Cardinais regulares e singulares
Em matemática, especialmente em teoria de conjuntos, um cardinal é denominado regular se ele é igual a sua própria cofinalidade. Caso contrário, é dito singular.[1]
Definições e exemplos
Se abreviarmos cofinalidade de como , podemos generalizar a definição acima para ordinais dizendo que é regular se e singular se , pois ≤ vale para todo ordinal.[2] De maneira equivalente, podemos definir que um cardinal é singular se resulta da união de uma quantidade menor que de conjuntos cada um dos quais tem também cardinalidade menor que :
ou seja, é a união de conjuntos, cada um dos quais tem cardinalidade menor que .
Por outro lado, é regular, pois .[5] Além disso, a união de uma quantidade finita de conjuntos finitos é um conjunto finito.[6]
Cardinais regulares e o axioma da escolha
Na teoria de conjuntos de Zermelo-Fraenkel mais o axioma da escolha, denominada ZFC, pode ser demonstrado que a união enumerável de conjuntos enumeráveis é enumerável[7] e portanto é regular. Sem o axioma da escolha, [5] (que implica que é singular) é consistente com ZF, se ZF é consistente.
Em ZFC é demonstrado que todo cardinal da forma (denominado cardinal sucessor) é regular.[8] Um cardinal infinito que não é sucessor é denominado cardinal limite e em temos que ou é um ordinal limite.[9] Em ZFC não pode ser demonstrada a existência de cardinais limites regulares diferentes de ,[10] se ZFC é consistente.[11]
Bibliografia
- ↑ Levy [2002] , p. 132.
- ↑ Ibid.
- ↑ Jech [2006] , p. 32.
- ↑ Hrbacek Jech [1999] , p. 161.
- ↑ 5,0 5,1 Kunen [1980] , p. 33.
- ↑ Hrbacek Jech [1999] , p. 72.
- ↑ Jech [1973] , p. 48−49.
- ↑ Levy [2002] , p. 135.
- ↑ Levy [2002] , p. 90.
- ↑ Denominados fracamente inacessíveis
- ↑ Kunen [1980] , p. 34.