Paládio

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Predefinição:Mais notas Predefinição:Ver desambiguação Predefinição:Elemento/Paládio O paládio é um elemento químico de símbolo Pd e de número atómico igual a 46 (46 prótons e 46 elétrons). À temperatura ambiente, o paládio encontra-se no estado sólido.

Características principais

O paládio é um metal branco prateado parecido com a platina, não se oxida com o ar, e é o elemento do grupo da platina de menor densidade e menor ponto de fusão. É macio e dúctil quando aquecido, aumentando consideravelmente sua dureza e resistência quando trabalhado a frio. Pode dissolver-se em ácido sulfúrico, H2SO4, e em ácido nítrico, HNO3. Também pode ser dissolvido, mesmo que lentamente, em ácido clorídrico (HCl) em presença de cloro ou oxigênio.

O Paládio é utilizado frequentemente na odontologia.

Este elemento pode adsorver grandes quantidades de hidrogênio molecular, H2, à temperatura ambiente (até 900 vezes de seu volume), o que é usado para purificá-lo. Acredita-se que o processo forme Pd2H.

Químico Elsener Silva dos Santos.
Pepita de Paládio

Os estados de oxidação mais comuns do paládio são +2 e +4 e sua massa atômica de 106,4.

Aplicações

Aplica-se na indústria elétrica, na fabricação de contatos em sistemas eletromecânicos, como por exemplo relés. Na indústria química e farmacêutica usa-se como catalisador de reações de hidrogenação e na indústria petrolífera, o paládio é importante na catálise de fracções de petróleo destilado. O elemento também se aplica em algumas ligas metálicas usadas em medicina dentária ou odontologia. Em joalheria, o paládio é endurecido com uma pequena fracção de rutênio ou ródio, ou pode ser usado como descolorizante do ouro, dando origem ao chamado "ouro branco".

História

William Hyde Wollaston

William Hyde Wollaston registrou a descoberta de um novo metal nobre em julho de 1802 em seu caderno de laboratório e o nomeou paládio em agosto do mesmo ano. Wollaston purificou o suficiente do material e o ofereceu, sem o ter nomeado, em uma pequena loja do Soho em abril de 1803. Após uma crítica dura de Richard Chenevix de que o paládio seria uma liga de platina e mercúrio, Wollaston ofereceu uma recompensa anônima de 20 libra esterlinas por 20 grão da "liga" de paládio sintético.[1] Chenevix recebeu a Medalha Copley em 1803 após publicar seus experimentos com o paládio. Wollaston publicou a descoberta do ródio em 1804 e menciona parte de seu trabalho com o paládio.[2][3] Ele revelou que era o descobridor do paládio em uma publicação de 1805.[1][4]

O elemento foi nomeado por Wollaston em 1802 em homenagem ao asteróide 2 Pallas, que havia sido descoberto dois meses antes.[5] Wollaston encontrou o paládio em um minério de platina bruto da América do sul (Morro do Pilar, Minas Gerais, Brasil), pela dissolução do minério em água régia e neutralizando a solução com hidróxido de sódio. Ele precipitou a platina como hexacloroplatinato de amônia após adicionar cloreto de amônia. Ele então adicionou cianeto de mercúrio para formar o composto cianeto de paládio, que foi aquecido para extrair o metal.[2]

O cloreto de paládio já foi prescrito como um tratamento para a tuberculose a uma concentração de 0,065 g por dia (aproximadamente um miligrama por quilo do corpo). Este tratamento tinha muitos efeitos adversos e foi posteriormente substituído por drogas mais eficientes.[6]

Por volta do ano 2000, o suprimento russo de paládio para o mercado global foi repetidamente atrasado e interrompido[7] porque a cota de exportação não era garantida na época, por razões políticas. O subsequente pânico do mercado levou o preço a aumentar até o valor recorde de $1100 por troy ounce em janeiro de 2001.[8] Por volta desta época, a Ford Motor Company, temendo uma interrupção na produção de veículos devido a falta do paládio, armazenou grandes quantidades do metal adquiridos ao preço máximo. Quando os preços caíram no início de 2001, a Ford perdeu quase um bilhão de dólares.[9] A demanda mundial pelo elemento aumentou de 100 toneladas em 1990 para quase 300 toneladas em 2000. A produção global de paládio a partir de minas era de 222 toneladas em 2006 de acordo com o United States Geological Survey.[10] A maior parte do paládio é usada em conversores catalíticos na indústria automobilística.[11] Atualmente o preço do paládio já atingiu um preço record de $1800 por troy ounce em Outubro de 2019, tornando-se o material precioso mais caro do grupo dos 4 metais mais preciosos.[12]

Na atualidade, existem preocupações sobre o suprimento contínuo de paládio devido aos conflitos na Ucrânia, em função de eventuais sanções que a Rússia poderia sofrer que reduziria a exportação do elemento levando a um déficit no mercado mundial.[13]

Na ficção

No filme Homem de Ferro, o paládio, acompanhado de um eletroímã em seu peito, é o metal usado por Tony Stark para manter fragmentos de metal longe de seu coração após um ataque terroristas.

O paládio é o componente central do Reator ARC, uma pequena estrutura que agia como fonte de energia para o eletroímã e para as armaduras do Homem de Ferro. No filme Homem de Ferro 2, Tony Stark substituiu o paládio por um novo elemento químico, sintetizado por ele, para evitar a intoxicação gerada pelo paládio em seu corpo.

Cloreto de paládio

Cloreto de paládio (II)

Cloreto de paládio (II), ou cloreto paladioso, também conhecido como dicloreto de paládio, é o composto químico com a fórmula PdClA2. PdClA2 é um material comum de partida para a química do paládio - catálises baseadas em paládio são de particular valor em síntese orgânica. É preparado pela cloração do paládio.

Compostos

Predefinição:Referências

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