Lógica intermediária

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Na lógica matemática, a lógica superintuicionista é a lógica proposicional estendendo a lógica intuicionista. Lógica clássica é a lógica superintuicionista consistente mais forte; assim, a lógica superintuicionista consistente é chamada de lógica intermediária (a lógica é intermediária entre lógica intuicionista e a lógica clássica).

Definição

A lógica superintuicionista é um conjunto L de fórmulas proposicionais sobre um conjunto contável de variáveis pi satisfazendo as seguintes propriedades:

1. todos axiomas da lógica intuicionista pertence a L;
2. se F e G são fórmulas tal que F e FG pertencem a L, logo G também pertence a L (fechado sob modus ponens);
3. se F(11p111, p2, ..., pn) é a fórmula de L, e G1, G2, ..., Gn são fórmulas quaisquer, então F(G1, G2, ..., Gn) pertence a L (fechado sob substituição).

Essa fórmula será intermediária se além disso

4. L não for o conjunto de todas as fórmulas.

Propriedades e exemplos

Existe um contínuo de diferentes lógicas intermediárias. Lógicas intermediárias específicas são muitas vezes construídas por adição de um ou mais axiomas à lógica intuicionista, ou por uma descrição semântica. Exemplos de lógica intermediária incluem:

Lógica superintuicionista ou intermediária formam um reticulado completo com lógica intuicionista como a bottom e a lógica inconsistente (no caso de lógica super-intuicionista) ou lógica clássica (no caso de lógica intermediária) como o topo. Lógica clássica é co-átomo na grade da lógica superintuicionista; o reticulado das lógica intermediárias também tem um único co-átomo, denominado SmL.

As ferramentas para estudo da lógica intermediária são similares aos usados para a lógica intuicionista, tal como a semântica de Kripke. Por exemplo, lógica de Gödel–Dummett tem uma caracterização semântica simples em termos de ordem total.

Semânticas

Dada a álgebra de Heyting H, o conjunto de fórmulas proposicionais que são válidas em H é uma lógica intermediária. Por outro lado, dada a lógica intermediária é possível a construção da álgebra de Lindenbaum que é uma álgebra de Heyting.

Uma estrutura Kripke intuicionista F é o conjunto parcialmente ordenado, e o modelo Kripke M é a estrutura de Kripke com valoração tal qual {xM,xp} é um segmento inicial de F. O conjunto de fórmulas proposicional que são válidos em F são lógica intermediária. Dada a lógica intermediária L é possível construir um modelo Kripke M tal qual a lógica de M é L (essa construção é chamada modelo canônico). A estrutura de Kripke com essa propriedade pode não existir, mas uma estrutura geral sempre existe.

Relação com lógicas modais

Predefinição:Main Seja A uma fórmula proposicional. A tradução de Gödel–Tarski de A é definida recursivamente como:

  • T(pn)=pn
  • T(¬A)=¬T(A)
  • T(AB)=T(A)T(B)
  • T(AB)=T(A)T(B)
  • T(AB)=(T(A)T(B))

Se M é a Lógica_modal estendendo a S4' então Predefinição:Nowrap beginρM = {A | T(A) ∈ M}Predefinição:Nowrap end é uma lógica super-intuicionista, e M é chamada de acompanhamento modal de ρM. Em particular:

  • IPC = ρS4
  • KC = ρS4.2
  • LC = ρS4.3
  • CPC = ρS5

Para cada lógica intermediária L existem várias lógicas modais M tal qual L = ρM.

Referências

  1. Constructive Logic and the Medvedev Lattice,Sebastiaan A. Terwijn, Notre Dame J. Formal Logic, Volume 47, Number 1 (2006), 73-82.
  • Toshio Umezawa. On logics intermediate between intuitionistic and classical predicate logic. Journal of Symbolic Logic, 24(2):141–153, June 1959.
  • Alexander Chagrov, Michael Zakharyaschev. Modal Logic. Oxford University Press, 1997.