Espectro (matemática)

Fonte: testwiki
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Em matemática, o espectro de uma matriz M é o conjunto Σ(M) dos autovalores de M. Pode-se definir, em geral, o espectro de um elemento qualquer de uma álgebra de Banach.

Definição

Seja (A,+,*,) uma álgebra de Banach complexa munida com uma identidade multiplicativa I. Definimos o espectro de um elemento aA por

σ(a)={λ tal que aλIinv(A)}.

onde inv(A) é o conjunto dos elementos invertíveis de A.

Exemplo 1

Seja A=Mn() a álgebra das matrizes quadradas de ordem n, com entradas complexas e munidas com a seguinte norma:

A=inf{c:Avcv para todo vMn()}.

Para uma matriz M, segue da definição que σ(M) coincide com o conjunto dos autovalores de M, isto é, o conjunto dos λ's em que satisfazem det(MλI)0.

Exemplo 2

Seja X um espaço topológico de Hausdoff compacto. A norma do supremo

f=sup{|f(x)|:x X},

define uma estrutura de álgebra de Banach sobre a álgebra das funções a valores complexos sobre X, espaço denotado por C(X,), ou simplesmente C(X).

Em C(X), é fácil mostrar que o espectro de uma função f coincide com sua imagem.

Aplicações

Segue da definição que o espectro de um elemento a de uma álgebra de Banach é um conjunto compacto, contido no disco em centrado na origem e de raio ||a||.

O conceito de espectro é amplamente utilizado na análise funcional, e principalmente na teoria de álgebras C*. Um resultado importante que envolve espectro é conhecido como o Teorema Espectral.

Uma das consequências do teorema espectral é a seguinte: dado um operador limitado T sobre um espaço de Hilbert da forma L2(X,μ), (onde (X,μ) é um espaço de medida), pode-se definir de forma satisfatória f(T), para qualquer função contínua em C(σ(A)). Este procedimento é conhecido como cálculo funcional contínuo.