Forma canônica de Jordan

Fonte: testwiki
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Predefinição:Mais notas

A Predefinição:PBPE é uma forma de representar uma matriz ou operador linear através de uma outra matriz semelhante à original que é quase uma matriz diagonal. No corpo dos números complexos, esta forma é uma matriz triangular superior, em que os únicos elementos não-nulos são aqueles da diagonal ou imediatamente acima da diagonal.

O nome é uma referência a Camille Jordan.

Definições

Seja T um operador linear de um K-espaço vetorial V de dimensão finita, sendo K o corpo ou .

Caso Real

Se K=, escrevamos o polinômio característico de T na forma

pT(x)=(xλ1)m1(xλn)mn,

com λrλs se rs.

Chama-se de um bloco de Jordan de ordem r à matriz quadrada de ordem r J(λ;r) dada por [1]

J(λ;r)=[λ1000λ1000λ0000λ]r×r,

que pode ser escrita através da soma de duas matrizes:

J(λ;r)=λ[1000010000100001]r×r+[0100001000000000]r×r=λI+N,

onde N é uma matriz nilpotente, pois Nr=0.

Se B1,,Bk são matrizes quadradas, não necessariamente de ordens iguais, define-se diag (B1,,Bk) como sendo a matriz quadrada de ordem igual à soma das ordens de B1,,Bk dada por

[B1000B2000Bk].

Caso Complexo

Se K=, escrevamos o polinômio característico de T na forma

pT(x)=(xλ1)m1(xλn)mn((xα1)2+β12))p1((xαk)2+βk2))pk,

onde αr+iβr é uma raiz complexa de pT, com λrλs e (αr,|βr|)(αs,|βs|) se rs.

Se α+iβ é uma raiz complexa de pT(λ), define-se, analogamente à matriz J(λ;r),

R(α,β;r)=[A1¯000A1¯000A0000A]n×n,

onde

A=[αββα] e 1¯=[1001]

Teorema (de Jordan)

Sejam V um K-espaço vetorial de dimensão finita e T um operador linear de V. Se K= e

pT(x)=(xλ1)m1(xλn)mn,

com λrλs se rs, λr, então existe uma base na qual a matriz de T é da forma

J=diag (J1,,Jn),

onde J1,,Jp são da forma J(λ;r),r e λ{λ1,,λn}.

Se K= e

pT(x)=(xλ1)m1(xλn)mn((xα1)2+β12)p1((xαk)2+βk2)pk,

onde αr+iβr é uma raiz complexa de pT com λrλs e (αr,βr)(αs,βs) se rs (βr>0), então existe uma base com relação à qual a matriz de T é da forma

J=diag (J1,,Jn,R1,,Rk),

onde J1,,Jp são da forma J(λ;r),r e λ{λ1,,λn} e R1,,Rq são da forma R(α,β;n),n e (α,β){(α1,β1),,(αk,βk)}.

Corolário

A matriz de um operador T com relação a uma base qualquer é semelhante a uma matriz da forma J=diag (J1,,Jp) (caso complexo) ou J=diag (J1,,Jp,R1,,Rq) (caso real).

Observações

Blocos de Jordan com a mesma raiz

O teorema afirma, no caso complexo, que a matriz equivalente é da forma:

[J(λ1;m1)000J(λ2;m2)000J(λn;mn)],

mas é possivel que λs=λr quando sr

Por exemplo[2], a matriz 4x4 abaixo está na forma canônica de Jordan:

[42100042000042000042],

em que λ1=λ2=λ3=λ4=42, m1=2 e m2=m3=1.

Unicidade

A forma canônica de Jordan é única, a menos de permutações entre os blocos de Jordan.

Predefinição:Referências

Bibliografia


Predefinição:Classes de matriz