Equação de Kadomtsev–Petviashvili

Fonte: testwiki
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Cruzamento de swells, que consiste de trens de onda quase cnoidais. A interação de tais quase sólitons em águas rasas podem ser modeladas através da equação de Kadomtsev–Petviashvili.

Em matemática e física, a equação de Kadomtsev–Petviashvili – ou equação de KP, nomeadas em homenagem a Boris Borissovitch Kadomtsev e Vladimir Iosifovich Petviashvili – é uma equação diferencial parcial que descreve o movimento não-linear de ondas. A equação de KP é geralmente escrita como:

x(tu+uxu+ϵ2xxxu)+λyyu=0

onde λ=±1. A expressão acima mostra que a equação de KP é a generalização de duas dimensões espaciais, x e y, da equação unidimensional da equação de Korteweg–de Vries. Para ter algum significado físico, a direção de propagação da onda tem que ser não muito longe da direção x, ou seja, apenas com variações lentas de soluções no sentido y.

Assim como a equação de KdV, a equação de KP é completamente integrável. Ela pode ser resolvida utilizando transformada inversa de espalhamento de modo semelhante a equação de Schrödinger não linear.

História

Boris Kadomtsev.

A equação de KP foi escrita pela primeira vez em 1970 pelos físicos soviéticos Boris Kadomtsev (1928–1998) e Vladimir I. Petviashvili (1936–1993); ela veio como uma generalização natural da equação de KdV (derivada por Korteweg e De Vries em 1895). Enquanto as ondas da equação de KdV são estritamente unidimensionais, na equação de KP essa restrição é relaxada. Mesmo assim, em ambas equações as ondas devem viajar no sentido positivo da direção x.

Conexões com a física

A equação de KP pode ser usada para modelar ondas de água de comprimento de onda grande com forças restauradoras e frequências de dispersão porco fracamente não lineares. Se a tensão superficial é fraca em comparação com forças gravitacionais, λ=+1 é utilizado; se a tensão superficial é forte, então λ=1. Devido à assimetria no modo de que x e y entram na equação, as ondas descritas pela equação de KP se comportam diferentemente na direção de propagação (direção x) e na direção transversa (y); oscilações na direção y tendem a ser mais suaves.

A equação KP também pode ser utilizado para modelar ondas em meios ferromagnéticos, bem como pulsos bidimensionais de onda de matéria em condensados de condensado de Bose-Einstein.

Valores limites

Para ϵ1, oscilações típicas dependentes de x possuem comprimento de onda de O(1/ϵ) dando origem a um regime limite singular ϵ0. O limite ϵ0 é chamado de limite não dispersivo.

Se também assumirmos que as soluções são independentes de y como ϵ0, então ela também satisfaz a equação de Burgers:

tu+uxu=0.

Supondo que a amplitude de oscilações de uma solução é assintoticamente pequena — O(ϵ) — no limite não dispersivo, então a amplitude satisfaz a equação de campo médio do tipo Davey–Stewartson.

Referências

Ligações externas