Distribuição de probabilidade condicional

Fonte: testwiki
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Uma distribuição de probabilidade conjunta com os valores observados.

Predefinição:Fundamentos de probabilidade Na teoria da probabilidade e estatística, dadas duas variáveis aleatórias X e Y distribuídas conjuntamente, a distribuição de probabilidade condicional de Y dado X é a distribuição de probabilidade de Y quando X é um determinado valor conhecido. Em alguns casos, as probabilidades condicionais podem ser expressas como funções contendo um valor não especificado x de X como um parâmetro. No caso em que ambos X e Y são variáveis categóricas, uma tabela de probabilidade condicional é normalmente usada para representar a probabilidade condicional. A distribuição condicional contrasta com a distribuição marginal de uma variável aleatória, que é a distribuição sem referência para o valor da outra variável.

Se a distribuição condicional de Y dado X é uma distribuição contínua, então a sua função densidade de probabilidade é conhecida como a função densidade condicional. As propriedades de uma distribuição condicional, tal como o momento, são muitas vezes chamadas por nomes correspondentes, tais como média condicional e variância condicional.

Geralmente, pode-se referir a distribuição condicional de um subconjunto de um conjunto de mais de duas variáveis; esta distribuição condicional é contingente sobre os valores de todas as variáveis restantes, e se mais do que uma variável é incluída no subconjunto então esta distribuição condicional é a distribuição conjunta condicional das variáveis.

Distribuições discretas

Para variáveis aleatórias discretas, a função massa de probabilidade condicional de Y dada a ocorrência do valor x de X pode ser escrita de acordo com a sua definição como:

pY(yX=x)=P(Y=yX=x)=P(X=x Y=y)P(X=x).

Devido à ocorrência de P(X=x) em um denominador, isto é definido apenas para não-nulos (portanto, estritamente positivos) P(X=x).[1]

A relação com a distribuição de probabilidade de X dado Y é:

P(Y=yX=x)P(X=x)=P(X=x Y=y)=P(X=xY=y)P(Y=y).

Distribuições contínuas

Da mesma forma, para variáveis aleatórias contínuas, a função de densidade de probabilidade condicional de Y dada a ocorrência do valor x de X pode ser escrita como

fY(yX=x)=fX,Y(x,y)fX(x),

onde fX,Y(x,y) dá a densidade conjunta de X e Y, enquanto que fX(x) dá a densidade marginal de X. Também neste caso é necessário que fX(x)>0.

A relação com a distribuição de probabilidade de X dado Y é dada por:

fY(yX=x)fX(x)=fX,Y(x,y)=fX(xY=y)fY(y).[2]

O conceito de uma distribuição condicional de uma variável aleatória contínua não é tão intuitivo quanto parece: o paradoxo de Borel mostra que funções densidade de probabilidade condicionais não precisam ser invariantes sob transformações de coordenadas.

Relação com a independência

As variáveis aleatórias X, Y são independentes se e somente se a distribuição condicional de Y dado X é, para todos os valores possíveis de X, igual à distribuição não condicional de Y. Para variáveis aleatórias discretas isto significa que P(Y=y|X=x)=P(Y=y) para todos os x e y. Para variáveis aleatórias contínuas X e Y, tendo uma função de densidade conjunta, isso significa que fY(y|X=x)=fY(y) para todos os x e y.

Propriedades

Visto como uma função de y para um dado x, P(Y=y|X=x) é uma probabilidade e, portanto, a soma de todos os y (ou a integral, se é uma densidade de probabilidade condicional) é igual a 1. Visto como uma função de x dado y é uma função de verossimilhança, de modo que a soma de todos os x não precisa ser 1.

Formulação teórica

Seja (Ω,,P) um espaço de probabilidade, 𝒢 um campo-σ em , e X:Ω uma variável aleatória de valor real (mensurável a respeito do campo-σ de Borel 1 em ). Pode se mostrar que existe uma função μ:1×Ω tal que μ(,ω) é a medida de probabilidade em 1 para cada ωΩ (isto é, é regular) e μ(H,)=P(XH𝒢) (quase certamente) para todo H1. Para qualquer ωΩ, a função μ(,ω):1 é chamada de distribuição de probabilidade condicional de X dado 𝒢. Neste caso,

E[X𝒢]=xμ(dx,)

quase certamente.[3]

Relação com a expectativa condicional

Para qualquer evento A𝒜, definindo a função indicadora:

𝟏A(ω)={1se ωA,0se ωA,

que é uma variável aleatória. Observe que a expectativa dessa variável aleatória é igual à probabilidade de A em si:

E(𝟏A)=P(A).

Então, a probabilidade condicional dado é uma função P():𝒜×Ω(0,1) de tal forma que P(A) é a expectativa condicional da função indicadora para A:

P(A)=E(𝟏A)

Em outras palavras, P(A) é uma função -mensurável que satisfaz

BP(A)(ω)dP(ω)=P(AB)para todoA𝒜,B.

A probabilidade condicional é regular se P()(ω) é também uma medida da probabilidade para todo ωΩ. Uma expectativa de uma variável aleatória em relação a uma probabilidade condicional regular é igual a sua expectativa condicional.

  • Para o sigma-álgebra trivial ={,Ω} a probabilidade condicional é uma função constante, P(A{,Ω})P(A).
  • Para A, como descrito acima, P(A)=1A.

Veja também

Predefinição:Referências

Predefinição:Portal3

  1. Liberal, Tarciana. Distribuições Condicionais. Curso de Probabilidade II, Aula 11, Departamento de Estatística da UFPB.
  2. Predefinição:Citar livro
  3. Predefinição:Citar livro