Diferenciação de funções trigonométricas
| Função | Derivada |
|---|---|
A diferenciação de funções trigonométricas é o processo matemático de encontrar a taxa na qual a função trigonométrica varia em relação a uma variável, isto é, a derivada da função trigonométrica. Funções comuns incluen sin(x), cos(x) e tan(x). Por exemplo, na diferenciação de f(x) = sin(x), calculamos a função f ′(x), que é a taxa de variação de sin(x) num certo ponto a. O valor da taxa de variação em a é portando dada por f ′(a).
Para calcular as derivadas de funções trigonométricas, é necessário ter conhecimento básico de diferenciação, além de conhecimento no uso de identidades trigonométricas e limites. Todas funções envolvem a variável arbitrária x, com todas diferenciações realizadas em relação a x.
Ao encontrarmos as derivadas das funções sin(x) e cos(x), podemos calcular as derivadas das outras funções trigonométricas com facilidade, devido ao fato delas poderem ser expressas em termos de seno e cosseno; a regra do quociente é utilizada para o cálculo de tais derivadas. As provas das derivadas das funções sin(x) e cos(x) são dadas na seção de provas. Encontrar as derivadas de funções trigonométricas inversas envolve diferenciação implícita e as derivadas das funções trigonométricas regulares, que são dadas na seção de provas.
Derivadas das funções trigonométricas e suas inversas
Provas das derivadas das funções seno e coseno
Limite de sin(θ)/θ para θ → 1
Considere a circunferência unitária exibida na imagem. Assuma que o ângulo θ, feito pelos raios OB e OC seja pequeno, e.g. menor que π/2 radianos, Predefinição:Nowrap Seja T1 o triângulo com vértices O, B e C. Seja S o setor circular dado pelos raios OB e OC (i.e. a "fatia" dada cortando-se ao longo das retas OB e OC). Seja T2 o triângulo com vértices O, B e D. Claramente, a área de T1 é menor que a área de S, que por sua vez é menor que a área de T2, i.e. Predefinição:Nowrap A área do triângulo é dada pela metade do produto entre sua base e sua altura. Usando u para denotar a unidade de medida utilizada, encontramos que a área de T1 é exatamente Predefinição:Frac × ||OB|| × ||CA|| = Predefinição:Frac × 1 × sin(θ) = Predefinição:Frac·sin(θ) u2. A área do setor circular S é exatamente Predefinição:Frac·θ u2. Finalmente, a área do triângulo T2 é exatamente Predefinição:Frac × ||OB|| × ||BD|| = Predefinição:Frac·tan(θ) u2.
Como Predefinição:Nowrap encontramos que, para um θ pequeno,
(Lembre-se que Predefinição:Nowrap.) Se isto é verdade, então multiplicando por 2 temos Predefinição:Nowrap. Invertendo os termos, também invertemos as desigualdades, e.g. Predefinição:Nowrap enquanto Predefinição:Nowrap Segue-se que
Como θ é pequeno, e portanto menor que π/2 radianos, Predefinição:Nowrap, segue-se que Predefinição:Nowrap Podemos multiplicar ambos lados por sin(θ), que é positivo, sem alterar a desigualdade; portanto:
Isto nos diz que para um θ muito pequeno, sin(θ)/θ é menor que um, mas maior que cos(θ). Porém, com θ diminuindo, cos(θ) cresce e se aproxima de 1 (see the cosine graph). A desigualdade nos diz que sin(θ)/θ é sempre menor que 1 e maior que cos(θ); mas conforme 'θ diminui, cos(θ) se aproxima de 1. Portanto, sin(θ)/θ é "esmagado" (ver teorema do confronto por 1 e cos(θ) quando θ decresce. Isto faz com que sin(θ)/θ se aproxime a 1.
Limite de [cos(θ) – 1]/θ para θ → 0
Esta última seção nos permite calcular este novo limite com facilidade. Sabemos que
A identidade Predefinição:Nowrap nos diz que Predefinição:Nowrap Usando isto, o fato de o limite do produto ser o produto do limite, e o resultado da última seção, encontramos
Derivada da função seno
Para calcular a derivada da função seno, sin(θ), usamos princípios básicos de derivação. Por definição:
Usando a conhecida fórmula Predefinição:Nowrap e os limites calculados acima, encontramos que
Derivada da função coseno
Para calcular a derivada da função cosseno, cos(θ) usamos princípios básicos de diferenciação. Por definição:
Usando a conhecida fórmula Predefinição:Nowrap e os dois limites calculados acima, encontramos que
Provas das derivadas das funções trigonométricas inversas
Nas provas abaixo, igualamos y a função trigonométrica inversa que queremos derivar. Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx, a derivada da função inversa é encontrada em termos de y. Para converter dy/dx de volta em termos de x, podemos desenhar um triângulo de referência na circunferência unitária, igualando θ a y. Usando o teorema de Pitágoras e as definições das funções básicas trigonométricas, podemos finalmente expressar dy/dx em termos de x.
Diferenciando a inversa da função seno
Fazemos
Onde
Então
Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:
Substituindo acima,
Substituindo acima,
Diferenciando a inversa da função cosseno
Fazemos
Onde
Então
Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:
Substituindo acima, temos
Substituindo acima, temos
Diferenciando a função tangente inversa
Fazemos
Onde
Então
Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:
Derivando e substituindo em dada a expressão acima,
Substituindo acima,
Ver também
Bibliografia
- Handbook of Mathematical Functions, Edited by Abramowitz and Stegun, National Bureau of Standards, Applied Mathematics Series, 55 (1964).