Espirógrafo

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Alguns espirógrafos desenhados com um conjunto Spirograph
Evolução de uma típica Construção no Espirógrafo
Espirógrafo, um brinquedo produzido e vendido na União Soviética em 1980
Animation of a Spirograph

Espirógrafo é um produto registrado da Hasbro, Inc., um brinquedo para desenho geométrico. O espirógrafo produz curvas matemáticas conhecidas como hipotroclóides e epitroclóides. O termo tem sido usado para descrever várias aplicações de software que mostram curvas similares.

História

O espirógrafo foi inventado pelo engenheiro britânico Danys Fisher que exibiu-o em 1965 na Feira Internacional de Brinquedos de Nuremberg (Nuremberg International Toy Fair). Era produzido subsequentemente por sua empresa. Os direitos de distribuição foram adquiridos por Kenner, Inc., que introduziu-o no mercado dos Estados Unidos em 1966.

Funcionamento

Um espirógrafo consiste em um conjunto de engrenagens de plástico e outras formas como anéis, triângulos, ou barras retas. Existem vários tamanhos e formas de engrenagens, e todas as extremidades possuem dentes para se encaixar em outras peças. O ajuste das peças por exemplo, engrenagens pequenas dentro de anéis maiores. Mas também podem ser encaixados por fora dos anéis de forma a girarem ou na extremidade interna ou na extremidade externa dos anéis.

Para usá-lo, uma folha de papel é colocada sobre um papelão grosso, e uma das peças de plástico é fixada no papel e no papelão. Uma outra peça de plástico é encaixada de forma que seus dentes se encaixem com a peça fixada. Por exemplo, um anel pode ser fixado no papel e uma pequena engrenagem colocada dentro do anel - o atual número de arranjos possíveis por combinação de diferentes engrenagens é muito grande. A ponta de uma caneta é colocada em um dos buracos movendo a peça. Com a parte que se move, pelo rastro da caneta, é traçada a curva.

A caneta é usada tanto para desenhar quanto para promover a força locomotiva; é requerida alguma prática sobre Espirógrafo para poder operá-lo através das peças fixas e móveis. Mais complicados e formatos incomuns podem ser feitos com o uso de ambas as mãos, uma para desenhar e outra para guiar a peça. É possível mover várias peças em relação a outras (por exemplo, o triângulo em torno do anel, com um círculo "que sobe" do anel sobre o triângulo), mas isto requer concentração ou até assistência de outro artista.

Base matemática

Consider um círculo externo fixo Co de raio R centrado na origem. Um círculo menor interno Ci de raio r<R está rolando por dentro de Co e é continuamente tangente a ele. Será assumido que Ci nunca derrapa em Co (em um Espirógrafo real, dentes em ambos círculos previnem tal derrapagem). Agora assuma que um ponto A localizado em algum lugar dentro de Ci está posicionado a uma distância ρ<r do centro de Ci. Esse ponto A corresponde ao buraco da caneta no disco interno de um Espirógrafo real. Sem perda de generalidade, pode-se supor que no momento inicial o ponto A estava no eixo X. Para achar a trajetória criada por um Espirógrafo, siga o ponto A assim que o círculo interno for posto em movimento.

Agora marque dois pontos T em Co e B em Ci. O ponto T sempre indica onde os dois círculos são tangentes. Ponto B entretanto vai mover-se em Ci e a sua localização inicial coincide com T. Após pôr Ci em movimento anti-horário em volta de Co, Ci tem uma rotação em sentido horário em relação ao seu centro. A distância que o ponto B atravessa Ci é a mesma que é atravessada pelo ponto tangente T em Co, devido à falta de derrapagem.

Agora defina o novo sistema de coordenadas (relativas) (X,Y) com a sua origem no centro de Ci e seus eixos paralelos a X e Y. Admita o parâmetro t como o ângulo em que o ponto tangente T gira em Co e t seja o ângulo no qual Ci gira (i.e. no qual B percorre) no sistema relativo de coordenadas. Como não há derrapagem, as distâncias percorridas por B e T em seus respectivos círculos devem ser as mesmas, portanto tR=(tt)r

ou equivalentemente

t=Rrrt.

É comum assumir que um movimento anti-horário corresponde a uma mudança positiva do ângulo e um horário a uma mudança negativa. Um sinal negativo na fórmula acima (t<0) acomoda essa convenção.

Admita (xc,yc) serem as coordenadas do centro de Ci no sistema de coordenadas absoluto. Então Rr representa o raio da trajetória do centro de Ci, que (novamente no sistema de coordenadas absolutas) passa por movimento circular de:

xc=(Rr)cost,yc=(Rr)sint.

Como definido acima, t é o ângulo de rotação no novo sistema relativo. Como o pontu A obedece a lei usual de movimento circular, suas coordenadas no novo sistema de coordenadas relativas (x,y) obedece:

x=ρcost,y=ρsint.

A fim de obter a trajetória de A no (velho) sistema de coordenadas relativas, adicione esses dois movimentos:

x=xc+x=(Rr)cost+ρcost,y=yc+y=(Rr)sint+ρsint,

onde ρ é definido acima.

Agora, use a relação entre t e t como derivado acima para obter equações descrevendo a trajetória do ponto A em termos de um único parâmetro t:

x=xc+x=(Rr)cost+ρcosRrrt,y=yc+y=(Rr)sintρsinRrrt.

(usando o fato que a função sin é ímpar).

É conveniente representar a equação acima em termos do raio R de Co e parâmetros adimensionais descrevendo a estrutura do Espirógrafo. Vamos admitir

l=ρr

e

k=rR.

O parâmetro 0l1 representa o quão longe o ponto A está localizado do centro de Ci. Ao mesmo tempo, 0k1 representa quão grande o círculo interno Ci é em relação ao externo Co.

Observa-se agora que

ρR=lk,

e portanto as equações de trajetória ficam com a forma de

x(t)=R[(1k)cost+lkcos1kkt],y(t)=R[(1k)sintlksin1kkt].

Parâmetro R é um parâmetro de escala e não afeta a estrutura do Espirógrafo. Diferentes valores de R iriam produzir semelhantes desenhos de Espirógrafo.

Os dois casos extremos k=0 e k=1 resultam em trajetórias degeneradas do Espirógrafo. No primeiro caso extremo, quando k=0, temos um círculo simples de raio R, correspondente ao caso onde Ci foi contraído a um ponto. (Divisão por k=0 na fórmula não é um problema uma vez que sin e cos são funções limitadas).

O outro caso extremo k=1 corresponde ao raio r do círculo interno Ci coincidindo com o raio R do círculo externo Co, i.e. r=R. Neste caso a trajetória é um simples ponto. Intuitivamente, Ci é muito grande para rolar dentro do círculo de mesmo tamanho Co sem derrapar.

Se l=1, então o ponto A está na circunferência de Ci. Nesse caso as trajetórias são chamadas de hipocicloides e as equções acima reduzidas àquelas para um hipocicloide.

Estrela

A empresa Estrela lançou um produto similar com o nome de "Espirograf".[1]

Ver também

Predefinição:Referências

Bibliografia

  • Knight, John I. (6 September 2018). "Mechanics Magazine". Knight; Lacey.
  • Goldstein, Cathérine; Gray, Jeremy; Ritter, Jim (1996). L'Europe mathématique: histoires, mythes, identités. Editions MSH. p. 293.

Ligações externas

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