Equação de Tanaka
Em matemática, a equação de Tanaka é um exemplo de equação diferencial estocástica que admite uma solução fraca, mas que não tem nenhuma solução forte. Recebe este nome em homenagem ao matemático japonês Hiroshi Tanaka.[1]
Definição
A equação de Tanaka é uma equação diferencial estocástica unidimensional:
dirigida pelo movimento browniano canônico
com condição inicial
, em que
denota a função sinal:
Destaca-se o valor não convencional de
. A função sinal não satisfaz a condição de continuidade de Lipschitz exigida para teoremas usuais que garantem a existência e a unicidade de soluções fortes. A equação de Tanaka não tem nenhuma solução forte, isto é, uma para a qual a versão
do movimento browniano é dada antecipadamente e a solução
é adaptada à filtração gerada por
e pelas condições iniciais. Entretanto, a equação de Tanaka tem uma solução fraca, uma para a qual o processo
e a versão do movimento browniano são ambos especificados como parte da solução, em vez do movimento browniano sendo dado a priori. Neste caso, simplesmente escolhe-se
para ser qualquer movimento browniano
e define-se
por:
isto é,
Assim,
e, então,
é uma solução fraca da equação de Tanaka. Além disto, esta solução é fracamente única, isto é, qualquer outra solução fraca deve ter a mesma lei.[1]