Universo de Herbrand

Fonte: testwiki
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Predefinição:Sem notas Predefinição:Wikificação Na lógica matemática, dada uma linguagem formal com um conjunto de símbolos (símbolos de constantes e símbolos funcionais), o universo de Herbrand define recursivamente o conjunto de todos os termos que podem ser compostos aplicando uma composição funcional a partir de símbolos básicos.

Foi assim denominada em homenagem a Jacques Herbrand.

Dada uma linguagem de primeira ordem L, seu universo de Herbrand é definido pelo conjunto de todas as cláusulas básicas que podem ser construídas a partir dos símbolos de L. Levando em conta a definição de termo básico, podemos observar que os símbolos que aparecem em um universo de Herbrand são funtores e constantes de L.

Considere uma fórmula da lógica de primeira ordem Φ na forma skolemizada

         x1...xnS

Então o universo de Herbrand H de S é definido pelas seguintes regras.

1. Todas as constantes de S pertencem a H. Se não existem constantes em S, então H contém uma constante arbitrária c.

2. Se t1H,...,tnH, e uma função n-ária f ocorre em S, então f(t1,...,tn)H.

As cláusulas (disjunções de literais) obtidas daquelas de S substituindo todas as variáveis por elementos do universo de Herbrand são chamadas cláusulas básicas, com definições similares para literais básicos e átomos básicos. O conjunto de todos os átomos básicos que pode ser formados a partir de símbolos predicados de S e termos de H é chamado de Base de Herbrand.

A geração consecutiva de elementos do universo de Herbrand e a verificação de insatisfatibilidade de elementos gerados podem ser diretamente implementadas em um programa de computador. Tendo em vista a completude da lógica de primeira ordem, esse programa é basicamente uma ferramenta para a demonstração automática de teoremas. Evidentemente, essa busca exaustiva é muito lenta para aplicações práticas.

Esse programa irá terminar a execução para todas as fórmulas insatisfatíveis e não terminará para fórmulas satisfatíveis, que basicamente mostra que o conjunto das fórmulas insatisfatíveis é recursivamente enumerável. Dado que a demonstrabilidade (ou, equivalentemente, a insatisfatibilidade) na lógica de primeira-ordem é recursivamente indecidível, esse conjunto não é recursivo.

Exemplo

1. Seja S=¬p(X,Y)q(X,f(X)),¬p(X,Y)q(X,g(Y))

Desde que não existe constante em S, seja então H0=a. Assim

H1=H0{f(a),g(a)}
H2=H1{f(f(a)),f(g(a)),g(f(a)),g(g(a))}
H3=H2{f(f(f(a))),f(f(g(a))),f(g(f(a))),f(g(g(a))),g(f(f(a))),g(f(g(a))),
            g(g(f(a))),g(g(g(a)))}
......
H={a,f(a),g(a),f(f(a)),f(g(a)),g(f(a)),g(g(a)),f(f(f(a))),f(f(g(a))),f(g(f(a))),
        f(g(g(a))),g(f(f(a))),g(f(g(a))),g(g(f(a))),g(g(g(a))),...}

2. Seja S={p(X)q(X),r(Z),¬s(Y)t(W)}

Desde que não exista constante em S, seja então H0=a.

Desde que não exista símbolo funcional em S, H0=H1=H2=...=a

Ver também

Referências