Integral de Fresnel

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S(x) and C(x) O máximo de C(x) é cerca de 0.977451424. Se πt²/2 fosse usado em vez de t², a imagem estaria escalada verticalmente e horizontalmente (ver abaixo).

Integrais de Fresnel, S(x) e C(x), são duas funções transcendentais, cujo nome advém de Augustin-Jean Fresnel, que são usadas em óptica. Advieram da descrição do fenômeno de difração de Fresnel em campos próximos (sugerido do inglês, near field) e são definidos pelas seguintes representações de integral:

S(x)=0xsin(t2)dt,C(x)=0xcos(t2)dt.

A simultânea equação paramétrica de S(x) e C(x) é a Espiral de Cornu (também conhecida como clotóide e como espiral de Euler).

Definição

Os integrais de Fresnel admitem a seguinte série de potências que convergem para todo o x:

Integrais de Fresnel normalizados, S(x) e C(x). Nestas curvas o argumento da função trignométrica é πt2/2, por oposição a t2 como acima.
S(x)=0xsin(t2)dt=n=0(1)nx4n+3(2n+1)!(4n+3)
C(x)=0xcos(t2)dt=n=0(1)nx4n+1(2n)!(4n+1)

Alguns autores, incluindo Handbook of Mathematical Functions, (eqs 7.3.1 – 7.3.2) usam π2t2 para o argumento dos integrais definindo S(x) e C(x). Para conseguir estas funções, multiplicam os integrais acima por 2π e multiplicam o argumento x por (π2)1/2.

Espiral de Cornu

Predefinição:Main

A espiral de Cornu (xy) = (C(t), S(t)). A espiral converge do centro dos buracos na imagem à medida que t tende para o infinito, positivo ou negativo.

A espiral de Euler, ou Cornu, ou clotóide, é a curva gerada pela equação paramétrica de S(t) por oposição a C(t). A esperial de Cornu foi criada por Marie Alfred Cornu como um nomograma para computação de difrações em ciência e engenharia.

Pela definição dos integrais de Fresnel, os infinitésimais dx e dy são:

dx=C(t)dt=cos(t2)dt
dy=S(t)dt=sin(t2)dt

Logo o comprimento da esprial medido da origem pode ser expresso como:

L=0tdx2+dy2=0tdt=t

Isto é, o parâmetro Predefinição:Math é o comprimento da curva medido da origem (0,0) e a espiral de Cornu tem comprimento infinito. O vector Predefinição:Math, também chamado vector tangente unitário, ao longo da espiral dá θ = Predefinição:Math. Visto t ser o comprimento da curva, a curvatura κ pode ser expressa como:

κ=1R=dθdt=2t

E o rácio de modificação da curvatura com respeito ao comprimento da curva é:

d2θdt2=2

Uma espiral de Cornu tem uma propriedade em que a curvatura é, em qualquer ponto, proporcional à distância ao longo da espiral, medida desde a origem. Esta propriedade faz com que seja útil no cálculo da curvatura em engenharia de autoestradas ou caminhos de ferro.

Se um veículo segue a espiral a uma velocidade, o parâmetro Predefinição:Math nas derivações acima também representa o tempo. Isto é o veículo seguindo a espiral em velocidade constante vai ter um valor constante de aceleração angular.

Secções das espirais de Euler são vulgarmente usadas na forma de ciclos de Montanha-russa para fazer o que é conhecido como ciclos verticais (em que os utilizadores são postos de cabeça para baixo na sua viagem após uma subida, seguido de uma descida).

Propriedades

S(x)=π4(ierf(ix)+ierf(ix))
C(x)=π4(ierf(ix)+ierf(ix)).
  • C e S são funções inteiras.
  • Os integrais definindo C(x) e S(x) não podem ser avaliado em numa expressão fechada em termo de funções elementares, excepto em casos especiais. Os limites desta funções à medida que x se aproxima do infinito são conhecidos:
0cost2dt=0sint2dt=2π4=π8.

Avaliação

O contorno do setor usado para calcular os limites das integrais de Fresnel

Os limites de C e S à medida que o argumento vai para o infinito podem ser encontrados por métodos de Análise complexa. Isto usa o integral de contorno (sugerido do inglês contour integral da função

e12t2

à volta da fronteira da região em forma do setor circular no plano complexo criada pelo positivo eixo x, meia linha de y = x, x ≥ 0, e o círculo de raio R centrado na origem.

Como R vai para infinito, o integral ao longo do arco circular tende para 0, o integral ao longo do eixo real tende para o integral gaussiano

0e12t2dt=π2,

depois de algumas transformações de rotina, o integral ao longo do bi-sector do primeiro quadrante pode ser relacionado com o limite dos integrais de Fresnel.

Generalização

A integral xmexp(ixn)dx=l=0ilxm+nll!dx=l=0il(m+nl+1)xm+nl+1l!

é uma função hipergeométrica confluente (sugerido do inglês, confluent hypergeometric function) e também uma função de gamma incompleta (sugerido do inglês, incomplete Gamma function).

xmexp(ixn)dx=xm+1m+11F1(m+1n1+m+1nixn)=1ni(m+1)/nγ(m+1n,ixn),

que reduz o integral de Fresnel se as suas partes reais ou imaginárias são retiradas:

xmsin(xn)dx=xm+n+1m+n+11F2(12+m+12n32+m+12n,32x2n4).

O termo principal da expansão assintótica é

1F1(m+1n1+m+1nixn)m+1nΓ(m+1n)eiπ(m+1)/(2n)xm+1,

logo 0xmexp(ixn)dx=1nΓ(m+1n)eiπ(m+1)/(2n),

e em particular 0sin(xa) dx=Γ(1a)sin(π2a)a

com o lado esquerdo a convergir para a>1 e o lado direito sendo a sua extensão analítica ao plano inteiro menos onde se encontram os polos de Γ(a1).

A transformação de Kummer da função hipergeométrica confluente é

xmexp(ixn)dx=Vn,m(x)eixn

com Vn,m:=xm+1m+11F1(11+m+1nixn).

Ver também

Referências

Ligações externas