Modus tollens

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Modus tollens (Latim: modo que nega por negação)[1] ou negação do consequente, é o nome formal para a prova indireta, também chamado de modo apagógico.

Descrição

É um argumento comum, simples:

Se P, então Q.
Q é falso.
Logo, P é falso.

ou em notação de lógica:

pq,
¬ q
¬ p.

onde representa a asserção lógica.

ou em forma da teoria dos conjuntos:

PQ
x∉Q
x∉P

("P é um subconjunto de Q. x não pertence a Q. Logo, x não pertence a P.")


Na forma de conjuntos podemos exemplificar da seguinte forma:

Digamos que existe um conjunto de alimentos que Engordam.

Nesse conjunto existe: Pastel, Brigadeiro e Cerveja. E={P,B,C}

Todos que comem Pastel (P), então Engordam (E). ( PE),

Não Engordei. (¬ E)

Logo não comi Pastel ( ¬ P)

Exemplos

O argumento tem duas premissas. A primeira premissa é a condição se-então, nomeadamente que P implica Q. A segunda premissa é que Q é falso. Dessas duas premissas pode-se concluir logicamente que P tem de ser falso. (Por que? Se P fosse verdadeiro, então Q seria verdadeiro pela premissa 1, mas não é pela premissa 2).

Considere dois exemplos:

Se existe fogo aqui, então aqui também há oxigênio.
Não há oxigênio aqui.
Então aqui não há fogo.

Na lógica matemática

A regra modus tollens pode ser vista como uma aplicação da regra modus ponens por contraposição.[2]

A contraposição diz-nos que pqé equivalente a ¬q¬p, então com a regra modus ponens inferimos que ¬q¬p,¬q¬p.

Essa regra está assim ligada a demonstrações por contraposição, ou ainda a demonstrações por contradição (reductio ad absurdum).[3]

Tabela de verdade

A tabela de verdade da implicação numa lógica binária (em que 1 = Verdade, 0 = Falso) demonstra a regra modus tollens em lógica binária.

Afirmar p ⇒ q significa que é verdade, ou seja:

(p ⇒ q) = 1

por outro lado, afirmar ¬ q significa que q é falso, ou seja:

q = 0

Portanto, basta olhar para a tabela da implicação:

 p   q  p ⇒ q (p ⇒ q)=1∧(q=0)
1 1 1 0
1 0 0 0
0 1 1 0
0 0 1 1

Por hipótese, só interessam os casos em que q = 0 e (p ⇒ q) = 1, assim só a última linha é verdadeira.

Conclui-se que p = q = 0 em particular p = 0, ou o que é o mesmo (¬p) = 1.

Predefinição:Referências

Ver também