mudando de uma órbita circular para uma excêntrica. A formação ''in situ'' de um planeta a esta distância exigiria um disco muito massivo e extenso,<ref name="TAJ201601" /> ou a deriva de sólidos em um disco dissipador formando um anel estreito a partir do qual o planeta se agregou ao longo de um bilhão de anos.<ref name="Kenyon_Bromley_2016">{{citar periódico|último1 =Kenyon |primeiro1 =Scott J. |último2 =Bromley |primeiro2 =Benjamin C. |data=2016 |título=Making Planet Nine: Pebble Accretion at 250–750 AU in a Gravitationally Unstable Ring |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=825 |número=1 |página=33 |arxiv=1603.08008 |bibcode=2016ApJ...825...33K |doi=10.3847/0004-637X/825/1/33|s2cid=119212968 }}</ref> Se um planeta se formou a uma distância tão grande enquanto o Sol estava em seu aglomerado original, a probabilidade de ele permanecer ligado ao Sol em uma órbita altamente excêntrica é de aproximadamente 10%.<ref name="Li_Adams_2016" /> Um disco estendido teria sido sujeito a interrupção gravitacional pela passagem de estrelas e pela perda de massa devido à fotoevaporação, enquanto o Sol permaneceu no [[aglomerado aberto]] onde se formou, no entanto.<ref name="P9H2019" />

=== Evidências ===
{{TNO}}
A influência gravitacional do Planeta Nove explicaria quatro peculiaridades do [[Sistema Solar]]:<ref name="Brennan_2017">{{citar web|último1 =Brennan |primeiro1 =Pat |título=The Super-Earth that Came Home for Dinner |url=https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2017-259 |website=[[Jet Propulsion Laboratory]] |acessodata=13 de outubro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171016045431/https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2017-259 |arquivodata=16 de outubro de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

* O agrupamento das órbitas dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO);
* O alto [[periélio]] de objetos como o [[90377 Sedna]] que estão [[Objeto separado|separados]] da influência de [[Netuno (planeta)|Netuno]];
* As altas inclinações dos ETNO com órbitas aproximadamente [[Perpendicularidade|perpendiculares]] às órbitas dos oito planetas conhecidos;
* [[Objetos transnetuniano]] de alta inclinação (TNO) com [[semieixo maior]], menor que 100 UA.

O Planeta Nove foi inicialmente proposto para explicar o agrupamento de órbitas, por meio de um mecanismo que também explicaria os altos periélios de objetos como 90377 Sedna. A evolução de alguns desses objetos em órbitas perpendiculares foi inesperada, mas combinou com objetos observados anteriormente. As órbitas de alguns objetos com órbitas perpendiculares foram posteriormente descobertas para evoluir em direção a eixos semimaiores, menores quando os outros planetas foram incluídos nas simulações. Embora outros mecanismos tenham sido oferecidos para muitas dessas peculiaridades, a influência gravitacional do Planeta Nove é a única que explica todos os quatro. A gravidade do Planeta Nove também aumentaria as inclinações de outros objetos que cruzam sua órbita, no entanto, o que poderia deixar os [[Disco disperso|objetos de disco espalhados]],<ref name="Kaib_etal_2019" /> corpos orbitando além de Netuno com semieixos maiores, maiores que 50 UA e [[Cometa#Curto período|cometas de curto período]] com uma distribuição de inclinação mais ampla do que a observada.<ref name="Nesvorny_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Nesvorny |primeiro1 =D. |último2 =Vokrouhlicky |primeiro2 =D. |último3 =Dones |primeiro3 =L. |último4 =Levison |primeiro4 =H.F. |último5 =Kaib |primeiro5 =N. |último6 =Morbidelli |primeiro6 =A. |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=845 |número=1 |página=27 |título=Origin and Evolution of Short-Period Comets |arxiv=1706.07447 |data=2017 |doi=10.3847/1538-4357/aa7cf6 |bibcode=2017ApJ...845...27N|s2cid=119399322 }}</ref> Anteriormente, o Planeta Nove era considerado responsável pela [[inclinação]] de 6° do eixo do [[Sol]] em relação às órbitas dos planetas,<ref name="Stirone_sun tilt">{{citar web|último1 =Stirone |primeiro1 =Shannon |título=Planet Nine May Be Responsible for Tilting the Sun |url=http://www.astronomy.com/news/2016/10/planet-nine-tilting-the-sun |website=[[Astronomy (magazine)|Astronomy]] |acessodata=29 de julho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170810194731/http://www.astronomy.com/news/2016/10/planet-nine-tilting-the-sun |arquivodata=10 de agosto de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> mas atualizações recentes em sua órbita prevista e massa limitam esta mudança a ~1°.<ref name=P9H2019/>

==== Observações: Agrupamento orbital de objetos de alto periélio ====
[[Imagem:Orbit1 pt.svg|225px|thumb|Diagrama ilustrando a [[anomalia verdadeira]], [[argumento do periastro]], [[longitude do nó ascendente]] e inclinação de um corpo celeste]]
O agrupamento das órbitas dos [[objetos transnetunianos]] (TNO) com grandes eixos semimaiores foi descrito pela primeira vez por [[Chad Trujillo]] e [[Scott S. Sheppard]], que notaram semelhanças entre as órbitas de [[90377 Sedna]] e {{mpl|2012 VP|113}}. Sem a presença do Planeta Nove, essas órbitas deveriam ser distribuídas aleatoriamente, sem preferência por nenhuma direção. Após uma análise mais aprofundada, Trujillo e Sheppard observaram que os [[argumentos do periélio]] de 12 TNO com periélio maior que 30 UA e semieixos maiores, maiores que 150 UA foram agrupados perto de zero°, o que significa que eles sobem através da [[eclíptica]] quando estão mais próximos do [[Sol]]. Trujillo e Sheppard propuseram que este alinhamento foi causado por um enorme planeta desconhecido além de [[Netuno (planeta)|Netuno]] através do [[mecanismo de Kozai]].<ref name=Sheppard2014/> Para objetos com eixos semimaiores semelhantes, o mecanismo de Kozai confinaria seus argumentos de periélio a cerca de 0° ou 180°. Este confinamento permite que objetos com órbitas excêntricas e inclinadas evitem aproximações próximas do planeta porque eles cruzariam o plano da órbita do planeta em seus pontos mais próximos e distantes do Sol, e cruzariam a órbita do planeta quando eles estivessem bem acima ou abaixo de sua órbita.<ref name="Marcos_2014" /><ref name="KopanyasKozai" /> A hipótese de Trujillo e Sheppard sobre como os objetos seriam alinhados pelo mecanismo de Kozai foi suplantada por análises e evidências adicionais.<ref name=TAJ201601 />

[[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]], procurando refutar o mecanismo proposto por Trujillo e Sheppard, também examinaram as órbitas dos TNO com grandes semieixos maiores.<ref name=TAJ201601 /> Depois de eliminar os objetos na análise original de Trujillo e Sheppard que eram instáveis devido a aproximações de Netuno ou foram afetados pelas ressonâncias de movimento médio de Netuno, Batygin e Brown determinaram que os argumentos do periélio para os seis objetos restantes ([[90377 Sedna]], {{mpl|2012 VP|113}}, {{mpl-|474640|2004 VN|112}}, {{mpl|2010 GB|174}}, {{mpl-|148209|2000 CR|105}} e {{mpl-|445473|2010 VZ|98}}) foram agrupados em torno de {{val|318|8|u=°}}. Este achado não concorda com como o mecanismo de Kozai tenderia a alinhar as órbitas com os argumentos do periélio em 0° ou 180°.<ref name=TAJ201601 />{{efn-ua|Dois tipos de mecanismos de proteção são possíveis:<ref name=KopanyasKozai>{{citar web|primeiro =Barbara |último =Koponyás |data=10 de abril de 2010 |título=Near-Earth Asteroids and the Kozai-Mechanism |url=http://www.univie.ac.at/adg/Conferences/ahw5/talks/KoponysBarbara.pdf.pdf |website=5th Austrian Hungarian Workshop in Vienna |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160314110041/http://www.univie.ac.at/adg/Conferences/ahw5/talks/KoponysBarbara.pdf.pdf |arquivodata=14 de março de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

# Para corpos cujos valores de ''a'' e ''e'' são tais que poderiam encontrar os planetas apenas perto do [[periélio]] (ou [[afélio]]), tais encontros podem ser evitados pela alta [[inclinação]] e a libração de ''ω'' cerca de 90° ou 270° (mesmo quando os encontros ocorrem, eles não afetam muito a órbita do planeta menor devido às velocidades relativas comparativamente altas).
# Outro mecanismo é viável quando em baixas inclinações, quando ''ω'' oscila em torno de 0° ou 180° e o [[semieixo maior]] do planeta menor está próximo ao do planeta perturbador: neste caso, o cruzamento do nó° ocorre sempre próximo ao periélio e afélio, longe de o próprio planeta, desde que a excentricidade seja alta o suficiente e a órbita do planeta seja quase circular.}}

[[Imagem:Planet Nine animation.gif|225px|thumb|Correlações orbitais entre seis objetos transneptunianos distantes levaram à hipótese (Veja [[:Imagem:Planet Nine - black background.png|Órbitas do quadro final]])]]

Batygin e Brown também descobriram que as órbitas dos seis [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) com [[semieixo maior]], maiores que 250 UA e [[periélio]]s além de 30 UA (90377 Sedna, {{mp|2012 VP|113}}, {{mp|2004 VN|112}}, {{mp|2010 GB|174}}, {{mpl|2007 TG|422}} e {{mpl|2013 RF|98}}) foram alinhadas no espaço com seus periélios aproximadamente na mesma direção, resultando em um agrupamento de suas [[longitudes do periélio]], o local onde se aproximam mais do Sol. As órbitas dos seis objetos também foram inclinadas em relação à [[Eclíptica#Plano do Sistema Solar|eclíptica]] e aproximadamente [[Coplanaridade|coplanar]], produzindo um agrupamento de suas [[longitudes do nó ascendente]], as direções em que cada um deles sobe através da eclíptica. Eles determinaram que havia apenas 0.007% de probabilidade de que essa combinação de alinhamentos fosse devido ao acaso.<ref name=TAJ201601 /><ref name=cbcRadio>{{citar jornal|último =McDonald |primeiro =Bob |data=24 de janeiro de 2016 |título=How Did We Miss Planet 9? |url=https://www.cbc.ca/news/technology/planet-9-bob-macdonald-1.3414268 |jornal=[[CBC News]] |acessodata=18 de julho de 2016 |citação="It's like seeing a disturbance on the surface of water but not knowing what caused it. Perhaps it was a jumping fish, a whale or a seal. Even though you didn't actually see it, you could make an informed guess about the size of the object and its location by the nature of the ripples in the water." |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160205174831/https://www.cbc.ca/news/technology/planet-9-bob-macdonald-1.3414268 |arquivodata=5 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name="planetaryblog201601">{{citar web|primeiro =Emily |último =Lakdawalla |data=20 de janeiro de 2016 |título=Theoretical Evidence for an Undiscovered Super-Earth at the Edge of Our Solar System |url=http://www.planetary.org/blogs/emily-lakdawalla/2016/01200955-theoretical-evidence-for-planet-9.html |website=[[The Planetary Society]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160423222919/http://www.planetary.org/blogs/emily-lakdawalla/2016/01200955-theoretical-evidence-for-planet-9.html |arquivodata=23 de abril de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Esses seis objetos foram descobertos por seis pesquisas diferentes em seis telescópios diferentes. Isso tornou menos provável que o agrupamento pudesse ser devido a um viés de observação, como apontar um telescópio para uma parte específica do céu. O agrupamento observado deve ser difundido em algumas centenas de milhões de anos devido às localizações dos periélios e dos nós ascendentes mudando, ou [[Precessão#Astronomia|precessão]], em taxas diferentes devido aos seus vários eixos semimaiores e excentricidades.{{efn-ua|A taxa de precessão é mais lenta para objetos com inclinações e semieixo maior, maiores e com excentricidades menores: <math>\dot{\varpi}=\frac{3}{4} \sqrt{\frac{GM}{a^3}} \frac{1}{(1-e^2)^2}\sum_{k=5}^8 \frac{m_k a_k^2}{M a^2}cos^2(i)</math>
onde <math> m_k a_k</math> são as massas e semieixo maior dos planetas [[Júpiter (planeta)|Júpiter]] até [[Netuno (planeta)|Netuno]].}} Isso indica que o agrupamento não pode ser devido a um evento no passado distante,<ref name=TAJ201601 /> por exemplo, uma estrela que passa,<ref name="Hands_etal_2019">{{citar periódico|último1 =Hands |primeiro1 =T. O. |último2 =Dehnen |primeiro2 =W. |último3 =Gration |primeiro3 =A. |último4 =Stadel |primeiro4 =J. |último5 =Moore |primeiro5 =B. |título=The fate of planetesimal discs in young open clusters: implications for 1I/'Oumuamua, the Kuiper belt, the Oort cloud and more |periódico=Monthly Notices of the Royal Astronomical Society |páginas=21–36 |data=2019 |volume=490 |número=1 |doi=10.1093/mnras/stz1069 |arxiv=1901.02465|bibcode=2019MNRAS.490...21H |s2cid=118597453 }}</ref> e é mais provavelmente mantido pelo campo gravitacional de um objeto orbitando o Sol.<ref name=TAJ201601 />

Dois dos seis objetos ({{mp|2013 RF|98}} e {{mp|2004 VN|112}}) também têm órbitas e espectros muito semelhantes.<ref name="gtcres">{{citar periódico|primeiro1 =Julia |último1 =de León |primeiro2 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |último3 =de la Fuente Marcos |primeiro3 =Raúl |ano=2017 |título=Visible Spectra of (474640) 2004 VN112-2013 RF98 with OSIRIS at the 10.4 M GTC: Evidence for Binary Dissociation near Aphelion Among the Extreme Trans-Neptunian Objects |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters]] |volume=467 |número=1 |páginas=L66–L70 |arxiv=1701.02534 |bibcode=2017MNRAS.467L..66D |doi=10.1093/mnrasl/slx003 |s2cid=119419889 |df=dmy-all }}</ref><ref name="binary-ScienceDaily">{{citar web|autor =Instituto de Astrofísica de Canarias (IAC)|título=New Data About Two Distant Asteroids Give a Clue to the Possible 'Planet Nine' |url=https://www.sciencedaily.com/releases/2017/02/170221120816.htm |website=[[ScienceDaily]] |acessodata=29 de julho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170729225604/https://www.sciencedaily.com/releases/2017/02/170221120816.htm |arquivodata=29 de julho de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Isso levou à sugestão de que eles eram um [[Asteroide binário|objeto binário]] interrompido próximo ao [[afélio]] durante um encontro com um objeto distante. A interrupção de um binário exigiria um encontro relativamente próximo, o que se torna menos provável em grandes distâncias do Sol.<ref name="Marcos_binary_disruption">{{citar periódico|título=Binary Stripping as a Plausible Origin of Correlated Pairs of Extreme Trans-Neptunian Objects |primeiro1 =C. |último1 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =R. |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro3 =S.J. |último3 =Aarseth |data=1 de novembro de 2017 |periódico=[[Astrophysics and Space Science]] |volume=362 |número=11 |página=198 |arxiv=1709.06813 |bibcode=2017Ap&SS.362..198D |doi=10.1007/s10509-017-3181-1 |s2cid=118890903 }}</ref>

Em um artigo posterior, Trujillo e Sheppard notaram uma correlação entre a longitude do periélio e o argumento do periélio dos TNO com semieixos maiores, maiores que 150 UA. Aqueles com longitude de periélio de 0° a 120° têm argumentos de periélio entre 280° e 360°, e aqueles com longitude de periélio entre 180° e 340° têm argumentos de periélio entre 0° e 40°. A significância estatística dessa correlação foi de 99.99%. Eles sugeriram que a correlação se deve às órbitas desses objetos, evitando aproximações de um planeta massivo passando acima ou abaixo de sua órbita.<ref name="trujillo20160912">{{citar periódico|último1 =Sheppard, Scott S. |primeiro1 =Scott S. |último2 =Trujillo |primeiro2 =Chadwick |título=New Extreme Trans-Neptunian Objects: Toward a Super-Earth in the Outer Solar System |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2016 |volume=152 |número=6 |página=221 |doi=10.3847/1538-3881/152/6/221 |arxiv=1608.08772 |bibcode=2016AJ....152..221S |s2cid=119187392 }}</ref>

Um artigo de 2017 de Carlos e Raúl de la Fuente Marcos observou que a distribuição das distâncias aos nós ascendentes dos ETNO, e dos [[Centauro (astronomia)|centauros]] e cometas com grandes eixos semimaiores, pode ser [[Distribuição Multimodal|bimodal]]. Eles sugerem que é devido aos ETNO evitarem aproximações de um planeta com um semieixo maior de 300 a 400 UA.<ref name=nodes>{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |ano=2017 |título=Evidence for a Possible Bimodal Distribution of the Nodal Distances of the Extreme Trans-Neptunian Objects: Avoiding a Trans-Plutonian Planet or Just Plain Bias? |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters]] |volume=471 |número=1 |páginas=L61–L65 |arxiv=1706.06981 |bibcode=2017MNRAS.471L..61D |doi=10.1093/mnrasl/slx106 |s2cid=55469849 |df=dmy-all }}</ref><ref name="nodes_phys.org">{{citar web|autor =Spanish Foundation for Science and Technology (FECYT) |título=New Evidence in Support of the Planet Nine Hypothesis |url=https://phys.org/news/2017-07-evidence-planet-hypothesis.html |website=phys.org |acessodata=29 de julho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170730014118/https://phys.org/news/2017-07-evidence-planet-hypothesis.html |arquivodata=30 de julho de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Com mais dados (40 objetos), a distribuição de distâncias nodais mútuas dos ETNO mostra uma assimetria estatisticamente significativa entre as distâncias nodais ascendentes e descendentes mais curtas que podem não ser devido a viés de observação, mas talvez o resultado de perturbações externas.<ref name=nodes2>{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |título=Peculiar orbits and asymmetries in extreme trans-Neptunian space |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]] |url=https://academic.oup.com/mnras/article-abstract/506/1/633/6307523|volume=506 |número=1 |páginas=633–649 |arxiv=2106.08369 |bibcode=2021MNRAS.506..633D |doi=10.1093/mnras/stab1756|data=1 de setembro de 2021}}</ref>
{{multiple image
 |direction = horizontal
 |align     = left
 |width1    = 600
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 |header    = As órbitas dos [[objetos transnetuniano extremos]]
 |image1    = Planet nine-etnos now-new3.png
 |image2    = Planet_nine-etnos_now-close-new.png
 |alt1      = Orbits of extreme trans-Neptunian objects and Planet Nine
 |alt2      = Close up of extreme trans-Neptunian objects' and planets' orbits
 |caption1  = Seis [[Objeto transnetuniano extremo|objetos ETNO originais e oito adicionais]] orbitam com posições atuais perto de seu [[periélio]] em roxo, com a órbita hipotética do Planeta Nove em verde
 |caption2  = Visão aproximada de 13 posições atuais de ETNO
 |alt       = The orbits of the extreme trans-Neptunian objects are shown in various colors, with Planet Nine's orbit shown in bright green. Most of the orbits are aligned to the right of Planet Nine.
}}
{{Clear}}
==== Simulações: Agrupamento observado reproduzido ====
O agrupamento das órbitas de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) e a elevação de seus [[periélio]]s são reproduzidos em simulações que incluem o Planeta Nove. Em simulações conduzidas por [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]], enxames de objetos de disco espalhados com eixos-semi maiores de até 550 UA que começaram com orientações aleatórias foram esculpidos em grupos [[Colinearidade (geometria)|colineares]] e [[Coplanaridade|coplanares]] de órbitas espacialmente confinadas por um planeta distante massivo em uma órbita altamente excêntrica. Isso deixou a maioria dos periélios dos objetos apontados em direções semelhantes e as órbitas dos objetos com inclinações semelhantes. Muitos desses objetos entraram em órbitas de periélio alto como [[90377 Sedna]] e, inesperadamente, alguns entraram em órbitas [[Perpendicularidade|perpendiculares]] que Batygin e Brown mais tarde perceberam que haviam sido observadas anteriormente.<ref name=TAJ201601 />

Em sua análise original, Batygin e Brown descobriram que a distribuição das órbitas dos primeiros seis ETNO foi melhor reproduzida em simulações usando um planeta com 10 [[Massa da Terra|massas terrestres]]{{efn-ua|[[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] fornecem uma estimativa da ordem de magnitude para a massa.
* Se ''M'' fosse igual a 0.1 de [[massa da Terra]], então a evolução dinâmica ocorreria em uma taxa excepcionalmente lenta, e o tempo de vida do [[Sistema Solar]] provavelmente seria insuficiente para que a escultura orbital necessária ocorresse.
* Se ''M'' fosse igual a 1 massa da Terra, então órbitas apsidalmente anti-alinhadas de vida longa de fato ocorreriam, mas a remoção de órbitas instáveis aconteceria em uma escala de tempo muito mais longa do que a evolução atual do Sistema Solar. Consequentemente, mesmo que eles mostrassem preferência por uma direção absidal particular, eles não exibiriam um verdadeiro confinamento como os dados.
* Eles também observam que ''M'' maior que 10 de massas terrestres implicaria em um semieixo maior mais longo.
Portanto, eles estimam que a massa do objeto está provavelmente na faixa de 5 a 15 massas terrestres.}} na seguinte órbita:{{efn-ua|valores calculados entre parênteses.}}

* [[Semieixo maior]] ''a'' ≈ {{val|700|u=UA}} ([[período orbital]] 700<sup>1.5</sup> = 18.520 anos)
* [[Excentricidade orbital|Excentricidade]] ''e'' ≈ 0.6, ([[periélio]] ≈ {{val|280|u=UA}}, [[afélio]] ≈ {{val|1.120|u=UA|fmt=commas}})
* [[Inclinação]] ''i'' ≈ 30° para a [[eclíptica]]
* [[Longitude do nó ascendente]] ''Ω'' ≈ {{val|100||u=°}}{{efn-ua|A média da longitude do nó ascendente para os 6 objetos é de cerca de 102°. Em um blog publicado posteriormente, Batygin e Brown restringiram sua estimativa da longitude do nó ascendente para {{val|94||u=°}}.}}
* [[Argumento do periélio]] ''ω'' ≈ 140° e [[longitude do periélio]] ''ϖ'' = {{val|240|u=°}}<ref name="P9 where are you P1">{{citar web|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |título=Planet Nine: Where Are You? (Part 1) |url=http://www.findplanetnine.com/2017/09/planet-nine-where-are-you-part-1.html |website=The Search for Planet Nine |publicado=[[Michael E. Brown]] and [[Konstantin Batygin]]|acessodata=19 de outubro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171020083937/http://www.findplanetnine.com/2017/09/planet-nine-where-are-you-part-1.html |arquivodata=20 de outubro de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

Esses parâmetros para o Planeta Nove produzem diferentes efeitos simulados nos [[objetos transnetunianos]] (TNO). Objetos com semieixo maior, maiores que 250 UA são fortemente anti-alinhados com o Planeta Nove, com periélio oposto ao periélio do Planeta Nove. Objetos com semieixos maiores entre 150 UA e 250 UA estão fracamente alinhados com o Planeta Nove, com periélios na mesma direção que o periélio do Planeta Nove. Pouco efeito é encontrado em objetos com semieixos maiores menores que 150 UA.<ref name="bnb20160617"/> As simulações também revelaram que objetos com semieixo maior, maior que 250 UA poderiam ter órbitas estáveis e alinhadas se tivessem excentricidades menores. Esses objetos ainda não foram observados.<ref name=TAJ201601 />

Outras órbitas possíveis para o Planeta Nove também foram examinadas, com semieixos maiores entre 400 UA e 1.500 UA, excentricitos de até 0.8 e uma ampla gama de inclinações. Essas órbitas produzem resultados variados. Batygin e Brown descobriram que as órbitas dos ETNO eram mais propensas a ter inclinações semelhantes se o Planeta Nove tivesse uma inclinação mais alta, mas o anti-alinhamento também diminuiu.<ref name="bnb20160617" /> Simulações de Becker ''et al.'' mostraram que suas órbitas eram mais estáveis se o Planeta Nove tivesse uma excentricidade menor, mas que o anti-alinhamento era mais provável em excentricidades maiores.<ref name="Becker_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Becker |primeiro1 =Juliette C. |último2 =Adams |primeiro2 =Fred C. |último3 =Khain |primeiro3 =Tali |último4 =Hamilton |primeiro4 =Stephanie J. |último5 =Gerdes |primeiro5 =David |título=Evaluating the Dynamical Stability of Outer Solar System Objects in the Presence of Planet Nine |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2017 |volume=154 |número=2 |página=61 |doi=10.3847/1538-3881/aa7aa2 |arxiv=1706.06609 |bibcode=2017AJ....154...61B|s2cid=111384673 }}</ref> Lawler ''et al.'' descobriram que a população capturada em ressonâncias orbitais com o Planeta Nove era menor se tivesse uma órbita circular e que menos objetos alcançavam órbitas de alta inclinação.<ref name="Lawler_etal_2016">{{citar periódico|último1 =Lawler |primeiro1 =S.M. |último2 =Shankman |primeiro2 =C. |último3 =Kaib |primeiro3 =N. |último4 =Bannister |primeiro4 =M.T. |último5 =Gladman |primeiro5 =B. |último6 =Kavelaars |primeiro6 =J.J. |anooriginal=21 May 2016 |título=Observational Signatures of a Massive Distant Planet on the Scattering Disk |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=29 de dezembro de 2016 |volume=153 |número=1 |página=33 |bibcode=2017AJ....153...33L |doi=10.3847/1538-3881/153/1/33 |arxiv=1605.06575|s2cid=54854087 }}</ref> Investigações de Cáceres ''et al.'' mostraram que as órbitas dos ETNO estavam melhor alinhadas se o Planeta Nove tivesse uma órbita de periélio inferior, mas seu periélio precisaria ser superior a 90 UA.<ref name="Caceres_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Cáceres |primeiro1 =Jessica |último2 =Gomes |primeiro2 =Rodney |título=The Influence of Planet 9 on the Orbits of Distant TNOs: The Case for a Low Perihelion Planet |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=156 |número=4 |página=157 |data=2018 |arxiv=1808.01248|doi=10.3847/1538-3881/aad77a |bibcode=2018AJ....156..157C |s2cid=119064276 }}</ref> Investigações posteriores de Batygin ''et al.'' descobriram que as órbitas de maior excentricidade reduziram as inclinações médias das órbitas ETNO.<ref name=P9H2019/> Embora existam muitas combinações possíveis de parâmetros orbitais e massas para o Planeta Nove, nenhuma das simulações alternativas foi melhor em prever o alinhamento observado dos ETNO originais. A descoberta de objetos distantes adicionais do [[Sistema Solar]] permitiria aos astrônomos fazer previsões mais precisas sobre a órbita do planeta hipotético. Isso também pode fornecer suporte adicional ou refutação da hipótese do Planeta Nove.<ref name=discoveryDeBrief>{{citar revista|último =Scharping |primeiro =Nathaniel |data=20 de janeiro de 2016 |título=Planet Nine: A New Addition to the Solar System? |url=http://blogs.discovermagazine.com/d-brief/2016/01/20/planet-9-discovery-shakes-our-understanding-of-the-solar-system/ |revista=[[Discover (magazine)|Discover]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160716105822/http://blogs.discovermagazine.com/d-brief/2016/01/20/planet-9-discovery-shakes-our-understanding-of-the-solar-system/ |arquivodata=16 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name=thestarKateAllen>{{citar jornal|último =Allen |primeiro =Kate |data=20 de janeiro de 2016 |título=Is a Real Ninth Planet out There Beyond Pluto? |url=https://www.thestar.com/news/world/2016/01/20/is-a-real-ninth-planet-out-there-beyond-pluto.html |jornal=[[The Toronto Star]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160417232029/http://www.thestar.com/news/world/2016/01/20/is-a-real-ninth-planet-out-there-beyond-pluto.html |arquivodata=17 de abril de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

Simulações que incluíram a migração de planetas gigantes resultaram em um alinhamento mais fraco das órbitas dos ETNO.<ref name="Nesvorny_etal_2017" /> A direção do alinhamento também mudou, de mais alinhado para anti-alinhado com o aumento do semieixo maior, e de anti-alinhado para alinhado com o aumento da distância do periélio. O último resultaria nas órbitas dos [[sednoide]]s sendo orientadas opostas à maioria dos outros ETNO.<ref name="Kaib_etal_2019" />

==== Dinâmica: Como o Planeta Nove modifica as órbitas dos ETNO ====
[[Imagem:Secular evolution of eTNOs induced by Planet Nine.png|thumb|360px|Evolução de longo prazo dos [[Objeto transnetuniano extremo|ETNO]] induzidos pelo Planeta Nove para objetos com [[semieixo maior]] de 250 UA.<ref name="Beust_2016" /><ref name="Batygin_Morbidelli_2017" /> Azul: antialinhado, Vermelho: alinhado, Verde: metaestável, Laranja: circulante. Cruzando órbitas acima da linha preta{{efn-ua|Figuras semelhantes em artigos de Beust<ref name="Beust_2016" /> e Batygin e Morbidelli<ref name="Batygin_Morbidelli_2017" /> são gráficos do hamiltoniano, mostrando combinações de excentricidades orbitais e orientações que têm energia igual. Se não houver encontros próximos com o Planeta Nove, o que mudaria a energia da órbita, os [[elementos orbitais]] do objeto permanecem em uma dessas curvas conforme as órbitas evoluem.}}]]
{{artigo principal|Efeitos do Planeta Nove em objetos transnetunianos}}
O Planeta Nove modifica as órbitas dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) por meio de uma combinação de efeitos. Em escalas de tempo muito longas, o Planeta Nove exerce um [[torque]] nas órbitas dos ETNO que varia com o alinhamento de suas órbitas com o do Planeta Nove. As trocas de [[momento angular]] resultantes fazem com que os [[periélio]]s aumentem, colocando-os em órbitas do tipo [[90377 Sedna]], e depois caiam, retornando-os às suas órbitas originais após várias centenas de milhões de anos. O movimento de suas direções de periélio também se inverte quando suas excentricidades são pequenas, mantendo os objetos anti-alinhados, veja as curvas azuis no diagrama, ou alinhadas, as curvas vermelhas. Em escalas de tempo mais curtas, as ressonâncias de movimento médio com o Planeta Nove fornecem proteção de fase, que estabiliza suas órbitas alterando ligeiramente os semieixo maior dos objetos, mantendo suas órbitas sincronizadas com as do Planeta Nove e evitando aproximações próximas. A gravidade de [[Netuno (planeta)|Netuno]] e de outros planetas gigantes, e a inclinação da órbita do Planeta Nove, enfraquecem essa proteção. Isso resulta em uma variação [[Teoria do caos|caótica]] de semieixos maiores à medida que os objetos saltam entre as ressonâncias, incluindo ressonâncias de alta ordem, como 27:17, em escalas de tempo de milhões de anos.<ref name="Batygin_Morbidelli_2017" /> As ressonâncias de movimento médio podem não ser necessárias para a sobrevivência dos ETNO se eles e o Planeta Nove estiverem em órbitas inclinadas.<ref name="Li_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Li |primeiro1 =Gongjie |último2 =Hadden |primeiro2 =Samuel |último3 =Payne |primeiro3 =Matthew |último4 =Holman |primeiro4 =Matthew J. |título=The Secular Dynamics of TNOs and Planet Nine Interactions |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2018 |volume=156 |número=6 |página=263 |doi=10.3847/1538-3881/aae83b |arxiv=1806.06867|bibcode=2018AJ....156..263L |s2cid=118898729 }}</ref> Os pólos orbitais dos objetos precessam ao redor, ou circundam, o pólo do [[plano de Laplace]] do [[Sistema Solar]]. Em grandes eixos semi-maiores, o plano de Laplace é deformado em direção ao plano da órbita do Planeta Nove. Isso faz com que os pólos orbitais dos ETNO, em média, sejam inclinados para um lado e suas [[longitudes do nó ascendente]] sejam agrupados.<ref name="Batygin_Morbidelli_2017">{{citar periódico|último1 =Batygin |primeiro1 =Konstantin |último2 =Morbidelli |primeiro2 =Alessandro |título=Dynamical Evolution Induced by Planet Nine |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2017 |volume=154 |número=6 |página=229 |doi=10.3847/1538-3881/aa937c |arxiv=1710.01804 |bibcode=2017AJ....154..229B|s2cid=119704953 }}</ref>

==== Objetos em órbitas perpendiculares com grande semieixo maior ====
[[Imagem:Planet nine TNO orbits.svg|360px|thumb|As órbitas dos cinco objetos com órbitas de alta inclinação (quase [[Perpendicularidade|perpendiculares]] à [[eclíptica]]) são mostradas aqui como elipses ciano com o hipotético Planeta Nove em laranja]]
O Planeta Nove pode entregar [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) em órbitas quase [[Perpendicularidade|perpendiculares]] à [[eclíptica]].<ref name=extremeTech>{{citar web|último =Hruska |primeiro =Joel |data=20 de janeiro de 2016 |título=Our Solar System May Contain a Ninth Planet, Far beyond Pluto |url=http://www.extremetech.com/extreme/221595-new-research-suggests-our-solar-system-may-contain-a-ninth-planet-far-beyond-pluto |website=[[ExtremeTech]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160728074926/http://www.extremetech.com/extreme/221595-new-research-suggests-our-solar-system-may-contain-a-ninth-planet-far-beyond-pluto |arquivodata=28 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name=Siegel /> Vários objetos com altas inclinações, maiores que 50°, e grandes [[semieixo maior]], acima de 250 UA, foram observados.<ref name=mpc-6>{{citar web|título=MPC list of ''a'' > 250, ''i'' > 40, and ''q'' > 6 |url=http://minorplanetcenter.net/db_search/show_by_properties?semimajor_axis_min=250&inclination_min=40&perihelion_distance_min=6 |website=[[Minor Planet Center]] |acessodata=4 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170802041218/http://minorplanetcenter.net/db_search/show_by_properties?semimajor_axis_min=250&inclination_min=40&perihelion_distance_min=6 |arquivodata=2 de agosto de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Essas órbitas são produzidas quando alguns ETNO de baixa inclinação entram em uma [[ressonância secular]] com o Planeta Nove ao atingirem órbitas de baixa excentricidade. A ressonância faz com que suas excentricidades e inclinações aumentem, entregando os ETNO em órbitas perpendiculares com [[periélio]]s baixos, onde são mais facilmente observados. Os ETNO então evoluem para órbitas [[Movimento prógrado e retrógrado|retrógradas]] com menores excentricidades, após as quais passam por uma segunda fase de órbitas perpendiculares de alta excentricidade, antes de retornar às órbitas de baixa excentricidade e inclinação. A ressonância secular com o Planeta Nove envolve uma [[combinação linear]] dos argumentos da órbita e longitudes do periélio: Δϖ – 2ω. Ao contrário do [[mecanismo de Kozai]], essa ressonância faz com que os objetos atinjam suas excentricidades máximas quando em órbitas quase perpendiculares. Nas simulações conduzidas por [[Konstantin Batygin]] e Morbidelli essa evolução foi relativamente comum, com 38% dos objetos estáveis passando por ela pelo menos uma vez.<ref name="Batygin_Morbidelli_2017" /> O [[argumento do periélio]] desses objetos estão agrupados próximos ou opostos ao do Planeta Nove e suas [[longitudes do nó ascendente]] estão agrupadas em torno de 90° em qualquer direção do Planeta Nove quando alcançam o periélio baixo.<ref name=TAJ201601 /><ref name="Li_etal_2018" /> Isso está de acordo com as observações com as diferenças atribuídas a encontros distantes com os planetas gigantes conhecidos.<ref name=TAJ201601 />

==== Órbitas de objetos de alta inclinação ====
Uma população de [[objetos transnetunianos]] (TNO) de alta inclinação com [[semieixo maior]] com menos de 100 UA pode ser gerada pelos efeitos combinados do Planeta Nove e de outros planetas gigantes. Os [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) que entram em órbitas [[Perpendicularidade|perpendiculares]] têm [[periélio]]s baixos o suficiente para que suas órbitas se cruzem com as de [[Netuno (planeta)|Netuno]] ou outros planetas gigantes. Um encontro com um desses planetas pode reduzir o semieixo maior de um ETNO para abaixo de 100 UA, onde as órbitas do objeto não são mais controladas pelo Planeta Nove, deixando-o em uma órbita como {{mpl|2008 KV|42}}. A distribuição orbital prevista do mais longevo desses objetos não é uniforme. A maioria teria órbitas com periélios variando de 5 UA a 35 UA e inclinações abaixo de 110°; além de uma lacuna com poucos objetos, haveria outros com inclinações próximas a 150° e periélios próximos a 10 UA.<ref name="Batygin_Brown_high_inc">{{citar periódico|último1 =Batygin |primeiro1 =Konstantin |último2 =Brown |primeiro2 =Michael E. |título=Generation of Highly Inclined Trans-Neptunian Objects by Planet Nine |data=2016 |periódico=[[The Astrophysical Journal Letters]] |volume=833 |número=1 |página=L3 |arxiv=1610.04992 |bibcode=2016ApJ...833L...3B |doi=10.3847/2041-8205/833/1/L3|s2cid=6751947 }}</ref> Anteriormente, foi proposto que esses objetos se originaram na [[Nuvem de Oort]],<ref name="Brasser_etal_2012">{{citar periódico|último1 =Brasser |primeiro1 =R. |último2 =Schwamb |primeiro2 =M.E. |último3 =Lykawka |primeiro3 =P.S. |último4 =Gomes |primeiro4 =R.S. |título=An Oort Cloud Origin for the High-Inclination, High-Perihelion Centaurs |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]] |data=2012 |volume=420 |número=4 |páginas=3396–3402 |doi=10.1111/j.1365-2966.2011.20264.x |arxiv=1111.7037 |bibcode=2012MNRAS.420.3396B|s2cid=56403467 }}</ref> uma nuvem teórica de planetesimais gelados em torno do [[Sol]] a distâncias de 2.000 a 200.000 UA.<ref name="Williams_OortCloud">{{citar web|último1 =Williams |primeiro1 =Matt |título=What is the Oort Cloud? |url=https://www.universetoday.com/32522/oort-cloud/ |website=Universe Today |data=10 de agosto de 2015 |acessodata=25 de fevereiro de 2019}}</ref> Em simulações sem o Planeta Nove, um número insuficiente é produzido a partir da nuvem de Oort em relação às observações, no entanto.<ref name="Kaib_etal_2019" /> Alguns dos TNO de alta inclinação podem se tornar um [[514107 Kaʻepaokaʻawela|troiano retrógrado de Júpiter]].<ref name="Kohne_Batygin_2020">{{citar periódico|último1 =Köhne |primeiro1 =Tobias |último2 =Batygin |primeiro2 =Konstantin |título=On the Dynamical Origins of Retrograde Jupiter Trojans and their Connection to High-Inclination TNOs |periódico=Celestial Mechanics and Dynamical Astronomy |ano=2020 |volume=132 |número=9 |página=44 |doi=10.1007/s10569-020-09985-1 |arxiv=2008.11242|bibcode=2020CeMDA.132...44K |s2cid=221319701 }}</ref>

==== Nuvem de Oort e cometas ====
O Planeta Nove alteraria as regiões de origem e a distribuição de inclinação dos [[cometa]]s. Nas simulações da migração dos planetas gigantes descritos pelo [[modelo de Nice]], menos objetos são capturados na [[nuvem de Oort]] quando o Planeta Nove é incluído. Outros objetos seriam capturados em uma nuvem de objetos controlados dinamicamente pelo Planeta Nove. Esta nuvem do Planeta Nove, composta de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) e objetos [[Perpendicularidade|perpendiculares]], se estenderia de [[semieixo maior]] de 200 UA a 3.000 UA e conteria aproximadamente 0.3 a 0.4 [[Massa da Terra|massas terrestres]].<ref name="Nesvorny_etal_2017" /><ref name="Lawler_etal_2016" /> Quando o [[periélio]] de objetos na nuvem do Planeta Nove cai baixo o suficiente para que eles encontrem os outros planetas, alguns seriam espalhados em órbitas que entram no [[Sistema Solar]] interno, onde podem ser observados como cometas. Se o Planeta Nove existir, eles representariam cerca de um terço dos [[Cometa#Curto período|cometas do tipo Halley]]. As interações com o Planeta Nove também aumentariam as inclinações dos objetos de disco espalhados que cruzam sua órbita. Isso pode resultar em mais inclinações moderadas de 15° a 30° do que as observadas.<ref name="Kaib_etal_2019">{{citar periódico|último1 =Kaib |primeiro1 =Nathan A. |último2 =Pike |primeiro2 =Rosemary |último3 =Lawler |primeiro3 =Samantha |último4 =Kovalik |primeiro4 =Maya  |último5 =Brown |primeiro5 =Christopher |último6 =Alexandersen |primeiro6 =Mike |último7 =Bannister |primeiro7 =Michele T. |último8 =Gladman |primeiro8 =Brett J. |último9 =Petit |primeiro9 =Jean-Marc |título=OSSOS XV: Probing the Distant Solar System with Observed Scattering TNOs |data=2019 |arxiv=1905.09286|doi=10.3847/1538-3881/ab2383 |periódico=The Astronomical Journal |volume=158 |número=1 |página=43 |pmid=31379385 |pmc=6677154 |bibcode=2019AJ....158...43K }}</ref> As inclinações dos [[Cometa#Curto período|cometas da família de Júpiter]] derivados dessa população também teriam uma distribuição de inclinação mais ampla do que a observada.<ref name="Nesvorny_etal_2017" /><ref name="Gibbs_IEEE" /> Estimativas recentes de uma massa e excentricidade menores para o Planeta Nove reduziriam seu efeito sobre essas inclinações.<ref name="P9H2019" />

==== Estimativa de 2019 ====
Em fevereiro de 2019, o total de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) que se encaixam na hipótese original de ter semieixo maior de mais de 250 UA aumentou para 14 objetos. Os parâmetros de órbita para o Planeta Nove preferidos por [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] após uma análise usando esses objetos foram:<ref name=P9H2019/>

* [[Semieixo maior]] de 400 a 500 UA;
* [[Excentricidade orbital]] de 0.15 a 0.3;
* [[Inclinação orbital]] em torno de 20°;
* [[Massa]] de cerca de 5 [[massas terrestres]].

==== Modelo atualizado ====
Em agosto de 2021, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] reanalisaram os dados relacionados às observações de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO), levando em conta vieses observacionais, que as observações eram mais prováveis em algumas direções do que em outras. Eles afirmaram que o agrupamento orbital observado "permanece significativo a um nível de confiança de 99.6%".<ref name=Batygin2021/> Combinando vieses observacionais com simulações numéricas, eles previram as características do Planeta Nove:

* [[Massa]] de 6.2{{±|2.2|1.3}} [[massas terrestres]];
* [[Semieixo maior]] de 380{{±|140|80}} UA;
* [[Periélio]] de 300{{±|85|60}} UA;
* [[Inclinação orbital]] de 16{{±|5}}°;<ref name=Batygin2021/>

=== Recepção ===
[[Konstantin Batygin]] foi cauteloso ao interpretar os resultados da simulação desenvolvida para seu artigo de pesquisa e [[Michael E. Brown]], dizendo: "Até que o Planeta Nove seja capturado por uma câmera, eu não conto como real. Tudo o que temos agora é um eco".<ref name=TomLevensonAtlantic>{{citar revista|último =Levenson |primeiro =Thomas |data=25 de janeiro de 2016 |título=A New Planet or a Red Herring? |url=https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/01/a-new-planet-or-a-red-herring/42681 |revista=[[The Atlantic]] |acessodata=18 de julho de 2016 |citação={{-'}}We plotted the real data on top of the model' Batyagin recalls, and they fell 'exactly where they were supposed to be.' That was, he said, the epiphany. 'It was a dramatic moment. This thing I thought could disprove it turned out to be the strongest evidence for Planet Nine.{{'-}}}}</ref> Brown estima a probabilidade da existência do Planeta Nove em cerca de 90%.<ref name=lurking /> [[Gregory P. Laughlin]], um dos poucos pesquisadores que conhecia este artigo com antecedência, dá uma estimativa de 68.3%.<ref name=fatty /> Outros cientistas céticos exigem mais dados em termos de [[Cintura de Kuiper|objetos do cinturão de Kuiper]] (KBO) adicionais a serem analisados ou evidências finais por meio de confirmação fotográfica.<ref name=vergeSlamDunkandWaterTightEvidence>{{citar jornal|último =Grush |primeiro =Loren |data=20 de janeiro de 2016 |título=Our Solar System May Have a Ninth Planet After All – but Not All Evidence Is in (We Still Haven't Seen It Yet) |url=https://www.theverge.com/2016/1/20/10801824/ninth-planet-x-discovered-evidence |jornal=[[The Verge]] |acessodata=18 de julho de 2016 |citação=The statistics do sound promising, at first. The researchers say there's a 1 in 15,000 chance that the movements of these objects are coincidental and don't indicate a planetary presence at all. ... 'When we usually consider something as clinched and air tight, it usually has odds with a much lower probability of failure than what they have,' says Sara Seager, a planetary scientist at MIT. For a study to be a slam dunk, the odds of failure are usually 1 in 1,744,278. ... But researchers often publish before they get the slam-dunk odds, in order to avoid getting scooped by a competing team, Seager says. Most outside experts agree that the researchers' models are strong. And Neptune was originally detected in a similar fashion—by researching observed anomalies in the movement of Uranus. Additionally, the idea of a large planet at such a distance from the Sun isn't actually that unlikely, according to Bruce Macintosh, a planetary scientist at Stanford University. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160729141120/http://www.theverge.com/2016/1/20/10801824/ninth-planet-x-discovered-evidence |arquivodata=29 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name=thestarKateAllen/><ref name=scantEvidence>{{citar revista|último =Crocket |primeiro =Christopher |data=31 de janeiro de 2016 |título=Computer Simulations Heat up Hunt for Planet Nine |url=https://www.sciencenews.org/article/computer-simulations-heat-hunt-planet-nine |revista=[[Science News]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |citação={{-'}}It's exciting and very compelling work,' says Meg Schwamb, a planetary scientist at Academia Sinica in Taipei, Taiwan. But only six bodies lead the way to the putative planet. 'Whether that's enough is still a question.{{'-}} |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160206211941/https://www.sciencenews.org/article/computer-simulations-heat-hunt-planet-nine |arquivodata=6 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Brown, embora concorde com o ponto de vista dos céticos, ainda pensa que há dados suficientes para montar uma busca por um novo planeta.<ref name=pbsBrown>{{citar jornal|data=22 de janeiro de 2016 |título=We Can't See This Possible 9th Planet, but We Feel Its Presence |url=https://www.pbs.org/newshour/bb/we-cant-see-this-possible-9th-planet-but-we-feel-its-presence/ |jornal=[[PBS NewsHour]] |acessodata=18 de julho de 2016 |citação={{-'}}Right now, any good scientist is going to be skeptical, because it's a pretty big claim. And without the final evidence that it's real, there is always that chance that it's not. So, everybody should be skeptical. But I think it's time to mount this search. I mean, we like to think of it as, we have provided the treasure map of where this ninth planet is, and we have done the starting gun, and now it's a race to actually point your telescope at the right spot in the sky and make that discovery of planet nine.' —Mike Brown |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160722042941/http://www.pbs.org/newshour/bb/we-cant-see-this-possible-9th-planet-but-we-feel-its-presence/ |arquivodata=22 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

A hipótese do Planeta Nove é apoiada por vários astrônomos e acadêmicos. [[James L. Green]], diretor do [[Science Mission Directorate]] da [[NASA]], disse: "a evidência é mais forte agora do que antes".<ref name='popsci'>{{citar web|último =Fecht |primeiro =Sarah |data=22 de janeiro de 2016 |título=Can There Really Be a Planet in Our Solar System That We Don't Know About? |url=http://www.popsci.com/could-there-really-be-9th-planet-that-we-didnt-know-about |website=[[Popular Science]] |acessodata=18 de julho de 2016}}</ref> Mas Green também alertou sobre a possibilidade de outras explicações para o movimento observado de [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) distantes e, citando [[Carl Sagan]], ele disse, "alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias".<ref name=lurking /> O professor [[Thomas Levenson]] do [[Instituto de Tecnologia de Massachusetts]] concluiu que, por enquanto, o Planeta Nove parece a única explicação satisfatória para tudo o que agora se sabe sobre as regiões externas do [[Sistema Solar]].<ref name=TomLevensonAtlantic/> O astrônomo [[Alessandro Morbidelli]], que revisou o artigo de pesquisa para o ''[[The Astronomical Journal]]'', concordou, dizendo: "Não vejo nenhuma explicação alternativa àquela oferecida por Batygin e Brown".<ref name=fatty/><ref name=lurking/>

A astrônoma [[Renu Malhotra]] permanece agnóstico sobre o Planeta Nove, mas notou que ela e seus colegas descobriram que as órbitas dos ETNO parecem inclinadas de uma forma que é difícil de explicar de outra forma. "A quantidade de dobra que vemos é simplesmente louca", disse ela. "Para mim, é a evidência mais intrigante do Planeta Nove que encontrei até agora".<ref name=sciamGiantGhost/>

Outras autoridades têm vários graus de ceticismo. O astrofísico americano [[Ethan Siegel]], que já especulou que os planetas podem ter sido ejetados do Sistema Solar durante uma instabilidade dinâmica inicial, é cético quanto à existência de um planeta desconhecido no Sistema Solar.<ref name=Siegel>{{citar web|autorlink =Ethan Siegel |último1 =Siegel |primeiro1 =Ethan |data=20 de janeiro de 2016 |título=Not So Fast: Why There Likely Isn't A Large Planet Beyond Pluto |url=https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2016/01/20/not-so-fast-why-there-likely-isnt-a-large-planet-beyond-pluto/#749e30245af4 |website=[[Forbes]] |acessodata=22 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171014035019/https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2016/01/20/not-so-fast-why-there-likely-isnt-a-large-planet-beyond-pluto/#749e30245af4#749e30245af4 |arquivodata=14 de outubro de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref>{{citar jornal|autorlink =Ethan Siegel |último1 =Siegel |primeiro1 =Ethan |data=3 de novembro de 2015 |título=Jupiter May Have Ejected a Planet from Our Solar System |url=https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2015/11/03/leading-theory-for-how-the-solar-system-formed-just-disproved/ |obra=[[Forbes]] |acessodata=22 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160128152609/http://www.forbes.com/sites/startswithabang/2015/11/03/leading-theory-for-how-the-solar-system-formed-just-disproved/ |arquivodata=28 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Em um artigo de 2018 discutindo uma pesquisa que não encontrou evidências de agrupamento das órbitas dos ETNO, ele sugere que o agrupamento observado anteriormente pode ter sido o resultado de viés de observação e afirma que a maioria dos cientistas pensa que o Planeta Nove não existe.<ref>{{citar jornal|autorlink =Ethan Siegel |último1 =Siegel |primeiro1 =Ethan |data=14 de setembro de 2018 |título=This Is Why Most Scientists Think Planet Nine Doesn't Exist |url=https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2018/09/14/this-is-why-scientists-think-planet-nine-doesnt-exist/ |obra=[[Forbes]] }}</ref> O cientista planetário [[Harold F. Levison]] pensa que a chance de um objeto ejetado terminar na [[nuvem de Oort]] interna é de apenas 2%, e especula que muitos objetos devem ter sido lançados além da nuvem de Oort se um entrou em uma órbita estável.<ref name=skyntelescopePlanetX>{{citar revista|último =Beatty |primeiro =Kelly |data=26 de março de 2014 |título=New Object Offers Hint of "Planet X" |url=http://www.skyandtelescope.com/astronomy-news/new-object-offers-hint-ofplanet-x/ |revista=[[Sky & Telescope]] |acessodata=18 de julho de 2016}}</ref>

Algum ceticismo em relação à hipótese do Planeta Nove surgiu em 2020, com base nos resultados do [[Outer Solar System Origins Survey]] (OSSOS) e do [[Dark Energy Survey]] (DES). Com o OSSOS documentando mais de 800 [[objetos transnetunianos]] e o DES descobrindo 316 novos.<ref>{{citar periódico|doi = 10.3847/1538-4365/ab6bd8|título= Trans-Neptunian Objects Found in the First Four Years of the Dark Energy Survey|ano= 2020|último1 = Bernardinelli|primeiro1 = Pedro H.|último2 = Bernstein|primeiro2 = Gary M.|último3 = Sako|primeiro3 = Masao|último4 = Liu|primeiro4 = Tongtian|último5 = Saunders|primeiro5 = William R.|último6 = Khain|primeiro6 = Tali|último7 = Lin|primeiro7 = Hsing Wen|último8 = Gerdes|primeiro8 = David W.|último9 = Brout|primeiro9 = Dillon|último10 = Adams|primeiro10 = Fred C.|último11 = Belyakov|primeiro11 = Matthew|último12 = Somasundaram|primeiro12 = Aditya Inada|último13 = Sharma|primeiro13 = Lakshay|último14 = Locke|primeiro14 = Jennifer|último15 = Franson|primeiro15 = Kyle|último16 = Becker|primeiro16 = Juliette C.|último17 = Napier|primeiro17 = Kevin|último18 = Markwardt|primeiro18 = Larissa|último19 = Annis|primeiro19 = James|último20 = Abbott|primeiro20 = T. M. C.|último21 = Avila|primeiro21 = S.|último22 = Brooks|primeiro22 = D.|último23 = Burke|primeiro23 = D. L.|último24 = Rosell|primeiro24 = A. Carnero|último25 = Kind|primeiro25 = M. Carrasco|último26 = Castander|primeiro26 = F. J.|último27 = Costa|primeiro27 = L. N. da|último28 = Vicente|primeiro28 = J. De|último29 = Desai|primeiro29 = S.|último30 = Diehl|primeiro30 = H. T.|s2cid = 202537605|periódico= The Astrophysical Journal Supplement Series|volume = 247|número= 1|página= 32|arxiv = 1909.01478|bibcode = 2020ApJS..247...32B|numero-autores= 29}}</ref> Ambas as pesquisas ajustaram-se para o viés observacional e concluíram que dos objetos observados não haviam evidências de agrupamento.<ref>https://www.sciencealert.com/astronomers-now-doubt-there-is-an-undiscovered-9th-planet-in-our-solar-system</ref> Os autores vão além para explicar que praticamente todas as órbitas dos objetos podem ser explicadas por fenômenos físicos em vez de um nono planeta como proposto por Batygin e Brown.<ref>https://theconversation.com/why-astronomers-now-doubt-there-is-an-undiscovered-9th-planet-in-our-solar-system-127598</ref> A autora de um dos estudos, Samantha Lawler, disse que a hipótese do Planeta Nove proposta por Batygin e Brown "não se sustenta em observações detalhadas" apontando o tamanho amostral muito maior de 800 objetos em comparação com os 14 muito menores e que conclusivos estudos baseados em tais objetos eram "prematuros". Ela foi além para explicar o fenômeno dessas órbitas extremas poderia ser devido à ocultação gravitacional de [[Netuno (planeta)|Netuno]] quando ele migrou para o exterior no início da história do Sistema Solar.<ref>https://www.universetoday.com/146283/maybe-the-elusive-planet-9-doesnt-exist-after-all/</ref>

== Hipóteses alternativas ==
=== Agrupamento temporário ou coincidência ===
Os resultados do [[Outer Solar System Origins Survey]] (OSSOS) sugerem que o agrupamento observado é o resultado de uma combinação de viés de observação e estatísticas de pequeno número. OSSOS, um levantamento bem caracterizado do [[Sistema Solar]] exterior com vieses conhecidos, observou oito objetos com [[semieixo maior]] > 150 UA com órbitas orientadas em uma ampla gama de direções. Após levar em conta os vieses observacionais da pesquisa, nenhuma evidência para os argumentos de agrupamento do [[periélio]] (ω) identificados por [[Chad Trujillo]] e [[Scott S. Sheppard]] foi vista,{{efn-ua|Dos 8 objetos com um semieixo maior > 150 UA, OSSOS encontrou 3 com argumentos do periélio (''ω'') fora do agrupamento previamente identificado por Trujillo e Sheppard (2014):<ref name="Sheppard2014" /> {{mpl|2015 GT|50}}, {{mpl|2015 KH|163}} e {{mpl|2013 UT|15}}.<ref name="Shankman_etal_2017" />}} e a orientação das órbitas dos objetos com o maior semieixo maior foi estatisticamente consistente com ser aleatório.<ref name="Shankman_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Shankman |primeiro1 =Cory |numero-autores=etal|título=OSSOS. VI. Striking Biases in the Detection of Large Semimajor Axis Trans-Neptunian Objects |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2017 |volume=154 |número=2 |página=50 |doi=10.3847/1538-3881/aa7aed |arxiv=1706.05348 |bibcode=2017AJ....154...50S|url=https://pure.qub.ac.uk/portal/en/publications/ossos-vi-striking-biases-in-the-detection-of-large-semimajor-axis-transneptunian-objects(027b7a9c-a171-42b4-9449-9355b0a255d4).html |hdl=10150/625487 |s2cid=3535702 }}</ref><ref name="Siegel_2018">{{citar web|último1 =Siegel |primeiro1 =Ethan |título=This Is Why Most Scientists Think Planet Nine Doesn't Exist |url=https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2018/09/14/this-is-why-scientists-think-planet-nine-doesnt-exist/#cd530456e77c |departamento=Starts With A Bang |website=[[Forbes]] |acessodata=17 de setembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180918012518/https://www.forbes.com/sites/startswithabang/2018/09/14/this-is-why-scientists-think-planet-nine-doesnt-exist/#cd530456e77c#cd530456e77c |arquivodata=18 de setembro de 2018 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Pedro Bernardinelli e seus colegas também descobriram que os elementos orbitais dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) encontrados pelo [[Dark Energy Survey]] (DES) não mostraram evidências de agrupamento. No entanto, eles também notaram que a cobertura do céu e o número de objetos encontrados foram insuficientes para mostrar que não havia o Planeta Nove.<ref name="Ratner_2020">{{citar web|último1 =Ratner |primeiro1 =Paul |título=New study deepens the controversy over Planet Nine's existence |url=https://bigthink.com/surprising-science/planet-nine |website=Big Think |acessodata=25 de abril de 2020}}</ref><ref name="Bernardelli_2020">{{citar periódico|último1 =Bernardelli |primeiro1 =Pedro |numero-autores= etal |título=Testing the isotropy of the Dark Energy Survey's extreme trans-Neptunian objects |periódico=The Planetary Science Journal |ano=2020 |volume=1 |número=2 |página=28 |doi=10.3847/PSJ/ab9d80 |arxiv=2003.08901|bibcode=2020PSJ.....1...28B |s2cid=213175490 }}</ref> Um resultado semelhante foi encontrado quando essas duas pesquisas foram combinadas com uma pesquisa de Trujillo e Sheppard.<ref name="Napier_etal_2021">{{citar periódico|último1 =Napier |primeiro1 =J. K. |numero-autores=etal |título=No Evidence for Orbital Clustering in the Extreme Trans-Neptunian Objects |periódico=The Planetary Science Journal |ano=2021 |volume=2 |número=2 |página=59 |doi=10.3847/PSJ/abe53e |arxiv=2102.05601|bibcode=2021PSJ.....2...59N |s2cid=231861808 }}</ref> Estes resultados diferem de uma análise de tendências de descoberta nos ETNO observados anteriormente por [[Michael E. Brown]]. Ele descobriu que depois que os vieses de observação foram contabilizados, o agrupamento de [[longitudes do periélio]] de 10 ETNO conhecidos seria observado apenas 1.2% do tempo se sua distribuição real fosse uniforme. Quando combinada com as chances de agrupamento observado dos [[argumentos do periélio]], a probabilidade foi de 0.025%.<ref name="Brown_discovery biases">{{citar periódico|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |título=Observational Bias and the Clustering of Distant Eccentric Kuiper Belt Objects |data=2017 |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=154 |número=2 |página=65 |doi=10.3847/1538-3881/aa79f4 |arxiv=1706.04175 |bibcode=2017AJ....154...65B |s2cid=56043830 }}</ref> Uma análise posterior dos vieses de descoberta de 14 ETNO por [[Konstantin Batygin]] e Brown determinou a probabilidade do agrupamento observado das longitudes do periélio e das localizações dos polos orbitais ser de 0.2%.<ref name="Brown_Batygin_2019">{{citar periódico|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |último2 =Batygin |primeiro2 =Konstantin |título=Orbital Clustering in the Distant Solar System |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2019 |volume=157 |número=2 |página=62 |doi=10.3847/1538-3881/aaf051 |url=http://web.gps.caltech.edu/~mbrown/papers/ps/clustering.pdf |arxiv=1901.07115 |bibcode=2019AJ....157...62B |s2cid=119361145 }}</ref>

Simulações de 15 objetos conhecidos evoluindo sob a influência do Planeta Nove também revelaram diferenças nas observações. Cory Shankman e seus colegas incluíram o Planeta Nove em uma simulação de muitos clones (objetos com órbitas semelhantes) de 15 objetos com semieixo maior > 150 UA e periélio > 30 UA.{{efn-ua|Um link para os gráficos da evolução orbital de todos os 15 está incluído na versão arxiv do artigo.}} Enquanto eles observaram o alinhamento das órbitas opostas às do Planeta Nove para os objetos com semieixo maior, maior que 250 UA, o agrupamento dos argumentos do periélio não foi visto. Suas simulações também mostraram que o periélio dos ETNO subia e descia suavemente, deixando muitos com distâncias de periélio entre 50 UA e 70 UA onde nenhum havia sido observado, e previu que haveria muitos outros objetos não observados.<ref name="Shankman_etal_2016_10" /> Estes incluíam um grande reservatório de objetos de alta inclinação que teriam sido perdidos devido à maioria das observações sendo em pequenas inclinações,<ref name="Lawler_etal_2016"/> e uma grande população de objetos com periélios tão distantes que seriam muito fracos para serem observados. Muitos dos objetos também foram ejetados do Sistema Solar depois de encontrar outros planetas gigantes. As grandes populações não observadas e a perda de muitos objetos levaram Shankman ''et al.'' para estimar que a massa da população original era de dezenas de [[massas terrestres]], exigindo que uma massa muito maior tivesse sido ejetada durante o início do Sistema Solar.{{efn-ua|Shankman ''et al.'' estimou a massa dessa população em dezenas de massas terrestres, e que centenas a milhares de massas terrestres precisariam ser ejetadas da vizinhança dos planetas gigantes para que essa massa permanecesse. No [[modelo de Nice]], estima-se que 20 a 50 massas terrestres tenham sido ejetadas, uma massa significativa também é ejetada das vizinhanças dos planetas gigantes durante sua formação.}} Shankman ''et al.'' concluiu que a existência do Planeta Nove é improvável e que o alinhamento atualmente observado dos ETNO existentes é um fenômeno temporário que irá desaparecer à medida que mais objetos forem detectados.<ref name=sciamGiantGhost>{{citar web|último =Choi |primeiro =Charles Q. |data=25 de outubro de 2016 |título=Closing in on a Giant Ghost Planet |url=https://www.scientificamerican.com/article/closing-in-on-a-giant-ghost-planet/ |website=[[Scientific American]] |acessodata=21 de março de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170728115415/https://www.scientificamerican.com/article/closing-in-on-a-giant-ghost-planet/ |arquivodata=28 de julho de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name="Shankman_etal_2016_10">{{citar periódico|último1 =Shankman |primeiro1 =Cory |último2 =Kavelaars |primeiro2 =J.J. |último3 =Lawler |primeiro3 =Samantha |último4 =Bannister |primeiro4 =Michelle |data=2017 |título=Consequences of a Distant Massive Planet on the Large Semi-Major Axis Trans-Neptunian Objects |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=153 |número=2 |página=63 |arxiv=1610.04251 |bibcode=2017AJ....153...63S |doi=10.3847/1538-3881/153/2/63 |s2cid=56067774 |url=https://pure.qub.ac.uk/portal/en/publications/consequences-of-a-distant-massive-planet-on-the-large-semimajor-axis-transneptunian-objects(f94859e2-eab4-46de-8b90-d7028d7bccdd).html }}</ref>

=== Instabilidade de inclinação em um disco massivo ===
Ann-Marie Madigan e Michael McCourt postulam que uma [[instabilidade de inclinação]] em um cinturão massivo distante é responsável pelo alinhamento dos [[argumentos do periélio]] dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO).<ref name="Madigan_McCourt_2016">{{citar periódico|último1 =Madigan |primeiro1 =Ane-Marie |último2 =McCourt |primeiro2 =Michael |título=A New Inclination Instability Reshapes Keplerian Discs into Cones: Application to the Outer Solar System |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters]] |data=2016 |volume=457 |número=1 |páginas=L89–93 |doi=10.1093/mnrasl/slv203 |arxiv=1509.08920 |bibcode=2016MNRAS.457L..89M |s2cid=119181329 }}</ref> Uma instabilidade de inclinação pode ocorrer em um disco de partículas com órbitas de alta excentricidade ([[Excentricidade orbital|''e'']] > 0.6) em torno de um corpo central, como o [[Sol]]. A autogravidade desse disco causaria sua organização espontânea, aumentando as inclinações dos objetos e alinhando os argumentos do periélio, formando-o em um cone acima ou abaixo do plano original.<ref name="Madigan_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Madigan |primeiro1 =Ann-Marie |último2 =Zderic |primeiro2 =Alexander |último3 =McCourt |primeiro3 =Michael |último4 =Fleisig |primeiro4 =Jacob |título=On the Dynamics of the Inclination Instability |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=156 |número=4 |página=141 |data=2018 |arxiv=1805.03651|doi=10.3847/1538-3881/aad95c |pmid=31379384 |pmc=6677160 |bibcode=2018AJ....156..141M }}</ref> Esse processo exigiria um tempo prolongado e uma massa significativa do disco, da ordem de um bilhão de anos para um disco com 1 a 10 de [[massas terrestres]].<ref name="Madigan_McCourt_2016" /> [[Michael E. Brown]] considera o Planeta Nove uma explicação mais provável, observando que as pesquisas atuais não revelaram um disco espalhado grande o suficiente para produzir uma "instabilidade de inclinação".<ref name=spaceplanet9>{{citar web|último =Wall |primeiro =Mike |data=4 de fevereiro de 2016 |título='Planet Nine'? Cosmic objects' strange orbits may have a different explanation |url=http://www.space.com/31817-planet-nine-existence-question.html |website=[[Space.com]] |citação=We need more mass in the outer solar system," she (Madigan) said. "So it can either come from having more minor planets, and their self-gravity will do this to themselves naturally, or it could be in the form of one single massive planet—a Planet Nine. So it's a really exciting time, and we're going to discover one or the other.|acessodata=8 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160208095024/http://www.space.com/31817-planet-nine-existence-question.html |arquivodata=8 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref name=planet9ornot>{{citar web|último =Snell |primeiro =Jason |data=5 de fevereiro de 2016 |título=This Week in Space: Weird Pluto and No Plan for Mars |url=https://www.yahoo.com/tech/this-week-in-space-weird-pluto-and-no-plan-for-183233179.html |website=[[Yahoo! Tech]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160818145649/https://www.yahoo.com/tech/this-week-in-space-weird-pluto-and-no-plan-for-183233179.html |arquivodata=18 de agosto de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Nas simulações do [[modelo de Nice]] do [[Sistema Solar]] que incluíam a autogravidade do disco planetesimal, não ocorreu instabilidade de inclinação. Em vez disso, a simulação produziu uma rápida [[Precessão#Astronomia|precessão]] das órbitas dos objetos e a maioria dos objetos foi ejetada em uma escala de tempo muito curta para que ocorresse uma instabilidade de inclinação.<ref name="Fan_Batygin_2017">{{citar periódico|último1 =Fan |primeiro1 =Siteng |último2 =Batygin |primeiro2 =Konstantin |título=Simulations of the Solar System's early dynamical evolution with a self-gravitating planetesimal disk |periódico=[[The Astrophysical Journal]] |volume=851 |número=2 |páginas=L37 |ano=2017 |arxiv=1712.07193 |bibcode=2017ApJ...851L..37F |doi=10.3847/2041-8213/aa9f0b |s2cid=55887558 }}</ref> Em 2020, Madigan e colegas mostraram que a instabilidade da inclinação exigiria 20 massas terrestres em um disco de objetos com [[semieixo maior]] de algumas centenas de UA.<ref>https://www.scientificamerican.com/article/planet-nine-could-be-a-mirage/</ref> Uma instabilidade de inclinação neste disco também poderia reproduzir a lacuna observada nas distâncias do periélio dos ETNO,<ref name="Zderic_etal_2020">{{citar periódico|último1 =Zderic |primeiro1 =Alexander |último2 =Collier |primeiro2 =Angela |último3 =Tiongco |primeiro3 =Maria |último4 =Madigan |primeiro4 =Ann-Marie |título=Apsidal Clustering following the Inclination Instability |periódico=The Astrophysical Journal |data=2020 |volume=895 |número=2 |páginas=L27 |doi=10.3847/2041-8213/ab91a0 |arxiv=2004.01198 |bibcode=2020ApJ...895L..27Z |s2cid=214794969 }}</ref> e o alinhamento absidal observado após a instabilidade de inclinação dado tempo suficiente.<ref name="Zderic_Madigan_2020">{{citar periódico|último1 =Zderic |primeiro1 =Alexander |último2 =Madigan |primeiro2 =Ann-Marie |título=Giant Planet Influence on the Collective Gravity of a Primordial Scattered Disk |periódico=The Astronomical Journal |data=2020 |volume=160 |número=1 |página=50 |doi=10.3847/1538-3881/ab962f |arxiv=2004.00037|bibcode=2020AJ....160...50Z |s2cid=214743005 }}</ref><ref name="Zedric_etal_2021">{{citar arXiv|último1 =Zderic |primeiro1 =Alexander |último2 =Tiongco |primeiro2 =Maria |último3 =Collier |primeiro3 =Angela |último4 =Wernke |primeiro4 =Heather |último5 =Generozov |primeiro5 =Aleksey |último6 =Madigan |primeiro6 =Ann-Marie |título=A Lopsided Outer Solar System |ano=2021 |class=astro-ph.EP |eprint=2106.09739}}</ref>

=== Pastoreamento por um disco massivo ===
Antranik Sefilian e Jihad Touma propõem que um grande disco de [[objetos transnetunianos]] (TNO) moderadamente excêntricos é responsável pelo agrupamento das [[longitudes do periélio]] dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO). Este disco conteria 10 [[massas terrestres]] de TNO com órbitas alinhadas e excentricidades que aumentavam com seus semieixos maiores variando de 0 a 0.165. Os efeitos gravitacionais do disco compensariam a precessão direta impulsionada pelos planetas gigantes, de modo que as orientações orbitais de seus objetos individuais fossem mantidos. As órbitas de objetos com altas excentricidades, como os ETNO observados, seriam estáveis e teriam orientações aproximadamente fixas, ou longitudes do periélio, se suas órbitas fossem anti-alinhadas com este disco.<ref name="Seilian_Touma_2019">{{citar periódico|último1 =Sefilian |primeiro1 =Antranik A. |último2 =Touma |primeiro2 =Jihad R. |título=Shepherding in a Self-gravitating Disk of Trans-Neptunian Objects |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2019 |volume=157 |número=2 |página=59 |doi=10.3847/1538-3881/aaf0fc |pmid=33551453 |pmc=7822068 |arxiv=1804.06859 |bibcode=2019AJ....157...59S |s2cid=118965345 }}</ref> Embora [[Michael E. Brown]] pense que o disco proposto pode explicar o agrupamento observado dos ETNO, ele acha implausível que o disco possa sobreviver ao longo da idade do [[Sistema Solar]].<ref name="Patel_2019">{{citar web|último1 =Patel |primeiro1 =Neel V. |título=Planet Nine Might Not Actually Be a Planet |url=https://www.popsci.com/planet-nine-disk-not-planet-tno |website=[[Popular Science]]|data=21 de janeiro de 2019 |acessodata=21 de janeiro de 2019}}</ref> [[Konstantin Batygin]] pensa que não há massa suficiente no [[cinturão de Kuiper]] para explicar a formação do disco e pergunta "por que o disco protoplanetário terminaria perto de 30 UA e reiniciaria depois de 100 UA?"<ref name="Dvorsky_2019">{{citar web|último1 =Dvorsky |primeiro1 =George |título=Is the Elusive 'Planet Nine' Actually a Massive Ring of Debris in the Outer Solar System? |url=https://gizmodo.com/is-the-elusive-planet-nine-actually-a-massive-ring-of-d-1831961723 |website=[[Gizmodo]] |data=22 de janeiro de 2019 |acessodata=23 de janeiro de 2019}}</ref>

=== Planeta em órbita de baixa excentricidade ===
{| class="wikitable sortable" style="text-align:center; float:right;"
|+ Objetos ressonantes propostos para<br />[[Semieixo maior|''a'']]&nbsp;>&nbsp;150&nbsp;UA, [[Periélio|''q'']]&nbsp;>&nbsp;40&nbsp;UA<ref name="Malhotra_Volk_Wang"/>
! Corpo || [[Período orbital|Período baricêntrico]]<br />(anos) || Proporção
|-
|{{mpl|2013 GP|136}} || 1.830 || 9:1
|-
|{{mpl|2000 CR|105}} || 3.304 || 5:1
|-
|{{mpl|2012 VP|113}} || 4.300 || 4:1
|-
|{{mpl|2004 VN|112}} || 5.900 || 3:1
|-
|{{mpl|2010 GB|174}} || 6.600 || 5:2
|-
|[[90377 Sedna]] || ≈ 11.400 || 3:2
|-
! [[Objeto astronômico hipotético#Tipos de planetas hipotéticos|Planeta<br />hipotético]] || ≈ 17.000 || 1:1<br />(por definição)
|}
A hipótese do Planeta Nove inclui um conjunto de previsões sobre a massa e a órbita do planeta. Uma teoria alternativa prevê um planeta com diferentes parâmetros orbitais. Renu Malhotra, Kathryn Volk e Xianyu Wang propuseram que os quatro objetos destacados com os períodos orbitais mais longos, aqueles com [[periélio]]s acima de 40 UA e semieixos maiores maiores que 250 UA, estão em movimento médio de ressonâncias ''n'':1 ou ''n'':2 com um planeta hipotético. Dois outros objetos com semieixos maiores, maiores que 150 UA também estão potencialmente em ressonância com este planeta. O planeta proposto poderia estar em uma excentricidade mais baixa, órbita de baixa inclinação, com [[Excentricidade orbital|excentricidade ''e'']] < 0.18 e [[Inclinação|inclinação ''i'']] ≈ 11°. A excentricidade é limitada neste caso pela exigência de que as aproximações próximas de {{mpl|2010 GB|174}} ao planeta sejam evitadas. Se os [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) estão em órbitas periódicas de terceiro tipo,{{efn-ua|Isso é frequentemente referido (talvez erroneamente) como Kozai dentro da ressonância de movimento médio.<ref name="Malhotra_2017">{{citar periódico|último1 =Malhotra |primeiro1 =Renu |título=Prospects for Unseen Planets Beyond Neptune|periódico=[[ASP Conference Series]] |volume=513 |página=45 |arxiv=1711.03444 |ano=2017 |bibcode=2018ASPC..513...45M}}</ref>}} com sua estabilidade aumentada pela libração de seus [[argumentos do periélio]], o planeta poderia estar em uma órbita de inclinação superior, com ''i'' ≈ 48°. Ao contrário de [[Michael E. Brown]] e [[Konstantin Batygin]], Malhotra, Volk e Wang não especificam que a maioria dos objetos destacados distantes teriam órbitas anti-alinhadas com o planeta massivo.<ref name="Malhotra_Volk_Wang">{{citar periódico|último1 =Malhotra |primeiro1 =Renu |último2 =Volk |primeiro2 =Kathryn |último3 =Wang |primeiro3 =Xianyu |data=2016 |título=Corralling a distant planet with extreme resonant Kuiper belt objects |periódico=[[The Astrophysical Journal Letters]] |volume=824 |número=2 |páginas=L22 |arxiv=1603.02196 |bibcode=2016ApJ...824L..22M |doi=10.3847/2041-8205/824/2/L22|s2cid=118422279 }}</ref><ref name="Malhotra_TED_2017">{{citar web|último1 =Malhotra |primeiro1 =Renu |título=The search for Planet Nine |data=15 de abril de 2018 |url=https://www.youtube.com/watch?v=MptrypvBTag |website=[[YouTube]] |acessodata=18 de janeiro de 2019 |df=dmy-all}}</ref>

=== Alinhamento devido ao mecanismo de Kozai ===
[[Chad Trujillo]] e [[Scott S. Sheppard]] argumentaram em 2014 que um planeta massivo em uma órbita circular com uma distância média entre 200 UA a 300 UA foi responsável pelo agrupamento dos [[argumentos do periélio]] de 12 [[objetos transnetunianos]] (TNO) com grandes semi-eixos maiores. Trujillo e Sheppard identificaram um agrupamento próximo a 0° dos argumentos do periélio das órbitas de 12 TNO com periélios maiores que 30 UA e semieixos maiores, maiores que 150 UA.<ref name=TAJ201601 /><ref name=Sheppard2014/> Depois que simulações numéricas mostraram que os argumentos do periélio deveriam circular em taxas variáveis, deixando-os randomizados após bilhões de anos, eles sugeriram que um planeta massivo em uma órbita circular em algumas centenas de [[unidades astronômicas]] era responsável por esse agrupamento.<ref name=Sheppard2014/><ref name=sciencenews>{{citar web|último =Crocket |primeiro =Christopher |data=14 de novembro de 2014 |título=A Distant Planet May Lurk Far Beyond Neptune |url=https://www.sciencenews.org/article/distant-planet-may-lurk-far-beyond-neptune |website=[[Science News]] |acessodata=7 de fevereiro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150415165100/https://www.sciencenews.org/article/distant-planet-may-lurk-far-beyond-neptune/ |arquivodata=15 de abril de 2015 |urlmorta= não}}</ref> Este planeta massivo faria com que os argumentos do periélio dos TNO librassem cerca de 0° ou 180° através do [[mecanismo de Kozai]], de modo que suas órbitas cruzassem o plano da órbita do planeta perto do [[periélio]] e [[afélio]], os pontos mais próximos e distantes do planeta.<ref name="Sheppard2014">{{citar periódico|último1 =Trujillo|primeiro1 =Chadwick A.|autorlink =Chad Trujillo|último2 =Sheppard|primeiro2 =Scott S.|autorlink2=Scott S. Sheppard|data=2014|título=A Sedna-like Body with a Perihelion of 80 Astronomical Units |url=http://home.dtm.ciw.edu/users/sheppard/pub/TrujilloSheppard2014.pdf|periódico=[[Nature (journal)|Nature]]|volume=507 |número=7493 |páginas=471–474 |bibcode=2014Natur.507..471T|doi=10.1038/nature13156|pmid=24670765|s2cid=4393431|acessourl= |acessodata=20 de janeiro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141216183818/http://home.dtm.ciw.edu/users/sheppard/pub/TrujilloSheppard2014.pdf|arquivodata=16 de dezembro de 2014|urlmorta= sim|df=dmy-all}}</ref><ref name="Marcos_2014" /> Em simulações numéricas, incluindo um corpo de 2 a 15 [[massas terrestres]] em uma órbita circular de baixa inclinação entre 200 UA a 300 UA, os argumentos dos periélios de [[90377 Sedna]] e {{mpl|2012 VP|113}} libraram em torno de 0° por bilhões de anos (embora os objetos do periélio inferior não o fizessem) e passou por períodos de libração com um objeto de massa de [[Netuno (planeta)|Netuno]] em uma órbita de alta inclinação a 1.500 UA.<ref name="Sheppard2014" /> Outro processo, como uma estrela que passa, seria necessário para explicar a ausência de objetos com argumentos de periélio próximos a 180°.<ref name=TAJ201601 />{{efn-ua|Assumindo que os elementos orbitais desses objetos não mudaram, Jílková ''et al.'' proposto um encontro com uma estrela que passa pode ter ajudado a adquirir esses objetos, apelidados de ''sednitos'' ([[Objeto transnetuniano extremo|ETNO]] com {{nowrap|''q'' > 30}} e {{nowrap|''a'' > 150}}) por eles. Eles também previram que a região de ''sednitos'' é povoada por 930 planetesimais e a nuvem interna de Oort adquiriu ∼440 planetesimais através do mesmo encontro.<ref name=JilkovaSednito>{{citar periódico|último1 =Jílková |primeiro1 =Lucie |último2 =Portegies Zwart |primeiro2 =Simon |último3 =Pijloo |primeiro3 =Tjibaria |último4 =Hammer |primeiro4 =Michael |data=2015 |título=How Sedna and Family Were Captured in a Close Encounter with a Solar Sibling |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]] |volume=453 |número=3 |páginas=3157–3162 |arxiv=1506.03105 |bibcode=2015MNRAS.453.3157J |doi=10.1093/mnras/stv1803|s2cid=119188358 }}</ref><ref name=stealingsedna>{{citar web|último =Dickinson |primeiro =David |data=6 de agosto de 2015 |título=Stealing Sedna |url=http://www.universetoday.com/121637/stealing-sedna/ |website=[[Universe Today]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160207202836/http://www.universetoday.com/121637/stealing-sedna/ |arquivodata=7 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>}}

Essas simulações mostraram a ideia básica de como um único planeta grande pode conduzir os TNO menores a tipos semelhantes de órbitas. Eles foram simulações de prova de conceito básicas que não obtiveram uma órbita única para o planeta, pois afirmam que existem muitas configurações orbitais possíveis que o planeta poderia ter.<ref name=sciencenews/> Assim, eles não formularam totalmente um modelo que incorporasse com sucesso todo o agrupamento dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO) com uma órbita para o planeta.<ref name=TAJ201601 /> Mas eles foram os primeiros a perceber que havia um agrupamento nas órbitas dos TNO e que a razão mais provável era de um planeta distante massivo desconhecido. Seu trabalho é muito semelhante a como Alexis Bouvard notou que o movimento de [[Urano (planeta)|Urano]] era peculiar e sugeriu que provavelmente se tratava de forças gravitacionais de um 8.º planeta desconhecido, que levaram à [[descoberta de Netuno]].<ref name="Bouvard">{{citar web|último1 =O'Connor |primeiro1 =J.J. |último2 =Robertson |primeiro2 =E.F. |título=Alexis Bouvard |url=http://www-history.mcs.st-and.ac.uk/Biographies/Bouvard.html |website=[[MacTutor History of Mathematics archive]] |acessodata=20 de outubro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171025124202/http://www-history.mcs.st-and.ac.uk/Biographies/Bouvard.html |arquivodata=25 de outubro de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

Raúl e Carlos de la Fuente Marcos propuseram um modelo semelhante, mas com dois planetas distantes em ressonância.<ref name="Marcos_2014">{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |ano=2014 |título=Extreme Trans-Neptunian Objects and the Kozai Mechanism: Signalling the Presence of Trans-Plutonian Planets |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters]] |volume=443 |número=1 |páginas=L59–L63 |arxiv=1406.0715 |bibcode=2014MNRAS.443L..59D |doi=10.1093/mnrasl/slu084|s2cid=118622180 }}</ref><ref name=time2planets>{{citar revista|último =Lemonick |primeiro =Michael D. |data=19 de janeiro de 2015 |título=There May Be 'Super Earths' at the Edge of Our Solar System |url=http://time.com/3673527/super-earths-possibly-discovered/ |revista=[[Time (magazine)|Time]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160128125505/http://time.com/3673527/super-earths-possibly-discovered/ |arquivodata=28 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Uma análise de Carlos e Raúl de la Fuente Marcos com [[Sverre J. Aarseth]] confirmou que o alinhamento observado dos argumentos do periélio não poderia ser devido ao viés observacional. Eles especularam que, em vez disso, foi causado por um objeto com uma massa entre a de [[Marte (planeta)|Marte]] e [[Saturno (planeta)|Saturno]] que orbitava a cerca de 200 UA do [[Sol]]. Como Trujillo e Sheppard, eles teorizaram que os TNO são mantidos agrupados por um mecanismo de Kozai e compararam seu comportamento ao do [[96P/Machholz|Cometa 96P/Machholz]] sob a influência de [[Júpiter (planeta)|Júpiter]].<ref name=mnrasflippingcomets>{{citar periódico|último1 = de la Fuente Marcos|primeiro1 = Carlos|último2 = de la Fuente Marcos|primeiro2 = Raúl|último3 = Aarseth|primeiro3 = Sverre J.|ano= 2015|título= Flipping Minor Bodies: What Comet 96P/Machholz 1 Can Tell Us About the Orbital Evolution of Extreme Trans-Neptunian Objects and the Production of Near-Earth Objects on Retrograde Orbits|periódico= [[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]]|volume = 446|número= 2|páginas= 1867–187|arxiv = 1410.6307|bibcode = 2015MNRAS.446.1867D|doi = 10.1093/mnras/stu2230|s2cid = 119256764|df = dmy-all}}</ref> Eles também se esforçaram para explicar o alinhamento orbital usando um modelo com apenas um planeta desconhecido e, portanto, sugeriram que este próprio planeta está em ressonância com um mundo mais massivo a cerca de 250 UA do Sol.<ref name=sciencenews/><ref name=universetoday2planets>{{citar web|último =Atkinson |primeiro =Nancy |data=15 de janeiro de 2015 |título=Astronomers Are Predicting at Least Two More Large Planets in the Solar System |url=http://www.universetoday.com/118252/astronomers-are-predicting-at-least-two-more-large-planets-in-the-solar-system/ |website=[[Universe Today]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160206145105/http://www.universetoday.com/118252/astronomers-are-predicting-at-least-two-more-large-planets-in-the-solar-system/ |arquivodata=6 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Em seu artigo, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] observaram que o alinhamento dos argumentos do periélio próximo a 0° ou 180° por meio do mecanismo de Kozai requer uma proporção dos semieixo maior quase igual a 1, indicando que vários planetas com órbitas sintonizadas com o conjunto de dados seriam ser exigida, tornando esta explicação muito difícil de manejar.<ref name=TAJ201601 />

=== Buraco negro primordial ===
Em 2019, Jakub Scholtz e James Unwin propuseram que um [[buraco negro primordial]] fosse responsável pelo agrupamento das órbitas dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO). Sua análise dos dados de lentes gravitacionais da [[Optical Gravitational Lensing Experiment|OGLE]] revelou uma população de objetos de massa planetária na direção da protuberância galáctica mais numerosa do que a população local de estrelas. Eles propõem que, em vez de planetas flutuantes livres, esses objetos são buracos negros primordiais. Uma vez que sua estimativa do tamanho desta população é maior do que a população estimada de planetas flutuantes a partir de modelos de formação planetária, eles argumentam que a captura de um hipotético buraco negro primordial seria mais provável do que a captura de um planeta flutuante livre. Isso também poderia explicar por que um objeto responsável por perturbar as órbitas dos ETNO, se existe, ainda não foi visto.<ref>{{citar periódico|último1 =Scholtz|primeiro1 =Jakub|último2 =Unwin|primeiro2 =James|data=29 de julho de 2020|título=What if Planet 9 is a Primordial Black Hole?|periódico=Physical Review Letters|volume=125|número=5|páginas=051103 |doi=10.1103/PhysRevLett.125.051103|pmid=32794880|arxiv=1909.11090|bibcode=2020PhRvL.125e1103S|issn=0031-9007|doi-access=free}}</ref><ref name="NYT-20200911">{{citar jornal|último =Overbye |primeiro =Dennis |autorlink =Dennis Overbye |título=Is There a Black Hole in Our Backyard? - Astrophysicists have recently begun hatching plans to find out just how weird Planet Nine might be. |url=https://www.nytimes.com/2020/09/11/science/astronomy-planet-nine-black-hole.html |data=11 de setembro de 2020 |obra=[[The New York Times]] |acessodata=11 de setembro de 2020 }}</ref> Um método de detecção foi proposto no artigo, afirmando que o buraco negro é muito frio para ser detectado sobre o [[Radiação cósmica de fundo em micro-ondas|CMB]], mas a interação com a [[matéria escura]] circundante produziria [[raios gama]] detectáveis pelo [[Fermi Gamma-ray Space Telescope|FERMILAT]]. [[Konstantin Batygin]] comentou sobre isso, dizendo que embora seja possível para o Planeta Nove ser um buraco negro primordial, atualmente não há evidências suficientes para tornar essa ideia mais plausível do que qualquer outra alternativa.<ref name="AM-20191001">{{citar web|último =Parks |primeiro =Jake  |título=Planet Nine may be a black hole the size of a baseball|url=https://astronomy.com/news/2019/10/planet-nine-may-be-a-black-hole-the-size-of-a-baseball|data=1 de outubro de 2019 |obra=[[Astronomy (magazine)|Astronomy magazine]] |acessodata=23 de agosto de 2020 }}</ref> [[Edward Witten]] propôs uma frota de sondas aceleradas por pressão de radiação que poderiam descobrir a localização de um buraco negro primordial do Planeta Nove, no entanto Thiem Hoang e [[Avi Loeb]] mostraram que qualquer sinal seria dominado pelo ruído do [[meio interestelar]].<ref>{{citar web|último =May 2020|primeiro =Rafi Letzter-Staff Writer 07|título=Renowned string theorist proposes new way to hunt our solar system's mysterious 'Planet 9'|url=https://www.livescience.com/planet-9-laser-breakthrough-starshot-ed-witten.html|acessodata=2020-11-12 |website=livescience.com|língua=en}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Hoang|primeiro1 =Thiem|último2 =Loeb|primeiro2 =Abraham|data=2020-05-29|título=Can Planet Nine Be Detected Gravitationally by a Subrelativistic Spacecraft?|periódico=The Astrophysical Journal |língua=en|volume=895|número=2|páginas=L35|doi=10.3847/2041-8213/ab92a7|arxiv=2005.01120|bibcode=2020ApJ...895L..35H |issn=2041-8213|doi-access=free}}</ref> Amir Siraj e Avi Loeb propuseram um método para o [[Observatório Vera C. Rubin]] detectar flares de qualquer buraco negro de baixa massa no [[Sistema Solar]] externo, incluindo um possível buraco negro primordial do Planeta Nove.<ref>{{citar jornal|último =Overbye|primeiro =Dennis|data=2020-09-11|título=Is There a Black Hole in Our Backyard?|língua=en-US|obra=The New York Times|url=https://www.nytimes.com/2020/09/11/science/astronomy-planet-nine-black-hole.html|acessodata=2020-11-12|issn=0362-4331}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Siraj|primeiro1 =Amir|último2 =Loeb|primeiro2 =Abraham|data=2020-07-16|título=Searching for Black Holes in the Outer Solar System with LSST|url=https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/aba119|periódico=The Astrophysical Journal|língua=en|volume=898|número=1|páginas=L4|doi=10.3847/2041-8213/aba119|issn=2041-8213|arxiv=2005.12280 |bibcode=2020ApJ...898L...4S|s2cid=218889510}}</ref>

== Tentativas de detecção ==
=== Visibilidade e localização ===
Devido à sua extrema distância do [[Sol]], o Planeta Nove refletiria pouca luz solar, potencialmente evitando observação por telescópio.<ref name=lurking /> Espera-se que tenha uma [[magnitude aparente]] mais fraca que 22, tornando-o pelo menos 600 vezes mais fraco que [[Plutão]].<ref name="bnb20160617" />{{efn-ua|O [[telescópio Subaru]] de 8 metros atingiu um limite fotográfico de magnitude 27.7 com uma exposição de dez horas,<ref>{{citar revista|data=24 de julho de 2006 |título=What is the faintest object imaged by ground-based telescopes? |url=http://www.skyandtelescope.com/astronomy-resources/astronomy-questions-answers/what-is-the-faintest-object-imaged-by-ground-based-telescopes/ |revista=[[Sky & Telescope]] |acessodata=18 de julho de 2016}}</ref> que é cerca de 100 vezes mais escuro do que se espera que o Planeta Nove seja. Para efeito de comparação, o [[Telescópio Espacial Hubble]] detectou objetos tão fracos quanto a magnitude 31 com uma exposição de cerca de 2 milhões de segundos (555 horas) durante a fotografia [[Hubble Ultra-Deep Field]].<ref>{{citar web|último1 =Illingworth |primeiro1 =G. |último2 =Magee |primeiro2 =D. |último3 =Oesch |primeiro3 =P. |último4 =Bouwens |primeiro4 =R. |data=25 de setembro de 2012 |título=Hubble goes to the extreme to assemble the deepest ever view of the universe |url=https://www.spacetelescope.org/news/heic1214/ |website=[[Hubble Space Telescope]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160201104727/https://www.spacetelescope.org/news/heic1214/ |arquivodata=1 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> O campo de visão do Hubble é muito estreito, assim como o [[grande telescópio binocular]] do [[Observatório W. M. Keck]].<ref name=sciencemag201601>{{citar periódico|primeiro =Eric |último =Hand |data=20 de janeiro de 2016 |título=Astronomers say a Neptune-sized planet lurks beyond Pluto |url=http://www.sciencemag.org/news/2016/01/feature-astronomers-say-neptune-sized-planet-lurks-unseen-solar-system |periódico=[[Science (journal)|Science]] |doi=10.1126/science.aae0237 |acessodata=20 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160120170200/http://www.sciencemag.org/news/2016/01/feature-astronomers-say-neptune-sized-planet-lurks-unseen-solar-system |arquivodata=20 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Brown espera fazer um pedido de uso do Telescópio Espacial Hubble no dia em que o planeta for avistado.<ref>{{citar web|autor =Deep Astronomy |data=19 de fevereiro de 2016 |título=Ninth Planet Beyond Neptune? |website=[[YouTube]] |url=https://www.youtube.com/watch?v=1jPxZQoVVZo&t=46m57s |em=46:57}}</ref>}} Se o Planeta Nove existe e está perto do [[periélio]], os astrônomos poderiam identificá-lo com base nas imagens existentes. No [[afélio]], os maiores telescópios seriam necessários, mas se o planeta estiver atualmente localizado no meio, muitos [[observatório]]s poderiam localizar o Planeta Nove.<ref name=CaltechJan2016 /> Estatisticamente, é mais provável que o planeta esteja perto de seu afélio a uma distância superior a 600 UA.<ref name="NatGeo201601" /> Isso ocorre porque os objetos se movem mais lentamente quando próximos de seu afélio, de acordo com a [[Leis de Kepler#Segunda lei|segunda lei de Kepler]]. Um estudo de 2019 estimou que o Planeta Nove, se existir, pode ser menor e mais próximo do que se pensava originalmente. Isso tornaria o planeta hipotético mais brilhante e mais fácil de localizar, com uma magnitude aparente de 21 a 22.<ref name="P9H2019" /><ref name="more support">{{citar web| url=https://phys.org/news/2019-02-planet.html |título=More support for Planet Nine|publicado=Phys.org|data=27 de fevereiro de 2019 |acessodata=26 de junho de 2019}}</ref> De acordo com o professor da [[Universidade de Michigan]], Fred Adams, nos próximos 10 a 15 anos, o Planeta Nove será observável ou dados suficientes terão sido coletados para descartar sua existência.<ref>{{citar web|url=https://www.techradar.com/news/are-we-getting-closer-to-finding-planet-nine |título=Are we getting closer to finding 'Planet Nine'? |departamento=Future tech |primeiro =Jamie |último =Carter |data=2019-03-25 |website=TechRadar |língua=en |acessodata=2019-05-14 |df=dmy-all}}</ref><ref name="boost">{{citar web|url=https://earthsky.org/space/review-paper-physics-reports-planet-9-feb-2019 |título=Planet 9 hypothesis gets a boost|autor =Paul Scott Anderson|publicado=EarthSky|data=3 de março de 2019|acessodata=26 de junho de 2019}}</ref>

=== Pesquisas de dados existentes ===
A pesquisa de [[Catálogo de estrelas|bancos de dados de objetos estelares]] por [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] já excluiu grande parte do céu ao longo da órbita prevista do Planeta Nove. As regiões restantes incluem a direção de seu [[afélio]], onde seria muito fraco para ser detectado por essas pesquisas, e próximo ao plano da [[Via Láctea]], onde seria difícil distingui-lo das numerosas estrelas.<ref name=B-BCharts/> Esta pesquisa incluiu os dados de arquivo do [[Catalina Sky Survey]] para magnitude c. 19, [[Pan-STARRS]] com magnitude 21.5 e dados infravermelhos do satélite [[Wide-field Infrared Survey Explorer]] (WISE).<ref name=findplanet9 /><ref name="bnb20160617" /><ref name=B-BCharts/> Mais recentemente, eles também pesquisaram a liberação de dados do primeiro ano do [[Zwicky Transient Facility]] sem identificar o Planeta Nove.<ref name="Brown_ZTF">{{citar web|último1 =Brown |primeiro1 =Michael |título=@plutokiller |url=https://twitter.com/plutokiller/status/1137082196953460736 |website=[[Twitter]] |acessodata=7 de junho de 2019}}</ref>

Outros pesquisadores vêm conduzindo pesquisas de dados existentes. David Gerdes, que ajudou a desenvolver a câmera usada na [[Dark Energy Survey]] (DES), afirma que o software projetado para identificar objetos distantes do [[Sistema Solar]], como {{mpl|2014 UZ|224}}, poderia encontrar o Planeta Nove se fosse fotografado como parte dessa pesquisa, que cobriu um quarto do sul do céu.<ref name=npr2014UZ224>{{citar web|título=A Friend For Pluto: Astronomers Find New Dwarf Planet In Our Solar System|website=[[NPR]]|primeiro =Joe|último =Palka|url=https://www.npr.org/sections/thetwo-way/2016/10/11/497071139/a-friend-for-pluto-astronomers-find-new-dwarf-planet-in-our-solar-system|acessodata=5 de abril de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180405032925/https://www.npr.org/sections/thetwo-way/2016/10/11/497071139/a-friend-for-pluto-astronomers-find-new-dwarf-planet-in-our-solar-system|arquivodata=5 de abril de 2018|urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref name=Shannon_NewSci>{{citar web|último =Hall |primeiro =Shannon |data=20 de abril de 2016 |título=We Are Closing in on Possible Whereabouts of Planet Nine |url=https://www.newscientist.com/article/2084924-we-are-closing-in-on-possible-whereabouts-of-planet-nine/ |website=[[New Scientist]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160617082953/https://www.newscientist.com/article/2084924-we-are-closing-in-on-possible-whereabouts-of-planet-nine/ |arquivodata=17 de junho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Michael Medford e Danny Goldstein, estudantes de graduação da [[Universidade da Califórnia em Berkeley]], também estão examinando dados arquivados usando uma técnica que combina imagens tiradas em momentos diferentes. Usando um [[supercomputador]], eles compensarão as imagens para contabilizar o movimento calculado do Planeta Nove, permitindo que muitas imagens fracas de um objeto em movimento fraco sejam combinadas para produzir uma imagem mais brilhante.<ref name="Gibbs_IEEE">{{citar web|último1 =Gibbs |primeiro1 =W. Wayt |título=Is There a Giant Planet Lurking Beyond Pluto? |url=https://spectrum.ieee.org/aerospace/satellites/is-there-a-giant-planet-lurking-beyond-pluto |website=[[IEEE Spectrum]] |acessodata=1 de agosto de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170801005216/https://spectrum.ieee.org/aerospace/satellites/is-there-a-giant-planet-lurking-beyond-pluto |arquivodata=1 de agosto de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Uma pesquisa combinando várias imagens coletadas por dados WISE e [[NEOWISE]] também foi realizada sem detectar o Planeta Nove. Esta pesquisa cobriu regiões do céu distantes do [[plano galáctico]] no comprimento de onda "W1" (o comprimento de onda de 3.4 μm usado pelo WISE) e estima-se que seja capaz de detectar um objeto com 10 [[massas terrestres]] a distâncias de 800 a 900 UA.<ref name="Meisner_etal_2017b" /><ref name="Meisner_etal_2017a">{{citar periódico|último1 =Meisner |primeiro1 =Aaron M. |último2 =Bromley |primeiro2 =Benjamin B. |último3 =Nugent |primeiro3 =Peter E. |último4 =Schlegel |primeiro4 =David J |último5 =Kenyon |primeiro5 =Scott J. |último6 =Schlafly |primeiro6 =Edward F. |último7 =Dawson |primeiro7 =Kyle S. |título=Searching for Planet Nine with Coadded WISE and NEOWISE-Reactivation Images |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2016 |volume=153 |número=2 |página=65 |doi=10.3847/1538-3881/153/2/65 |arxiv=1611.00015 |bibcode=2017AJ....153...65M |s2cid=118391962 }}</ref>

=== Pesquisas em andamento ===
Como o planeta está previsto para ser visível no [[hemisfério norte]], a busca primária deve ser realizada usando o [[telescópio Subaru]], que tem uma [[Objetiva (óptica)|abertura]] grande o suficiente para ver objetos fracos e um amplo campo de visão para encurtar a busca.<ref name=searchformoreSedna>{{citar web|primeiro =Nicole |último =Mortillaro |data=9 de fevereiro de 2016 |título=Meet Mike Brown: Pluto Killer and the Man Who Brought Us Planet 9 |url=http://globalnews.ca/news/2500010/meet-mike-brown-pluto-killer-and-the-man-who-brought-us-planet-9/ |website=[[Global News]] |citação={{-'}}It was that search for more objects like Sedna ... led to the realization ... that they're all being pulled off in one direction by something. And that's what finally led us down the hole that there must be a big planet out there.' —Mike Brown |acessodata=10 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160210095238/http://globalnews.ca/news/2500010/meet-mike-brown-pluto-killer-and-the-man-who-brought-us-planet-9/ |arquivodata=10 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Duas equipes de astrônomos, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]], bem como [[Chad Trujillo]] e [[Scott S. Sheppard]], estão realizando essa pesquisa em conjunto, e as duas equipes esperam que a pesquisa leve até cinco anos.<ref name=sciencemag201601/><ref name=SpaceCom>{{citar web|último1 =Wall |primeiro1 =Mike |data=21 de janeiro de 2016 |título=How Astronomers Could Actually See 'Planet Nine' |url=http://www.space.com/31677-astronomers-could-see-planet-nine.html |website=[[Space.com]] |acessodata=24 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160123220605/http://www.space.com/31677-astronomers-could-see-planet-nine.html |arquivodata=23 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Brown e Batygin inicialmente reduziram a busca pelo Planeta Nove para cerca de 2.000 [[graus quadrados]] de céu perto da [[constelação]] de [[Orion (constelação)|Orion]], uma faixa de espaço que Batygin acredita que poderia ser coberta em cerca de 20 noites pelo Telescópio Subaru.<ref name=crockettnewclues>{{citar revista|primeiro =Christopher |último =Crockett |data=5 de julho de 2016 |título=New Clues in Search for Planet Nine |url=https://www.sciencenews.org/article/new-clues-search-planet-nine |revista=[[Science News]] |acessodata=6 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160705130303/https://www.sciencenews.org/article/new-clues-search-planet-nine |arquivodata=5 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Refinamentos subsequentes por Batygin e Brown reduziram o espaço de busca para 600 a 800 graus quadrados do céu.<ref>{{citar web|último =Choi |primeiro =Charles C. |url=https://www.scientificamerican.com/article/closing-in-on-a-giant-ghost-planet/ |título=Closing in on a Giant Ghost Planet |website=[[Scientific American]] |data=25 de outubro de 2016 |acessodata=26 de outubro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20161026023621/https://www.scientificamerican.com/article/closing-in-on-a-giant-ghost-planet/ |arquivodata=26 de outubro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> Em dezembro de 2018, eles passaram 4 meias-noites e 3 noites inteiras observando com o telescópio Subaru.<ref name="Stirone_2019">{{citar web|último1 =Stirone |primeiro1 =Shannon |título=The Hunt for Planet Nine |url=https://longreads.com/2019/01/22/the-hunt-for-planet-nine/ |website=Longreads |data=22 de janeiro de 2019 |acessodata=22 de janeiro de 2019}}</ref> Devido à indefinição do planeta hipotético, foi proposto que diferentes métodos de detecção sejam usados ao procurar por um planeta de massa da [[super-Terra]], desde o uso de diferentes telescópios até o uso de várias sondas. No final de abril e início de maio de 2020, Scott Lawrence e Zeeve Rogoszinski propuseram o último método para localizá-lo, já que várias sondas teriam vantagens que os telescópios terrestres não têm.<ref>{{citar arXiv|eprint = 2004.14980|último1 = Lawrence|primeiro1 = Scott|último2 = Rogoszinski|primeiro2 = Zeeve|título= The Brute-Force Search for Planet Nine|ano= 2020|class = astro-ph.EP}}</ref>

=== Radiação ===
Embora um planeta distante como o Planeta Nove reflita pouca luz, devido à sua grande massa, ele ainda estaria irradiando o calor de sua formação à medida que esfria. Em sua temperatura estimada de 47 [[Kelvin|K]] (−226.2 [[Grau Celsius|°C]]), o pico de suas emissões seria nos comprimentos de onda do [[infravermelho]].<ref name="Linder_Mordasini_2016">{{citar periódico|último1 =Linder |primeiro1 =Esther F. |último2 =Mordasini |primeiro2 =Christoph |data=2016 |título=Evolution and Magnitudes of Candidate Planet Nine |periódico=[[Astronomy & Astrophysics]] |volume=589 |número= 134|páginas=A134 |arxiv=1602.07465 |bibcode=2016A&A...589A.134L |doi=10.1051/0004-6361/201628350|s2cid=53702941 }}</ref> Esta assinatura de radiação poderia ser detectada por [[Astronomia submilimétrica|telescópios submilimétricos]] baseados na [[Terra]], como o [[Atacama Large Millimeter Array]] (ALMA),<ref name=discoverPerspective>{{citar revista|último =Powel |primeiro =Corey S. |data=22 de janeiro de 2016 |título=A Little Perspective on the New "9th&nbsp;Planet" (and the 10th, and the 11th) |url=http://blogs.discovermagazine.com/outthere/2016/01/22/new-9th-planet/#.VqYOnZp97iw |revista=[[Discover (magazine)|Discover]] |acessodata=18 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160714182831/http://blogs.discovermagazine.com/outthere/2016/01/22/new-9th-planet/#.VqYOnZp97iw#.VqYOnZp97iw |arquivodata=14 de julho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> e uma pesquisa poderia ser conduzida por experimentos [[Radiação cósmica de fundo em micro-ondas|cósmicos de fundo em micro-ondas]] operando em [[Micro-ondas#Radioastronomia|comprimentos de onda mm]].<ref>{{citar periódico|último1 =Cowan |primeiro1 =Nicolas B. |último2 =Holder |primeiro2 =Gil |último3 =Kaib |primeiro3 =Nathan A. |data=2016 |título=Cosmologists in Search of Planet Nine: the Case for CMB Experiments |periódico=[[The Astrophysical Journal Letters]] |volume=822 |número=1 |páginas=L2 |arxiv=1602.05963 |bibcode=2016ApJ...822L...2C |doi=10.3847/2041-8205/822/1/L2|s2cid=119308822 }}</ref><ref name="Aron_2016">{{citar web|último1 =Aron |primeiro1 =Jacob |data=24 de fevereiro de 2016 |título=Planet Nine Hunters Enlist Big Bang Telescopes and Saturn Probe |url=https://www.newscientist.com/article/2078757-planet-nine-hunters-enlist-big-bang-telescopes-and-saturn-probe/ |website=[[New Scientist]] |acessodata=27 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160225105639/https://www.newscientist.com/article/2078757-planet-nine-hunters-enlist-big-bang-telescopes-and-saturn-probe/ |arquivodata=25 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Is there a mysterious Planet Nine lurking in our Solar system beyond Neptune? |jornal=[[Washington Post]] |primeiro =Charlie |último =Wood |data=2 de setembro de 2018 |url=https://www.washingtonpost.com/national/health-science/is-there-a-mysterious-planet-nine-lurking-in-our-solar-system-beyond-neptune/2018/08/31/1957c8ca-a495-11e8-8fac-12e98c13528d_story.html |acessodata=17 de janeiro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180902220558/https://www.washingtonpost.com/national/health-science/is-there-a-mysterious-planet-nine-lurking-in-our-solar-system-beyond-neptune/2018/08/31/1957c8ca-a495-11e8-8fac-12e98c13528d_story.html |arquivodata=2 de setembro de 2018 |urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref>{{efn-ua|Estima-se que, para encontrar o Planeta Nove, são necessários telescópios que possam resolver uma fonte pontual de 30 [[Jansky|mJy]] e que também possam resolver um [[Paralaxe estelar|movimento de paralaxe]] anual de ~5 [[Minuto e segundo de arco|minutos de arco]].<ref name=aasnovacmb>{{citar web|último =Kohler |primeiro =Susanna |data=25 de abril de 2016 |título=Can CMB experiments find Planet Nine? |url=http://aasnova.org/2016/04/25/can-cmb-experiments-find-planet-nine/ |website=AAS Nova |publicado=[[American Astronomical Society]] |acessodata=29 de abril de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160531185715/http://aasnova.org/2016/04/25/can-cmb-experiments-find-planet-nine/ |arquivodata=31 de maio de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>}} Uma busca em parte do céu usando dados arquivados do [[Telescópio Cosmológico do Atacama]] não detectou o Planeta Nove.<ref name="Naess_etal_2021">{{citar arXiv|último1 =Naess |primeiro1 =Sigurd |numero-autores=et al |título=The Atacama Cosmology Telescope: A search for Planet 9 |data=2021 |class=astro-ph.EP |eprint=2104.10264}}</ref> [[James L. Green]], do [[Science Mission Directorate]] da [[NASA]], está otimista de que isso possa ser observado pelo [[Telescópio Espacial James Webb#Astronomia infravermelha|Telescópio Espacial James Webb]], o sucessor do [[Telescópio Espacial Hubble]], que deve ser lançado em 2021.<ref name='popsci'/>

=== Ciência cidadã ===
{{VT|Ciência cidadã}}
O projeto [[Zooniverse]] [[Backyard Worlds]], originalmente iniciado em fevereiro de 2017, que usava dados de arquivo do [[telescópio espacial]] [[Wide-field Infrared Survey Explorer]] (WISE) para pesquisar o Planeta Nove. O projeto também buscará objetos subestelares como [[anãs marrons]] nas vizinhanças do [[Sistema Solar]].<ref name="earthsky20170220">{{citar jornal|url=http://earthsky.org/space/help-astronomers-look-for-planet-9 |título=Help Astronomers Look for Planet 9 |obra=[[EarthSky]] |primeiro1 =Deborah |último1 =Byrd |primeiro2 =Eleanor |último2 =Imster |data=20 de fevereiro de 2017 |acessodata=9 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170410062214/http://earthsky.org/space/help-astronomers-look-for-planet-9 |arquivodata=10 de abril de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref><ref name="csmonitor20170217">{{citar jornal|url=http://www.csmonitor.com/Science/Spacebound/2017/0217/Hunt-for-Planet-9-how-you-can-help-NASA-search-for-brown-dwarfs-and-low-mass-stars |título=Hunt for Planet 9: How You Can Help NASA Search for Brown Dwarfs and Low-Mass Stars |obra=[[The Christian Science Monitor]] |primeiro =Story |último =Hinckley |data=17 de fevereiro de 2017 |acessodata=9 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170408225037/http://www.csmonitor.com/Science/Spacebound/2017/0217/Hunt-for-Planet-9-how-you-can-help-NASA-search-for-brown-dwarfs-and-low-mass-stars |arquivodata=8 de abril de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> 32.000 animações de 4 imagens cada, que constituem 3% dos dados do telescópio WISE, foram enviados para o site Backyard Worlds. Ao procurar objetos em movimento nas animações, os cientistas cidadãos podem encontrar o Planeta Nove.<ref name=findp9>{{citar web|último =Strom |primeiro =Marcus |url=https://www.smh.com.au/technology/you-can-help-find-planet-nine-from-outer-space-through-citizen-science-20170216-gue44k.html|título=You Can Help Find Planet Nine from Outer Space Through Citizen Science|website=[[The Sydney Morning Herald]]|data=16 de fevereiro de 2017|acessodata=12 de novembro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180618025523/https://www.smh.com.au/technology/you-can-help-find-planet-nine-from-outer-space-through-citizen-science-20170216-gue44k.html|arquivodata=18 de junho de 2018|urlmorta= não|df=dmy-all}}</ref>

Em abril de 2017,<ref name="earthsky20170327">{{citar jornal|url=http://earthsky.org/space/anu-citizen-science-search-for-planet-9 |título=Another Planet 9 Search! You Can Help |obra=[[EarthSky]] |primeiro =Deborah |último =Byrd |data=27 de março de 2017 |acessodata=8 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170409131625/http://earthsky.org/space/anu-citizen-science-search-for-planet-9 |arquivodata=9 de abril de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> usando dados do telescópio [[SkyMapper]] no [[Observatório de Siding Spring]], cientistas cidadãos na plataforma Zooniverse relataram 4 candidatos para o Planeta Nove. Esses candidatos serão acompanhados por astrônomos para determinar sua viabilidade.<ref name="space20170403">{{citar jornal|url=http://www.space.com/36322-planet-nine-candidates-citizen-science.html |título=Where's Planet Nine? Citizen Scientists Spot 4 Possible Candidates |obra=[[Space.com]] |primeiro =Mike |último =Wall |data=3 de abril de 2017 |acessodata=8 de abril de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170409112829/http://www.space.com/36322-planet-nine-candidates-citizen-science.html |arquivodata=9 de abril de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> O projeto, que teve início em 28 de março de 2017, completou suas metas em menos de 3 dias, com cerca de 5 milhões de classificações por mais de 60.000 pessoas.<ref name="space20170403" />

O projeto Zooniverse Catalina Outer Solar System Survey, iniciado em agosto de 2020, está usando dados arquivados do [[Catalina Sky Survey]] para pesquisar [[objetos transnetunianos]] (TNO). Dependendo do tamanho, distância e magnitude, os cientistas cidadãos podem ser capazes de encontrar o Planeta Nove.<ref>{{citar web|título=Catalina Outer Solar System Survey - About |url=https://www.zooniverse.org/projects/fulsdavid/catalina-outer-solar-system-survey/about/faq|acessodata=2020-09-01 |website=Catalina Outer Solar System Survey}}</ref><ref>{{citar web|data=2020-08-11|título=Comb the Edges of the Solar System with the Catalina Outer Solar System Survey|url=https://science.nasa.gov/citizenscience/news/catalina-outer-solar-system-survey |acessodata=2020-09-01|website=NASA Science}}</ref>

== Tentativas de prever a localização ==
=== Medidas da ''Cassini'' da órbita de Saturno ===
Observações precisas da órbita de [[Saturno (planeta)|Saturno]] usando dados da [[Cassini-Huygens|''Cassini'']] sugerem que o Planeta Nove não poderia estar em certas seções de sua órbita proposta porque sua gravidade causaria um efeito perceptível na posição de Saturno. Este dado não prova nem desmente que o Planeta Nove existe.<ref name="Fienga_2016" />

Uma análise inicial de Fienga, Laskar, Manche e Gastineau usando dados da Cassini para pesquisar os resíduos orbitais de Saturno, pequenas diferenças com sua órbita prevista devido ao [[Sol]] e aos planetas conhecidos, era inconsistente com o planeta Nove sendo localizado com uma [[anomalia verdadeira]], o localização ao longo de sua órbita em relação ao [[periélio]], de -130° a -110° ou -65° a 85°. A análise, usando os parâmetros orbitais de [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] para o Planeta Nove, sugere que a falta de perturbações na órbita de Saturno é melhor explicada se o Planeta Nove estiver localizado em uma anomalia verdadeira de {{val|117.8|+11|-10|u=deg}}. Neste local, o Planeta Nove estaria a aproximadamente 630 UA do Sol,<ref name=Fienga_2016>{{citar periódico|último1 =Fienga |primeiro1 =A. |último2 =Laskar |primeiro2 =J. |último3 =Manche |primeiro3 =H. |último4 =Gastineau |primeiro4 =M. |data=2016 |título=Constraints on the Location of a Possible 9th Planet Derived from the Cassini Data |periódico=[[Astronomy and Astrophysics]] |volume=587 |número=1 |páginas=L8 |arxiv=1602.06116 |bibcode=2016A&A...587L...8F |doi=10.1051/0004-6361/201628227|s2cid=119116589 }}</ref> com [[ascensão reta]] próxima a 2<sup>h</sup> e [[declinação]] próxima a -20°, na [[constelação]] de [[Cetus]].<ref name=findingNine>{{citar periódico|primeiro1 =Carlos |último1 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |último2 =de la Fuente Marcos |ano=2016 |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters]] |volume=459 |número=1 |páginas=L66–L70 |título=Finding Planet Nine: a Monte Carlo Approach |arxiv=1603.06520 |bibcode=2016MNRAS.459L..66D |doi=10.1093/mnrasl/slw049|s2cid=118433545 }}</ref> Em contraste, se o planeta putativo está próximo ao [[afélio]], ele estaria localizado próximo à ascensão reta 3.0<sup>h</sup> a 5.5<sup>h</sup> e declinação -1° a 6°.<ref name=peripole>{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |ano=2016 |título=Finding Planet Nine: Apsidal Anti-Alignment Monte Carlo Results |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society]] |volume=462 |número=2 |páginas=1972–1977 |arxiv=1607.05633 |bibcode=2016MNRAS.462.1972D |doi=10.1093/mnras/stw1778|s2cid=119212828 }}</ref>

Uma análise posterior dos dados da ''Cassini'' pelos astrofísicos [[Matthew J. Holman]] e Matthew Payne reforçou as restrições sobre as possíveis localizações do Planeta Nove. Holman e Payne desenvolveram um modelo mais eficiente que lhes permitiu explorar uma gama mais ampla de parâmetros do que a análise anterior. Os parâmetros identificados usando esta técnica para analisar os dados da ''Cassini'' foram então interceptados com as restrições dinâmicas de Batygin e Brown na órbita do Planeta Nove. Holman e Payne concluíram que o Planeta Nove provavelmente está localizado a 20° de RA = 40°, Dec = −15°, em uma área do céu perto da constelação de Cetus.<ref name="Shannon_NewSci" /><ref name="Holman_Payne_Cassini">{{citar periódico|último1 =Holman |primeiro1 =Matthew J. |último2 =Payne |primeiro2 =Matthew J. |título=Observational Constraints on Planet Nine: Cassini Range Observations |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2016 |volume=152 |número=4 |página=94 |doi=10.3847/0004-6256/152/4/94 |arxiv=1604.03180 |bibcode=2016AJ....152...94H|s2cid=118618464 }}</ref>

William Folkner, um cientista planetário do [[Jet Propulsion Laboratory]] (JPL), afirmou que a [[sonda espacial]] ''Cassini'' não estava experimentando desvios inexplicáveis em sua órbita ao redor de Saturno. Um planeta desconhecido afetaria a órbita de Saturno, não da ''Cassini''. Isso poderia produzir uma assinatura nas medições da ''Cassini'', mas o JPL não viu nenhuma assinatura inexplicável nos dados da ''Cassini''.<ref name="JPL">{{citar web|data=8 de abril de 2016 |título=Saturn Spacecraft Not Affected by Hypothetical Planet 9 |url=http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=6200 |website=[[NASA]]/[[Jet Propulsion Laboratory]] |acessodata=20 de abril de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160416140310/http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=6200 |arquivodata=16 de abril de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

=== Análise da órbita de Plutão ===
Uma análise em 2016 da órbita de [[Plutão]] por [[Matthew J. Holman]] e Matthew Payne encontrou perturbações muito maiores do que o previsto por [[Konstantin Batygin]] e a órbita proposta de [[Michael E. Brown]] para o Planeta Nove. Holman e Payne sugeriram 3 explicações possíveis: erros sistemáticos nas medições da órbita de Plutão; uma massa não modelada no [[Sistema Solar]], como um pequeno planeta na faixa de 60 a 100 UA (potencialmente explicando o [[Cintura de Kuiper#Penhasco de Kuiper|penhasco de Kuiper]]); ou um planeta mais massivo ou mais próximo do [[Sol]], em vez do planeta previsto por Batygin e Brown.<ref name="sciamGiantGhost" /><ref name=Holman-Payne>{{citar periódico|último1 =Holman |primeiro1 =Matthew J. |último2 =Payne |primeiro2 =Matthew J. |data=9 de setembro de 2016 |título=Observational Constraints on Planet Nine: Astrometry of Pluto and Other Trans-Neptunian Objects |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=152 |número=4 |página=80 |arxiv=1603.09008 |bibcode=2016AJ....152...80H |doi=10.3847/0004-6256/152/4/80 |s2cid=119189007 }}</ref>

=== Órbitas de cometas quase parabólicos ===
Uma análise das órbitas de [[cometa]]s com órbitas quase [[Trajetória parabólica|parabólicas]] identifica 5 novos cometas com [[Trajetória hiperbólica|órbitas hiperbólicas]] que se aproximam da órbita nominal do Planeta Nove descrita no artigo inicial de [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]]. Se essas órbitas são hiperbólicas devido a encontros próximos com o Planeta Nove, a análise estima que o Planeta Nove está atualmente perto do [[afélio]] com uma [[ascensão reta]] de 83 a 90° e uma [[declinação]] de 8 a 10°.<ref name="Medvedev_etal_2017">{{citar periódico|último1 =Medvedev |primeiro1 =Yu D. |último2 =Vavilov |primeiro2 =D.E. |último3 =Bondarenko |primeiro3 =Yu S. |último4 =Bulekbaev |primeiro4 =D.A. |último5 =Kunturova |primeiro5 =N.B. |título=Improvement of the Position of Planet X Based on the Motion of Nearly Parabolic Comets |periódico=[[Astronomy Letters]] |data=2017 |volume=42 |número=2 |páginas=120–125 |doi=10.1134/S1063773717020037 |bibcode=2017AstL...43..120M|s2cid=125957280 }}</ref> [[Scott S. Sheppard]], que é cético em relação a esta análise, observa que muitas forças diferentes influenciam as órbitas dos cometas.<ref name=sciamGiantGhost/>

=== Ocultações por troianos de Júpiter ===
Malena Rice e [[Gregory P. Laughlin]] propuseram que uma rede de telescópios fosse construída para detectar [[Ocultação|ocultações]] por [[Asteroides troianos de Júpiter|troianos de Júpiter]]. O tempo dessas ocultações forneceria astrometria precisa desses objetos, permitindo que suas órbitas fossem monitoradas para variações devido à maré do Planeta Nove.<ref name="Rice_Laughlin_2019">{{citar periódico|último1 =Rice |primeiro1 =Malena |último2 =Laughlin |primeiro2 =Gregory |título=The Case for a Large-Scale Occultation Network |periódico=The Astronomical Journal |volume=158 |número=1 |páginas=19 |data=2019 |arxiv=1905.06354 |doi=10.3847/1538-3881/ab21df |bibcode=2019AJ....158...19R |s2cid=155099837 }}</ref>

== Tentativas de prever o semieixo maior ==
Uma análise de Sarah Millholland e [[Gregory P. Laughlin]] identificou um padrão de comensurabilidades (proporções entre períodos orbitais de pares de objetos consistentes com ambos estarem em ressonância com outro objeto) dos [[objetos transnetuniano extremos]] (ETNO). Eles identificam 5 objetos que estariam perto de ressonâncias com o Planeta Nove se ele tivesse um [[semieixo maior]] de 654 UA: [[90377 Sedna]] (3:2), {{mpl|2004 VN|112}} (3:1), {{mpl|2012 VP|113}} (4:1), {{mpl|2000 CR|105}} (5:1) e {{mpl|2001 FP|185}} (5:1). Eles identificam este planeta como o Planeta Nove, mas propõem uma órbita diferente com uma [[Excentricidade orbital|excentricidade]] ''e'' ≈ 0.5, [[inclinação]] ''i'' ≈ 30°, [[argumento do periélio]] ''ω'' ≈ 150° e [[longitude do nó ascendente]] ''Ω'' ≈ 50° (o último difere de [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] valor de 90°).<ref name="Millholland_Laughlin_2017">{{citar periódico|último1 =Millholland |primeiro1 =Sarah |último2 =Laughlin |primeiro2 =Gregory |título=Constraints on Planet Nine's Orbit and Sky Position within a Framework of Mean-Motion Resonances |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2017 |volume=153 |número=3 |página=91 |doi=10.3847/1538-3881/153/3/91 |arxiv=1612.07774 |bibcode=2017AJ....153...91M |s2cid=119325788 }}</ref>{{efn-ua|Uma versão 3-D da imagem da órbita e de vários ETNO mostrados na figura 14 de "Restrições na órbita do Planeta Nove e na posição do céu dentro de uma estrutura de ressonâncias de movimento médio" está disponível.<ref name="Millholland_3D_orbit">{{citar periódico|último1 =Millholland |primeiro1 =Sarah |último2 =Laughlin |primeiro2 =Gregory |título=Constraints on Planet Nine's Orbit and Sky Position within a Framework of Mean-Motion Resonances |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2017 |volume=153 |número=3 |página=91 |doi=10.3847/1538-3881/153/3/91 |arxiv=1612.07774 |bibcode=2017AJ....153...91M|s2cid=119325788 }} supplemented by {{citar web|último1 =Millholland |primeiro1 =Sarah |título=Planet Nine's Orbit in Space |website=[[GitHub]] |url=https://smillholland.github.io/P9_Orbit/ |acessodata=8 de agosto de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170221005255/https://smillholland.github.io/P9_Orbit/ |arquivodata=21 de fevereiro de 2017 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>}}

Carlos e Raúl de la Fuente Marcos também observam comensurabilidades entre os ETNO conhecidos semelhantes ao do [[cinturão de Kuiper]], onde comensurabilidades acidentais ocorrem devido a objetos em ressonância com [[Netuno (planeta)|Netuno]]. Eles descobriram que alguns desses objetos estariam em ressonâncias 5:3 e 3:1 com um planeta que tinha um semieixo maior de ≈700 UA.<ref name=moreplanets>{{citar periódico|último1 =de la Fuente Marcos |primeiro1 =Carlos |último2 =de la Fuente Marcos |primeiro2 =Raúl |ano=2016 |título=Commensurabilities between ETNOs: a Monte Carlo survey |periódico=[[Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters]] |volume=460 |número=1 |páginas=L64–L68 |arxiv=1604.05881 |bibcode=2016MNRAS.460L..64D |doi=10.1093/mnrasl/slw077 |s2cid=119110892 }}</ref>

[[Imagem:Hubble Space Telescope image showing one possible orbit (dashed ellipse) of the 11-Jupiter-mass exoplanet HD 106906 b.png|thumb|Uma possível órbita do [[exoplaneta]] com 11 [[massas de Júpiter]], [[HD 106906 b]]<ref name=HD106906b/>]]

Três objetos com semieixos maiores, menores próximos a 172 UA ({{mpl|2013 UH|15}}, {{mpl|2016 QV|89}} e {{mpl|2016 QU|89}}) também foram propostos para estar em ressonância com o Planeta Nove. Esses objetos estariam em ressonância e anti-alinhados com o Planeta Nove se ele tivesse um semieixo maior de 315 UA, abaixo da faixa proposta por Batygin e Brown. Alternativamente, eles poderiam estar em ressonância com o Planeta Nove, mas ter orientações orbitais que circulam em vez de serem confinados pelo Planeta Nove se ele tivesse um semieixo maior de 505 UA.<ref name="Kaine_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Kaine |primeiro1 =T. |numero-autores=etal|título=Dynamical Analysis of Three Distant Trans-Neptunian Objects with Similar Orbits |periódico=The Astronomical Journal |data=2018 |volume=156 |número=6 |página=273 |doi=10.3847/1538-3881/aaeb2a |arxiv=1810.10084 |bibcode=2018AJ....156..273K |s2cid=85440531 }}</ref>

Uma análise posterior de Elizabeth Bailey, Michael Brown e Konstantin Batygin descobriu que se o Planeta Nove estiver em uma órbita excêntrica e inclinada, a captura de muitos dos ETNO em ressonâncias de ordem superior e sua transferência caótica entre ressonâncias impedem a identificação dos semieixo maior usando observações atuais. Eles também determinaram que as chances dos primeiros 6 objetos observados estarem em relações de período N/1 ou N/2 com o Planeta Nove são menores que 5% se ele tiver uma órbita excêntrica.<ref name="Bailey_etal_2018">{{citar periódico|último1 =Bailey |primeiro1 =Elizabeth |último2 =Brown |primeiro2 =Michael E. |último3 =Batygin |primeiro3 =Konstantin |título=Feasibility of a Resonance-Based Planet Nine Search |periódico=[[The Astronomical Journal]] |data=2018 |volume=156 |número=2 |página=74 |arxiv=1809.02594 |doi=10.3847/1538-3881/aaccf4|bibcode=2018AJ....156...74B |s2cid=55192116 }}</ref>

No final de 2020, foi determinado que [[HD 106906 b]], um candidato a [[exoplaneta]], tinha uma órbita excêntrica que o levava para fora do [[disco de detritos]] de suas estrelas hospedeiras binárias. Sua órbita parece ser semelhante às previsões feitas para o semieixo maior do Planeta Nove e pode servir como um substituto para o Planeta Nove que ajuda a explicar como essas órbitas planetárias evoluem.<ref name=HD106906b>{{citar web|publicado=nasa.gov |url=https://www.nasa.gov/feature/goddard/2020/hubble-pins-down-weird-exoplanet-with-far-flung-orbit|título=Hubble Pins Down Weird Exoplanet with Far-Flung Orbit|data=10 de dezembro de 2020|acessodata=18 de dezembro de 2020}}</ref>

== Nomenclatura ==
O Planeta Nove não tem um nome oficial e não receberá nenhum a menos que sua existência seja confirmada por imagem. Apenas 2 planetas, [[Urano (planeta)|Urano]] e [[Netuno (planeta)|Netuno]], foram descobertos no [[Sistema Solar]] durante a história registrada.<ref name="MIT2019">{{citar web|url=https://www.technologyreview.com/2019/03/05/136785/theres-probably-another-planet-in-our-solar-system/|título=There's probably another planet in our solar system|data=5 de março de 2019|acessodata=8 de março de 2021 |publicado=MIT Technology Review}}</ref> No entanto, muitos [[planetas menores]], incluindo [[planetas anões]] como [[Plutão]], [[asteroide]]s e [[cometa]]s foram descobertos e nomeados. Consequentemente, existe [[Convenções de nomenclatura astronômica|um processo bem estabelecido]] para nomear objetos recém-descobertos do Sistema Solar. Se o Planeta Nove for observado, a [[União Astronômica Internacional]] irá certificar um nome, com prioridade geralmente dada a um nome proposto por seus descobridores.<ref name="IAU">{{citar web|título=Naming of Astronomical Objects |url=https://www.iau.org/public/themes/naming/ |website=[[International Astronomical Union]] |acessodata=25 de fevereiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160617214812/http://www.iau.org/public/themes/naming/ |arquivodata=17 de junho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref> É provável que seja um nome escolhido da [[mitologia romana]] ou [[Mitologia grega|grega]].<ref name=planetnames>{{citar web|último =Totten |primeiro =Sanden |data=22 de janeiro de 2016 |título=Planet 9: What Should Its Name Be If It's Found? |url=http://www.scpr.org/news/2016/01/22/56998/planet-9-what-should-its-name-be-if-it-s-found |website=[[89.3 KPCC]] |acessodata=7 de fevereiro de 2016 |citação={{-'}}We like to be consistent,' said Rosaly Lopes, a senior research scientist at NASA's Jet Propulsion Laboratory and a member of the IAU's Working Group for Planetary System Nomenclature. ... For a planet in our solar system, being consistent means sticking to the theme of giving them names from Greek and Roman mythology. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160207085353/http://www.scpr.org/news/2016/01/22/56998/planet-9-what-should-its-name-be-if-it-s-found/ |arquivodata=7 de fevereiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>

Em seu artigo original, [[Konstantin Batygin]] e [[Michael E. Brown]] simplesmente se referiram ao objeto como "perturber",<ref name=TAJ201601 /> e somente em comunicados de imprensa posteriores eles usaram o "Planeta Nove".<ref name="Fesemaier_2016">{{citar web|último1 =Fesenmaier |primeiro1 =Kimm |título=Caltech Researchers Find Evidence of a Real Ninth Planet |data=20 de janeiro de 2016 |url=http://www.caltech.edu/news/caltech-researchers-find-evidence-real-ninth-planet-49523 |website=[[California Institute of Technology|Caltech]] |acessodata=15 de janeiro de 2019}}</ref> Eles também usaram os nomes "[[Jeosafá|Jehoshaphat]]" e "George" (uma referência ao nome proposto por [[William Herschel]] para Urano) para o Planeta Nove. Brown declarou: "Na verdade, o chamamos de Phattie{{efn-ua|A maioria dos meios de comunicação relatou o nome como ''Phattie'' (uma gíria para "legal" ou "incrível"; também, um cigarro de maconha),<ref name=sciencemag201601/> mas a citação do ''The New Yorker'' citada acima usa "gorduroso" no que parece ser uma variação quase única. A grafia aparentemente correta foi substituída.}} quando estamos apenas falando um com o outro".<ref name=fatty /> Em uma entrevista de 2019 com [[Derek Muller]] para o canal ''Veritasium'' do [[YouTube]], Batygin também sugeriu informalmente, com base em uma petição em [[Change.org]], nomear o planeta com o nome do cantor [[David Bowie]] e nomear quaisquer luas potenciais do planeta com o nome de personagens da canção de Bowie catálogo, como [[Ziggy Stardust (personagem)|Ziggy Stardust]] ou [[Starman (canção)|Starman]].<ref>{{citar web|título=Does Planet 9 Exist? |url=https://youtube.com/pe83T9hISoY?t=915 |website=YouTube.com |acessodata=13 de setembro de 2019 |data=13 de setembro de 2019}}</ref>

Piadas foram feitas conectando "Planeta Nove" ao filme de terror de ficção científica de [[Ed Wood]] de 1959, ''[[Plan 9 from Outer Space]]''.<ref name=findp9/> Em conexão com a hipótese do Planeta Nove, o título do filme recentemente encontrou seu lugar no discurso acadêmico. Em 2016, um artigo intitulado ''Planet Nine from Outer Space'' sobre o planeta hipotético na região externa do [[Sistema Solar]] foi publicado na ''[[Scientific American]]''.<ref name="Lemonick">{{Citation|autor =Lemonick, M. D.|ano=2016|título=Planet Nine from Outer Space|periódico=Scientific American|volume=314|número=5|página=36 |doi=10.1038/scientificamerican0516-36|pmid=27100252|bibcode=2016SciAm.314e..36L}}</ref> Várias palestras em conferências desde então usaram o mesmo [[jogo de palavras]],<ref name="Batygin1">{{Citation|título=Planet Nine from Outer Space|autor =Batygin, Konstantin|periódico= American Astronomical Society Meeting Abstracts |ano=2017|volume = 230|páginas= 211.01 |bibcode=2017AAS...23021101B}}</ref><ref name="Batygin2">{{Citation|título=Planet Nine from Outer Space|autor1 =Batygin, Konstantin|autor2 =Brown, Michael|periódico=42nd Cospar Scientific Assembly|ano=2018|volume=42|páginas=PIR.1–14–18|bibcode=2018cosp...42E.229B}}</ref> como fez uma palestra de Brown dada em 2019.<ref name="Brown">{{Citation|título=Planet Nine from Outer Space|autor =Brown, Mike|publicado=CalTech Astro|data=15 de março de 2019|acessodata=8 de abril de 2019 |url=https://www.youtube.com/watch?v=Zw5MDh_wpnI?t=1}}</ref>

[[Perséfone]], a esposa da divindade [[Plutão (mitologia)|Plutão]], era um nome popular comumente usado na [[ficção científica]] para um planeta além de Netuno (veja [[Planetas fictícios do Sistema Solar#Planetas transneptunianos|Planetas fictícios do Sistema Solar]]). No entanto, é improvável que o Planeta Nove ou qualquer outro planeta conjecturado além de Netuno receba o nome de Perséfone uma vez que sua existência seja confirmada, pois já é o nome do asteroide [[399 Persephone]].<ref name="TechRepublic2006">{{citar web|título= Planet X Marks the Spot|obra= TechRepublic|data= 2006| url = http://www.sunflower-astronomy.com/KCKCC_Docs/NewsArticles/Geek_Trivia_Planet_X_marks_the_spot.pdf|acessodata=13 de julho de 2008|arquivourl= https://web.archive.org/web/20080910074246/http://www.sunflower-astronomy.com/KCKCC_Docs/NewsArticles/Geek_Trivia_Planet_X_marks_the_spot.pdf|arquivodata=10 de setembro de 2008|urlmorta= não}}</ref>

Em 2018, o cientista planetário [[Alan Stern]] se opôs ao nome ''Planeta Nove'', dizendo: "É um esforço para apagar o legado de [[Clyde Tombaugh]] e é francamente insultuoso", sugerindo o nome de Planeta X até sua descoberta.<ref name="Xv9">{{citar web| url=http://www.businessinsider.com/planet-nine-x-name-argument-2018-6|título= Is It Planet 9 or Planet X? Scientists Spar over What to Call the Solar System's Hypothetical Missing World| website = [[Business Insider]]|primeiro = Dave|último = Mosher|data=7 de junho de 2018|acessodata= 2018-06-09|arquivourl= https://web.archive.org/web/20180608090727/http://www.businessinsider.com/planet-nine-x-name-argument-2018-6|arquivodata=8 de junho de 2018|urlmorta= não| df = dmy-all}}</ref> Ele assinou uma declaração com 34 outros cientistas dizendo: "Acreditamos ainda que o uso deste termo [Planeta Nove] deve ser descontinuado em favor de termos cultural e [[Taxonomia (geral)|taxonomicamente]] neutros para planetas, como Planeta X, Planeta Próximo ou Planeta Gigante Cinco".<ref>{{citar periódico|periódico= Planetary Exploration Newsletter| url = http://planetarynews.org/archive18/pen_v12_n31_180729.txt|título= On The Insensitive Use of the Term 'Planet 9' for Objects Beyond Pluto|autor = Paul Abell|numero-autores=etal| volume = 12|número= 31|data=29 de julho de 2018|acessodata= 2019-01-15}}</ref> De acordo com Brown, "'[[Planeta X]]' não é uma referência genérica a algum planeta desconhecido, mas uma previsão específica de [[Percival Lowell]] que levou à descoberta (acidental) de [[Plutão]]. Nossa previsão não está relacionada a esta previsão."<ref name="Xv9"/>

== Veja também ==
* [[História da formação do Sistema Solar e hipóteses da evolução]]
* [[Lista de objetos hipotéticos do Sistema Solar#Planetas|Planetas hipotéticos do Sistema Solar]]
* [[Nêmesis (estrela hipotética)]]
* [[Colisão com Nibiru#Planeta Nove|Colisão com Nibiru § Planeta Nove]]
* [[Tyche (planeta hipotético)]]
* [[Vulcano (planeta hipotético)]]

== Notas ==
{{Reflist|group=upper-alpha}}

== Referências ==
{{Reflist|30em|refs=
<ref name="bnb20160617">{{citar periódico|último1 =Brown |primeiro1 =Michael E. |último2 =Batygin |primeiro2 =Konstantin |título=Observational Constraints on the Orbit and Location of Planet Nine in the Outer Solar System |periódico=[[The Astrophysical Journal Letters]] |data=2016 |volume=824 |número=2 |página=L23 |doi=10.3847/2041-8205/824/2/L23 |arxiv=1603.05712 |bibcode=2016ApJ...824L..23B |s2cid=10904017 }}</ref><ref name="lurking">{{citar jornal|último1 = Achenbach|primeiro1 = Joel|autorlink = Joel Achenbach|último2 = Feltman|primeiro2 = Rachel|data=20 de janeiro de 2016|título= New Evidence Suggests a Ninth Planet Lurking at the Edge of the Solar System|url= https://www.washingtonpost.com/news/speaking-of-science/wp/2016/01/20/new-evidence-suggests-a-ninth-planet-lurking-at-the-edge-of-the-solar-system/|jornal= [[The Washington Post]]|acessodata=20 de janeiro de 2016|arquivourl= https://web.archive.org/web/20160120172051/https://www.washingtonpost.com/news/speaking-of-science/wp/2016/01/20/new-evidence-suggests-a-ninth-planet-lurking-at-the-edge-of-the-solar-system/|arquivodata=20 de janeiro de 2016|urlmorta= não|df = dmy-all}}</ref>
<ref name="Gomes_Deienno_Morbidelli_2016">{{citar periódico|último1 =Gomes |primeiro1 =Rodney |último2 =Deienno |primeiro2 =Rogerio |último3 =Morbidelli |primeiro3 =Alessandro |título=The Inclination of the Planetary System Relative to the Solar Equator May Be Explained by the Presence of Planet 9 |data=2016 |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=153 |número=1 |página=27 |arxiv=1607.05111 |doi=10.3847/1538-3881/153/1/27 |bibcode=2017AJ....153...27G|s2cid=118330945 }}</ref>
<ref name=CaltechJan2016>{{citar web|último =Fesenmaier |primeiro =Kimm |data=20 de janeiro de 2016 |título=Caltech Researchers Find Evidence of a Real Ninth Planet |url=https://www.caltech.edu/news/caltech-researchers-find-evidence-real-ninth-planet-49523 |website=[[California Institute of Technology|Caltech]] |acessodata=20 de janeiro de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160120165807/https://www.caltech.edu/news/caltech-researchers-find-evidence-real-ninth-planet-49523 |arquivodata=20 de janeiro de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>
<ref name=TAJ201601>{{citar periódico|último1 =Batygin |primeiro1 =Konstantin |autorlink1=Konstantin Batygin |último2 =Brown |primeiro2 =Michael E. |autorlink2=Michael E. Brown |data=2016 |título=Evidence for a Distant Giant Planet in the Solar System |periódico=[[The Astronomical Journal]] |volume=151 |número=2 |página=22 |arxiv=1601.05438 |bibcode=2016AJ....151...22B |doi=10.3847/0004-6256/151/2/22 |s2cid=2701020 }}</ref>
<ref name="Beust_2016">{{citar periódico|último1 =Beust |primeiro1 =H. |título=Orbital Clustering of Distant Kuiper Belt Objects by Hypothetical Planet 9. Secular or Resonant? |periódico=[[Astronomy & Astrophysics]] |data=2016 |volume=590 |página=L2 |doi=10.1051/0004-6361/201628638 |arxiv=1605.02473 |bibcode=2016A&A...590L...2B |s2cid=53994177 |df=dmy-all }}</ref>
<ref name=P9H2019>{{citar periódico|último1 = Batygin|primeiro1 = Konstantin|último2 = Adams|primeiro2 = Fred C.|último3 = Brown |primeiro3 = Michael E.|último4 =  Becker|primeiro4 = Juliette C.|título= The Planet Nine Hypothesis|data= 2019|periódico= [[Physics Reports]]| volume =805|páginas=1–53| doi = 10.1016/j.physrep.2019.01.009| arxiv = 1902.10103| bibcode = 2019PhR...805....1B| s2cid = 119248548}}</ref>
<ref name=NatGeo201601>{{citar revista|primeiro =Nadia |último =Drake |data=20 de janeiro de 2016 |título=Scientists Find Evidence for Ninth Planet in Solar System |url=http://news.nationalgeographic.com/2016/01/150119-new-ninth-planet-solar-system-space/ |revista=[[National Geographic (magazine)|National Geographic]] |acessodata=15 de julho de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160629022424/http://news.nationalgeographic.com/2016/01/150119-new-ninth-planet-solar-system-space/ |arquivodata=29 de junho de 2016 |urlmorta= não|df=dmy-all }}</ref>
}}

== Ligações externas ==
<!-- Não envie spam para esta lista! Nós lhe daremos uma provocação desagradável. https://www.youtube.com/watch?v=ey0wvGiAH9g -->
{{Commonscat|Planet Nine}}
* [http://findplanetnine.blogspot.com/ The Search for Planet Nine] – Blog by Brown and Batygin
* [https://solarsystem.nasa.gov/planets/hypothetical-planet-x/in-depth/ Hypothetical Planet X] – NASA Planetary Science Division

{{2016 no espaço}}
{{Buraco negro}}
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|Sistema Solar}}

[[Categoria:Sistema Solar]]
[[Categoria:Eventos astronómicos do Sistema Solar]]
[[Categoria:Planetas hipotéticos]]
[[Categoria:Objetos transnetunianos hipotéticos]]