Herbrandização

Fonte: testwiki
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A Herbrandização de uma fórmula lógica (denominação em homenagem a Jacques Herbrand) é um construção que é dual à Skolemização de uma fórmula. Thoralf Skolem tinha considerado a Skolemização de fórmulas na Forma normal prenex como parte da prova do Teorema de Löwenheim–Skolem (Skolem 1920). Herbrand trabalhou com essa noção dual de Herbrandização, generalizada para se aplicar a fórmulas não-prenex também, com o objetivo de provar o Teorema de Herbrand (Herbrand 1930).

A fórmula resultante não é necessariamente equivalente à original. Assim como acontece na Skolemização, que somente preserva a satisfatibilidade, a Herbrandização sendo uma dual da Skolemização, preserva a validade: a fórmula resultante é válida se e somente se a original for.

Seja F uma fórmula na linguagem da Lógica de primeira ordem. Podemos assumir que F não contém nenhuma variável que está ligada a duas ocorrências de quantificadores diferentes, e que nenhuma variável ocorre livre e ligada. (Ou seja, F pode ser reescrita para assegurar essas condições, de modo que o resultado é uma fórmula equivalente).

A Herbrandização de F é obtida da seguinte maneira:

  • Primeiro, substitua qualquer variável livre em F por símbolos de constante;
  • Depois, remova todos os quantificadores nas variáveis que (1) sejam quantificadas universalmente e que estejam dentro do escopo de uma quantidade par de símbolos de negação, ou (2) que sejam quantificadas existencialmente, e com estejam dentro do escopo de uma quantidade impar de símbolos de negação;
  • Finalmente, substitua cada variável v por um símbolo de função, fv(x1,,xk), onde x1,,xk são as variáveis que continuam quantificadas, e cujos quantificadores dominam v.

Exemplo

Considere a fórmula F:=yx[R(y,x)¬zS(x,z)]. Não há variáveis livres para substituir. As variáveis y,z são as que consideramos para o segundo passo, então apagamos os quantificadores y e z. Finalmente, substituímos y por um símbolo de constante cy (pois não há outros quantificadores dominando y), e substituímos z por uma função, fz(x):

FH=x[R(cy,x)¬S(x,fz(x))].

A Skolemização de uma fórmula é obtida de modo parecido, exceto que no segundo passo, poderíamos deletar os quantificadores das variáveis que tanto estivesse com quantificadores existenciais e número par de negação, ou com quantificadores universais e número impar de negação.

Considerando a mesma fórmula anterior, sua Skolemização ficaria:

FS=y[R(y,fx(y))¬zS(fx(y),z)].

Para entende o significado dessas construções, veja Teorema de Herbrand ou o Teorema de Löwenheim–Skolem.

Ver também