Absorciometria bifotónica de raio X

Fonte: testwiki
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Scanner DXA

Predefinição:PEPB2, (em inglês: Dual-energy X-ray absorptiometry, abreviado DXA ou DEXA) é um método de medição da densidade mineral óssea, na qual feixes de raio X com diferentes níveis de energia são emitidos para o corpo do paciente. Quando é subtraída a absorção pelo tecido mole, é possível determinar a densidade óssea a partir da absorção de cada raio pelo osso. É o método mais usado e mais estudado para a medição de densidade óssea, geralmente no diagnóstico e acompanhamento de osteoporose.[1]

Princípio físico

Quando um feixe de raios X atravessa um determinado material, ele sofre uma atenuação na sua intensidade. Essa atenuação é exponencial e depende do tipo de material atravessado e da energia do raio X.[2][3]

A equação que descreve essa atenuação é:

I(x)=I0eμx (equação 1)

onde:

  • I(x) = intensidade do raio X numa determinada distância x;
  • I0 = intensidade inicial do raio X;
  • μ = coeficiente de atenuação linear (depende do material e energia do raio X);
  • x = distância percorrida (espessura do material).

Quando um feixe de raios X monoenergético passa por uma parte do corpo que contenha ossos e tecidos moles (músculos, gordura, pele, etc), sua intensidade será:

I=I0e(μSxSμBxB) (equação 2)

onde os subscritos S e B referem-se aos tecidos moles e ossos, respectivamente. Neste contexto é usual substituir a espessura por sua densidade superficial (dada em g/cm2), uma vez que essas quantidades são proporcionais:[4]

x=1ρ.mA ou ainda x=1ρ.M

onde:

  • x = distância (espessura);
  • m = massa;
  • A = área;
  • ρ = densidade;
  • M = densidade superficial.

Assim a equação (2) pode ser escrita como:

I=I0e(μSMSμBMB)

Neste caso, porém, temos uma equação e duas incógnitas (xB e xS) e a equação não pode ser resolvida.

O princípio físico subjacente à DEXA é a medida da intensidade de feixes de raios X com duas energias diferentes (alta e baixa) após a passagem pelo corpo. Como o coeficiente de atenuação depende do número atômico (tipo do material) e da energia pode-se escrever as equações de atenuação como se segue:[5][4]

  • para baixa energia:

I=I'0e(μ'SMS+μ'BMB)

  • para alta energia:

I=I0e(μSMS+μBMB)

onde: μ é o coeficiente de atenuação, M é a densidade superficial e os subscritos B e S referem-se aos ossos e tecidos moles respectivamente.

Agora temos duas equações com duas incógnitas, resolvendo-se esse sistema de equações para encontrarmos MB (densidade superficial do osso), temos:

MB=JkJμ'BkμB

onde:

  • MB = densidade superficial do osso,
  • J=ln(I/I0)
  • J=ln(I/I0)
  • k=μ'S/μS

Tecnologia

No início da tecnologia, radioisótopos eram utilizados como fontes de radiação, mais especificamente o gadolíneo-153, que emitia raios gama nas energias de 44 e 103 keV. A técnica era então conhecida por DPA (sigla em inglês para Dual photon absorptiometry).

Atualmente utilizam-se tubos de raios X de baixa corrente, capazes de produzir um maior fluxo de fótons que os radioisótopos, reduzindo o tempo do exame e aumentando a resolução da imagem.[4][6]

No caso dos tubos de raios X, duas técnicas podem ser utilizadas para a produção de raios X com duas energias:[2][4][5]

  • na primeira, uma fina folha de metal conhecida como filtro de borda K, é colocada na saída do tubo. O metal escolhido absorve os raios X que possuem a energia da camada eletrônica K do material. Os materiais usados podem ser o cério (que quando usados como tubos de 80 kV, vão produzir energias de 40 e 70 keV) ou o samário (que com tubos de 100 kV produzem energias de 47 e 80 keV).
  • na segunda, a alimentação do tubo de raios X é feita com uma fonte de alta tensão que alterna as tensões entre baixa (70 kV) e alta (140 kV) em sincronismo com a rede elétrica (durante os meio ciclos alternados).

Predefinição:Referências


Predefinição:Portal3

  1. Predefinição:Citar web
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  4. 4,0 4,1 4,2 4,3 Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome ROS
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