Omar Caiam
Predefinição:Ver desambig Predefinição:Mais notas Predefinição:Info/Biografia
Guiatadim Abu Fate Omar ibne Ibraim Caiam de Nixapur (Predefinição:Langx; Nixapur, Pérsia, Predefinição:Dtlink — Predefinição:Dtlink), melhor conhecido como Omar Caiam, foi poeta, matemático e astrônomo persa dos séculos XI e XII. As numerosas transformações políticas e etnológicas no mundo islâmico trouxeram altos e baixos para o desenvolvimento da astronomia e da matemática. Alguns centros desapareceram enquanto outros floresceram por algum tempo. Por volta do ano 1000. surgiram novos governantes no norte da Pérsia. Aqui viveu Omar Caiam.[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10]
Conhecido no ocidente como poeta e autor do Rubaiyat, (em português, “quadras" ou "quartetos”), que ficariam famosos a partir da tradução de Edward FitzGerald, em 1839. Muitas coisas se contam sobre Omar Caiam, porém de poucas podemos ter certeza. Sabemos que nasceu em meados do Predefinição:Séc em Nixapur, capital da província Persa do Coração, onde passou a maior parte de sua vida. Omar Caiam faleceu em 1131.
No ano de 1074 foi chamado por Predefinição:Lknb para reformar o antigo calendário persa, que deu um erro de um dia em 5 000 anos. A reforma do calendário foi substituída mais tarde pelo calendário lunar islâmico.
Nixapur suportou guerras e terremotos, e em 1221 foi saqueada pelos mongóis. O túmulo de Omar Caiam superou todas as calamidades e está conservado até hoje. No Predefinição:Séc foi edificada a mesquita do sacerdote Maomé Maruque. Apoiados nela construíram três arcos, abaixo do arco central se encontra a tumba de Omar Caiam.
A filosofia de Omar Caiam era bastante diferente dos dogmas islâmicos oficiais. Concordou com a existência de Deus mas se opôs à noção de que cada acontecimento e fenômeno particular era o resultado de intervenção divina. Em vez disso ele apoiou a visão que leis da natureza explicam todos fenômenos particulares da vida observada.
De todos os campos da matemática, a álgebra foi melhor trabalhada pelos árabes. Em suas mãos chegou a ter um aspecto novo bem distante das origens grega, babilônica e hindu.
A obra mais importante de Omar Caiam é precisamente um tratado sobre álgebra em que explica como resolver todas as equações de segundo e terceiro graus. Ele desaconselha, no prólogo de seu tratado, a leitura a quem não conheça Predefinição:Lknb de Euclides bem como os primeiros livros das Cônicas de Apolônio. No mesmo texto, ele afirma que não se remeterá a nenhuma outra obra por julgar indispensável o estudo prévio das obras já citadas.
Omar Caiam escreveu seu tratado de álgebra por volta de 1074. O vestígio mais antigo da existência dessa obra é um fragmento de uma cópia feita depois de sua morte, guardado na Biblioteca Nacional de Paris. Felizmente outras cópias foram conservadas e estão mais completas e também é de uma data mais recente.
Nas equações algébricas de grau menor do que ou igual a três Caiam registra 25 formas distintas. Seis já haviam sido estudadas por seus predecessores. Outras cinco são redutíveis a estas. As catorze restantes não podem ser resolvidas só com a ajuda dos Elementos. As palavras número e segmento serão utilizadas indistintamente. São elas embaixo:
- Cubo da coisa igual a número:
- Cubo da coisa mais coisa igual a número:
- Cubo da coisa mais número igual a coisa:
- Cubo da coisa igual a coisa mais número:
- Cubo da coisa mais quadrado da coisa igual a número:
- Cubo da coisa mais número igual a quadrado da coisa:
- Cubo da coisa igual a quadrado da coisa mais número:
- Cubo da coisa mais quadrado da coisa mais coisa igual a número:
- Cubo da coisa mais quadrado da coisa mais número igual a coisa:
- Cubo da coisa mais coisa mais número igual a quadrado da coisa:
- Cubo da coisa igual a quadrado da coisa mais coisa mais número:
- Cubo da coisa mais quadrado da coisa igual a coisa mais número:
- Cubo da coisa mais coisa igual a quadrado da coisa mais número:
- Cubo da coisa mais número igual a quadrado da coisa mais coisa:
As justificativas são feitas a partir de argumentos geométricos. Considere Cubo da coisa igual a número cuja equação é . Para justificar essa equação, usa-se a seguinte construção: Dados dois números a e b, encontrar outros dois x e y tais que . De fato, considere duas retas perpendiculares que se intersectam no ponto O. Sobre uma delas tomamos um ponto A, cujo segmento OA tem medida a, e sobre a outra tomamos um ponto B, cujo segmento OB tem medida b. Traçamos duas parábolas com vértice em O e cujas retas OA e OB são os eixos de simetria de cada uma delas. Os pontos de interseção das parábolas são os pontos O e P. A projeção de P sobe as retas determina os pontos X e Y. Os segmentos OX e OY tem medidas x e y, respectivamente.
Como P pertence as duas parábolas temos que daí concluímos e daí concluímos , das duas relações temos, . Concluímos, então, que .
Segundo a construção acima, podemos encontrar dois segmentos x e y tais que . Da primeira igualdade daí concluímos . Segue que . Comparando as frações dos extremos , concluímos .
Predefinição:Correlatos Predefinição:Bloco de navegação Predefinição:Portal3 Predefinição:Esboço-escritor Predefinição:Esboço-bio-cientistas
- ↑ Cardano, Girolamo; The Rules of Algebra. Translated by T. Richerd Witmer, Dover Publications Inc, New York, 1993.
- ↑ Casalderrey, Francisco Martín; Cardano y Tartaglia – Las Matemáticas en el Renascimiento Italiano. Colección La Matemática em sus Personajes, Nivola Libros Ediciones, Madrid, 2000.
- ↑ Dunham, William; Euler – El Maestro de todos los Matemáticos. Traducción Jesús Fernández, Colección La Matemática em sus Personajes, Nivola Libros Ediciones, Madrid, 2001.
- ↑ Dunham, William; Viaje a Través do los Genios – Biografías y Teoremas de los Grandes Matemáticos. Traducción de Jacobo Cárdenas, Ediciones Pirâmide, Colección Ciencia Hoy, Madrid, 2002.
- ↑ Garbi, Gilberto G.; O Romance das Equações Algébricas. Makron Books do Brasil Ltda., São Paulo, 1997.
- ↑ Kline, Morris; El Pensamiento Matemático de la Antigüedad a Nuestro Días, Vol. I. Versión Española de Carlos Fernández Pérez y Alejandro Garciadiego, Alianza Editorial S.A., Alianza Universidad, Madrid, 1992.
- ↑ Kline, Morris; El Pensamiento Matemático de la Antigüedad a Nuestro Días, Vol. II. Versión Española de Carlos Fernández Pérez y Alejandro Garciadiego, Alianza Editorial S.A., Alianza Universidad, Madrid, 1992.
- ↑ Kline, Morris; El Pensamiento Matemático de la Antigüedad a Nuestro Días, Vol. III. Versión Española de Carlos Fernández Pérez y Alejandro Garciadiego, Alianza Editorial S.A., Alianza Universidad, Madrid, 1992.
- ↑ Stewart, Ian; Conceptos de Matemática Moderna. Versión Española de José María Fraile Peláez, Alianza Editorial S.A., Alianza Universidad, Madrid, 1988.
- ↑ Struik, Dirk J.; História Concisa das Matemáticas. Tradução de João Cosme Santos Guerreiro, Gradiva Publicações Lda., Coleção Ciência Aberta, Lisboa, 1989.