Processo empírico
Em teoria das probabilidades, um processo empírico é um processo estocástico que descreve a proporção de objetos em um sistema em um dado estado. Para um processo em um espaço de estados discreto, uma cadeia de Markov populacional de tempo contínuo[1][2] ou modelo populacional de Markov[3] é um processo que conta o número de objetos em um dado estado (sem reescalonamento). Na teoria de campo médio, teoremas do limite (conforme o número de objetos se torna grande) são considerados e generalizam o teorema central do limite para medidas empíricas.[4] Aplicações da teoria dos processos empíricos surgem na estatística não paramétrica.[5]
Definição
Para variáveis aleatórias independentes e identicamente distribuídas
em
com função distribuição acumulada comum
, a função distribuição empírica é definida por:
em que
é a função indicadora do conjunto
.[6]
Para todo fixo, é uma sequência de variáveis aleatórias que converge a quase certamente pela lei forte dos grandes números, isto é, converge pontualmente a . O matemático ucraniano Valery Glivenko e o matemático italiano Francesco Paolo Cantelli fortaleceram este resultado ao provar a convergência uniforme de a pelo teorema de Glivenko–Cantelli.[7]
Uma versão centralizada e escalonada da medida empírica é a medida sinalizada:
Isto induz um mapa sobre as funções mensuráveis
dado por:
Pelo teorema central do limite,
converge em distribuição a uma variável aleatória normal
para um conjunto mensurável fixo
.[8] De forma semelhante, para uma função fixa
,
converge em distribuição a uma variável aleatória normal
, desde que
e
.[9]
é um processo empírico indexado por , uma coleção de subconjuntos mensuráveis de .[10]
é um processo empírico indexado por , uma coleção de funções mensuráveis de a .[11]
Um resultado significante na área dos processos empíricos é o teorema de Donsker. Isto levou a um estudo das classes de Donsker: conjuntos de funções com a útil propriedade de processo empíricos indexados por estas classes que convergem fracamente a um certo processo gaussiano.[12] Ainda que se possa mostrar que classes de Donsker são classes de Glivenko–Cantelli, o contrário não é verdadeiro em geral.
Exemplo
Como um exemplo, considere funções distribuição empírica. Para variáveis aleatórias independentes e identicamente distribuídas de valores reais
, elas são dadas por:
Neste caso, processos empíricos são indexados por uma classe
. Mostrou-se que
é uma classe de Donsker em particular.[13]
converge fracamente em a uma ponte browniana .
Referências
Predefinição:Processos estocásticos
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