Lúnulas de Hipócrates

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As regiões em cinza são lúnulas.

Lúnula é um termo em geometria para uma região côncava-convexa formada por dois arcos.

Bibliografia

[1]Hipócrates de Quios (cerca de 470 – 410 a.C) foi um dos pitagóricos. Apesar de haver poucos relatos de sua vida, sabe-se que foi um excelente geômetra, gostava muito de analisar as luas crescentes, que em matemática chama-se Lúnulas. Ensinou Geometria em Atenas e dedicou muito de seu tempo estudando problemas de meandros da história antiga, entre eles destaca-se A Quadratura do Círculo e Duplicação do Cubo. Durante as tentativas de quadrar o círculo Hipócrates calculou áreas de algumas “lúnulas”, que resultou em um problema conhecido hoje como Lúnulas de Hipócrates.

Definição

Uma Lúnula também é conhecida como “lua” ou “meia-lua”, em geometria uma lúnula é uma figura geométrica limitada por dois arcos circulares de raios distintos.

Formalmente, uma lúnula é um complemento de um círculo em outro, situados de forma que ambos se intersectem, e nenhum seja subconjunto do outro. Isto é se X e Y são círculos, então:

L=XXY

Aplicação das lúnulas no triângulo retângulo

[2]Seja ABC um triângulo retângulo, reto em Â. Utilizando três semicírculos: seja BC o diâmetro da semicircunferência que passa por A, o diâmetro AB e o diâmetro AC, desta forma obtemos as lúnulas E e D formadas sobre os catetos.

Aplicação das lúnulas no triângulo retângulo

Demonstração

[2]Hipócrates concluiu utilizando a generalização do teorema de Pitágoras, que a medida da área do triângulo retângulo ABC é igual à soma das medidas das áreas das lúnulas construídas sobre seus catetos.

Aplicação das lúnulas no triângulo retângulo

Seja x e Y, respectivamente, as regiões delimitadas pelo semicírculo de diâmetro BC e pelos catetos AC e AB, como mostra a figura.

Sendo A(t), A(e), A(d), A(x) e A(y), respectivamente as áreas do triângulo, das lúnulas e das regiões X e Y, podemos escrever:

  • Área do semicírculo de diâmetro BC: (1)A(t)+A(x)+A(y)=(12)*π*(a2)2=(π8)*a2
  • Área do semicírculo de diâmetro AB: (2) A(e)+A(x)=(12)*π*(c2)2=(π8)*c2
  • Área do semicírculo de diâmetro AC: (3) A(d)+A(y)=(12)*π*(b2)2=(π8)*b2

Somando membro a membro as igualdades (2) e (3), obtemos:

A(e)+A(x)+A(d)+A(y)=(π8)*c2+(π8)*b2=(π8)*(b2+c2)

Como o triângulo é ABC é retângulo, temos que a, b e c satisfazem a relação dada pelo teorema de Pitágoras, deste modo a relação dada acima pode ser expressa da seguinte forma:

A(e)+A(x)+A(d)+A(y)=(π8)*a2

Comparando essa equação com a igualdade (1) obtemos:

A(e)+A(x)+A(d)+A(y)=A(t)+A(x)+A(y)

Desta forma podemos concluir que

A(e)+A(d)=A(t)

Predefinição:Referências

  1. OLIVEIRA, Alfredo Luiz Chaves de. O Teorema de Pitágoras: Demonstrações e Aplicações. 2013. 46 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Matemática, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2013. Cap. 4
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