Equação de Tanaka

Fonte: testwiki
Revisão em 22h55min de 3 de abril de 2019 por imported>Kaktus Kid (Ajuste)
(dif) ← Revisão anterior | Revisão atual (dif) | Revisão seguinte → (dif)
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa

Em matemática, a equação de Tanaka é um exemplo de equação diferencial estocástica que admite uma solução fraca, mas que não tem nenhuma solução forte. Recebe este nome em homenagem ao matemático japonês Hiroshi Tanaka.[1]

Definição

A equação de Tanaka é uma equação diferencial estocástica unidimensional:

dXt=sgn(Xt)dBt,

dirigida pelo movimento browniano canônico

B

com condição inicial

X0=0

, em que

sgn

denota a função sinal:

sgn(x)={+1,x0;1,x<0.

Destaca-se o valor não convencional de

sgn(0)

. A função sinal não satisfaz a condição de continuidade de Lipschitz exigida para teoremas usuais que garantem a existência e a unicidade de soluções fortes. A equação de Tanaka não tem nenhuma solução forte, isto é, uma para a qual a versão

B

do movimento browniano é dada antecipadamente e a solução

X

é adaptada à filtração gerada por

B

e pelas condições iniciais. Entretanto, a equação de Tanaka tem uma solução fraca, uma para a qual o processo

X

e a versão do movimento browniano são ambos especificados como parte da solução, em vez do movimento browniano sendo dado a priori. Neste caso, simplesmente escolhe-se

X

para ser qualquer movimento browniano

B^

e define-se

B~

por:

B~t=0tsgn(B^s)dB^s=0tsgn(Xs)dXs,

isto é,

dB~t=sgn(Xt)dXt.

Assim,

dXt=sgn(Xt)dB~t,

e, então,

X

é uma solução fraca da equação de Tanaka. Além disto, esta solução é fracamente única, isto é, qualquer outra solução fraca deve ter a mesma lei.[1]

Referências

Predefinição:Reflist

Predefinição:Processos estocásticos