Ação de Einstein–Hilbert

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Predefinição:Mais notas A ação de Einstein–Hilbert ou ação de Hilbert na relatividade geral é uma ação que torna eficiente as equações de campo de Einstein através do princípio da mínima ação. Segundo a convenção de sinal da teoria da relatividade, esta ação pode ser escrita como:[1]

S=12κRgd4x,

onde g é o determinante do tensor métrico, R é o escalar de curvatura de Ricci, e κ=8πGc4, onde G é a constante gravitacional de Newton e c é a constante da velocidade da luz no vácuo. A integral é dada sobre o espaço-tempo.

Esta ação foi inicialmente proposta por David Hilbert em 1915.

Definição

A derivação de equações a partir de uma ação possui várias vantagens. Primeiro ele possibilita uma fácil unificação da teoria da relatividade geral com outras teorias de campo clássicas (como por exemplo a equações de Maxwell, que é também formulada em termos de ação. Neste processo a derivação de uma ação identifica um candidato natural para o acoplamento do termo fonte da métrica de campos. Segundo, a ação possibilita uma fácil identificação da energia conservada através teorema de Noether pelo estudo simétrico da ação.

Na relatividade geral, a ação é normalmente definida como uma função de campo e a conexão é dada pela conexão de Levi-Civita. O formalismo de Cartan da relatividade geral define a métrica e a conexão como sendo independentes, o que torna possível de se incluir campos de matéria fermiônica com spin não inteiros.

Derivação das equação de campo de Einstein

Suponha que toda ação da teoria seja dada pelo termo de Einstein-Hilbert mais um termo M que descreva qualquer campo de matéria que apareça na teoria.

S=[12κR+M]gd4x

O princípio de Hamilton então indica que a variação destas ações com respeito à métrica inversa é zero, ou seja

0=δS=[12κδ(gR)δgμν+δ(gM)δgμν]δgμνd4x=[12κ(δRδgμν+Rgδgδgμν)+1gδ(gM)δgμν]δgμνgd4x.

Já que estas equação devem obedecer qualquer variação δgμν , isto implica que

δRδgμν+Rgδgδgμν=2κ1gδ(gM)δgμν,

é a equação de movimento para o campo métrico. O lado direito desta equação é, por definição, proporcional ao tensor de energia-momento,

Tμν:=2gδ(gM)δgμν=2δMδgμν+gμνM.

Variações do tensor de curvatura, do tensor de Ricci e do escalar de Ricci

Para calcular as variações do escalar de Ricci calcula-se primeiro a variação do tensor de curvatura e a variação do tensor de Ricci. O tensor de curvatura é definido como

Rρσμν=μΓνσρνΓμσρ+ΓμλρΓνσλΓνλρΓμσλ,

Já que o tensor de curvatura depende apenas da conexão de Levi-Civita Γμνλ, a variação do tensor de curvatura pode ser calculado como,

δRρσμν=μδΓνσρνδΓμσρ+δΓμλρΓνσλ+ΓμλρδΓνσλδΓνλρΓμσλΓνλρδΓμσλ.

Agora temos δΓνμρ que é a diferença de duas conexões, isto é um tensor e pode-se calcular isto como derivadas convariantes,

λ(δΓνμρ)=λ(δΓνμρ)+ΓσλρδΓνμσΓνλσδΓσμρΓμλσδΓνσρ

Observa-se agora que a expressão da variação do tensor de curvatura acima é igual à diferença de ambos os termos,

δRρσμν=μ(δΓνσρ)ν(δΓμσρ).

Agora pode-se obter a variação do tensor de curvatura de Ricci simplesmente pela contração dos dois índices da variação do tensor de curvatura,

δRμνδRρμρν=ρ(δΓνμρ)ν(δΓρμρ).

O escalar de Ricci é definido como

R=gμνRμν.

Logo sua variação com respeito a métrica inversa gμν é obtida por

δR=Rμνδgμν+gμνδRμν=Rμνδgμν+σ(gμνδΓνμσgμσδΓρμρ)

Na segunda linha utilizou-se o último resultado obtido para a variação de curvatura de Ricci e a compatibilidade métrica do convariante derivativo, σgμν=0.

O último termo σ(gμνδΓνμσgμσδΓρμρ) é uma derivada total e pelo teorema de Stokes obtem-se,

δRδgμν=Rμν.

Variação do determinante

A formula de Jacobi para diferenciação entre determinantes, nos dá:

δg=ggμνδgμν

ou pode-se transformar num sistema de coordenadas, onde gμν é diagonal e então aplica-se o produto para se diferenciar os fatores da diagonal principal.

Então obtém-se

δg=12gδg=12g(gμνδgμν)=12g(gμνδgμν),

e conclui-se que

1gδgδgμν=12gμν.

Equação de movimento

Após se calcular todas as variações acima, pode-se inferir delas a equação de movimento para campos métricos para, obtendo-se,

Rμν12gμνR=8πGc4Tμν,

que é a equação de campo de Einstein e

κ=8πGc4

foi escolhida porque para limites não relativísticos ela respeita a lei da gravitação universal, onde G é a constante gravitacional.

Constante cosmológica

Algumas vezes, uma constante cosmológica A é incluída na função de Lagrange então para a nova ação

S=[12κ(R2Λ)+M]gd4x

onde a equação de campo

Rμν12gμνR+Λgμν=8πGc4Tμν.

Predefinição:Referências

Ver também

Ligações externas

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