Diferenciação de funções trigonométricas

Fonte: testwiki
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Predefinição:Trigonometria

Função Derivada
sin(x) cos(x)
cos(x) sin(x)
tan(x) sec2(x)
cot(x) csc2(x)
sec(x) sec(x)tan(x)
csc(x) csc(x)cot(x)
arcsin(x) 11x2
arccos(x) 11x2
arctan(x) 1x2+1

A diferenciação de funções trigonométricas é o processo matemático de encontrar a taxa na qual a função trigonométrica varia em relação a uma variável, isto é, a derivada da função trigonométrica. Funções comuns incluen sin(x), cos(x) e tan(x). Por exemplo, na diferenciação de f(x) = sin(x), calculamos a função f ′(x), que é a taxa de variação de sin(x) num certo ponto a. O valor da taxa de variação em a é portando dada por f ′(a).

Para calcular as derivadas de funções trigonométricas, é necessário ter conhecimento básico de diferenciação, além de conhecimento no uso de identidades trigonométricas e limites. Todas funções envolvem a variável arbitrária x, com todas diferenciações realizadas em relação a x.

Ao encontrarmos as derivadas das funções sin(x) e cos(x), podemos calcular as derivadas das outras funções trigonométricas com facilidade, devido ao fato delas poderem ser expressas em termos de seno e cosseno; a regra do quociente é utilizada para o cálculo de tais derivadas. As provas das derivadas das funções sin(x) e cos(x) são dadas na seção de provas. Encontrar as derivadas de funções trigonométricas inversas envolve diferenciação implícita e as derivadas das funções trigonométricas regulares, que são dadas na seção de provas.

Derivadas das funções trigonométricas e suas inversas

(sin(x))=cos(x)
(cos(x))=sin(x)
(tan(x))=(sin(x)cos(x))=cos2(x)+sin2(x)cos2(x)=1cos2(x)=sec2(x)
(cot(x))=(cos(x)sin(x))=sin2(x)cos2(x)sin2(x)=(1+cot2(x))=csc2(x)
(sec(x))=(1cos(x))=sin(x)cos2(x)=1cos(x).sin(x)cos(x)=sec(x)tan(x)
(csc(x))=(1sin(x))=cos(x)sin2(x)=1sin(x).cos(x)sin(x)=csc(x)cot(x)
(arcsin(x))=11x2
(arccos(x))=11x2
(arctan(x))=1x2+1

Provas das derivadas das funções seno e coseno

Limite de sin(θ)/θ para θ → 1

Considere a circunferência unitária exibida na imagem. Assuma que o ângulo θ, feito pelos raios OB e OC seja pequeno, e.g. menor que π/2 radianos, Predefinição:Nowrap Seja T1 o triângulo com vértices O, B e C. Seja S o setor circular dado pelos raios OB e OC (i.e. a "fatia" dada cortando-se ao longo das retas OB e OC). Seja T2 o triângulo com vértices O, B e D. Claramente, a área de T1 é menor que a área de S, que por sua vez é menor que a área de T2, i.e. Predefinição:Nowrap A área do triângulo é dada pela metade do produto entre sua base e sua altura. Usando u para denotar a unidade de medida utilizada, encontramos que a área de T1 é exatamente Predefinição:Frac × ||OB|| × ||CA|| = Predefinição:Frac × 1 × sin(θ) = Predefinição:Frac·sin(θu2. A área do setor circular S é exatamente Predefinição:Frac·θ u2. Finalmente, a área do triângulo T2 é exatamente Predefinição:Frac × ||OB|| × ||BD|| = Predefinição:Frac·tan(θu2.

Como Predefinição:Nowrap encontramos que, para um θ pequeno,

12sinθ<12θ<12tanθ.

(Lembre-se que Predefinição:Nowrap.) Se isto é verdade, então multiplicando por 2 temos Predefinição:Nowrap. Invertendo os termos, também invertemos as desigualdades, e.g. Predefinição:Nowrap enquanto Predefinição:Nowrap Segue-se que

1sinθ>1θ>cosθsinθ.

Como θ é pequeno, e portanto menor que π/2 radianos, Predefinição:Nowrap, segue-se que Predefinição:Nowrap Podemos multiplicar ambos lados por sin(θ), que é positivo, sem alterar a desigualdade; portanto:

1>sinθθ>cosθ.

Isto nos diz que para um θ muito pequeno, sin(θ)/θ é menor que um, mas maior que cos(θ). Porém, com θ diminuindo, cos(θ) cresce e se aproxima de 1 (see the cosine graph). A desigualdade nos diz que sin(θ)/θ é sempre menor que 1 e maior que cos(θ); mas conforme 'θ diminui, cos(θ) se aproxima de 1. Portanto, sin(θ)/θ é "esmagado" (ver teorema do confronto por 1 e cos(θ) quando θ decresce. Isto faz com que sin(θ)/θ se aproxime a 1.

Limite de [cos(θ) – 1]/θ para θ → 0

Esta última seção nos permite calcular este novo limite com facilidade. Sabemos que

limθ0(cosθ1θ)=limθ0[(cosθ1θ)(cosθ+1cosθ+1)]=limθ0(cos2θ1θ(cosθ+1)).

A identidade Predefinição:Nowrap nos diz que Predefinição:Nowrap Usando isto, o fato de o limite do produto ser o produto do limite, e o resultado da última seção, encontramos

limθ0(cosθ1θ)=limθ0(sin2θθ(cosθ+1))=limθ0(sinθθ)×limθ0(sinθcosθ+1)=(1)×02=0.

Derivada da função seno

Para calcular a derivada da função seno, sin(θ), usamos princípios básicos de derivação. Por definição:

ddθsinθ=limδ0(sin(θ+δ)sinθδ).

Usando a conhecida fórmula Predefinição:Nowrap e os limites calculados acima, encontramos que

ddθsinθ=limδ0(sinθcosδ+sinδcosθsinθδ)=limδ0[(sinδδcosθ)+(cosδ1δsinθ)]=(1×cosθ)+(0×sinθ)=cosθ.

Derivada da função coseno

Para calcular a derivada da função cosseno, cos(θ) usamos princípios básicos de diferenciação. Por definição:

ddθcosθ=limδ0(cos(θ+δ)cosθδ).

Usando a conhecida fórmula Predefinição:Nowrap e os dois limites calculados acima, encontramos que

ddθcosθ=limδ0(cosθcosδsinθsinδcosθδ)=limδ0[(cosδ1δcosθ)(sinδδsinθ)]=(0×cosθ)(1×sinθ)=sinθ.

Provas das derivadas das funções trigonométricas inversas

Nas provas abaixo, igualamos y a função trigonométrica inversa que queremos derivar. Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx, a derivada da função inversa é encontrada em termos de y. Para converter dy/dx de volta em termos de x, podemos desenhar um triângulo de referência na circunferência unitária, igualando θ a y. Usando o teorema de Pitágoras e as definições das funções básicas trigonométricas, podemos finalmente expressar dy/dx em termos de x.

Diferenciando a inversa da função seno

Fazemos

y=arcsinx

Onde

π2yπ2

Então

siny=x

Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:

ddxsiny=ddxx
dydxcosy=1

Substituindo cosy=1sin2y acima,

dydx1sin2y=1

Substituindo x=siny acima,

dydx1x2=1
dydx=11x2

Diferenciando a inversa da função cosseno

Fazemos

y=arccosx

Onde

0yπ

Então

cosy=x

Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:

ddxcosy=ddxx
dydxsiny=1

Substituindo siny=1cos2y acima, temos

dydx1cos2y=1

Substituindo x=cosy acima, temos

dydx1x2=1
dydx=11x2

Diferenciando a função tangente inversa

Fazemos

y=arctanx

Onde

π2<y<π2

Então

tany=x

Usando diferenciação implícita e resolvendo para dy/dx:

ddxtany=ddxx
dydxsec2y=1

Derivando e substituindo em 1+tan2y=sec2y dada a expressão acima,

dydx(1+tan2y)=1

Substituindo x=tany acima,

dydx(1+x2)=1
dydx=11+x2


Ver também

Bibliografia

  • Handbook of Mathematical Functions, Edited by Abramowitz and Stegun, National Bureau of Standards, Applied Mathematics Series, 55 (1964).

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