Teoria de Newton-Cartan

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A teoria Newton-Cartan (ou gravitação newtoniana geometrizada) é uma reformulação geométrica, bem como uma generalização, da gravidade newtoniana introduzida pela primeira vez por Élie Cartan[1][2] e Kurt Friedrichs[3] e posteriormente desenvolvida por Dautcourt,[4] Dixon,[5] Dombrowski e Horneffer, Ehlers, Havas,[6] Künzle,  Lottermoser, Trautman,[7] e outros. Nesta reformulação, as semelhanças estruturais entre a teoria de Newton e a teoria geral da relatividade de Albert Einstein são facilmente vistos, e foi usado por Cartan e Friedrichs para dar uma formulação rigorosa da maneira pela qual a gravidade newtoniana pode ser vista como um limite específico da relatividade geral, e por Jürgen Ehlers para estender essa correspondência a soluções específicas da relatividade geral.

O interessante do método Newton-Cartan é mostrar como muitos dos conceitos normalmente associados à teoria geral da relatividade, como curvatura do espaço-tempo, ou a visão do movimento em queda livre como uma trajetória geodésica, já estão presentes em potencial na gravitação de Newton. O método NC traz outra roupagem matemática para essa mesma velha teoria, revelando aqueles conceitos.

Já a teoria geral da relatividade introduz a noção de métrica lorentziana, e é esta sua grande diferença em relação à teoria clássica de gravitação.

A representação usual da lei da gravidade de Newton é:

𝐅=GMmg𝐫^r2

Aplicando sua segunda lei:

𝐅=mid2𝐫dt2,

e usando a constatação experimental de que a massa gravitacional é igual à massa inercial:

d2𝐫dt2=GM𝐫^r2

O lado direito pode ser expresso como o gradiente de uma função escalar:

GM𝐫^r2=ϕ,

onde ϕ=GMr

A igualdade vetorial pressupõe igualdade para cada um dos componentes x, y e z. Passando além disso todos os termos para o lado esquerdo:

d2Xjdt2+ϕXj=0

Podemos expressar o tempo como uma função linear de um parâmetro λ já que tanto a origem como a unidade de medida (ano, hora, minuto segundo) são arbitrárias:

t=aλ+b

A equação se torna:

d2Xjdλ2+ϕXj(tλ)(tλ)=0

Podemos reconhecer aqui a equação da geodésica, onde as únicas conexões não nulas são:

Γttj=ϕXj

O movimento em queda livre sob a ação de um campo gravitacional, descrito pela lei Newtoniana de gravitação, é reinterpretado como uma trajetória geodésica num espaço-tempo de 4 dimensões. Pode-se mostrar ainda que o tensor de curvatura, calculado a partir das conexões, não é nulo. Portanto esse espaço tempo é curvo.[8]

Elevador Bargmann

Foi demonstrado que a teoria da gravitação de Newton-Cartan de quatro dimensões pode ser reformulada como redução de Kaluza-Klein da gravidade de Einstein de cinco dimensões ao longo de uma direção nula.[9] Este levantamento é considerado útil para modelos holográficos não relativísticos.[10]

Referências

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Bibliografia