Mostrar código-fonte de Windshear

[[Imagem:Cirrus clouds2.jpg|thumb|Nuvens tipo [[cirrus]] sendo afetadas por cisalhamento do vento.]]

'''''Windshear''''',<ref name=redemet>{{Citar web |url=http://www.redemet.aer.mil.br/Artigos/windshear.pdf |formato=PDF |título=Windshear |publicado=Redemet |autor=BRASIL. DECEA |ano=2013 |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref><ref name=nasa>{{Citar web |url=http://www.nasa.gov/centers/langley/news/factsheets/Windshear.htm |título=Making the Skies Safe from Windshear |língua=inglês |publicado=National Aeronautics and Space Administration (NASA) |ano=1992 |mês=junho |acessadoem=5 de abril de 2014 }}{{Ligação inativa|data=dezembro de 2019 }}</ref>{{nota de rodapé|Do [[língua inglesa|inglês]] ''wind'' (vento) e ''shear'' (cortar, decepar, remover por corte ou cisalhamento).}} também denominado '''''wind shear''''',<ref name=inac/><ref name=anexo3>{{Citar web |url=http://www.wmo.int/pages/prog/www/ISS/Meetings/CT-MTDCF-ET-DRC_Geneva2008/Annex3_16ed.pdf |título=Meteorological Service for International Air Navigation |língua=inglês |formato=PDF |autor=International Civil Aviation Organization (ICAO) |publicado=World Meteorological Organization (WMO) |mês=julho |ano=2007 |notas=Anexo 3 da [[Convenção sobre Aviação Civil Internacional]] |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref>{{nota de rodapé|Vide, por exemplo, os itens 1.4.25 e 4.6 da CIRCEA 63-1/2013.<ref name=circea631>{{Citar web |url=http://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=3915 |título=Circular de Controle do Espaço Aéreo (CIRCEA) nº 63-1: Procedimentos Relativos ao Intercâmbio de Informações Meteorológicas entre os Órgãos [[Meteorologia|MET]], ATS, [[Busca e Salvamento|SAR]] e [[Serviço de Informação Aeronáutica|AIS]] |autor=BRASIL. DECEA |publicado=Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) |data=15 de junho de 2013 |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref>}} '''cortante do vento''',<ref name=redemet/><ref name=iepv>{{Citar web |url=http://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=3897 |título=Impresso Especial de Proteção ao Voo (IEPV) nº 105-05: Registro de Notificações sobre Ocorrência de Cortante do Vento |data=15 de junho de 2013 |autor=BRASIL. DECEA |publicado=Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref><ref name=glossario>{{Citar web |url=http://www.decea.gov.br/cnsatm/glossario/ws-cortante-ou-tesoura-de-vento/ |título=Glossário CNS-ATM: WS - Cortante (ou Tesoura) de Vento |autor=BRASIL. DECEA |publicado=Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref>{{nota de rodapé|Vide, por exemplo, o item 15, o item 16 e o Anexo M do MCA 105-12/2014.<ref name=mca10512>{{Citar web |url=http://publicacoes.decea.gov.br/?i=publicacao&id=3970 |título=Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) nº 105-12: Manual de Centros Meteorológicos |data=27 de janeiro de 2014 |autor=BRASIL. DECEA |publicado=Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) |acessadoem=5 de abril de 2014}}</ref>}}{{nota de rodapé|Vide, por exemplo, os itens 1.4.7, 1.4.9 e 4.6 da CIRCEA 63-1/2013.<ref name=circea631/>}} '''gradiente de vento''',<ref name=redemet/>{{nota de rodapé|Vide a abreviatura '''GRAD VNT''' (gradiente de vento) presente, por exemplo, na alínea "e" do item 5.5 da CIRCEA 63-1/2013.<ref name=circea631/>}} '''tesoura de vento'''<ref name=glossario/> ou '''cisalhamento do vento''',<ref name=redemet/><ref name=inac>{{Citar web |url=http://www.inac.pt/vpt/generico/informacaoaeronautica/circularesinformacaoaeronautica/Documents/cia_14_79.pdf |formato=PDF |data=2 de maio de 1979 |título=Cisalhamento do vento a baixa altitude (Low Level Wind Shear) |autor=PORTUGAL. INAC |publicado=Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) |acessadoem=5 de abril de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140407194946/http://www.inac.pt/vpt/generico/informacaoaeronautica/circularesinformacaoaeronautica/Documents/cia_14_79.pdf |arquivodata=7 de abril de 2014 |urlmorta=sim }}</ref> é um fenômeno [[meteorologia|meteorológico]]<ref name=glossario/> que pode ser definido como uma rápida variação de corrente no [[vento]], ou seja, uma rápida variação na [[direção]] e/ou na [[velocidade]] do vento ao longo de uma dada [[distância]].<ref name=redemet/>

== Classificação ==
No plano <u>vertical</u>, a intensidade da cortante é classificada segundo seu enquadramento na [[Escala (medidas)|escala]] abaixo:<ref name=redemet/>
<center>
{| border="1" cellpadding="2"
! INTENSIDADE
! style="text-align: center" | DE
! style="text-align: right" | ATÉ
|-
| '''LEVE''' || style="text-align: center" | 0 [[nó (unidade)|kt]]/100 [[pé (unidade)|ft]] || style="text-align: right" | 4 kt/100&nbsp;ft
|-
| '''MODERADA''' || style="text-align: center" | 5 kt/100&nbsp;ft || style="text-align: right" | 8 kt/100&nbsp;ft
|-
| '''SEVERA''' || style="text-align: center" | 9 kt/100&nbsp;ft || style="text-align: right" | 12 kt/100&nbsp;ft
|-
| '''EXTREMA''' || style="text-align: center" | Mais que 12 kt/100&nbsp;ft || style="text-align: right" | -
|}
</center>
Já no plano horizontal, o fenômeno é considerado '''''windshear''''' caso a velocidade do vento de proa ou de cauda da aeronave sofra uma brusca e repentina variação da ordem de 15 nós<ref name=anexo3/><ref name=glossario/>{{nota de rodapé|Vide item 1.4.7 da CIRCEA 63-1/2013.<ref name=circea631/>}} (aproximadamente 30&nbsp;km/h) ou mais, pois a partir deste patamar a operação de uma aeronave pode ser significativamente afetada, durante a [[decolagem]] ou aproximação final para pouso.<ref name=glossario/>

O fenômeno geralmente ocorre do nível das pistas até uma altura de 500 metros acima do nível do solo, embora, em função da topografia local, também já tenham sido observadas ocorrências em alturas superiores.<ref name=glossario/>
{{mais notas|data=janeiro de 2008}}
== Gradiente de vento ==
[[Ficheiro:Black-browed albatross.jpg|thumb|O [[albatroz]] é um especialista em [[voo dinâmico]] através do uso do gradiente de vento.]]

A expressão "gradiente de vento" pode se referir à designação que se dá ao [[gradiente]] vertical da [[velocidade]] média horizontal do vento na camada mais baixa da [[atmosfera]].<ref name=oke>{{Citar livro |autor=T. Boundary Oke |língua=inglês |título=Boundary Layer Climates |edição=2 |editora=Methuen |local=London |ano=1987 |isbn=0415043190 |página=54}}</ref> Neste sentido, o gradiente é a "taxa de aumento da força vertical do vento", que consequentemente sobe.<ref name=crocker>{{Citar livro |autor=David Crocker |língua=inglês |título=Dictionary of Aeronautical English |editora=Fitzroy Dearborn |local=New York |ano=1999 |páginas=249 |isbn=157958201X |página=104 |notas=ISBN 9781579582012}}</ref>

No sistema métrico, esse gradiente é geralmente medido em m/s (componente "velocidade") e em km (componente "altitude"). E, do cálculo da velocidade por altitude, resulta a unidade m/s/km, que pode ser reduzida à unidade padrão da taxa de cisalhamento: s<sup>−1</sup> ("segundos inversos"). Mais amplamente, a expressão "gradiente de vento" também pode referir-se a uma (qualquer) variação no [[Vetor (matemática)|vetor]] que representa a velocidade do vento.<ref name=wallace>{{Citar livro |autor=John M. Wallace; Peter V. Hobbs |língua=inglês |título=Atmospheric Science: An Introductory Survey |edição=2 |editora=Academic Press |local=USA; UK |ano=2006 |página=283, 306 |páginas=504 |isbn=012732951X}}</ref><ref name=stull>{{Citar livro |autor=Roland B. Stull |língua=inglês |título=An Introduction to Boundary Layer Meteorology |editora=Kluwer Academic Publishers |ano=1988 |páginas=669 |isbn=9027727694 |local=Nederlands; USA; UK}}</ref> Como todo vetor possui módulo, direção e sentido, haverá "variação" (presença de gradiente) caso ocorra alguma modificação no módulo (intensidade) dessa velocidade, na direção de deslocamento do vento, ou ainda no sentido de deslocamento do vento.

Neste caso, o eixo x é associado à direção oeste-leste, o eixo y à direção sul-norte e o eixo z à direção da vertical (para cima).{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Por isto, o vetor velocidade do vento é geralmente decomposto em componentes ortogonais (u,v,w), sendo '''u''' a componente zonal (positiva para leste), '''v''' a componente meridional (positiva para norte) e '''w''' a componente vertical da velocidade do vento ou simplesmente do movimento vertical (positiva para cima).{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Da mesma forma, o vetor pode ser decomposto em suas componentes coordenadas, ou seja, nas direções de x, y, e z.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

Uma medida da intensidade do cisalhamento vertical do vento é dada pela '''velocidade de fricção''' <math>u_*</math>.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

De qualquer modo, em ambas as acepções o "gradiente de vento" só será considerado "windshear" caso sua intensidade, na horizontal e/ou na vertical, possa ser enquadrada nos valores de classificação de intensidade mencionados na seção anterior.

==Ocorrência==
O cisalhamento do vento pode ser considerado um fenômeno [[meteorologia|meteorológico]] cuja escala encontra-se entre mesoescala e microescala.{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Cisalhamentos horizontais podem ser encontrados nas proximidades de montanhas, de tempestades, associados à brisas marítimas e de escoamentos [[vento catabático|catabáticos]].{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Intensos cisalhamentos podem também ocorrer nas bordas dos [[Jato de altos níveis|Jatos de altos níveis]] (JAN) sobre os [[sistemas frontais]] de superfície. Neste último caso, o cisalhamento pode ser responsável pela formação de [[turbulência de ar claro]].{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Cisalhamento verticais podem ser vistos também junto à superfície terrestre, particularmente associados aos [[Jato de baixos níveis|jatos de baixos níveis]] sobre a [[camada limite atmosférica]] noturna (estaticamente estável).{{carece de fontes|data=junho de 2017}} Aeroportos em geral precisam de um sistema instrumental composto por anemometria sônica capaz de medir flutuações e cisalhamentos das flutuações do vento em alta freqüência (dezenas de Hertz), para salvaguardar as operações de pouso e decolagem das aeronaves.{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

==''Microbursts'' e ''downbursts''==
Rajadas descendentes associadas à [[nuvem|nuvens]] [[cumulonimbus]] são muito perigosas para as operações de pouso e decolagem em aeroportos. Esses escoamentos intensos para baixo associados também ao cisalhamento do vento provocam perda da sustentabilidade aerodinâmica, e há registros de muitos acidentes aéreos devido a essas explosões de vento descendente e frio oriundo do interior de [[trovoada|tempestades severas]] (Cumulonimbus).{{carece de fontes|data=junho de 2017}}

{{Notas|col=2}}

{{referências|col=2}}

{{Climatologia}}
{{Portal3|Meteorologia|Aviação}}

[[Categoria:Aviação]]
[[Categoria:Ventos]]