Hipócrates de Quio
Predefinição:Info/Biografia Hipócrates de Quio (ca. Predefinição:Dni — ca. Predefinição:Morte) foi um matemático geômetra, nascido na ilha de Quio, no arquipélago de Dodecaneso, Grécia.[1] As informações sobre sua vida e obra têm como fonte principal relatos indiretos de Aristóteles. Alfred Jarry se refere a ele como Ibícrates, o Geômetra, afirmando que seria um dos precursores da patafísica.
Vida e obra
Por volta do ano Predefinição:AC Hipócrates seguiu para Atenas como mercador porém conta-se que perdeu todo o seu dinheiro em Bizâncio, envolvido numa fraude. Esse incidente fez com que se voltasse para o estudo da geometria. Proclo relata uma obra de sua autoria, Elementos de geometria, produzida mais de um século antes de Os Elementos, de Euclides. O texto foi perdido mas a obra foi conhecida por Aristóteles. Um fragmento de um texto escrito por Simplício por volta de Predefinição:AC, que se supõe tenha sido copiado de outra obra, essa da autoria de Eudemo, descreve uma parte do trabalho de Hipócrates sobre a quadratura de lunas, que são figuras planas limitadas por dois arcos circulares de raios diferentes. Nesse fragmento encontramos um teorema atribuído ao matemático de Quio: segmentos de círculo semelhantes estão na mesma razão que os quadrados de suas bases.
Quadratura de lunas
Predefinição:Artigo principal É provável que esse teorema seja o mais antigo enunciado grego sobre mensuração curvilínea. Segundo Eudemo, Hípócrates o provou mostrando inicialmente que áreas de círculos estão entre si como os quadrados dos diâmetros. Os trabalhos com as lunas são significativos por mostrarem tentativas concretas de se chegar a quadratura do círculo porém mais ainda indicam a competência dos matemáticos atenienses em lidar com transformações de áreas e proporções.

A primeira quadratura
Iniciando com um semicírculo circunscrito a um triângulo isósceles retângulo ABC, construa-se sobre a base (hipotenusa) um segmento circular semelhante aos segmentos circulares sobre os lados dos triângulos. Como os segmentos estão entre si como os quadrados de suas bases conclui-se que, usando o Teorema de Pitágoras para o triângulo, a soma dos dois segmentos circulares menores é igual ao segmento maior. Então a diferença entre o semicírculo sobre AC e o segmento ADCE é igual ao triângulo ABC. Logo a luna ABCD é exatamente igual ao triângulo ABC e como este é igual ao quadrado sobre a metade de AC, completamos a quadratura.
.A partir de um trapézio isósceles CDNM inscrito em um círculo em que o quadrado sobre o lado maior CD seja igual à soma dos quadrados sobre os três lados menores congruentes CM, MN e ND; isto é, a razão entre o quadrado da base maior e o quadrado de cada lado congruente do trapézio é de 3 para 1. Em se construindo sobre CD (base do trapézio) um segmento circular CED equivalente aos que estão sobre os três lados congruentes, a lúnula CMNDE é equivalente ao trapézio CDNM.[2]
Transformando áreas
Entre os matemáticos da época não havia dificuldades em converter um retângulo de lados e em um quadrado, achando-se a média proporcional entre eles: . Havia a percepção de que poderia se generalizar a questão inserindo dois meios entre as duas grandezas dadas. Isto é, dados os segmentos e poderia se obter outros dois, e tal que . Hipócrates percebeu que esse raciocínio poderia levar a solução do problema da duplicação do cubo porque se , por eliminação de nas proporções, conclui-se que .
Ver também
- Construções com régua e compasso
- Duplicação do cubo
- Quadratura do círculo
- Trissecção do ângulo
- Arquitas de Tarento
- Hípias de Elis
- Pierre Laurent Wantzel
Bibliografia
- Boyer, Carl B. (1996). História da matemática. 2ª Edição. São Paulo. Edgard Blücher ltda. ISBN 85-212-0023-4.
Predefinição:RefendPredefinição:Matemática gregaPredefinição:Portal3
Predefinição:Controle de autoridade
- ↑ Pedro Pablo Fuentes González: Hippocrate de Chios. In: Richard Goulet (Hrsg.): Dictionnaire des philosophes antiques. Band 3, CNRS Éditions, Paris 2000, ISBN 2-271-05748-5, S. 762–770
- ↑ Freitas, C.H.V. e Almeida, D.M. de – Equivalência de Áreas – Revista Eletrônica Matemática e Estatística em Foco. Volume 4, Número 2, Dezembro de 2016.