Coordenadas parabólicas

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As coordenadas parabólicas são um sistema bidimensional de coordenadas ortogonais em que as linhas coordenadas são parábolas confocais. A versão tridimensional das coordenadas parabólicas é obtida através da rotação do sistema bidimensional sobre o eixo de simetria de todas as parábolas.

As coordenadas parabólicas possuem muitas aplicações, por exemplo, no tratamento do efeito Stark e da teoria potencial das arestas.

Coordenadas parabólicas bidimensionais

AS coordenadas parabólicas bidimensionais (σ,τ) são definidas pelas equações

x=στ
y=12(τ2σ2)

As curvas com σ constante formam parábolas confocais

2y=x2σ2σ2

voltadas para cima (ou seja, no sentido +y), ao passo que as curvas com τ constante formam parábolas confocais

2y=x2τ2+τ2

voltadas para baixo (ou seja, no sentido y). Os focos de todas essas parábolas estão localizados na origem.

Fatores de escala bidimensionais

Os fatores de escala para as coordenadas parabólicas (σ,τ) são iguais a

hσ=hτ=σ2+τ2

Daí, o elemento infinitesimal de área é

dA=(σ2+τ2)dσdτ

E o laplaciano vale

2Φ=1σ2+τ2(2Φσ2+2Φτ2)

Outros operadores diferenciais tais como 𝐅 e ×𝐅 podem ser expressos nas coordenadas (σ, τ) substituindo-se os fatores de escala nas fórmulas gerais para coordenadas ortogonais.

Coordenadas parabólicas tridimensionais

Superfícies coordenadas das coordenadas parabólicas tridimensionais. O parabolóide vermelho corresponde a τ=2, o parabolóide azul corresponde a σ=1, e o semiplano amarelo corresponde a φ =- 60 °. As três superfícies se intersectam no ponto P (mostrado como uma esfera preta) de coordenadas cartesianas aproximadamente iguais a (1,0; -1,732; 1,5).

As coordenadas parabólicas bidimensionais formam a base para dois conjuntos de coordenadas ortogonais tridimensionais. As coordenadas cilíndricas parabólicas são produzidas por projeção na direção z.

A rotação sobre o eixo de simetria das parábolas produz um conjunto de paraboloides confocais, formando um sistema de coordenadas que também é conhecido como "coordenadas parabólicas"

x=στcosφ
y=στsinφ
z=12(τ2σ2)

onde as parábolas estão alinhadas com o eixo z, sobre o qual a rotação foi realizada. Assim, o ângulo azimutal ϕ é definido por


tanφ=yx

As superfícies cujo σ é constante formam paraboloides confocais

2z=x2+y2σ2σ2

Com concavidade para cima (ou seja, no sentido +z), enquanto que as superfícies com τ constante formam paraboloides confocais

2z=x2+y2τ2+τ2

de concavidade para baixo (ou seja, na direção z). Os focos de todos estes paraboloides estão localizados na origem.

O tensor métrico de Riemann associado a este sistema de coordenadas é

gij=[σ2+τ2000σ2+τ2000σ2τ2]

Fatores de escala tridimensionais

Os três fatores de escala tridimensionais são:

hσ=σ2+τ2
hτ=σ2+τ2
hφ=στ

Nota-se que os fatores de escala hσ e hτ são os mesmos do caso bidimensional. O elemento infinitesimal de volume é então

dV=hσhτhφ=στ(σ2+τ2)dσdτdφ

E o laplaciano é dado por

2Φ=1σ2+τ2[1σσ(σΦσ)+1ττ(τΦτ)]+1σ2τ22Φφ2

Outros operadores diferenciais tais como 𝐅 e ×𝐅 podem ser expresso nas coordenadas (σ,τ,ϕ) substituindo-se os fatores de escala nas fórmulas gerais encontradas em coordenadas ortogonais.

Uma formulação alternativa

A conversão de coordenadas cartesianas para as parabólicas é efetuada através da seguinte transformação:

ξ=x2+y2+z2+z,
η=x2+y2+z2z,
ϕ=arctanyx.

O jacobiano da transformação de coordenadas dado em termos infinitesimais como sendo

[dηdξdϕ]=[xx2+y2+z2yx2+y2+z21+zx2+y2+z2xx2+y2+z2yx2+y2+z21+zx2+y2+z2yx2+y2xx2+y20][dxdydz]

sob as condições η0, e ξ0.

Se φ = 0, então uma seção transversal é obtida; as coordenadas se limitam ao plano xz:

η=z+x2+z2,
ξ=z+x2+z2.

Se η=c (uma constante), então

z|η=c=x22cc2.

Esta é uma parábola com foco na origem, para qualquer valor de c. Seu eixo de simetria da parábola é vertical e sua concavidade é voltada para cima.

Se ξ=c então

z|ξ=c=c2x22c.

Esta é uma parábola com foco na origem, para qualquer valor de c. Seu eixo de simetria é vertical e sua concavidade é voltada para baixo.

Agora considere qualquer parábola η=c para cima e qualquer parábola ξ= b para baixo. É desejável encontrar sua interseção:

x22cc2=b2x22b,

rearrumando,

x22c+x22b=b2+c2,

evidenciando ,

x2(b+c2bc)=b+c2,

cancelando os fatores comuns de ambos os lados,

x2=bc,

tomando a raiz quadrada,

x=bc.


x é a média geométrica de b e c. A abscissa da intersecção foi encontrada. Vamos encontrar a ordenada. Substituindo o valor de x na equação da parábola voltada para cima:

zc=bc2cc2=bc2,

em seguida, substituindo o valor de x na equação da parábola voltada para baixo:

zb=b2bc2b=bc2.

zc = zb, com deveria ser. Logo, o ponto de intersecção é

P:(bc,bc2).

Desenhe um par de tangentes através do ponto P, cada uma tangente a cada parábola. A reta tangente através do ponto P à parábola superior tem inclinação:

dzcdx=xc=bcc=bc=sc.

A reta tangente através do ponto P à parábola inferior tem inclinação:

dzbdx=xb=bcb=cb=sb.

O produto das duas inclinações é

scsb=bccb=1.

O produto das inclinações é “uma inclinação negativa”, pois as retas são perpendiculares. Isto é verdade para qualquer par de parábolas com concavidades em direções opostas.

Assim, um par de parábolas intercepta-se em dois pontos, mas quando φ é zero, ele realmente limita as outras coordenadas ξ e η a se moverem no semiplano com x>0, pois x<0 corresponde a φ = π.

Desta forma, um par de coordenadas ξ e η especificam um único ponto no semiplano. Então, fazendo φ entre 0 e 2π, o semiplano gira com o ponto (em torno do eixo z, que é a dobradiça): as parábolas formam paraboloides. Um par de paraboloides opostos formam um círculo, e um valor de φ especifica um semiplano que corta o círculo de intersecção em um único ponto. As coordenadas cartesianas dos pontos são [Menzel, p. 139]:

x=ξηcosϕ,
y=ξηsinϕ,
z=12(ξη).
|dxdydz|=|12ξηcosϕ12ηξcosϕξηsinϕ12ξηsinϕ12ηξsinϕξηcosϕ12120||dηdξdϕ|

Ver também

  • Sistemas de coordenadas ortogonais tridimensionais:

Referências

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Ligações externas