Série convergente

Fonte: testwiki
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Em matemática, uma série é o somatório dos termos de uma sequência de números.

Dada uma sequência infinita

(a1,a2,a3,)

, a

n

-ésima soma parcial

Sn

é a soma dos primeiros termos da sequência, isto é,

Sn=k=1nak.

Uma série é convergente se a sequência de suas somas parciais

{S1,S2,S3,}

tende a um limite. Isto quer dizer que as somas parciais se tornam cada vez mais próximas de um dado número quando o número de seus termos aumenta. Em uma linguagem mais formal, uma série converge se existe um limite

tal que para qualquer número positivo arbitrariamente pequeno

ε>0

, existe um inteiro

N

tal que para todo

n N

,

|Sn|ε.

Qualquer série que não é convergente é chamada de divergente.[1]

Exemplos de séries convergentes e divergentes

  • Os inversos dos inteiros positivos produzem uma série divergente (série harmônica):Predefinição:Quote
  • Alternar os sinais dos inversos dos inteiros positivos produz uma série convergente:
    1112+1314+1516+=ln2.
  • Alternar os sinais dos inversos dos inteiros ímpares produz uma série convergente (a Fórmula de Leibniz para π):
    1113+1517+19111+=π4.
  • Os inversos dos números primos produzem uma série divergente (assim sendo, o conjunto dos primos é "grande"):Predefinição:Quote
  • Os inversos dos números triangulares produzem uma série convergente:
    11+13+16+110+115+121+=2.
  • Os inversos dos fatoriais produzem uma série convergente (ver número de Euler e):
    11+11+12+16+124+1120+=e.
  • Os inversos dos números quadrados produzem uma série convergente (o Problema de Basileia):
    11+14+19+116+125+136+=π26.
  • Os inversos das potências de 2 produzem uma série convergente (assim sendo, o conjunto das potências de 2 é "pequeno"):
    11+12+14+18+116+132+=2.
  • Os inversos das potências de qualquer n produzem uma série convergente:
    11+1n+1n2+1n3+1n4+1n5+=nn1.
  • Alternar os sinais dos inversos das potências de 2 também produz uma série convergente:
    1112+1418+116132+=23.
  • Alternar os sinais dos inversos das potências de qualquer n produz uma série convergente:
    111n+1n21n3+1n41n5+=nn+1.
  • Os inversos dos números de Fibonacci produzem uma série convergente, sendo ψ a constante dos inversos de Fibonacci:
    1111+1213+1518+=ψ.

    [2]

Testes de convergência

Se for possível provar que a série azul Σbn converge, então a série menor Σan deve convergir. Por contraposição, se for possível provar que a série vermelha Σan diverge, então Σbn também deve divergir.

Existem alguns métodos para determinar se uma série converge ou diverge.

  • Teste da comparação: Os termos da sequência {an} são comparados àqueles de outra sequência {bn}. Se,

para todo n, 0anbn e n=1bn converge, então o mesmo acontece com n=1an. Contudo, se, para todo n, 0bnan e n=1bn diverge, então o mesmo acontece com n=1an.

  • Teste da razão: Assuma que para todo n, an>0. Suponha que existe r tal que:
    limnan+1an=r.

Se r<1, então a série converge. Se r>1, então a série diverge. Se r=1, o teste da razão é inconclusivo e a série pode convergir ou divergir.


  • Teste da raiz ou teste da raiz n-ésima: Suponha que os termos da sequência em questão são números não negativos. Defina r como se segue:
    r=lim supn|an|n,

em que lim sup denota o limite superior (possivelmente ; se o limite existir, é o mesmo valor).

Se r<1, então a série converge. Se r>1, então a série diverge. Se r=1, o teste da raiz é inconclusivo e a série pode convergir ou divergir.

O teste da razão e o teste da raiz são ambos baseados na comparação com uma série geométrica e, como tal, funcionam em situações similares. De fato, se o teste da razão funcionar (significando que o limite existe e não é igual a 1), então o mesmo acontece com o teste da raiz. O inverso, porém, não é verdadeiro. Por isso, o teste da raiz é de aplicação mais geral, mas, em termos práticos, é frequentemente difícil computar o limite para tipos de séries comumente encontrados.

  • Teste da P-Séries : Uma importante classe de séries numéricas é quando são constituída da série da seguinte forma n=11np
    este tipo de série é conhecido com p-séries e que são bastante utilizado com série de prova nos critérios de comparação. Observe que o termo geral an=1/np tem limite 1, quando p=0, e limite é infinito quando p<0 e em ambos os casos a série é divergente. Se p=1 temos então a série harmônica, que neste caso também é divergente. Nos demais casos a convergência das p-séries será analisado pelo critério de Integral. Quando a função f(x)=1/xp e p>0 e x é maior ou igual a 1, temos então duas condições:

caso 1: Se 0<p<1, Predefinição:Quote caso 2: Se p>1, Predefinição:Quote

A integral imprópria quando p>1 é convergente, consequentemente é o único caso que p-série n=11np é também converge.

Exemplos :

Convergentes n=11n5/2 e n=11n2

Divergentes n=11n e n=11n2/3

  • Teste da integral: A série pode ser comparada com uma integral para estabelecer convergência ou divergência. Considere f(n)=an uma função positiva e monotonicamente decrescente. Se
    1f(x)dx=limt1tf(x)dx<,

então a série converge. No entanto, se a integral diverge, o mesmo acontece com a série.

  • Teste da comparação do limite: Se {an},{bn}>0, o limite limnanbn existir e for diferente de zero, então n=1an converge se e somente se n=1bn convergir.
  • Teste da série alternada: Também conhecido como critério de Leibniz, o teste da série alternada estabelece que para uma série alternada da forma n=1an(1)n, se {an} for monotonicamente decrescente e tiver um limite zero no infinito, então a série converge.
  • Teste da condensação de Cauchy: Se {an} for uma sequência monotonicamente decrescente positiva, então n=1an converge se e somente se k=12ka2k convergir.

Outros exemplos incluem o teste de Dirichlet, o teste de Abel e o teste de Raabe.[3]

Convergência condicional e absoluta

Ilustração da convergência condicional da série de potência de log(z+1) em torno de 0 avaliado em z=exp((π1/3)i). O comprimento da linha é infinito.

Para qualquer sequência

{a1,a2,a3,}

,

an|an|

para todo

n

. Por isso,

n=1ann=1|an|.

Isto significa que, se

n=1|an|

convergir, então

n=1an

também converge (mas não vice-versa).

Se a série n=1|an| convergir, então, a série n=1an é absolutamente convergente. Um sequência absolutamente convergente é uma sequência na qual a linha criada ao juntar todos os incrementos à soma parcial é finitamente longa. A série das potências da função exponencial é absolutamente convergente em todo lugar.

Se a série n=1an convergir, mas a série n=1|an| divergir, então a série n=1an é condicionalmente convergente. O caminho formado ao conectar as somas parciais de uma série condicionalmente convergente é infinitamente longo. A série das potências do logaritmo é condicionalmente convergente.

O teorema das séries de Riemann afirma que, se uma série convergir condicionalmente, é possível rearranjar os termos da série de tal maneira que a série converge a qualquer valor ou até mesmo diverge.[4]

Convergência uniforme

Predefinição:Main

Considere

{f1,f2,f3,}

uma sequência de funções. Diz-se que a série

n=1fn

converge uniformemente a

f

se a sequência

{sn}

de somas parciais definida por:

sn(x)=k=1nfk(x)

convergir uniformemente a

f

.

Há um análogo do teste de comparação para séries infinitas de funções chamado teste M de Weierstrass.[5]

Critério de convergência de Cauchy

O critério de convergência de Cauchy afirma que uma série n=1an converge se e apenas se a sequência de somas parciais for uma sequência de Cauchy.

Isto significa que, para todo

ε>0

, há um número inteiro positivo

N

tal que, para

nmN

, temos:

|k=mnak|<ε,

que é equivalente a:

limnmk=nn+mak=0.

[6]

Ver também

Referências

Predefinição:Reflist

[7]

Predefinição:Séries (matemáticas)

Predefinição:Portal3