Análise complexa

Fonte: testwiki
Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa

Predefinição:Mais notas Predefinição:Análise complexa A análise complexa, também conhecida como a teoria das funções de variável complexa, é o ramo da matemática que investiga as funções de números complexos. Ela é útil em muitas áreas da matemática, incluindo geometria algébrica, teoria dos números, análise combinatória e matemática aplicada; além disso, ela é amplamente utilizada em vários ramos da física, como hidrodinâmica, termodinâmica e, em particular, mecânica quântica. Por consequência, o escopo teórico da análise complexa também possui aplicações nas várias divisões da engenharia, como nas engenharias nuclear, aeroespacial, mecânica e elétrica.

Já que uma função diferenciável de variável complexa é igual à soma de sua série de Taylor Predefinição:Mdash isto é, também é uma função analítica Predefinição:Mdash a análise complexa tem interesse particular nas funções analíticas de variável complexa, denominadas funções holomorfas.

Funções complexas

A teoria das funções de variável complexa tem como um de seus principais objetivos a extensão do cálculo diferencial e integral para o domínio dos números complexos.[1] Seja A um conjunto de números complexos. Se z denota qualquer um dos números do conjunto A, então z é denominado uma variável complexa. Se existe uma correspondência entre os valores da variável complexa z para com uma outra variável complexa w para cada valor possível de z (elementos do conjunto A), então w é uma função da variável complexa z no conjunto A e isto é denotado como w=f(z). O conjunto A é usualmente algum domínio, chamado domínio de definição da função w.

Como todo número complexo pode ser escrito na forma z=a+bi, em que a=R(z),b=Im(z) indicam a parte real e a parte imaginária do número complexo z, respectivamente, temos que é possível decompor a função complexa w=f(z) na forma f(z)=u(x,y)+iv(x,y). Como nas funções reais, existem diversas classes de funções que podem ser atribuídas às funções complexas, por exemplo:

P(z)=a0+a1z+a2z2+...+anzn, em que z é uma variável complexa, é uma função polinomial em variável complexa.

Limites de funções complexas

Predefinição:Artigo principal Seja Predefinição:Math uma função complexa definida nas vizinhanças do ponto Predefinição:Math, sendo possivelmente não definida no próprio ponto Predefinição:Math. De forma análoga ao caso real, define-se o limite Predefinição:Math dessa função quando a variável Predefinição:Math tende ao ponto Predefinição:Math como sendo o valor da qual ela se aproxima (caso este exista) conforme Predefinição:Math fica arbitrariamente próximo de Predefinição:Math. Em linguagem matemática formal, diz-se que

limzz0f(z)=L,

se, para cada número Predefinição:Math existe um outro número Predefinição:Math com a propriedade de que a desigualdade Predefinição:Math é válida para todos os valores de Predefinição:Math tais que Predefinição:Math e Predefinição:Math.[2] Nessa definição, as barras Predefinição:Math representam o módulo de um número complexo, definido como Predefinição:Math para Predefinição:Math, em que Predefinição:Math e Predefinição:Math são as partes real e complexa de Predefinição:Math, respectivamente. Uma notação alternativa também utilizada para denotar um limite é f(z)L para zz0.[2]

Algumas propriedades típicas dos limites de funções reais também podem ser aplicadas às funções complexas, por exemplo: 1) o limite da soma é igual a soma dos limites; 2) o limite do produto é igual ao produto dos limites; 3) o limite do quociente é igual ao quociente dos limites (dado que o denominador não seja 0); ...

As condições de continuidade para as funções complexas são as mesmas de uma função real.

Derivada de uma função complexa

Predefinição:Artigo principal Tomemos, à semelhança das funções reais, o limite limΔz0f(z0+Δz)f(z0)Δz=f(z0)=dfdz(z0), denominado "derivada" da função f em relação a z no ponto z0. Assim, como nas funções reais, uma função complexa tem de ser contínua em um ponto para que seja diferenciável neste ponto (mas a recíproca não é necessariamente verdadeira). As principais fórmulas de diferenciação empregadas nas funções reais tem sua versão análoga para as funções complexas.

Condições de Cauchy-Riemann

Predefinição:Artigo principal Suponha que a função f seja derivável em z0, em que z0=x0+iy0:

f(z)=u(x,y)+iv(x,y)

f(z)=a+ib

Δf=f(z0+Δz)f(z0)

Δu=u(x0+Δx,yo+Δy)u(x0,y0)

e Δv, para a mudança correspondente em v(x,y). Então limΔz0ΔfΔz=limΔz0Δu+iΔvΔx+iΔy=a+ib

e também:

limΔx0,Δy0Re(Δu+iΔvΔx+iΔy)=a

limΔx0,Δy0Im(Δu+iΔvΔx+iΔy)=b

Em particular, quando Δy=0, em que Δz=Δx, esses limites se tornam limites de funções de uma variável (\Delta x) de forma que:

limΔx0u(x0+Δx,y0)u(x0,y0)Δx=a

limΔx0v(x0+Δx,y0)v(x0,y0)Δx=b

ou seja, as derivadas parciais ux e vx com relação a x existem no ponto (x0,y0) e

ux=a e vx=b

O procedimento análogo pode ser feito observando quando Δx=0(Δz=iΔy) de forma que existem as derivadas parciais com relação a y e são elas:

uy=b e vy=a, no ponto (x0,y0)

Dos dois procedimentos, chegamos às equações:

ux=vy

uy=vx

Que são as Condições de Cauchy-Riemann. Como f(z)=a+ib, chegamos à expressão f(z)=ux+ivx=vyiuy, no ponto (x0,y0). Estabelece-se o Teorema:

Teorema. Se a derivada f(z) de uma função f=u+iv existe num ponto z, então as derivadas parciais de primeira ordem, com relação a x e y, de cada componente u e v devem existir naquele ponto e satisfazer as condições de Cauchy-Riemann. Além disso, f(z) é dada em termos de suas derivadas parciais pela equação f(z)=ux+ivx=vyiuy.

Predefinição:Referências

Bibliografia

Predefinição:Wikilivros Predefinição:Esboço-matemática

Predefinição:Análise

Predefinição:Portal3 Predefinição:Authority control