Subconjunto

Fonte: testwiki
Revisão em 19h09min de 6 de novembro de 2023 por imported>Yanguas
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Diagrama de Euler ilustrando o fato de que A é subconjunto de B ou, equivalentemente, que B é superconjunto de A

Em teoria dos conjuntos, quando todo elemento de um conjunto A é também elemento de um conjunto B, dizemos que A é um subconjunto de B, denotado AB (também dito "A é uma parte de B" ou "A está contido em B"). De forma complementar, B é chamado um superconjunto de A, simbolizado como BA (também dito "B contém A" ou "B tem A como parte").[1] Esta relação é conhecida por inclusão de conjuntos. Em linguagem simbólica, utilizando a noção de quantificação universal (∀), temos: AB==𝐝𝐞𝐟x(xAxB).

Propriedades

  • A inclusão de conjuntos é uma relação reflexiva, ou seja, AA qualquer que seja o conjunto A.
    Realmente, a condicional pp é uma tautologia. Assim, xAxA tanto se xA como também se x∉A. E, por definição, x(xAxA)AA.
  • A inclusão de conjuntos é uma relação transitiva, ou seja, se AB e BC, então AC.
    Se A=, AC (e assumir que BC é irrelevante). Então, assuma que A e seja xA. Por hipótese, AB e, pela definição de inclusão, xB. Assim, B. Também por hipótese BC, isto é, se yB também yC. Em particular, para y=x temos xC. Como xA era arbitrário, todo elemento de A é também elemento de C, ou seja, AC.
  • A inclusão de conjuntos é uma relação antissimétrica, ou seja, se AB e BA, então A=B.
    De fato, isto é o que diz o axioma da extensão.
  • Pelas três propriedades acima, dado um conjunto não-vazio A e uma coleção 𝒞 de subconjuntos de A, a relação de inclusão é uma relação de ordem parcial em 𝒞.
    A inclusão de conjuntos é a relação de ordem parcial canônica — no sentido de que todo conjunto parcialmente ordenado (X, ) é isomorfo a alguma coleção de conjuntos ordenada pela inclusão. Os números ordinais constituem um exemplo simples — se cada ordinal n é identificado com o conjunto [n] de todos os ordinais menores ou igual a n, então ab se e somente se [a][b].

Subconjunto próprio

Dizemos que um conjunto B é um subconjunto próprio de um conjunto A se BA (B é subconjunto de A) e BA (B é diferente de A). Explicitamos este fato com a notação especial BA; ou ainda AB (lê-se: A é um superconjunto próprio de B). Isto quer dizer que B está estritamente contido em A, ou seja, existe pelo menos um xA tal que x∉B. Em particular, o conjunto vazio é um subconjunto próprio de todo conjunto não-vazio. E, evidentemente, A é o único subconjunto de um conjunto A que não é próprio. Assim, dizemos que A é um subconjunto impróprio (superconjunto impróprio) de A.

Exemplos

  • O conjunto vazio é um subconjunto de qualquer conjunto dado.
  • O conjunto {1, 2} é um subconjunto próprio de {1, 2, 3}.
  • O conjunto {x : x é um número primo maior do que 10} é um subconjunto próprio de {x : x é um número ímpar maior do que 10}.
  • O conjunto dos números naturais é um subconjunto próprio do conjunto dos números inteiros, com a mesma cardinalidade.
  • O conjunto dos números naturais é um subconjunto próprio do conjunto dos números reais, com cardinalidade inferior.

Ver também

Notas

  1. Uma notação alternativa para A é subconjunto de B, tão comum quanto AB, é AB. Similarmente, usa-se também BA para denotar que B é superconjunto de A.

Referências

Ligações externas


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