Operador compacto

Fonte: testwiki
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Na análise funcional, operadores compactos formam uma família de operadores lineares limitados entre espaços de Banach. Grosseiramente falando, a compacidade é critério mais restritivo que a continuidade, suficiente para que certas propriedades dos operadores de posto finito sejam válidas. Em espaços de Hilbert, pode-se mostrar que, de fato, operadores compactos são limites (na norma operacional) de operadores de posto finito.

A importância do estudo destes operadores surgiu basicamente do desenvolvimento de uma teoria espectral para os mesmos e da validade de uma versão da alternativa de Fredholm, mostrando que o problema (λT+I)u=f se comporta como em dimensão finita.

Definição

Sejam X e Y espaços de Banach e T:XY um operador linear. T é dito operador linear compacto se a imagem de conjuntos limitados em X é conjunto pré-compacto em Y, ou seja, se:

T(B) é compacto, para todo B limitado.

Equivalentemente, T é compacto se para toda seqüência limitada xn, existe uma subseqüência {xnk}k=1{xn}n=1 tal que Txnk é convergente.

Exemplo

Considere X=C1[0,1], o espaço das funções continuamente diferenciáveis no intervalo [0,1] e Y=C0[0,1], o espaço das funções contínuas no mesmo intervalo; munidos das seguintes normas:

  • fX=sup[0,1]|f(x)|+sup[0,1]|f(x)|
  • fY=sup[0,1]|f(x)|

Considere, ainda, o operador linear T como sendo a inclusão de X em Y.

Se fn é uma seqüência limitada em X, então fn formam uma família equicontínua e equilimitada de funções definidas em um espaço compacto. Pelo teorema de Arzelà-Ascoli, existe uma seqüência {fnk}k=1, convergindo uniformemente para algum ponto limite. Como convergência uniforme é equivalente com convergência na norma do supremo, temos que a inclusão é um operador compacto.

Inclusão compacta

Seja XY dois espaços de Banach, dizemos que X está compactamente contido em Y e escrevemos XY se a função inclusão I:XY é um operador compacto entre estes espaços.

Ver também

Bibliografia