Área

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Predefinição:Mais notas

O paralelogramo tem área 4, o círculo tem área 94π e o triângulo tem área 92.

Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície.[1]

Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado (m²) e os seus múltiplos e sub-múltiplos.[2] São também muito usadas as medidas agrárias: are, que equivale a cem metros quadrados; e seu múltiplo hectare, que equivale a dez mil metros quadrados. Outras unidades de medida de área são o acre e o alqueire.

Na geografia e cartografia, o termo "área" corresponde à projeção num plano horizontal de uma parte da superfície terrestre. Assim, a superfície de uma montanha poderá ser inclinada, mas a sua área é sempre medida num plano horizontal.

Definição formal

Uma abordagem para definir o que se entende por área é por meio de axiomas. Por exemplo, pode-se definir área como sendo uma função a de uma coleção M de figuras planas de um tipo especial (denominadas conjuntos mensuráveis) no conjunto dos números reais satisfazendo as seguintes propriedades:

  • Para qualquer S em M, a(S) ≥ 0.
  • Se S e T estão em M então ST e ST também estão e, além disso, a(ST) = a(S) + a(T) − a(ST).
  • Se S e T estão em M e ST então TS está em M e a(TS) = a(T) − a(S).
  • Se um conjunto S está em M e S é congruente a T então T também está em M e a(S) = a(T).
  • Todo retângulo R está em M. Se o retângulo tem largura h e altura k então a(R) = hk.
  • Seja Q um conjunto limitado entre duas regiões com degraus, S e T. Uma região com degraus é formada a partir de uma união finita de retângulos adjacentes apoiados em uma mesma base, isto é, SQT. Se existe um único número c tal que a(S) ≤ c ≤ a(T) para quaisquer regiões step S e T, então a(Q) = c.

Pode ser demonstrado que existe uma tal função área.[3]

Unidades

Predefinição:Artigo principal

Um metro quadrado delimitado por tubos de PVC.

Cada unidade de comprimento tem uma unidade de área correspondente, igual à área do quadrado que tem por lado esse comprimento. Desta forma, as áreas podem ser medidas em metros quadrados (²), centímetros quadrados (cm²), milímetros quadrados (mm²), quilómetros quadrados (km²), pés quadrados (ft²), jardas quadradas (yd²), milhas quadradas (mi²), e assim por diante. Algebricamente, estas unidades são os quadrados das unidades de comprimento correspondentes.

A unidade do Sistema Internacional para área é o metro quadrado, que é considerado uma unidade derivada de SI.

Conversões

Embora haja 10 mm num cm, há 100 mm² num cm².

A conversão entre duas unidades quadradas é o quadrado do fator de conversão entre as unidades de comprimento correspondentes. Por exemplo, como

1 = 12 polegadas,

é a relação entre pés quadrados e polegadas quadradas, temos que

1 pé = 144 polegadas quadradas,

sendo 144 = 12² = 12 × 12. Da forma análoga:

  • 1 quilómetro quadrado = 1 milhão de metros quadrados;
  • 1 metro quadrado = 10 000 centímetros quadrados = 1 000 000 milímetros quadrados;
  • 1 centímetro quadrado = 100 milímetros quadrados;
  • 1 jarda quadrada = 9 pés quadrados;
  • 1 milha = Predefinição:Fmtn jardas quadradas = Predefinição:Fmtn pés quadrados.

Outras unidades

Existem várias outras unidades usadas para áreas. O are foi a unidade de medida original do sistema métrico para a área:

  • 1 are = 100 metros quadrados.

Embora o are tenha caído em desuso, o hectare ainda é muito usado para medir terrenos e propriedades:

  • 1 hectare = 100 ares = 10 000 metros quadrados = 0,01 quilómetros quadrados.

Outras unidades métricas menos habituais para a área incluem a tétrade, hectade e miríade.

O acre também é muito usado na medição da área de terrenos, sendo:

Um acre é aproximadamente 40% de um hectare.

História

Acredita-se que as necessidades cotidianas, tais como as divisões de terra para o plantio às margens dos rios, a construção de residências, assim como os estudos relativos aos movimentos dos astros inserem-se no contexto de atividades ligadas à geometria e desenvolvidas pelos seres humanos ao longo da evolução humana.

Dentre os principais matemáticos da antiguidade responsáveis pelo desenvolvimento da geometria destacam-se Tales de Mileto (VI a.C.), na Grécia, importando a geometria utilizada pelos egípcios; Pitágoras, conhecido pelo teorema aplicado ao triângulo retângulo que recebeu o seu nome e aperfeiçoou o conceito de demonstração matemática da época. E, ainda nesse século, "os Elementos” de Euclides trouxeram inovações consistentes quanto aos métodos utilizados na antiguidade e que vêm contribuindo há mais de 20 séculos para o desenvolvimento das ciências, baseando-se em três conceitos básicos, tais como ponto, reta e círculo, como também nos cinco postulados. É um sistema axiomático que surge de conceitos e proposições aceitos sem demonstração, conhecidos como, postulados e axiomas.

Uma curiosidade interessante dentro do trabalho com áreas diz respeito ao corpo humano como unidade. Assim, palmos, pés, passos, braças e cúbitos, foram algumas das primeiras unidades de medida utilizadas direta ou indiretamente. Aproximadamente em 3500 a.C., período em que iniciavam-se a construção dos primeiros templos na Mesopotâmia e no Egito, os responsáveis por tais projetos sentiram a necessidade de encontrar unidades de medidas mais regulares e exatas, usaram então como base de medida as partes do corpo de apenas um homem (por exemplo, o rei) e com tais medidas confeccionaram réguas de madeiras e metal, ou ainda com nós, as quais destacaram-se como as primeiras medidas oficiais de comprimento.

O cálculo de áreas iniciou-se possivelmente pela prática da arrecadação de impostos pelos sacerdotes, os quais calculavam intuitivamente a extensão dos campos só pela observação visual, com o tempo observaram trabalhadores revestindo uma parte retangular do chão com pedras quadradas e perceberam que para determinar a quantidade de pedras, seria suficiente contar a quantidade de quadrados de uma fileira e multiplicar pelo número de fileiras existentes, dando origem assim à fórmula para o cálculo da área de um retângulo, sendo esta obtida a partir produto da base pela altura.

Logo após, desenvolveram uma fórmula para o cálculo da área de um triângulo, fundados num pensamento bastante geométrico, no qual tinham a área de um quadrado ou retângulo e dividindo-os ao meio em diagonal obtinham a área do triângulo, assim a área do triângulo é dada pela metade da área do quadrado ou do retângulo. Quando o terreno não tinha a forma retangular ou triangular, os primeiros cartógrafos e agrimensores, utilizavam a triangulação, que consistia num processo de divisão da área em triângulos, cuja soma de suas áreas representava o total da área.

No entanto, esse processo de triangulação apresentava alguns pequenos erros, ao medir a área de terrenos não planos ou com curvas. Surgiu assim a necessidade de calcular o comprimento da circunferência e a área do círculo. Com uma corda pequena ou grande sendo girada em torno de um ponto fixo tinha-se a figura de um circunferência. Essa corda, medida que conhecemos como raio da circunferência, tinha alguma relação com o comprimento da circunferência, assim, tomando essa corda e observando quantas vezes ela caberia na circunferência, perceberam que cabia pouco mais de seis vezes e um quarto, independente do seu tamanho. Desta forma concluíram que o comprimento da circunferência poderia ser dado por 6,28 vezes a medida do raio o que corresponde ao que calculamos hoje quando fazemos C=2πr, onde π vale aproximadamente 3,14.

Quanto à área do círculo, por volta de 2000 anos a.C., conta-se que Amósis, um escriba egípcio, se propôs a determinar a área de um círculo, pensando inicialmente em calcular a área de um quadrado e obter o número de vezes que essa área caberia na área do círculo. Depois para definir qual seria esse quadrado, considerou mais adequado utilizar o quadrado cujo lado tivesse a mesma medida do raio do círculo do qual se desejava calcular a área, assim procedendo provou que o quadrado se inseria no círculo entre três e quatro vezes, o que representava uma aproximação de três vezes e um sétimo, o que atualmente consideramos aproximado a 3,14 vezes. Desta forma determinou a área do círculo multiplicando a área do quadrado por 3,14, situação que utilizamos atualmente com A=πr2, com π valendo aproximadamente 3,14.

Na Grécia, aproximadamente em 500 a.C. foram fundadas as primeiras universidades. Neste período Tales e seu discípulo Pitágoras organizaram, desenvolveram e aplicaram todo o conhecimento da Babilônia, Etúrria, Egito e Índia à matemática, navegação e religião. Neste período, crescia a curiosidade e a procura por livros de geometria, o conhecimento do Universo ampliava-se velozmente e a escola de Pitágoras fez afirmações quanto à forma da Terra identificando-a como esférica ao invés de plana. Surgiram novas construções geométricas, e suas áreas e perímetros eram agora fáceis de calcular.[4]

Fórmulas de cálculo

Retângulo

Retângulo com área Predefinição:Math.

A mais simples fórmula de cálculo de uma área é a do retângulo Dado um retângulo com base Predefinição:Math e altura Predefinição:Math, a sua área é:

A=l×w (área do retângulo)

Ou seja, a área do retângulo é obtida multiplicando a largura pela altura. Um caso particular é a área do quadrado; sendo Predefinição:Math o comprimento do seu lado, a sua área é:

A=l2 (área do quadrado)

A fórmula para a área do retângulo decorre diretamente das propriedades básicas da área, e por vezes é tomada como uma definição ou axioma. Tendo a geometria sido desenvolvida antes da aritmética, o conceito de área pode ser usado para definir a multiplicação de números reais.

Dissecção de um paralelogramo.

Fórmulas por dissecção

A maioria das outras fórmulas simples para o cálculo da área seguem o método da dissecção. Como o nome indica, este método envolve seccionar a figura em partes mais simples, calcular a área de cada uma dessas partes, que somadas resultarão na área da figura original.

Por exemplo, um paralelogramo pode ser dividido num trapezoide e num triângulo retângulo, como ilustrado pela figura da esquerda. Se movermos o triângulo para o outro lado do trapezoide, o resultado é um retângulo. A conclusão é que a área do paralelogramo é igual à do retângulo:

Dois triângulos iguais.
A=b×h (área do paralelogramo)

O mesmo paralelogramo pode ser dividido em dois triângulos congruentes através de um corte na diagonal, como mostrado na figura da direita:

A=b×h2 (área do triângulo)

É possível fazer raciocínios semelhantes para obter fórmulas para as áreas do trapezoide, do losango e de outros polígonos mais complicados.

Área de outros polígonos

Área do trapézio:

A=B+b2×h (B = base maior; b = base menor; h = altura)[5]

Área do losango:

A=D×d2 (D = diagonal maior; d = diagonal menor)[6]

Área de qualquer polígono regular:

P×a2 (P = perímetro; a = comprimento do apótema)Predefinição:Cf

Círculo

Círculo dividido em setores que podem ser rearranjados num paralelogramo aproximado.

A área de um círculo também pode ser calculada através do método de dissecção. Dado um círculo com raio r é possível dividi-lo em setores. Cada setor tem uma forma aproximadamente triangular, e os setores podem ser rearranjados para formar uma figura próxima de um paralelogramo. A altura do paralelogramo é r e a largura é metade da circunferência do círculo, ou seja, πr. Resulta que a área do círculo é r×πr, ou seja, πr2

A=π×r2 (área do círculo; r = raio)[7]

Embora a dissecação usada na fórmula seja aproximada, o erro torna-se cada vez menor à medida que usamos setores cada vez menores.

O limite da área quando o tamanho dos setores tendo para zero é exatamente πr2, que corresponde à área do círculo.

Este raciocínio é uma aplicação simples dos conceitos do cálculo. No passado, o método da exaustão foi usado de forma semelhante para encontrar a área do círculo, sendo reconhecido como um precursor do cálculo integral. Usando os métodos modernos, a área do círculo pode ser calculada usando um integral:

A=rr2r2x2dx=πr2.

Área de uma superfície

Arquimedes relacionou a área e volume da esfera com o cilindro.

A maioria das fórmulas para o cálculo da área de uma superfície pode ser obtida cortando e endireitando a superfície. Por exemplo, a superfície de um cilindro pode ser cortada e estendida formando um retângulo. Da mesma forma, a superfície de um cone pode ser cortada e endireitada num setor de um círculo, para permitir o cálculo da sua área.

O cálculo da área da superfície de uma esfera é mais complexo, pois a curvatura da superfície dificulta a sua projeção num plano direito. Isso acontece com sólidos com curvatura gaussiana diferente de zero. O primeiro a obter uma fórmula para o cálculo da área de uma esfera foi Arquimedes na sua obra Sobre a Esfera e o Cilindro. Provou que a área e volume da esfera é exatamente 2/3 da área e volume do cilindro que a envolve. Tal como acontece com a área do círculo, a fórmula para a área da esfera resulta de métodos similares aos do cálculo.

Á área de uma esfera com raio r é:

A=4πr2 (área da esfera)

Lista de fórmulas

Fórmulas comumente usadas para o cálculo da área
Figura Formula Variáveis
Triângulo equilátero L243 L é comprimento de um lado do triângulo.
Triângulo p(pa)(pb)(pc) p é metade do perímetro, a, b e c é o comprimento de cada um dos lados.
Triângulo 12absen(C) a e b são quaisquer dois lados, e C é o ângulo entre eles.
Triângulo 12bh b e h são a base e altura (medida perpendicularmente à base), respetivamente.
Quadrado l2 l é o comprimento de um dos lados do quadrado.
Retângulo ab a e b são o comprimento de cada um dos lados do retângulo.
Losango 12ab a e b são o comprimento de cada uma das diagonais do losango.
Paralelogramo bh b é o comprimento da base e h é a altura medida na perpendicular.
Trapézio 12(a+b)h a e b são os lados paralelos e h a distância (altura) entre os lados paralelos.
Hexágono regular 3L223 L é o comprimento de um dos lados do hexágono.
Octógono regular 2(1+2)l2 l é o comprimento de um dos lados do octógono
Polígono regular 14nl2cot(π/n) l é o comprimento de um dos lados e n o número de lados.
Polígono regular 12nR2sen(2π/n)=nr2tan(π/n) R é o raio do círculo circunscrevente, r o raio do círculo interior, e n é o número de lados.
Polígono regular 12ap a é o apótema (raio do círculo interior ao polígono) e p é o perímetro do polígono.
Círculo πr2 ou πd24 r é o raio e d o diâmetro.
Setor circular 12r2θ r e θ são, respetivamente, o raio e ângulo (em radianos).
Elipse πab a e b são o semieixo maior e semieixo menor, respetivamente.
Área total da superfície do cilindro 2πr(r+h) r e h são o raio e altura do cilindro.
Superfície lateral do cilindro 2πrh r e h são o raio e altura do cilindro.
Superfície total do cone πr(r+l) r e l são o raio e a distância do vértice ao círculo base, respetivamente.
Superfície total da esfera 4πr2 ou πd2 r e d são o raio e o diâmetro, respetivamente.
Superfície total da pirâmide B+PL2 B é a área da base, P o perímetro da base e L a distância do vértice aos cantos da base.

Aplicações

Pode-se operacionalizar as áreas de algumas figuras planas e utilizá-las em algumas aplicações úteis. Evidentemente, associa-se área de uma figura plana a um número positivo, o qual expressa o espaço do plano ocupado por ela.

Notação

Usa-se a escrita (ABC...N) para indicar a área de um polígono de N vértices. Vale lembrar que em qualquer polígono o número de vértices é igual ao número de lados.

Área de um triângulo

Critério para equivalência de triângulos

Propriedade 1

Dois triângulos de mesma base e mesma altura têm áreas iguais.

Demonstração: Dadas duas retas paralelas r e s, a uma distância d, marcamos sobre a reta r, os pontos A e B, e sobre a reta s, marcamos os pontos, C e C, conforme figura abaixo.

Essa é uma consequência do corolário: Sejam ABC e ABC triângulos tais que AB//CC. Então (ABC)=(ABC).[8]

Analisando as áreas dos triângulos ABC e ABC, temos que:

(ABC)=ABd2

(ABC)=ABd2

Assim, como r//s e a distância de r a s dada por d(r,s)=d, se A e B pertencem a reta r e C pertence a reta s, obtendo um ponto qualquer C sobre a reta s, temos AB//CC, portanto os dois triângulos ABC e ABC possuem a mesma base AB e a mesma altura d, logo suas áreas são iguais.

Propriedade 2

Se dois triângulos possuem mesma altura, então a razão entre as suas áreas é igual à razão entre as suas bases.

Na triângulo ABC, foi traçada uma ceviana a partir do vértice A intersectando o lado BC no ponto X, ficando assim determinados dois triângulos: AXB e AXC, de mesma altura AH.

Demonstração: Fazendo a razão entre as áreas temos,

(AXB)(AXC)=12BXAX12CXAH=BXCX

Portanto,

(AXB)(AXC)=BXCX

Triângulos semelhantes

Predefinição:Artigo principal

Dados dois triângulos semelhantes ABC e MNP, vamos analisar a razão de semelhança entre a razão entre suas áreas e sua razão de semelhança.

Sejam ABC e MNP dois triângulos semelhantes, sendo k a razão de semelhança entre seus lados:

MPAC=MNAB=NPBC=k, então temos (MNP)(ABC)=k2

Demonstração: Como NP=kBC e HM=kAH, temos pelas áreas dos triângulos:


(MNP)(ABC)=12NPAM12BCAH=kBCkAHBCAH=k2

Portanto, dados dois triângulos com razão de semelhança k entre seus lados correspondentes, a razão de semelhança entre suas áreas será k2.

A prova do teorema de Pitágoras e outras relações métricas no triângulo retângulo através do cálculo de áreas

Seja ABC um triângulo retângulo no vértice A, onde a hipotenusa BC=a, e seus catetos AB=c e AC=b, considerando ainda a altura relativa à hipotenusa AH=h, bem como as projeções dos catetos sobre a hipotenusa BH=m e CH=n, temos:

Vamos provar as seguintes relações através do cálculo de áreas:

  • I. ah=bc
  • II. c2=am e b2=na
  • III. a2=b2+c2


Demonstração I:

I.a) Calculando a área (ABC) a partir da base BC e altura AH:

(ABC)=12BCAH=12ah

I.b) Calculando a área (ABC) a partir da base AC e altura AB:

(ABC)=12ACAB=12bc

Decorre de I.a) e I.b) temos que (ABC)=12ah=12bc.

Logo ah=bc


Demonstração II:

II.a) Dado o triângulo ABC, retângulo em A, constrói-se quadrados sobre a hipotenusa BC e os catetos AC e AB, respectivamente de medidas a, b e c. Depois prolonga-se a altura AH até interceptar o lado FG do quadrado BCGF no ponto I.

Observando os segmentos paralelos BG e AI, percebe-se dois triângulos GBA e GBH de mesma área, cujas bases medem a e as alturas medem m.

Assim, (GBA)=(GBH)=12BGBH=12am

Vejamos ainda na figura acima que, os triângulos GBA e BDC são congruentes pelo caso LAL, pois BDBA, BCBG e CBDABC+90. Logo, (BDC)=(GBA). E como os segmentos BD e AC são paralelos temos que (BDA)=(BDC), visto que a base BD e a altura AB são comuns aos dois triângulos.

Assim: BD=AB=c, então (BDA)=(BDC)=12BDBA=12cc=c22

Daí, (GBA)=(BDC)am2=c22c2=am

II.b) De maneira análoga, é provado que b2=an

Como AI//CF, temos nos triângulos ACF e HCF que (ACF)=(HCF), pois possuem a mesma base CF e mesma altura CH, sendo assim:

(ACF)=(HCF)=12CFCH=12

Temos ainda que os triângulos BCJ e ACF são congruentes pelo caso LAL, pois ACCJ=b; CFBC=a; ACFBCJACB+90. Então, como AK//CJ temos:

(ACJ)=(BCJ)=12ACCJ=12b2

Portanto, da congruência BCJ e ACF, temos:

(BCJ)=(ACF)12b2=12anb2=an


Demonstração III:

De maneira simplificada, somando as duas igualdades II.a) e II.b) temos:

b2=an e c2=am, logo b2+c2=an+amb2+c2=a(n+m)


Como n+m=a, temos:

b2+c2=a(n+m)b2+c2=a2 (Teorema de Pitágoras)


Pode-se obter uma demonstração mais elaborada do teorema de Pitágoras por meio do cálculo de áreas. Observando a figura da demonstração II. b) temos que:

BCJACF, pelo caso LAL, então (BCJ)=(ACF). Temos também que (ACJ)=(BCJ)=(ACF) e (ACF)=(CHF)=(BCJ). Daí, (ACJ)=(CHF).


Logo, (ACJK)=2(ACJ)=2(CHF).

Por outro lado, da demonstração II. b), onde GBABDC, pelo caso LAL, então (GBA)=(BDC). Temos ainda que (ABD)=(BDC)=(ABG) e (ABG)=(BHG)=(BDC). Daí, (ABD)=(BHG).


Logo, (ABDE)=2(ABD)=2(BHG).

Portanto, analisando a área do quadrado BCGF de acordo com as demonstrações II. a) e II. b), temos que:


(BCFG)=(CHIF)+(BHGI)


(BCFG)=2(CHF)+2(BHG)


(BCFG)=(ACJK)+(ABDE)


Concluindo, (BCFG)=a2, (ACJK)=b2 e (ABDE)=c2


Então, a2=b2+c2 (Teorema de Pitágoras)

Área de um trapézio

No trapézio ABCD de altura h, temos os lados paralelos AB e DC, tal que AB=a e DC=b.

Demonstração: Vamos supor, sem perda de generalidade, que AB>DC, e traçar pelo vértice B um segmento paralelo ao lado AD de forma que intercepte o lado DC no ponto E. Assim, como AB//DC e AD//BE, temos o paralelogramo ABED de altura h e base DE=AB=a, e temos ainda um triângulo BCE de base EC=DCDE=ba, e altura h.

Note que:

(ABCD)=(ABED)+(BCE)=ah+12(ba)h=2ah+bhah2

Portanto,

(ABCD)=(a+b)h2

Área de um losango

De acordo com o corolário: Se ABCD é um losango de diagonais AC e BD, então (ABCD)=12ABCD.[9]

Demonstração: Dado o losango ABCD, cujas diagonais interceptam-se no ponto M, simultâneamente, ponto médio de ambas as diagonais AC e BD.

Como AB=BC=CD=DA, os triângulos determinados pelas diagonais AC e BD, são isósceles e como M é ponto médio destas diagonais, temos que, AM=MC, BM=MD, portanto os triângulos ABD e BCD são congruentes pelo caso LAL, assim como os triângulos ADC e ABC, pelo mesmo caso.

Sendo assim, vamos mostrar a área do losango através dos triângulos determinados pela diagonal BD.

(ABCD)=(ABD)+(BCD)=12BDMC+12BDAM

(ABCD)=12BD(AM+MC).

Como AM+MC=AC, temos:

(ABCD)=12ACBD

Ver também

Predefinição:Referências

Ligações externas

Predefinição:Commonscat WikiUnits - Converter Área entre diferentes unidades

  1. Predefinição:Citar web
  2. Predefinição:Citar web
  3. Veja, por exemplo, Elementary Geometry from an Advanced Standpoint de Edwin Moise.
  4. Predefinição:Citar web
  5. Predefinição:Citar web
  6. Predefinição:Citar web
  7. Predefinição:Citation:
    "The area of a circle... is A= πr2"
    ("A área de um círculo... é A= πr2")
  8. Predefinição:Citar livro
  9. Predefinição:Citar livro